Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

domingo, 7 de dezembro de 2014

Savana

Savana

Eu sou da África.
Sou da África alemã, da África europeia, da África francesa, da África brasileira e posso ser de qualquer África, desde que não me tirem da África que sou.

É na savana deserta, pés no chão, pouca roupa e muito desejar no pensar de cada um que vejo negros desnutridos de tanto andar, caminhando quilômetros para ter alguns poucos litros de água suja. Falta-lhes, menos amor ao próximo, menos amor a África que lhes cabe.
Eu sou da África e a África é de mim.
Vou a missa, aceito mesclar qualquer religião, só não tirem a África de mim.
É na savana que quero beijar as mãos dos meus pais, bater cabeça e pedir a benção dos Orisás. Por quê? Porque sou da África e acredito na África em mim!
Sou negro, mas podia ser verde, lilás, rosa ou qualquer outra cor. Não é a minha cor... é o meu espírito! Ele é África!

Asé para os que conseguiram ficar!
Asé para os que conseguiram voltar!
Asé para mim que estou aqui, mas não saio de lá!

África! Vem me buscar! Despeja tua terra em mim! Faz-me homem de dançar com gingado, de enlouquecer com os pares em cheiro forte de espantar bichos, em cabelos encaracolados para nas árvores, da savana, não enroscar. África em mim! De natureza perfeitamente simples.
Quero voar, parir um mundo, ouvir Ali Farka Touré e revisitar a minha África; a África em mim.

Sou pai, mas não o seria se filho não fosse. Força! Tenho a África em mim!

Aleluia? Amém? Axé? Asé, mãe África! Curvo e peço o seu asé! Porque só tu me abastece quando o dia quente vira noite fria, as crianças pedem o que não tenho, mas tu me darás para dar. Caminhos. A fé em dias melhores e a força para melhorar dias piores. 

Sou África e isso não faz de mim um miserável feliz, isso faz de mim um homem que assume, acolhe e é feliz por ser como muitos outros que seguem a vida. Todos seguem, a diferença é que tenho a África em mim.

Sou de bater cabeça, amarrar palha nos braços, usar turbante, ter dia certo para o branco e sou feliz!
O resto faço igual, repito que a diferença está em ser d'África que carrego em mim.

Por minha terra!
Assim como judeus, muçulmanos, católicos, taoistas eu sou das verdades da África, das vestes da África, das crenças da África. Não vejo peso nisso. Alivio! Alivio ao saber que posso contar com o que acredito e que posso dormir chorando, mas acordarei sorrindo.
Por favor, não porque sou negro... Repito que não é a cor em mim. É a fé! A fé que carrego até sozinho. É a fé que carrego até quando me perco de mim.

Eu sou África, eu sou assim.

Asé!

Aderlei Ferreira
Um legítimo descendente da África.
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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

E a guarda compartilhada?


E a guarda compartilhada?
O assunto em voga é que o senado já aprovou a guarda compartilhada.

Tenho lido muito sobre isso e tive a oportunidade de cruzar com visões tanto favoráveis quanto contrárias.

Todas, num primeiro olhar, bastante pertinentes, mas o fato é que a guarda compartilhada é uma realidade bem vinda. Muito bem vinda.

Ela impossibilitará que a mãe desequilibrada fique “só” com o filho, isso além de gerar uma outra visão, de equilíbrio ao filho, poderá auxiliar em uma melhor formação a ele.

O sempre tão citado “pai irresponsável” terá, na guarda compartilhada, a oportunidade de ser responsável e assumir o que lhe cabe como 50% genitor.

O fato, que voga e faz o liquidificador humano funcionar é que, com a lei, todos terão ordinariamente (o mais comum, o que será usado como premissa) o direito de estar com seus filhos.
Muitos poderão abrir mão desse direito, mas a lei auxiliará a uma nova realidade: Da mesma forma que tem mulher que é mais macho que muito homem, tem muito homem que tem muito mais sensibilidade, foco e "amor materno" que muita mulher e são esses homens que serão, sobretudo, beneficiados.
Sem contar que uma mulher refletirá duas vezes antes de tentar o "golpe da barriga". O que, também, auxiliará para que nasça mais crianças e menos moedas.


Sim, a guarda compartilhada auxiliará para por um fim a “profissão de ex-esposa” e seguramente acabará com a profissão de “mãe profissional”. E todos poderão dizer livremente: - Quer dinheiro? Faz o que eu fiz: Corre atrás e faz acontecer!

