Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ser e não ter? Para que essa questão?

Ser e não ter? Para que essa questão?

Sou! A sombra de minhas idéias, de meus vícios travestidos de prazeres e apresentações cobertas de coerências que só tem quem não tem outra opção de ser.
Sou! Minhas verdades - e as mentiras que não assumo ser, mas que somente eu sei quem sou.
Sou são por estar louco e fico cada vez mais louco ao empurrar uma postura sã para outros loucos que acreditam que sou (são?).
Sou o seguidor de Cristos, Messias e mestres, mas somente sou se sigo, pois quando não sigo sou o próprio líder a abrir mares, dizer que comando marés e fazer vir comigo até aqueles que só vão para ver. Crer nunca!
Sou espiga em milharal, mas quando em milharal estou espantalho. O espantalho daqueles que querem motivos para correr e não enfrentar-me diante de espelhos refletindo espelhos. Quem são? As sombras de si mesmos; são?
Sou aquele que não anda de costas no escuro só porque no escuro não anda, porque se andasse não daria para ver a direção. Por essas e outras que, também, sou.
A pomba e pombal!
Sou praça acolhedora de criancinhas e cuidada por velhinhos que vão ver babás.
Sou fiel, sou fel. Sou até o que não sou quando insistem que sou o que passo ser na hora que não sou.
Um desconhecido que muitos insistem em conhecer. – Saiam antes que a noite caia ou o homem do saco os levará!
Um muito que alguns dizem ser nada. Um nada que do pó não veio, mas que para o pó voltará.
Sou, ainda, espermatozóide de solos intermináveis em orquestra imaginária. O vencedor na corrida dos milhões.
Sou sinfonia. Não a ordinária que gerou quartas, mas a extraordinária que, de tão boa, é executada somente uma vez.
Sou a vítima de minhas acusações e nas outras ações, sou forte na Bolsa.
Sou réu e juiz! Sou o martelo que sela a sentença. Sou a pena e a absolvição. Depois, mas só depois, sou liberdade para quem está preso e a prisão para quem está solto. Nunca sou arquivo morto.
Sou escuta, ouvido e parede. Sou rede! Oceano e pescador me tem, por isso sou mar e maré. Vento e fé. Sou.
Sou um pouco mais, mas é isso que sou e depois disso, acredite: Ainda nada sou no tudo que posso ser; porque assim sou: Complexa e paradoxalmente eu.
É isso mesmo, eu sou!

AsF696

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