(...)
Hein?!
Não, o final de ano não foi tão fácil assim, afinal como passar por algo que não vejo? Como diz "aquele filme": Temos que passar pelo portal sem portal.
Hã? Como assim?
Sério. Os anos veem, vão e os que ficam, somente o fazem em nossas memórias. Quando menos esperamos estamos usando palavras difícies - do século passado mesmo -, falando de coisas que a maioria, que te cerca, desconhece e ainda dando mostras de saudades para itens tão distantes como a descida do homem na lua, os trilhos que "atrapalhavam" o centro da cidade e o sistema de comunicação pré-internet e pré-celulares.
E ai, você usou orelhão de fichas?
Já entrou, em ônibus urbano, pela porta de trás?
Já sonhou em ter uma Brasília dois carburadores?
Acompanhou, boque-aberto, o lançamento do "novo" Monza?
Ao saber dos "novos baianos" achou aquela turma estranha?
Pois é...
Sou velho? Pode ser, mas reflita: Você já parou para pensar como "essa molecada" que está ai é infinitamente mais descolada que nós-outros? Ops! Hifén é item de desencontro na nova regra ortográfica brasileira. E agora José?!
Mas voltando aqui:
Acredito que o tempo é uma das poucas coisas que realmente não controlamos. Até podemos melhor administrar, mas que ele passará, isso passará. O mais interessante é que não importa se você tem ou não boa posição social, condições para manipular a aparência e - achar - que parece mais jovem do que realmente é.
O tempo sinaliza e quem olha querendo vê, vê até o que é camuflado com cremes, cirurgias e cuidados em geral com o aspecto da pele, do sorriso e do mundo.
O tempo passa e das duas uma;
Ou você aproveita e sai da proveta;
Ou você terá a passagem do tempo igualzinha a todos os outros.
Mas o que é aproveitar? Balada? Namoro? Aventuras em viagens? Em viagens sem tanta aventura assim? O que é aproveitar?
É fazer o que todos fazem? É fazer o que somente você faz? é não fazer nada?
Aproveitar é, talvez, se olhar e buscar sintonia com você mesmo.
Aproveitar é, talvez, fazer o que deseja dentro de um equilíbrio flutuante onde você consiga transitar nos vários "modes" da emoção, ação e reação.
É, talvez, pura e simplesmente ser você em você mesmo.
Claro que somos um grão de areia dentro de um universo social que nos cerca e, creia, nos permite ser quem somos, mas ainda assim é importante desenvolver uma adequação onde senão todos, ao menos você, sinta-se em pax e em dia com você mesmo.
Não importa o que digam e do que te taxem: Você tem que ser você entendendo que o outro é o outro.
Calcule, pese, reflita, faça contas e busque o melhor para você.
Se o outro fizer o mesmo, seguramente, a propabilidade de empate será fantástica e se esse tal de conforto (empate) não vier, relaxe. Ambos fizeram a sua parte e isso justificará todo o restante.
Bom ano, niños!
Um comentário:
Voltou de verdade???
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