Hoje eu vejo um novo mundo, um mundo de pax, afinal não adiantará brigar e para tirar a guarda compartilhada será necessário, às interesseiras, “forjar muito mais provas”, elaborar mais, ou seja... trabalhar mais e penso que, diante de tanta incerteza, elas optarão por, como todos, trabalhar de verdade e fazer acontecer de uma forma “mais honesta”.

Que a senhora presidente assine logo essa lei para que “homens de bem” possam, finalmente, gozar do prazer de criar, educar e ter seus filhos sob suas asas, afinal o sol nasce para todos, não?

E antes que chova e-mails e/ou se utilizem de má fé para dizer que o texto acima foi indireta, já digo: Aqui não mando recado para ninguém, por favor, uso meu livre pensar para externar minha – e de muitos outros – visão e tratar de um assunto que é voga, afinal a página, também, é para isso (um absurdo ter que dar satisfações, mas cest’ La vie...)

terça-feira, 28 de outubro de 2014

E agora eu posso falar!?

E agora eu posso falar!?
Mesmo gripado, e quase morto, tenho visto o povo falar em ereção, ops! desculpe, eleição.
Quem era Aécio, diz que os votantes de Dilma são burros, loucos e pobres. Quem era Dilma, diz que a corja dos Aécianos não vale absolutamente nada por serem, sobretudo, burgueses e arrogantes que comem sardinha para arrotar caviar.
Não sei de politica e por mim, sinceramente, votar deveria ser como doar sangue: Ao final tinham que me dar um lanchinho. 
Assim a tal boca de urna estaria cheia e não aos gritos de fome por voto.
De verdade, são 01:13 da manhã e eu, sinceramente, já esqueci em quem eu votei. Você lembra? Eu duvido!!!
E podem brigar comigo. Sou brasileiro e como a maioria não sei votar. Peço, na maior cara de pau, ajuda aos universitários (ou devo dizer, universiotários?) e deve ser por isso que, mesmo o BNDES não emprestando dinheiro para fora do Brasil, dizem que emprestou para Cuba. Como assim!?
A verdade é que a maioria só estuda política em época de eleição. Estuda? Por favor... É sabido e notório que quem nos diz em quem votar é o outro mais próximos a nós!
Faça qualquer pergunta mais técnica e verá o quão o brasileiro não sabe votar.
Pensar no coletivo, então... Nem a pau Juvenal!
Tenho amigos que, com o PSDB, ficaram anos sem nenhum aumento salarial.
Tenho parceiros comerciais que fecharam as portas na época do FHC.
De novo, não sei, mas não é que o Aécio Neves me lembrou a mesmíssima postura, trejeitos e jeitos do Collor? Sim, o mesmo que foi expulso pelo povo depois que a Globo disse que ele não valia nada.
Lula é bicho véio em política, eu sei. Dilma foi parte contrária a ditadura. Isso é o que contam, ela conta e ninguém dá desconto, mas putz! Eu tinha mesmo que votar no Aécio? Por que!?
Que a Bolsa Família - e todas as outras bolsas- me perdoem: Eu. Não. Lembro. Em. Quem. Eu. Votei!
Lembro que quero um país melhor. E não só para mim, mas para todos os brasileiros que virão depois de mim.
E fecho: Não discuto política, discuto verdades. Mas... Como no Brasil quase tudo é mentira... Eu não discutirei esse post. É sério... não discutirei!
Obrigado a Rede Globo que acabará com o Horário de Propaganda Gratuita e volta para a propaganda política paga.
Tenho dito.
E nem vou assinar, assim se falarem alguma coisa eu digo que copiei de algum lugar e desconheço o autor!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

27. Osvaudu Oumundi e suas indignações – Controle de qualidade.

27. Osvaudu Oumundi e suas indignações – Controle de qualidade.

Aí, véi... Tava vendo aquele programa onde testam as fidelidades dos outros. Bicho... O que é aquilo? Só gostosa nos testes...
Pô mermão, se a Isabelle fizer um teste de fidelidade comigo eu caio facinho, brou.
Até porque, brother, nunca consegui passar em nenhum teste, mesmo. É histórico, manja?

