Uma vida, uma boneca
Vazia de gente, na cama,
aos cantos,
dormia, só,
uma boneca de pano
Aos prantos sua dona
ia para outra cidade
de saudades já sofria
mas como pudera esquecer
Quimera, sua boneca do pano?!
Caira atrás do piano
Agora tocará sozinha
para a vozinha, vizinha
dizia sua mãe condoída
Seu pai nada sentia
a ele só importavam
as contas que viriam
A estrada que subia
A vida que surgia
A casa. Abandonada
não seria mais a mesma
sem Tereza para lhe iluminar
Uma placa, curva, reta, posto.
A vida é assim,
um vai e vem sem
fim
Aderlei Ferreira
87131654
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