Nua e(n)crua
Sou podridão ao sabor do vento;
águia velha e sem condições;
guerreira torta depois de lutar;
anjo caído, mistério convencido.
A carne que arde a cada baque;
a constelação não vista brilhar
em dias de egos ciclo-nublados;
a própria sorte do yan desenhado.
O plástico não reciclável;
a voz embargada do depois, do já foi;
a mãe sem filhos, a filha sem;
a própria peste que se alastra.
O fundo do poço
(por ausência de basicidade);
a febre na madrugada
(que sozinha se vai. E me
leva um pouco. Mais de mim) ;
o canto da sereia não ouvido
(não previsto, visto ou digerido);
Fui o começo, sou o meio
(e reciclarei o fim).
Aderlei Ferreira
21.11.2006
Nenhum comentário:
Postar um comentário