Aderlei
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quarta-feira, 9 de abril de 2014

26. Osvaudo Oumundi e suas indigninações - O Homem do Saco Ecxiste!!!

26. Osvaudo Oumundi e suas indigninações - O Homem do Saco Ecxiste!!!
O telefone toca, Isabelle atende:
- Aí, Isabelle, vou ser escritor agora...
- Bom dia para você, também. Escreverá sobre o que?
- Estou com uma ideia muito boa. Vou escrever sobre Mitos & Mistérios.
- Como assim, Osvaudo!?
- Exemplo: Quero explicar que o homem do saco ainda existe, entende?
- Não. Como assim, Homem do Saco existe?
- Pô, Isabelle! Tu é limitada mermo, mermão... Por exemplo. O seu chefe é o seu Homem do saco, moras?
- Ah, Osvaudo, faça-me o favor!!! Acho que bebeu desengordurante na faxina da manhã! O meu Homem do Saco é você! E desliga o telefone.
- Pô brother, as pessoas não estão prontas para a verdade. Vou engavetar meu livro e ir surfar...

Aderlei Ferreira
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quarta-feira, 2 de abril de 2014

25. Osvaudo Oumundi e suas indigninações - Só perdemos...

25. Osvaudo Oumundi e suas indigninações - Só perdemos...
A gente só perde grandes nomes da nossa música...
Pô, mermão! Primeiro Levaram Elis, aí foi o Tim Maya.
Belê, nos deram o Renato Russo, mas também levaram.
Agora puxam Nélson Ned lá pra cima!?
Eu, no lugar do Seu Jorge, ficava esperto, brou...

Aderlei Ferreira
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quarta-feira, 26 de março de 2014

24. Osvaudu Oumundi e suas indignações – Comedor de minhocas!?

24. Osvaudu Oumundi e suas indignações – Comedor de minhocas!?
Ai, brou... Há muito tempo namorei uma dona que trabalhava em uma importadora de bebidas. Caraca, nunca bebi tão bem!
Depois outras vieram, mas não demorei para começar a namorar a dona de um restaurante de alta gastronomia.
Pô bicho, nunca comi tão bem!
Agora conheci uma moça super legal, mas dispensei...
Mermão, ela trabalha com humos de minhoca!!!
 
Aderlei Ferreira
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quarta-feira, 19 de março de 2014

23. Osvaudu Oumundi e suas indignações – Vamos processar o processo!?

23. Osvaudu Oumundi e suas indignações – Vamos processar o processo!?

Ai, mermão, tô indignado!
O Tonho é negão. Raçudo, mermo.
Fui brincar com ele e ele veio com um papo de processo por racismo.
Véi... Entrei num acordo e paguei centus contos para ele não ir à justiça.
Mas, depois de ouvir as alegações dele fiquei pensando:
Hoje ser branco, hetero e não ser pobre virou um absurdo.
Antigamento português era burro, loira era burra, preto era negão, branco era branco azedo e tava tudo certo.
Agora tu canta uma mina chamando de minha preta, se ela não gostar da cantada, dá processo. Se bater na bunda, então, da Maria da Penha.
Se tu olha um cara, que te olha de cara feia, e chama de viadinho, dá processo.
Favela virou comunidade. Pobre virou "menos favorecido" e eu continuo branco.
Ai, brou, na boa... Para esse mundo que eu quero descer.

AsF
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quarta-feira, 12 de março de 2014

22. Osvaudu Oumundi e suas indignações – Phöda com PH e trema no "O".

22. Osvaudu Oumundi e suas indignações – Phöda com PH e trema no "O".
- Alô!
- Alô, o que Osvaudo!? Sou eu!
- Ah! Ois Isabelle...
- Onde ce tá?
- Tô na loja de ferragens e ferramentas.
- Ah, tá...
- Que qui ce quer?
- Preciso que passe aqui.
- Mais tarde passo. Aqui tenho muito mais tesão que aí.
- Hã!?
- Hã nada, mermao! Aqui o bicho pega! É furadeira de última geração, é grampo automático, é serra com guia. Só maravilhas!!!
- É?... Então vem pra cá agora ou eu não te empresto meu cartão para comprar seus brinquedinhos tesudos!
- Pô mermao, chantagem é phoda com ph e trema no o! Abre aí. Tô aqui embaixo...

AsF
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quarta-feira, 5 de março de 2014

21. Osvaudu Oumundi e suas indignações – O valor do valor

21. Osvaudu Oumundi e suas indignações – O valor do valor
Estava no onibus com uma mina e ela me perguntou o que eu gostava de ganhar de presente.
Brou, expliquei para ela que não gostava de ganhar nada que acabe. Perfume, roupa, sapatos, tô fora.
Quer me agradar? Me dê coisas que durem. Diamantes, joias, relógios caros, por aí, tá ligado?

