Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

sábado, 11 de abril de 2009

Nua e(n)crua

Nua e(n)crua

Sou podridão ao sabor do vento;
águia velha e sem condições;
guerreira torta depois de lutar;
anjo caído, mistério convencido.
A carne que arde a cada baque;
a constelação não vista brilhar
em dias de egos ciclo-nublados;
a própria sorte do yan desenhado.
O plástico não reciclável;
a voz embargada do depois, do já foi;
a mãe sem filhos, a filha sem;
a própria peste que se alastra.
O fundo do poço
(por ausência de basicidade);
a febre na madrugada
(que sozinha se vai. E me
leva um pouco. Mais de mim) ;
o canto da sereia não ouvido
(não previsto, visto ou digerido);
Fui o começo, sou o meio
(e reciclarei o fim).


Aderlei Ferreira
21.11.2006

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