Tudo passa tão rápido, tão de repente que achamos não sentir as horas.
O que é a vida senão um circo cheio de palhaços?
Palhaços, malabaristas, contorcionistas e outros istas que nem nas listas entram.

A vida é estranha. De fato, não sabemos a que viemos.
Muitos arriscam dizer. Ditam regras, agarram-se em ideias previamente plantadas.
Mas o que é a vida afinal, se não um imenso carnaval?
A maioria faz assim, uma minoria faz assado. Qual é o certo? Qual é o correto?
Não falo de princípios humanos. Por favor, não. Falo de vida.
O que é a vida, afinal? Senão um imenso picadeiro onde você é conduzido por um apresentador. Onde sua visão somente consegue ver o que é mostrado, pois os bastidores ficam à parte.
Respeito quem tem opinião formada - e podem me chamar de louco -, mas eu, hoje, agora, me pergunto: O que é a vida senão um picadeiro?
Tudo bem, não fecho ponto, me perco na apresentação, mas a pergunta não muda.
Vejo as pessoas seguindo padrões pré-estabelecidos - e não discordo. Sempre a mesma tocada, sempre a mesma toada.
Fazem hoje o que o avós dele faziam há tempos atrás.
Tudo bem se acreditam que aquela batida é a melhor para eles, mas... e se eu não acredito que essa toada seja a melhor para mim?
Como ser anormal e viver com os normais?
Pera. Será que o anormal é anormal e o normal é o normal?
Entendo que a maioria julga, classifica e até condena.
Sei que a maioria tem tudo para ter razão, mas e se essa maioria é manipulada porum apresentador de picadeiro e luzes que não mostram tudo?
Será que não me deixam ser difeente porque ser diferente é ser perigoso para os iguais?

Será que essa diferença me coloca em condições de pleitear a apresentação de um outro picadeiro e ai tirar platéia do circo deles?
O que ganho ao me converter a santa igreja da normalidade?
Ser normal é zumbizar em multidão e acreditar que isso é o certo, mesmo algo me dizendo que tem algo errado nesse certo?
Em verdade, todo esse questionamento não é para ser normal ou anormal. É para ser eu. Algo simples, não? Não.
Algumas vezes penso tanto, mas tanto que o único denominador que me chama é a clausura. O encarceramento. Isolar por não conseguir nem estar bem do lado dos normais e nem do lado dos anormais.
Vou escrever mil anos, pensar dois e, com três, voltar aqui para dar ciência de onde cheguei.
Um comentário:
A normalidade será sempre estéril... melhor ser anormal!
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