00. A Casa de
Madalena
Devo
confessar que não consegui definir o que é “A Casa de Madalena”.
Devo
confessar que não quis definir a idade dela e alguns outros pontos comuns em “histórias”
como as dela.
Deu um
clique, sentei, escrevi e ri muito com as passagens apresentadas por ela.
De um humor
ácido, direto, definido e bem delineado, Madalena conta sua vida, mostra suas
visões e vive em dois mundos.
O real onde
tem uma família de classe média, um pai que é escritor, mas não ganha tanto
para viver, uma mãe que costura para fora afim de complementar a renda
familiar, uma empregada e um cão.
E o surreal
onde ela sonha, direto, com seu amante Bhoeme. Um marinheiro vadio, um boêmio
que, segundo suas ideias e vontades, a tirará daquela clausura.
Madalena, em
verdade, não muito diferente da maioria das mulheres. Sonha, se permite estar
com a cabeça no mundo da lua sem perder o chão e a visão apurada acerca
daqueles que a cercam.
Comecei a
escrever “A Casa de Madalena” em 2006 e é dessa época que vem a maioria das
histórias. Vez e outra voltava a escrever, mas sem tanta força, estímulo e
tesão.
E embora
Mada (para os íntimos *sorriso*), esteja, já, velhinha, ainda continua atual. Por isso, pensei: Por que não
publicar? Por que não compartilhar?
Resolvi
fazê-lo.
Espero que
curtam “A Casa de Madalena” e seus (até aqui) 15 episódios.
Toda sexta-feira!
Abraços!
Aderlei
Ferreira
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