Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A insustentável leveza do ser - Uma resposta a Mme Boulelard

Uma resposta a Mme Boulelard

Imperfeito
É o rodar de uma roda que não para mesmo quando parada está.
É o rio que segue seu rumo não tão seu assim. Segue seco.
É o florescer de um dia que veio após outro sem ser.
Imperfeito é o cão chupando manga. Sou eu em você.

Impossível
O mar virar sertão e ser tão preciso em suas colocações.
Unir dois polos tão opostos que se grudam sem cola.
Vivenciar o virar da noite em dia, durante o dia.
Impossível sou eu não te admirar nua, do avesso.

Questionável
É a busca por uma perfeição impossível de ver a olhos nus.
É olhar para a frente e esquecer o que ficou atrás. Nós.
Comer sardinha com talher para caviar fazendo pose.
Questionável é a leveza do ser. Eu e você.

Paupável
Minhas mãos conversando com seu corpo.
Minha boca iludindo seus ouvidos.
Seu suor me motivando a mais.
Paupável é o que vem. Traz.

Aderlei Ferreira

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Infante

Infante
A maior possibilidade que a vida nos dá é a de viver.
Aderlei Ferreira
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terça-feira, 2 de outubro de 2012

A novela da vida segue a vida

Ainda pouco lembrei de algumas passagens da adolescencia. Lembrei que alguns amigos brincavam me chamando de bruxo quando eu acertava alguma previsão acerca do comportamento de alguém.
Falei na época e repito hoje: Não há mistério no que - ainda - faço. Há o "olhar querendo ver e não temer o visto", raciocínio lógico e pura matemática.

Olhar querendo ver e não temer o visto é tirar todas as couraças e olhar aquela situação sem julgo, é estar atento a tudo e a todos e não temer o resultado do que se vê (isso rende livros).
O raciocínio lógico mostra para onde as coisas caminham observando atos, ações e atitudes de cada um.
A mátemática é usada para calcular - em probabilidade - os caminhos mais comuns já usados diante das observações feitas.

Após isso é brincar de achar as peças que montam o quebra cabeça. E se ontem já era super fácil, imagine hoje que o mundo faz questão de expor a si e a outros nas redes sociais.
E não, eu não precisa "fuçar" a vida de ninguém. Tudo cai no seu colo, basta que você esteja disponível para aquelas informações. Vem uma atrás da outra.
Por mais que você esconda ou camufle seus passos, o outro tem necessidade de "se mostrar" e... pronto! Ele te mostra dentro da necessidade dele se mostrar. Ele sinaliza os acontecimentos, ele deixa claro o rumo que a prosa leva. Uma observação atenta aqui, outra ali e, mais uma vez: Bingo! Você acertou não somente todos os passos como o desfecho daquela, tão comum, novela.
E agora? Agora é fazer as previsões para os próximos passos e acompanhar os próximos capítulos. Duvido que eu erre!

Boa semana, povo!

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Ted Boy Marino - um dos meus idolos

Foi com imenso pesar que acabei de saber do falecimento (transição é um termo mais adequo para o meu coração) do ator Ted Boy Marino.
Puta merda!!! Lá se foi minha sexta-feira. Um luto dolorido, imensamente dolorido.

Uma das coisas que eu amava fazer todos os finais de semana era ir ao "poeirinha" (cinema a uns 3km de casa) para assistir a filmes de karate. Ao final, voltava aquele bando de meninos brigando nas ruas. Golpe a golpe reproduzíamos todo o filme e um ou outro ainda lembrava das falas com exatidão.
A alegria maior vinha quando, de tempos em tempos, a trupe da luta livre, ou melhor, o Telecatch, se apresentava perto de casa.
Numa dessas apresentações eu consegui estar no corredor de saída dos lutadores. O astro maior, Teeeeeeeeeddddd Boooooooyyyyyyyyyyyy... Marino!, vinha atrás de todos. Usava sua capa, botas e aquela sunguinha hoje considerada horrível, mas que na época, muitas vezes imitei.
Todos os meninos gritavam por ele, mas tinha muita gente boa. Nomes estranhos e caras maldosas. Até Pedro de Lara fazia parte da coisa toda junto com Fantomas, Aquiles, Bala de prata, Verdugo, o mascarado e muitos outros.
Depois de passarem todos, ele surgiu. Aquele guerreiro loiro, forte de golpes precisos e aclamado por um coro ímpar.
Todos pediam afagos, tentavam tocá-lo, queriam autógrafos. Ele passava soberano.
Naquele dia eu estava com sorte e ao gritar pedindo as mãos dele, deus Ted me ouviu as preces e... apertou minhas mãos. De quebra ainda ganhei um afago na cabeça.
Voltei para casa em extasy, todos que cruzavam por mim ouviam-me dizer: apertei a mão do Ted! Apertei a mão do Ted!
Em casa, falei daquilo por quase um mês sem parar. Ted era o que havia de mais profundo no imaginário de uma criança.
E hoje, aos 43 anos fico sabendo que Ted transitou. Logo hoje.
Além de triste fico verdadeiramente introspectivo, afinal não é qualquer dia que conseguimos o afago de um verdadeiro guerreiro. E não é qualquer dia que sabemos que menos um quadro da nossa rica infância se vai.

