Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

sábado, 26 de setembro de 2009

[sem título]

[sem título]

Se é de amor que sofre o poeta, do que sofre o poeta?
Qual flor não chora?
Qual lobo não uiva?
Qual amor não revigora?
Qual dor não implora?

Do que sofre o poeta, se de amor é que sofre o poeta?
Rios seguem rumos certos, mas a água pode entrar em qualquer lugar.
Montanhas são esculpidas com o tempo, qual é o tempo de amar?
Quanto gastaria, num cassino, compulsivo jogador?
Quanto revelaria seu olhar um poeta sonhador?

Sofre o poeta - de que se - é amor? Do que o poeta sofre?
Se não a sua própria dor.
A de amar no vazio de seus versos
A de implorar Musas descalças que lhe inspirem estrofes inteiras.

O que deseja o poeta se não sentar aos pés
de uma cerejeira, escrever seus versos
e com a língua fazer brincadeiras?

Do que sofre o poeta?
Me apresente sua bandeira.

AsF Nov 2006

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