Senhor Plix, senhora Pluc
Com a colaboração dos ventos, a senhora Plix conheceu o senhor Pluc.
A fama do dito senhor ia longe e sua ficha corrida era repleta de mistérios.
A maneira dele, sempre deixava claro quem era, como agia e o que buscava. Alguém que suportasse a dor de amar amando junto.
Ao ver senhora Plix a química foi letal e ambos não se demoraram para ir a um ninho de amor. Antes, porém, senhor Pluc explicou como agia, deixou claro sua condição poligâmica e relaxou ao ouvir a senhora Plix dizer que sua busca era somente e tão somente por algumas horas de amor.
A química foi além do sexo e suas conversas eram sempre muito bem humorada, intelectualizadas e a vida crescia.
E ambos alimentavam uma sólida estrutura de amor.
Senhor Pluc falava, senhora Plix ouvia e sempre agradecia pelos valorosos ensinamentos.
Sempre que podia deixava claro o muito que aprendia com ele e sempre que ele podia, a sua maneira deixava claro o que absorvia com aquela inteligente e viva mulher.
O tempo passa, o vento bate e diante de sol e chuva, dia e noite o quadro começa a mudar.
Agora senhor Pluc deixa de ser libertário e libertino, inteligente e sagaz para ser mulherengo e burro diante da vida.
Senhora Plix deixa de ser doce, inteligente e sensata para ser amarga, ignorante e sem centro.
Antes as falas eram sempre de que ciúme era tolice e que não cabia no relacionamento. Hoje o ciume é fato e assumido sem meias palavras.
Senhora Plix ama odiar senhor Pluc e senhor Pluc nada diz. Fixa na dele...
A montanha perde o brilho, o castelo que ocupava seu cime não passa de uma construção cinza.
Seu Pluc é um homem sem luz, senhora Plix uma mulher sem amor.
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