Vai na pax Ted, as crianças lá de cima curtiram, aos montes, seus golpes precisos e sua postura de guerreiro.

Amém!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Auto quixotequiamento

Auto quixotequiamento
Eu, quixote em mim, assumo:
Tu és
minha Dulcinéia - a quem dedico meus versos e a quem busco incessantemente;
Meu Sancho Pança - Um fiel escudeiro a quem prometo ilha para governar;
Meus moinhos de ventos - Os quais olho como gigantes e digladio sem parar.
Minhas estradas: As quais faço-me andarilho e cavaleiro errante em uma triste figura.

Tu és única.
(rendaro: "Gracias a la vida que me ha dado tanto. Olé!")

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Quem (ou o que) você não é?

Por ai, vejo muitas pessoas, sobretudo em perfis de redes sociais, escrevendo que é muito difícil falar de si mesmo. Alegam que um sem fim de pontos para justificar essa posição e o que mais me chama a atenção é que saber quem você é é uma tarefa desgastante e deveras confusa.
Discordo totalmente. Saber quem somos, por mais que não assumimos, é fácil. A dificuldade - ao menos no meu ponto de vista - está em saber quem (ou o que) não somos.
Os psicólogos e palpiteiros de plantão insistem em, ao longo de um relacionamento, criarem "um seu perfil" segundo a visão deles. Entendo, concordo e até aceito que muito dessa visão vem de dados, posturas e até omissões que nós insistimos em dar/possibilitar, mas ainda assim entendo como "abuso de poder" traçar um peril quer nem sempre condiz com a realidade de cada um.
São interpretações de leituras que vão nos atirando seguidas e repetidas vezes que vamos "acolhendo" ao longo do tempo. Até que uma hora aceitamos e até incorporamos aquile perfil como sendo nosso. E é aí que vem a grande confusão mental na hora de escrevermos sobre nós mesmos. O que somos podemos buscar dentro e trazer depois de uma análise, mas o que não somos é mais difícil, pois ñão somos, mas de tanto ouvirmos, de pessoas que supostamente confiamos na visão, nos deixa manchas, reflexos e até luzes ilusórias acerca de nós mesmos.

Até porque se um bom discurso, ainda que vindo de um desconhecido, pode mover multidões imagine se o dicurso, tão bom, for feito por alguém em quem você confia e credita muitas fichas naquela visão?

Acreditar na visão do outro pode nos ajudar a ver a nós mesmos, porém a cada apresentação é salutar avaliar se você realmente é aquilo e ver quais pontos levaram o seu interlocutor a vê-lo assim.

Um outro ponto - que acredito piamente - é que vivemos de fases e em cada uma delas algumas de nossas posturas e visões mudaram significativamente.

Claro que nossa base será, invariavelmente, sempre a mesa, mas ainda assim a cada novo horizonte podemos, sim, mudar de visão e opinião.

Fica a pergunta: Se você é capaz de saber quem você é, consegue saber quem (ou o que) você não é?

Agora eu sei um pouco do que (ou quem) eu não sou e isso é muito bom. Ufa!

Boa semana e já volto com as postagens constantes.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

E a vida?



Todo o mundo tem suas histórias para contar
Se eu contasse as minhas, todo o mundo ia se espantar.

Estou vivo!

domingo, 1 de julho de 2012

Luto o luto

Luto um luto que me faz outro.
Nem melhor, nem pior.
Agora outro. Sendo feito.
Na luta do luto

Aderlei

sábado, 30 de junho de 2012

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Três Marias

Três Marias
Três Marias - Magna 125, Shadow 600, Suzuki RF 600
No período que morei em São Paulo, tive o prazer de ter três parceiras para toda hora.
Três Marias que nunca me deixaram na mão.
Lucille, a primeira delas, era uma coreana de estilo estradeira e 125cc. O design era o mesmo de uma Harley e para uma 125 ela impressionava.
Como Maria era uma pequeninha marrenta e que adorsva se meter onde não era chamada.
Já quase despenquei da serra que liga Belo Horizonte a Sabará em Minas Gerais. Birita, Blues e Beat. A vida, também, é isso quando estamos de férias e precisando descarregar.
Eu era tão folgado na Lucille que encarava carros possantes em subidas ingremes e nem me esquentava quando ficava para trás.
Na época dessa deusa que passou em minha vida eu usava couro, era barbudão e fazia o tipo.
A história mais louca aconteceu quando resolvi fazer mais de 3.000 quilômetros sobre ela.
O intuito era sair de São Paulo, ir á Campinas e Ribeirão Preto, voltar para Atibaia, Rio de Janeiro, Juiz de Fora e Voltar à São Paulo.
Aconteceram tantas coisas, tantos imprevistos que eu dobrei a quilometragem da viagem.
Sem contar que a parrudinha que nunca deu trabalho resolveu soltar um peça do carbirador que me fazia parar a cada quilômetro até que um caminhoneiro encostou para me ajudar. Algo simples, fácil de resolver, mas que eu não tinha a menor habilidade.
O cara era careca e levei um baita susto quando, nervoso tantando adivinhar o problema, ele se aproximou.
Lucille foi roubada da minha garagem e o mais impressionante foi que de madrugada acordeu com seu ronco e voltei a dormir não suspeitando de nada.
De manhã passei por onde ela ficava, fui à padaria, voltei e não dei falta dela.
Imenso foi o susto ao perceber que ela não estava lá.
É uma dor imensa. Pior que perder namorada para o cara mais feio da escola.