Aí o Tonho (meu melhor amigo) ouviu e, na hora do almoço, me trouxe um relógio do chinguelingue.
Pô brother... eu falei coisa que dure e não coisa de duro, mermão.

AsF
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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

20. Osvaudo Oumundi e suas indignações – Cada um sabe de si.

20. Osvaudo Oumundi e suas indignações – Cada um sabe de si.
- Osvaudo, tô cansada! Você precisa gerar algo que te abasteça, que te mantenha, que te faça acontecer.
- Que foi Isabelle? Nem te liguei a cobrar, nem te pedi nada. TPM (Tem pentelho aí, mermão)?
- É TPM e todas as letras do alfabeto! Quero viver, você é um encosto! Vai Osvaudo! Acha algo que te mantenha, abasteça e sai do meu pé!
- Ok, ok... Vou surfar, brou.

AsF
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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

19. Osvaudo Oumundi e suas indignações – As melhores cervejas do mundo

19. Osvaudo Oumundi e suas indignações – As melhores cervejas do mundo
Brou, me perguntam qual cerveja eu gosto e sempre digo que gosto de três.
Se vou pagar sozinho, a mais barata.
Se vou dividir, a de preço médio.
Se vão pagar pra mim quero a mais cara.

Oh mermão... Não pedi para nascer e estou aqui à passeio, brother.

AsF
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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

18. Osvaudu Oumundi e suas indignações – Melhor que tudo

18. Osvaudu Oumundi e suas indignações – Melhor que tudo
Audi? Carrão, lindo, maravilhoso e uns 200 mil dinheiros. É andar numa casa de quatro rodas.
BMW? Loucura! Um bólido sem igual. Passa dos 250 mil dinheiros uma só unidade.
Jaguar nem se fala. Bom demais. Sonho de consumo de um monte de gente que nem parece gente. Mais de milhão para ter um.
Mermão! Pago R$3,50 pego uma mercedez benz com motorista e cobrador e vou para onde quero!

Ah, fala sério, brou!

AsF
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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

17. Osvaudo Oumundi e suas indignações – O tempo passa, o tempo voa...

17. Osvaudo Oumundi e suas indignações – O tempo passa, o tempo voa...
Liguei - a cobrar, claro - para a Isabelle (minha ex) e já fui perguntando:
- Oh Isa... Meu amor. Tem rango aí, filha? Tô no maior perreeengue.
- Tem. A Casa da Mãe Joana tem sempre comida, roupa lavada e vale transporte.
- Que isso, brou... Não precisa ser grossa. Tô na pior...
- Sei... Vou me assustar quando ligar para dizer que está na melhor. Osvaudo, você é aquele surfista que entra no mar e fica sempre esperando a melhor onda. No final do dia sai dele reclamando que o mar não é generoso contigo.
- Pronto. Agora vai atacar de filósofa? Vai. Que qui tem pra comer aí?
- Bife à parmegiana (e eu ainda respondo... Meu Deus! Devolve a pedra que eu taquei na cruz que tem outro individuo que a merece mais que Jesus Cristo!).
- Mermão... Esse é o pior prato do mundo. Juntam tudo e conseguem, com uma tacada só, estragar os três. O bife perde personalidade, o queijo fica com sabor alterado e o molho de tomate é um coadjuvante que não atua.
Aí, vou comer na casa da minha mãe. Valeu!

AsF
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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

16. Osvaudo Oumundi e suas indignações – O tempo passa, o tempo voa...

16. Osvaudo Oumundi e suas indignações – O tempo passa, o tempo voa...
Aos 15 das do mes de abril, por derrame, aos 43 anos de idade, morre a proctologista Amélia Costa e Silva.
Puta merda, mermão... Lá se foi mais um cu pro espaço (deixando vários outros orfões)!

AsF
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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

15. Osvaudo Oumundi e suas indignações – Mulher antenada é outra coisa.

15. Osvaudo Oumundi e suas indignações – Mulher antenada é outra coisa.
Mermão... Mermão... Mermão! Tô no paraíso, brou!
Finalmente vou deixar de ser o encosto da Isabelle (minha ex) e vou casar com outra mulher.
Arrumei uma psicóloga, brou!
Agora enquanto outros homens pulam a cerca e são taxados de putos, eu vou pular a cerca, alegar fetiche e terei que ser acolhido, tratado!
Fechô, brother!

