Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

A Fênix e o poeta (2)

A Fênix e o poeta (2)

- Olá nobre poeta! O que o traz ao meu fogo?
- Saúdo-te Fênix! A fogueira de meu ego me perturba. Por isso vim visitar aquela que vive no fogo.
- Não, poeta. Não vivo no fogo. Nele nasço e para ele volto todas as vezes que minhas penas perdem o brilho e a vida mostra ter menos sentido do que penso dever.
- Joga-me eu teu fogo Fênix. Me faça renascer.
- Não posso poeta... Para queimar no Fogo de Fênix é necessário ter vivido todo um ciclo. É preciso sair dele com penas belas, voar nem sempre com rumo e direção, ir alto, bem alto e descer, descer muito, poeta. Quando todas as possibilidades tirarem o brilho de suas penas, entre no fogo e, das cinzas, volte renovado para fazer tudo de novo.

***

E lá se foi, de cabeça baixa, o poeta. Sabia que o ciclo ainda nem havia começado e ele já queria entrar na Fogo de Fênix. Já sentia a necessidade de renascer.
Quando estava um pouco distante a Fênix o chamou:

- Poeta?
- Sim, Fênix. Respondeu sem força alguma.
- Não perguntará como é feito a fogueira?
- Cara Fênix muito me ajudou hoje e pelo pouco que falou entendi que o Fogo de Fênix é formado por meus - nobres ou não - atos e a necessidade de seguir. Obrigado, Fênix.

***

Uma pequena chama se acendeu para acompanhar o poeta.

Ago.2006

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