Uma Honda Shadow 600 veio depois dela.
Vagaba era seu nome. A moto tinha tudo para não vingar, mas no entanto nunca me deixou na mão.
Foi a moto que eu mais customizei. Tinha Easy Rider (aquele ferro grandão atras), banco poltrona, descanso para bagagem na traseira, alforges laterais e frontal, guidão reto, retrovisores estilosos e extensor de pedaleira. Um brinco de Rat Chopper.
Paguei super bem nela e ficou comigo uns dois anos.
Com ela fiz várias viagens pelo Brasil e sempre ouvia elogios sobre ela.
Diferente da Lucille, a vagaba nunca caiu.
Sua final era pouca. 140Km não dá para fazer muito, mas algumas vezes rocei pedaleira no chão.
Uma passagem interessante com a Vagaba aconteceu uma vez que um amigo pediu para dar uma volta e passou o dia todo com ela. Quase morri e, ao pensar que a perdi, vi o quanto a amava.

Depois de tantas estradeiras, de tanto ficar para trás casei com Suzi. Uma Suzuki RF 600. Uma clássica fora de linha que era simplesmente maravilhosa.
Excelente final, ótima ciclística e visual de fazer inveja.
Suzi era aquele tipo de menina que não dava mole para qulaquer um. Podia chegar, elogiar, fazer fita que ela ficava na dela. Nada de graça com ela.
A Lucille, apesar de marrenta, era um doce e ia com qualquer um. A Vagaba era aquela porqueira que ninguém queria, mas até que conhecendo melhor dava para se apaixonar. Já Suzi era patricinha, nariz empinado, tudo no lugar e da moda.
Na estrada era fogo na roupa e para acompanhá-la era preciso fôlego. Sobre ela deixei muita gente de cabelos em pé. Fora dela, deixei muita gente babando de inveja.

Essas foram as minhas três melhores meninas. Com elas era preto no branco. Se eu fizesse a manutenção em dia, tinha o melhor delas, se vacilasse, não tinha nada e ficava na mão. Ah se toda mulher fosse assim...

Aderlei Ferreira
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quinta-feira, 28 de junho de 2012

O poeta e o palhaço

O poeta e o palhaço
Vive, em uma só figura, dois seres iguais.
O poeta e o palhaço.
A diferença entre um e outro é que um usa a caneta e o outro o nariz.

Aderlei Ferreira
305121658

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Pensando melhor...

Agradeço a força recebida (não me acreditava tão querido) e pensei melhor: As postagens (tanto de junho quanto de julho) já estão prontas, organizadas, revisadas e programadas. daria mais trabalho suspender que deixar seguir.
Aproveitarei esse mês para curar a ferida e até me inspirar para agosto, afinal assumi o compromisso de postar constantemente até o final do ano e não pode ser uma dor a me fazer parar, pelo contrário, é justamente na dor que melhor escrevo.

Vamos gente, força!

Vultos

Vultos

Nos sonhos de mim mesmo
sou mais forte que o palhaço.
Mais belo que o penhasco.
Mais enigmático que o vulcão.
Mais soturno que os becos a noite.
Mais radiante que o sol na lua.
Nos sonhos de mim mesmo
sou eu. Em mim mesmo.

Aderlei Ferreira
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terça-feira, 26 de junho de 2012

E agora?

Quando alguém que a gente ama se vai fica uma dor, um vazio, é uma perda imensa.

Peço desculpas a quem tem vindo ler o blog com frequencia e ficarei off para viver mais esse momento. Essa dor.

Perdido,
Estou de luto.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

domingo, 24 de junho de 2012

Domingus IV

Domingus IV
D ante Alighieri me ajuda!
o poeta morre em mim.
m orre a escrita, a rima, os versos!
i nspiração que não me assalta mais
n enhuma ação, linha, ideia ou visão
g asto horas buscando por um unico verso
u so metáforas, instigo ilusões, mas nada.
s ou eu carente de amor que vaze aos versos?

Aderlei Ferreira
2305121916

sábado, 23 de junho de 2012

Face a face

Face a face




Face a um pensamento que de tão pensante faz-se pensar.
A saída é mergulhar no limbo, trazer à tona a questão e encará-la de frente. Olhos nos olhos quero ver o que você faz. Diria a diva da MPB.
É isso que preciso fazer a mim mesmo. Encarar-me de frente e ver o que faço.

