Estado terminal
Agora, no fim, guardo - de presente teu - os momentos que vivemos - juntos e separados. Desamparados.
Não tenho mágoa, rodas de pensamentos e nem quero saber como se deu. Deu!
Agora, ao fim. Só tenho a certeza de que todas as brechas foram fechadas, mas que muitas outras serão abertas e quer saber? Cada momento foi um monumento único e ficará para a eternidade. O que vier é história e não dá para negar a força do que aconteceu.
Agora é fim. Sofro, eu sei, você sabe. Mas, também, sabemos que é somente o fim do relacionamento e não o fim de nós ( foram-se os nós!).
Seguiremos com nossas dores esperando novos amores e... vamos superar.
Não assumiremos que estamos disponíveis, acessíveis, mas - no fundo - vamos surtar. Entrar.
Agora teremos a disponibilidade de outras bocas, relações mais loucas e quereremos nos apresentar.
Somos coitados...
Dois adultos plausíveis, seres humanos abrasivos que não souberam se amar. Quem somos?
Me pergunto onde vamos parar com essa sede de amar e controlar tudo a nossa volta. Mas como a natureza - humana - é porca!
Aqui estou! Nas asas de algo que parece ser a morte. Quanta sorte! Mas só se ela pudesse me levar...
Em verdade, somos só maldade.
Não vê como nem todo vulcão pode adormecer?
Não vê que nem todo homem pode ser - e estar - a seu modo?
Não vê?!
Poetas eram loucos, escritores? Todos tortos em sua forma de amar.
Quero bebida. Alcóol ajuda a fechar feridas.
Quero meretrizes sorridentes, quero a cafetina mais envolvente para, agora sim, poder me soltar.
Dança flamenca!!! bata o pé, meu amor.
Dança de balé! Rodopie em um só pé.
Mas ao final estou vivo e sem saber como te amar.
Devo te odiar?
#ॐAderlei ॐGanoN ॐ#
2 ao lado de 7 ao gosto de 2000 e oito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário