[Imagem: Cotidiano by AsF]
Abrí-la por completo não foi suficiente para fazê-la parir um gozo. Ela queria mais!Naquele dia em especial decidiu se dar o melhor de si. Se abriu mais do que devia(?), gemeu mais do que queria e foi além de si em um transe nunca antes visto.
Ele estava ali, ela sentia, mas não o via, não o queria ver. Queria a si. Só a si.
Transpirava desejos, falava o que vinha a mente e ele que tapasse o ouvido para ouvir nada ou os abrisse para ouvir o tudo.
Ouvir o mais, pois entre uma frase e outra ainda haviam ostras.
Tudo junto, tudo sem tempo, tudo sem hora.
Descabelada e nua, ela aceitava qualquer posição.
Melada por suor, por gozo, por desejos, ela estava ímpar. Ninguém nunca a vira assim. Nem ela.
Ele se fazia entrar e sair. Ela fazia pedir mais, aceitava as estocadas e quando menos esperava, largava dele e se jogava sozinha no cantro da cama. O empurrava e puxava os vibros, os empurrava e, depois de curto tempo, lançava a mão em si. Palmas, dedos, tudo era bem-vindo. Tudo ao mesmo tempo agora!
Cada novo gozo era um momento mágico. Ela, nesse instante, não se permitia tocar. Queria estar só. Só com ela. Só em si.
Ele era seu parceiro e mesmo estranhando aquele dia, ficava ali. Firme, duro e pronto. Seu maior prazer era o de dar prazer.
Invertido o dia, contrariadas as funções e seguiam. Cada um em si. Para si e consigo. Só.
A noite ia alta, o silêncio, vez e outra, era cortado por mais um espasmo. Forte. Intenso e se ouvido por outros tido como insano. Alguém morria. Mas naquele quarto ambos nasciam. Cada um para si. Em si e consigo. Só.
Ele virou, saiu da cama e foi tomar um banho.
Ela se abriu, se arrumou na cama e vendo a tv se tocou mais umas vezes.
Se viu sozinha no quarto. Se sentiu. Se explorou. Se deu.
Uma, duas e várias outras muitas vezes. Assim, seguido. Sem parar, sem pensar.
Ele. No banho. Se alisou. Reação física nenhuma, mas a mente excitou. Explodiu e ele gostou. Por debaixo da ducha relaxou. Se achou, se pariu.
Fechou tudo, secou o corpo molhado de si e saiu.
Ela estava de pé, passou por ele sem nada dizer. Tomou rápido banho e voltou.
olhou para ele e estranhamente "seca" disse:
- Ah! Ainda está ai?
Ele ficou sem entender, sem saber o que responder e antes que o fizesse ele continuou entregando seu próprio vestido e fino sapatos para ele:
- Se quiser pode ir, não preciso mais de ti.
Set2006
Nenhum comentário:
Postar um comentário