Aderlei Ferreira
305121612

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Leitura corporal - Errar é humano, julgar é burrice

Leitura corporal - Errar é humano, julgar é burrice.
Vez e outra, visitando sebos, deparo com bests sellers como: O Corpo Fala e Leitura Corporal.
Já os tive, já os li, já os segui e até recomendei. Verdade.
Mas hoje me coloco a refletir.
Oras, se leitura corporal fosse precisa Garota de Programa e Ator não conseguiriam sobreviver de suas profissões, no entanto, ambas são os ofícios mais antigos no mundo em que vivemos.

É fato que quando generalizamos somos injustos, mas vamos e venhamos, que essa coisa de seguir à risca a tal da leitura corporal pode colocar muita gente em maus lençois.
Vejam o timido. Ele tem dificuldade em manter contato olhando nos olhos e nem por isso todo timido é mentiroso.
O psicopata é outro exemplo interessante, pois num primeiro momento em seus atos  não há nada que o denigra.
Tem mulher que é deveras preconceituosa em relação a cor, altura, religião e status social, mas não posso dizer que quando uma namorada desclassifica um homem que o namorado ciumento encanou ela está mentindo.
Algumas pessoas, sobretudo as do sul do país, são educadas de forma a viverem isoladas. Posso classificar alguém do sul como sociopata só porque ele tem um círculo de amizade restrito a pouquíssimas - ou nenhuma - pessoas?
Vejam aquela moça que te olha insistentemente no bar. Está te dando mole, não?
Não se ela acha-o muito parecido com alguém importante na vida dela, tipo... o ladrão que a roubou há dois anos atrás. *sorriso*
Sério: Ela pode olhar na sua direção e não necessariamente para você. Já notou se você está entre ela e a porta?
Você dá "oi" para uma mulher e ela responde mexendo nos cabelos. Segundo os livros, ela está interessada em você, mas e se estiver com caspa ou o shampoo novo não fez bem ao seu couro cabeludo?

Não sei e tem mais um sem fim de coisas. O que sei, de fato, é que tenho cada vez mais olhado menos para o corpo falante e focado cada vez mais na pessoa á minha frente. Se ela tiver boca que fale por si mesma.
Boa sexta, povo!

Aderlei Ferreira
351227

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Aprendendo a ler

Aprendendo a ler
Da luz que brilha quero o sol maior.
De mim mesmo nada peço.
Dias são dias e noites aqui estão.
Do mundo que acontece quero terra firme.
Duvidas em vão. Certezas dispersas.

Aderlei Ferreira
295121738

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Pasta de tempo

Pasta de tempo
no tempo que passou
passou o tempo
tempo no que passou
o tempo passou
que passou no tempo
tempo o passou

Aderlei Ferreira
95121723

terça-feira, 19 de junho de 2012

Mais Fotos!

Mais Fotos!
Salve povo!
Inicialmente eu prometi 17 fotos do ensaio que fiz com Marguerite para esse mes, no entanto, venho encaixando fotos aqui, ali e acolá. Essa brincadeira aumentou o número de fotos (e a cada mudança altero o editorial de junho), o que é bom.
Agora "inventei essa postagem-satisafação" para colocar mais uma foto. Vamos escrevendo. Vamos lendo *sorriso*.

Narcismo? Talvez, mas a certeza vem quando pensamos nas dependências dessa louca vida louca. Depende do seu ponto de vista, da sua formação em psicologia, do quanto você gosta de mim e do seu entendimento.
Ora, sou fotógrafo. Por evento gero não menos que mil cliques. A mim nunca cliquei de forma profissional, assim o que vejo aqui é a oportunidade única de estar do outro lado.
A exemplo de todo e qualquer modelo, quando gosta-se do trabalho, quero é divulgar. E é isso que faço.
Sem culpa, sem medo, sem vergonha e até com um elevado grau de orgulho.

Isso posto, estou na foto de número 20. Quem sabe não consigo postar mais?

Agora eu peço licensa aos senhores e vou falar com a minha diva:
Alcione, meu amor, sabe por que eu tenho colocado essas fotos aqui, nega? Para você, meu doce. Só para você.
Sabe, princesa, eu fiz as fotos pensando naquela música que você fez para mim.
Vou compartilhar, tá?
Beijos, mô.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Dias sem fim - Meu eclipse

Dias sem fim - Meu eclipse

Certo dia o dia foi visitar a noite
Ela o recebeu e o convidou para o jantar
Ele aceitou e quase se perdeu nas horas
Por pouco o dia quase ficou na noite
Por pouco a noite seria algo sem fim
Para nossa sorte, o dia retornou
Trouxe sol e entendeu que cada um
tem seu lugar em mim.

