Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Ted Boy Marino - um dos meus idolos

Foi com imenso pesar que acabei de saber do falecimento (transição é um termo mais adequo para o meu coração) do ator Ted Boy Marino.
Puta merda!!! Lá se foi minha sexta-feira. Um luto dolorido, imensamente dolorido.

Uma das coisas que eu amava fazer todos os finais de semana era ir ao "poeirinha" (cinema a uns 3km de casa) para assistir a filmes de karate. Ao final, voltava aquele bando de meninos brigando nas ruas. Golpe a golpe reproduzíamos todo o filme e um ou outro ainda lembrava das falas com exatidão.
A alegria maior vinha quando, de tempos em tempos, a trupe da luta livre, ou melhor, o Telecatch, se apresentava perto de casa.
Numa dessas apresentações eu consegui estar no corredor de saída dos lutadores. O astro maior, Teeeeeeeeeddddd Boooooooyyyyyyyyyyyy... Marino!, vinha atrás de todos. Usava sua capa, botas e aquela sunguinha hoje considerada horrível, mas que na época, muitas vezes imitei.
Todos os meninos gritavam por ele, mas tinha muita gente boa. Nomes estranhos e caras maldosas. Até Pedro de Lara fazia parte da coisa toda junto com Fantomas, Aquiles, Bala de prata, Verdugo, o mascarado e muitos outros.
Depois de passarem todos, ele surgiu. Aquele guerreiro loiro, forte de golpes precisos e aclamado por um coro ímpar.
Todos pediam afagos, tentavam tocá-lo, queriam autógrafos. Ele passava soberano.
Naquele dia eu estava com sorte e ao gritar pedindo as mãos dele, deus Ted me ouviu as preces e... apertou minhas mãos. De quebra ainda ganhei um afago na cabeça.
Voltei para casa em extasy, todos que cruzavam por mim ouviam-me dizer: apertei a mão do Ted! Apertei a mão do Ted!
Em casa, falei daquilo por quase um mês sem parar. Ted era o que havia de mais profundo no imaginário de uma criança.
E hoje, aos 43 anos fico sabendo que Ted transitou. Logo hoje.
Além de triste fico verdadeiramente introspectivo, afinal não é qualquer dia que conseguimos o afago de um verdadeiro guerreiro. E não é qualquer dia que sabemos que menos um quadro da nossa rica infância se vai.

Vai na pax Ted, as crianças lá de cima curtiram, aos montes, seus golpes precisos e sua postura de guerreiro.

Amém!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Auto quixotequiamento

Auto quixotequiamento
Eu, quixote em mim, assumo:
Tu és
minha Dulcinéia - a quem dedico meus versos e a quem busco incessantemente;
Meu Sancho Pança - Um fiel escudeiro a quem prometo ilha para governar;
Meus moinhos de ventos - Os quais olho como gigantes e digladio sem parar.
Minhas estradas: As quais faço-me andarilho e cavaleiro errante em uma triste figura.

Tu és única.
(rendaro: "Gracias a la vida que me ha dado tanto. Olé!")

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Quem (ou o que) você não é?

Por ai, vejo muitas pessoas, sobretudo em perfis de redes sociais, escrevendo que é muito difícil falar de si mesmo. Alegam que um sem fim de pontos para justificar essa posição e o que mais me chama a atenção é que saber quem você é é uma tarefa desgastante e deveras confusa.
Discordo totalmente. Saber quem somos, por mais que não assumimos, é fácil. A dificuldade - ao menos no meu ponto de vista - está em saber quem (ou o que) não somos.
Os psicólogos e palpiteiros de plantão insistem em, ao longo de um relacionamento, criarem "um seu perfil" segundo a visão deles. Entendo, concordo e até aceito que muito dessa visão vem de dados, posturas e até omissões que nós insistimos em dar/possibilitar, mas ainda assim entendo como "abuso de poder" traçar um peril quer nem sempre condiz com a realidade de cada um.
São interpretações de leituras que vão nos atirando seguidas e repetidas vezes que vamos "acolhendo" ao longo do tempo. Até que uma hora aceitamos e até incorporamos aquile perfil como sendo nosso. E é aí que vem a grande confusão mental na hora de escrevermos sobre nós mesmos. O que somos podemos buscar dentro e trazer depois de uma análise, mas o que não somos é mais difícil, pois ñão somos, mas de tanto ouvirmos, de pessoas que supostamente confiamos na visão, nos deixa manchas, reflexos e até luzes ilusórias acerca de nós mesmos.

Até porque se um bom discurso, ainda que vindo de um desconhecido, pode mover multidões imagine se o dicurso, tão bom, for feito por alguém em quem você confia e credita muitas fichas naquela visão?

Acreditar na visão do outro pode nos ajudar a ver a nós mesmos, porém a cada apresentação é salutar avaliar se você realmente é aquilo e ver quais pontos levaram o seu interlocutor a vê-lo assim.

Um outro ponto - que acredito piamente - é que vivemos de fases e em cada uma delas algumas de nossas posturas e visões mudaram significativamente.

Claro que nossa base será, invariavelmente, sempre a mesa, mas ainda assim a cada novo horizonte podemos, sim, mudar de visão e opinião.

Fica a pergunta: Se você é capaz de saber quem você é, consegue saber quem (ou o que) você não é?

Agora eu sei um pouco do que (ou quem) eu não sou e isso é muito bom. Ufa!

Boa semana e já volto com as postagens constantes.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

E a vida?



Todo o mundo tem suas histórias para contar
Se eu contasse as minhas, todo o mundo ia se espantar.

Estou vivo!

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