Meio do mato
Cai forte a chuva no telhado
Molha flor da alma em desespero
Chora o céu e me faz apiedar
Só por ele solto chuva igual.
Acaba a luz da casa. É o vendaval.
No escuro estou, mas é o tempo.
Para onde vou? Ao relento? Pena!
Tateio onde sei nada achar. Chove.
Vento chama em canto. Uivo em coro.
Não há lua para cantar. Nada há.
Fim do mundo, parece ser. E choro.
Bate a porta vento. Chama-me! Vou...
Noite assusta. Fico junto sem olhar.
A chuva cai. Ouço seus soluços.
Vento volta à estrada. Não uivo mais.
O escuro vai na luz do dia que vem.
AsF2896
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