Aderlei Ferreira
295121712

domingo, 17 de junho de 2012

Domingus III

Domingus III
D o amor quero amar
o lhar o mundo da paixão
m ergulhar nas flores do gozo
i nspirar poetas, músicos e escritores
n ada além de amar, apaixonar, viver os dias
g ostos molhados, beijos demorados, tempo sem fim
u vas, vinho, flores, jantar à luz da lua nua. Dar as mãos
s imples o meu querer de te querer amar amando o amor em nós

Aderlei Ferreira
2305121916

sábado, 16 de junho de 2012

Atrela-se

Atrela-se
Atrela-se porque somente a ti tens.
Agarra-se ao único mastro que sobrou do naufrágio. Tu.
E não afunda, homem.

Aderlei Ferreira
295121656

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Desistir não é perder.

Desistir não é perder
Infelizmente o ser humano é o único bicho que complica a vida. Muito disso deve-se ao fato de pensar/filosofar e o peso maior: Achar. Como o ser humano é cheio de achismo, não?
Nós damos nós em nós mesmos e confundimos tudo e nos perdemos muito quando o assunto é refletir sobre algo ou comunicar algo.
Desistir e Perder são dois bons exemplos de verbos que confundimos, sobretudo se o assunto é relacionamento. Eta nóis que relacionar é algo feito para outro mundo, não? *sorriso*

"Dificil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que mais se ama.
Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer" Bob Marley

O mestre Bob diz muito nessa frase (busquei tudo para saber se era parte de música e não achei) e vai direto ao ponto que pretendo bater: Desistir não é perder.

Pôxa vida, como sofremos com a ideia de acabar um relacionamento que entendemos não dar mais certo. É duro você gostar de uma pessoa, mas entender que tem mais dor que amor.
Você ama, faz a sua parte e interpreta os atos do outro como não sendo os que deseja para aquela relação.
Fim! Assim, duro e seco parece até uma bomba, porém, para a nossa felicidade (se é que algum fim é feliz), todo fim de relacionamento é um processo e nunca acaba no estanque. Nunca de pronto.

E choramos. E nos perdemos. E achamos que fizemos besteira, pois entendemos que não ficamos o suficiente, não apostamos o suficiente, não entramos o suficiente.
Quando tentamos outro relacionamento que não dá certo, então, a coisa fica pior ainda, porque logo apontamos para o passado e logo nos empurramos um sem fim de ideias que somente nos coloca para baixo.
Só não paramos para pensar que desistimos e desistir é escolher e escolher é viver.
Desistimos, gente. Não perdemos.
Perder é, segundo o dicionário online:
v.t. Ficar privado de, deixar de ter (algo que se possuía), deixar (alguma coisa) extraviar-se.
Ficar em situação desvantajosa, ter mau êxito.
Arruinar, desgraçar.
Deixar de presenciar.
Não, definitivamente, quando acabamos um relacionamento (ou quando aceitamos seu fim) que não deu certo, não perdemos, apenas desistimos e isso, por si só, devia ser ponto de alívio e não de angústia, pois desistir é abrir mão de algo que não desejamos mais e perder é ficar sem. É não ter.

Boa semana povo!

Aderlei Ferreira
295121652

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Dias

Dias
Passam os dias com dias de passagens.
O deserto oferece miragens, à vida nada mais.
Passam os dias com frias paisagens.
O cinza assombra toda luz.
Toda luz perde a confiança em seu brilho.
Passam os dias com dias de passagens.

Aderlei Ferreira
285121746

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Doce Marrom

Hoje acordei no 220v e não podia fazer outra coisa senão assumir um amor antigo e dar a cara para bater.
Liguei para Billie, acabei tudo. Desliguei. Liguei para a Marrom, ela estava dormindo, fui ao site e deixei meu pedido de namoro!
Que registrem nos altos (e baixos da vida)! Estou de namoro fechado com a Alcione.
Uma pena só começarmos depois do dia dos namorados, teria feito um jantar lindo para ela ontem.

Aí vai a cópia do que foi enviado ao site dela:

Salve Marrom!
Por anos escrevi sobre as divas norteamericanas e, erroneamente, ignorei as divas nacionais. Por anos a ouvi, a curti, mas na hora de amar, eu corria para as gringas. Tolice. Mea culpa, assumo.
Hoje acordei com seus acordes no meu ouvido, despertei com seus sussurrantes gritos me mandando embora, me chamando de louco e falando da sua "estranha loucura".
É nega... De alguns meses para cá acabei meu relacionamento com a minha ex namorada, a Billie (Holiday), e só penso em você.
Linda, poderosa, amante sem igual e... brasileira!
Meu Deus!!! Me perdoe. Como pude me fazer de rogado por tantos e tantos anos tendo uma mulher como você ao meu lado?
Não mais, diva. De joelhos, anel em punho, quero te pedir em namoro, pois não aguento mais viver sem você.
A amo!