AsF
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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

14. Osvaudo Oumundi e suas indignações – É preciso saber viver.

14. Osvaudo Oumundi e suas indignações – É preciso saber viver.
Se liga brou: Mulher feia é um produto com defeito de fabricação que enganou o controle de qualidade e nem por isso é comercializado a baixo custo, pelo contrário, tem muita baranga por aí que se acha tanto que cobra ágio até para te dar o número do telefone (e isso sem dizer qual é a operadora).
Véi seguinte:
Se for dirigir não beba;
se for beber... chame o Tonho!

Mermão! Parei com as drogas.

AsF
15413856

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Vi uva

Vi uva
Olhei para o céu.
Te vi constelação.
Acabei meu cigarro,
deixei de lado o uísque
fechei a sacada,
Adentrei o quarto.
Olhei para a cama.
Te vi tentação.

Não precisei dormir
para sonhar.

Aderlei Ferreira
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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

12. A Casa de Madalena - A Sala de TV

12. A Casa de Madalena - A Sala de TV
Cansei. E meus dias sempre eram assim. Entre uma coisa. E outra. Eu cansava-me muito facilmente. A louca da Marília, uma amiga, obcecada por adivinhar tudo, diria que eu, mesmo sem transar, estaria grávida.
Sentei de frente para a tv e antes que alguém chegasse coloquei nos meu desenhos preferidos. Os japoneses são bons nessa arte. Aliás, eles são bons em muitas coisas. Eu queria ser japonesa. Quem sabe não seria escolhida por algum samurai?
Aquela maneira ríspida de falar não perderia em nada para a do meu pai e a minha subserviência seria tão igual ou maior que a da minha mãe.
Eu cuidaria da casa, proveria filhos e seria de uma paciência oriental.
Estou pronta. Até o rosto fechado e morto das orientais eu já tenho. Aquele ar de sempre pronta para a morte e morrendo a cada dia sem reclamar.
Meu senhor marido samurai me brigaria, exigiria subserviência ou qual Império dos Sentidos. Que ninguém sabe que eu vi, mas vi. E revi. Eu seria a gueixa dele e viveríamos para amar até a morte.
Perdidos. Um no outro. Só seríamos um.
Eu não precisaria trabalhar, estudar ou cuidar da casa. Só precisaria estar à disposição dele. Meu homem. E para pagar meus préstimos ele estaria a minha disposição.
Fico me imaginando com os olhos puxados, aquelas roupas justas. Muitos panos para esconder a barriga e as celulites. Muita maquiagem para esconder a idade. Fala sempre baixa e subserviente.
Essa, definitivamente, é a vida que quero para mim.
Mulher de samurai, mulher de Império dos Sentidos ou gueixa. Uma oriental perfeita e feita para amar.
Não precisarei tecer comentários de nada, não participarei da sociedade e serei sempre anulada se tenatar mostrar mais que sorriso e contentamento.
Meu homem mandará e eu obedecerei sem questionar.
Bonita essa vida. Mas cansei. Desliguei a tv e fui descansar.


MadalenaDee
Mada por parte de pai, Lena pela da mãe e Dee por pura rebeldia.
Para os intimos, Ma da. Para os inimigos, Me dá. Para os neutros MadalenaDee.


By
Aderlei Ferreira
03/Mar/2006

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

13. Osvaudo Oumundi e suas indignações – Eu, a Isabelle e o sofismo.

13. Osvaudo Oumundi e suas indignações – Eu, a Isabelle e o sofismo.
Isabelle, minha ex esposa, uma vez me perguntou porque eu não era como os outros com a sua mãe.
Brou, olha a viagem, ela queria que eu odiasse minha sogra, pode?
Depois de muito argumentar ela pediu que eu explicasse porque eu amava a sua mãe. Ai, maluco! Fui preciso no bagulho:
Ai, doida: Amo você, amo torta, amo banana, amo torta de banana, sua mãe faz a melhor torta de banana que você ama, logo amo sua mãe, mermão!
 
