Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Ventos Cardeais

Ventos Cardeais
Sou eu, Vulcão. Seu furacão sem nome.
A noite que nunca finda, o dia que te esquece
A estrada que não termina, a curva que te estremece.
Sou eu, Vulcão. Seu furacão sem nome.
Sua sede de água sem pavio, polvora sem barril.
Seu mar sem ondas, ondas em pensamentos mil .
Seus passos sem direção, suas viagens sem fim.
Sou eu, Vulcão, Seu furacão sem nome.
A sina que insiste em ensinar, ao reprovar na prova final.
A escola da vida que escola a outros. A ti a média.
O poste que ilumina a rua deserta, o medo curtido nos passos.
A fome de uma comida que já foi crua, hoje cozinhou nos atos.
Sou eu, Vulcão. Seu furacão sem nome.
O destino que não chega. Cego distancia, cria versões.
A furia de momento que te desnuda inteira. Sem eira nem beira.
O cais, o marinheiro, a puta.
A trilogia do ser no próprio ser. Ainda que não seja.
Sou eu, Vulcão. Seu furacão sem nome.
Ainda que me veja como lobo, sou cordeiro em minhas ideias e ideais.
Ainda que me taxe de predador, sou presa de meus próprios vicios.
Ainda que o mundo acabe sou eu em mim mesmo e isso não mudará nunca.
Por isso sou eu, Vulcão. Em ti um furacão sem nome.

Aderlei Ferreira
8113189

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