Ontem. Hoje. O copo amanhã

Ontem. Hoje. O copo amanhã
Inspiração: Tabacaria
Fernando pessoa/Álvaro de Campos

Hoje nada quero, pois que ontem tudo tive.
Hoje nada espero, pois que ontem tudo me veio.
Ontem vi pássaros na praça, crianças a sorrir, mães a cuidar.
Hoje vejo o cinza do dia vazio a me assombrar o coração vadio.
Ao errar a letra de vazio tudo me falta, tudo vadia
e a imgem que tens de mim é nada afora um tudo que eu pude ser (devo ter sido).
Em ti sou pó que gruda no armário, sou pensamentos de passagens.
Sou uma rua vazia com semáfaro desligado. Pode passar sem freio.
Não precisa olhar para os lados, eu não estarei esperando a minha vez.

Para ti sou um nada vazio, um copo vadio de tendinha qualquer que roda
na mão dos fregueses e volta para a lavadeira com a cara mais deslavada.
Bradas meu nome em teus sonhos, mas é incapaz de acordar e pensar em mim.
Qual conto deixas pistas para não se perder. Já perdeu-se de si, Maria, pois
que não sou João. Não eu. Eu sou meu. Muito eu e só meu. Talvez até só demais.
Um copo vazio que depois de quebrado é usado somente para apoiar o que nenhum outro apoia.
Teem pena de me jogar fora. A lavadeira me tem carinho, mas o dono do bar nem sabe que existo.
De certo, se soubesse já me teria dispensado. E brigado com a lavadeira que usa um qualquer depois de tantos outros à disposição. Ela me tem carinho, ele não me tem, por isso me despreza.
Eu insisto em estar aqui. Nesse bar em ruas vazias, com povo vadio.
Não me olhes. Não do jeito que estou. Não estou bem aqui largado sendo usado apenas pela lavadeira.
Não me olhes hoje, pois que ontem fui muito mais. Não pense em praças cheias de luz, pois que dos bebados sou.

Hoje nada quero. Hoje nada espero.
Hoje tudo quero. Hoje tudo espeto.

Ainda assim me vejo luz, pois que do Pai ainda sou filho e com o diabo me recuso a pactuar.
Algo resta em mim que a vida não toma, Maria. Mas ainda não sei ser João.
Nem mesmo sei se quero sê-lo, pois que prefiro comer o pão a jogá-lo no chão para marcar caminhos sem volta, pois que da volta que o mundo dá, dou eu a volta que posso dar. Nos mundos.
Os dias me faltam, as luas me visitam com garrafas sem copo. Alegro ma non tropo.
E eu vou de pinga em pinga até embebedar os que aqui veem me visitar.
Não sou do bar, mas aqui passo meus dias. Aqui.
Aqui vejo a alegria e a tristeza de ser o que é.
O pai que tarda a chegar para o filho.
O marido que evita a esposa.
O filho que desconjura o pai.
O promovido que agora será chefe e se vingará.
O chefe que será mais chefe e mostrará quem é.
A filha que ama o pai, mas não o conhece. E dança nua para passar o tempo na rua vazia. Vadia.
O músico que toca porque não se toca. E quando se toca, muda o tom, mas volta à mesma música.
A balconista que, de tanto ouvir, virou terapeuta sem nem saber aconselhar. Manda à morte seus mais fiéis fregueses. Se diz religiosa, prega a paz pensando na guerra que moverá em família.
O jogador que mesmo só dando bola fora não sai da compulsividade do jogo.
Todos veem aqui, Maria. Todos veem me ver.

Um copo quebrado. Hoje.
Um homem quadrado. Hoje.

O que sou, Maria?
O que sou em mim mesmo?
Amante da lavadeira que me recicla, e usa como quer, e não me deixa mais rodar o bar de boca em boca só para me ver sofrer jogado em um canto como espectador?
Quem sou eu para mim mesmo?
Alguém esperando abrir um semáfaro desligado em uma rua vazia? Vadia.
A dor é minha. Ontem na praça. Hoje no dia cinza.
A percepção é minha. Ontem e hoje.
O julgo é meu e confesso que não fui preparado-me para julgar. Sempre corri do martelo que agora me falta para dar minha própria sentença.

Ontem já foi. Hoje está indo.
Agora me resta o futuro do amanhã. Já que nesse texto ele recusou-se a entrar.

Aderlei Ferreira
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terça-feira, 12 de junho de 2012