AsF
104131623

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A desejo

A desejo
Entre meus braços
Aos meus abraços
Sobre minha cama
a verter vida quente
comigo entre pernas
A beijar seu sino
apertar seus seios
te dizer coisas chulas
Te agarrar com força
entrar sem manha
todo dentro, molhado
afoito, desesperado
forte e sem parar
A desejo minha

Aderlei Ferreira
2011131327

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

11. A Casa de Madalena - A caixa de correspondência

11. A Casa de Madalena - A caixa de correspondência
Din dôôm fez o barulho da campainha atrás da porta. Não gostava daquele barulho. Era o carteiro avisando que havia deixado correspondência na caixa correspondente. Não gostava do barulho da campainha e menos ainda de carteiros. Ou era cobrança, ou era aborrecimento, ou era propaganda. Com a internet, salvo políticos, ninguém mandava mais cartas a ninguém.
- Lena, minha filha, é para você! Disse minha mãe sorrindo e ainda lendo o remetente. Levantei os olhos, mas não fiz cara de espanto. Devia ser alguma congregação querendo minha participação em algum evento. Ou algum lugar dizendo que eu havia ganho uma bolsa para algo que eu não queria. Ou, pior ainda, o aceite de alguma instituição que minha mãe me inscreveu sem me avisar.
Ela não veio, meu pai parou de espancar a velha máquina de escrever e eu levantei para pegar a carta.
Bem que podia ser um carta de Bhoeme. Totalmente codificada avisando-me que é chegada a hora de partir. Comigo!
Na frente de todos eu me faria de desentendida. Seguraria a carta comigo e após entender cada código e decorar o horário e local para o encontro, rasgaria a carta e ingeriria seus restos. Não poderia haver falha. Bhoeme era rigoroso quando o assunto era segredo.
- não sei... não sei... Responderia a minha mãe quando ela perguntasse o que era aquele monte de símbolos. Abraçaria a carta e correria para o meu quarto. Sem me demorar, pegaria uma minúscula mala e poucas coisas colocaria dentro. Bhoeme sempre deixou claro que o seu dinheiro compraria uma mundo para mim. Eu não precisaria daqueles restos.
Ao decifrar a carta leria:
“Meu amor, a vida corre qual mares e marés em direção a portos diversos. Alguns sabemos quais são, o que esperar e como atracar. Outros são desconhecidos e somente aventureiros experientes voltam para registrar suas histórias e desafiar outros a seguirem seus caminhos.
Aqui estou, velas prontas, mastros rígidos e com esperança de bons ventos, mas não posso partir para uma aventura, que talvez não tenha volta, sem levar-te comigo, pois morrer sem teu abraço é sinal de virar um zumbir por estar preso a seu amor.
Com afetos Bh.e”

Tudo isso em francês. Ah Bhoeme... como não ir, meu amor? Com não seguir os desígnios da vida se esses sempre me colocam a teu lado?
Leve lágrima cairia de meus olhos e somente uma gota seria suficiente para me levar ao rio do amor.
Já antevendo tudo peguei a carta da mão de minha mãe e abri esperando os códigos de Bhoeme. Coração pulsava, eu tremia, mas mantinha-me serena por fora. Eu e meu ar de “não estou nem ai para o mundo”.
Minha mãe sorria e eu vi o código:

Fd8GGh142  e uma mensagem logo depois:

"Esse é o código que abrirão todas as portas a você!
Venha correndo conquistar o mundo e ser feliz!

Instituto de Corte e Costura Maria das Lourdes."

Minha mãe sorria. Meu pai sorria e eu? O que você queria que eu fizesse? Sorrisse?
 
 MadalenaDee
Mada por parte de pai, Lena pela da mãe e Dee por pura rebeldia.
Para os íntimos, Ma da. Para os inimigos, Me dá. Para os neutros MadalenaDee.

 
By
Aderlei Ferreira 
 07/FEV/2006

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

12. Osvaudo Oumundi e suas indignações – Sofismo paradoxal.

12. Osvaudo Oumundi e suas indignações – Sofismo paradoxal.
Hoje acordei disposto! Pô, mermão, o lance da carteira acabou comigo, brou!
Liguei para minha mãe, ex esposa e até para a Lu. Uma amiga que se formou terapeuta ocupacional e se ocupa com vendas da Natura.
Todos me deram mó força, brother, me disseram para superar e eu surfei na energia.
Fui ao shopping, comprei outra carteira! Estilosona, meu shape, brou...
Só na hora de pagar eu me toquei: Caraca... a carteira saiu tão caro que fiquei sem money pra por nela.
Olhei para a caixa, olhei para a carteira e ela, de novo, tava me olhando com aquela cara de “Já Era! Já foi! Perdeu playboy!”[2]
 
AsF
94131324

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