Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Querecitude

Querecitude

Quero cama fresca, macia e pronta.
Quero a lua como testemunha de meus atos!
Quero música suave tocada por musicos cegos.
Quero um vassalo declamando poesias com voz firme, mas oscilante. Suave.
Quero uma escrava se tocando com discrição.
Quero uma dançarina, nua, daçando uma música que não toca e ainda assim, se toca.
Quero a noite como testemunha de meus atos!
Quero um palhaço que não sorri; alegre.
Quero uma poestisa que não escreve; vive.
Quero um velho que só resmungue e reclame. Declame!
Quero uma corja perdida seguindo a um pedinte guia perdido.
Quero um Imperador falido querendo colocar fogo em tudo.
Quero a música da vida a pulsar em meus traços.
Quero o descaso da beldade que se faz aço, mas é papel que desfaz com chuva.
Quero o vento como testemunha de meus atos!
Quero dormir uma noite e acordar achando que dormi (um dia).
Quero o querer, pois acima dele só tem um Eu. Eu.
O que quero mesmo?
O fogo como testemunha de meus atos.

AsF17310

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