Minhas namoradas, meus amores

Minhas namoradas, meus amores
Meu primeiro beijo sem culpa aconteceu com aquela mulher de braços musculosos, lábios bem guarnecidos, olhar arrogante, fixos no horizonte e toques virtuosos.
Eunice. Nossa. Negra, esquia, elegante, com um poder de presença que fazia tremer tanto lua quanto estrelas. A noite, definitivamente era dela. Ambas trocavam respeito.
Na intimidade, Eunice, era de pouco sorriso. Tinha dentes lindos, grandes e muito bem alinhados, mas sorria pouco. Talvez por ser totalmente focada no que fazia.
Nosso relacionamento era rico em altos e baixos. Uma gangorra de ciclos, reciclos e círculos sem fim. Porém muitas vezes ouvi, li e vi Eunice me dizer que queria que eu morresse. Só assim se livraria de mim. Quando eu achava que a frase havia acabado ela continuava falando e soltava uma gargalhada: "Eu queria que você morresse, só assim eu me livraria de você "pausa". Assim eu poderia me preprarar melhor para te ter na próxima vida "gargalhada".
Nem sempre dançava, mas era - definitivamente - apaixonada por nossas raizes africanas e bastava um afro-jazz para essa mulher levantar, abrir seus fortes (e bem definidos) braços, sorrir e dançar. Dançar e sorrir.
Infelizmente Eunice se perdeu em si mesma e como a maioria dos artistas ligou-se mais ao "mundo dos outros"  que ao nosso mundo. Ela pirava por dias, viajava sem fim. Via coisas, gentes e lugares.
Nessa época o pedido dela foi aceito. Eu morri em seu coração. Parti, mas não sem antes ainda ouví-la cantar: Love or leave me, uma música dos anos 20, muito popular nos EUA, sendo que na época era um sucesso na voz de Sammy Davis Jr., sobretudo pelos precisos scats que ele fazia na música, deixando-a com um swing muito dançante. Ela a cantou chorando, triste e num ritmo de jazz ballads que nunca consegui esquecer.

Depois de Eunice eu tive alguns outros "casos consola trouxa", aqueles que entramos achando que é a saída para o nosso sofrimento quando, na verdade, é a entrada em um sem fim de aborrecimentos. Você não viveu o luto que era preciso para seguir, mas - por outro lado - está cansado de tanta dor, que no seu entendimento já é sem sentido.
Você culpa o outro pelo fim, depois culpa a si mesmo e nesse interim se perde completamente do objeto em questão: seguir em frente afim de preservar a sua sanidade tanto emocional quanto mental.

Foi no meio dessa filosofia toda que eu conheci a Jane.
Meu Deus!!! Que sorriso lindo! Que olhar que ficava, graciosamente, pequeno quando ela sorria.
Sua timidez era muito mais observada na intimidade que em público. Os amigos a amavam, eu a idolatrava, afinal ela passou sobre mim como um trator passa sobre areia molhada. Amassa com precisão e sem pena.
A conheci cantando no pátio de uma escola. Lembro como se fosse hoje. Era inverno, eu vestia uma gola alta (acho que o nome é gola rolê) branca - o branco sempre me favoreceu ao contrastar com a minha pele - calça social boca de sino, cabelo black power e um imenso cordão de prata com crucifixo. Estiloso, hein? Pois não.

Jane me conquistou desde o primeiro olhar. Eu brincava dizendo que ela tinha um olhar summertime e, claro, ela se derretia a sorrir. Doce.
Aliás, doces eram suas palavras, sua forma de falar e olhar.
O interessante é que o namoro não durou muito. Foi importante, foi profundo, mas devo confessar que nunca amei profundamente Jane.
Pera lá! O fato de não amá-la não a desabilita nessa lista de minhas namoradas, meus amores. Por favor!
O relacionamento foi de profunda transformação em mim. Aprendi muito com ela.
O que mais me chama a atenção é que Jane é uma das poucas namoradas que tive que ficara fora do meu padrão comum.
O relacionamento acabou de uma forma estranha. Eu mudei de bairro, de escola e de amigos.
A vida era outra, o verão chegou e sem despedidas acabamos.
Isso é uma coisa que me pergunto: As namoradas que eu não acabei, ainda são minhas namoradas?

Nessa mudança de bairro eu conheci Glória. Pra cima, rapaz, temos que sobreviver!!! *sorriso* Era sua melhor frase.
Glória era uma negra linda, nariguda, sorriso largo. Nunca consegui acreditar que eu namorei uma mulher como ela. Totalmente à frente de seu tempo. Dançamos muito as baladas dos anos 70. Ela sabia tudo de discoteque, mas o que eu mais gostava mesmo era da "hora da lenta". Quem não se lembra do baile ficando escuro, formando aquele bolo de gente no meio do salão para dançar agarradinho? Essa era a hora da lenta ou vulgarmente chamada de "hora do mela cueca".
Dançavamos feito uns loucos, suávamos e na última música agitada para o início da lenta era uma correria só para o banheiro. Tinhamos que secar o suor e, finalmente, tirar para dançar "aquela mina" que olhamos todo o início da noite. Se rolasse não tinha mais dança. Era cantão. Se não rolasse, tentávamos outra, e outra e outra, até que acabava a lenta e iamos para o salão dançar. Feito uns loucos!
Glória estava super fora do meu padrão, confesso que não sabia o que fazer com tanta mulher na minha mão. Não sabia o que falar, como conversar e, ainda assim, ela "me aturou" por um bom tempo. Penso que ela achava que, uma hora, ia acontecer alguma coisa. Não aconteceu. E acabamos.
Por um longo tempo eu gritava que ia sobreviver.

Até os dias de hoje eu conheci mulheres maravilhosamente especiais e precisaria de muito mais que parcas linhas para falar de uma a uma. Seriam um livros fantásticos sobre pessoas fantásticas.
Amei cada uma a meu jeito. Por umas compreendido por outras taxado de anormal, mas por todas amado profundamente e sou imensamente grato por isso, pois que a cada uma melhorei, cresci, fui além de mim mesmo. Elas fizeram homem o homem que somente uma mulher pariu e ensinou a amar as mulheres (Serge Gainsbourg?! De modo algum, senhoras). Carinho... Carinho...

Porém, nenhuma é páreo o meu único e verdadeiro amor (my one and only love?), Eleanor.
Eleanor tem uma história de vida bastante triste, mas é daquelas histórias com final feliz.
Ele cresceu em um prostíbulo vendo sua mãe ganhar o sustento cedendo seu corpo a várias espécies de homens. Certo dia, entendendo que aquele seria seu caminho natural, pediu ao dono do prostíbulo para deixar de ser faxineira lá e passasse a servir a homens com seu corpo. Só que ele a achava muito feia.
Querendo ajudar, mas sem saber o que fazer, sugeriu que ela tentasse cantar na banda do bordel. Era um serviço melhor que limpar chão e ela ganharia um pouco mais.
Não demorou muito para que a simples Eleanor assumisse seu nome completo Eleanor Fagan Gough e virasse um requisitada cantora da noite.
Gente do céu! Já briguei muito com namorada por causa da Lady Day, afinal, por favor, Eleanor Fagan Gough era a minha pequena Billie, aliás senhora Billie Holiday para vocês!

E entendam:
Eunice Kathleen Waymon foi, sim especial, mas como Nina Simone não seria especial para alguém que ama jazz?
Jane? Foi sem igual! Ella Jane Fitzgerald me encanta até hoje e realmente ainda sou apaixonado por seu sorriso timido.
E Gloria Fowles? Eu ainda prefiro Gloria Gaynor, acho que esse nome é sem igualm as igualmente acho que não é mulher para mim *sorriso*.

Meninas! As amo do fundo do meu coração!

Aderlei Ferreira
8612122

Dia dos namorados - Vamos amar? (segunda postagem: 12:01 PM)

Dia dos namorados - Vamos amar? (segunda postagem: 12:01 PM)
Não tem coisa mais gostosa do que namorar, beijar na boca e ter alguém para chamar de seu (já dizia o poeta).

Familiares e amigos são nossas bases estruturais, mas uma namorada faz toda diferença em nossa vida.
Nossa troca com ela é em outro nível, a cumplicidade, o compartilhar eventos, ideias e ações.
Os primeiros beijos, o assumir para o mundo que estamos namorando e querer mostrar. Unir círculos.
Fazer programas juntos, compartilhar opiniões e sorrir de coisas aparentemente bobas, mas que vindo daquela que amamos são, simplesmente, fantásticas.
E as conversas? Como ela tem uma visão à frente de seu tempo! Pensamos, nos orgulhamos e ficamos deslumbrados com a oportunidade de estar ali. Tudo é um encanto.
Nossas cabeças são delas. Pensamos nelas o dia todo, queremos estar juntos em todas as situações.
Nos aborrecemos quando alguém a aborrece.
Mesmo brigando, acreditando no fim e não querendo mais falar, nós a amamos. Nossas namoradas são únicas e especiais.
Não tem prazer maior do que deitar na cama, olhar para o teto e ver seus rostos estampados na luz da lua ao lado das estrelas que a agraciam.

Não tem coisa mais gostosa que namorar, beijar na boca e ter alguém para chamar de seu, não é mesmo?
Embora eu esteja namorando somente a mim mesmo, desejo a todos um Feliz Dia do Namorados porque amar ainda é a melhor coisa do mundo!

(às 12:01 PM haverá uma segunda postagem "Minhas namoradas, meus amores" volte e leia)
Aderlei Ferreira
235121820

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Mente são

Mente são
O desejo consome a carne.
A carne consome a mente.
A mente ilude dizendo
que é tudo mentira.

Aderlei Ferreira
275102341

domingo, 10 de junho de 2012

Domingus II

Domingus II
D olores ligou.
o távio atendeu
m iguel queria pão,
i vo queria café,
n aldo queria Dolores.
g ustavo gritava Dolores.
u ns mais outros menos.
s eus filhos queriam a mãe.

Aderlei Ferreira
2305121916

sábado, 9 de junho de 2012

Vida de viver

Vida de viver
Vai além de ti mesmo e navega em teus pensamentos.
Fura barreiras, acredita em ti e vai além de ti mesmo.
A vida traga quem não navega, naufraga quem não vai além.
Vai além de ti mesmo e navega. Navega em teus pensamentos.

Aderlei Ferreira
275122307

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Ser louco é muito saudável, sim senhor!

Ser louco é muito saudável, sim senhor!
Infelizmente o ser humano tem uma concepção de loucura, a que vem dos psicoespecialistas,
que é interpretada de uma forma que entendo como equivocada.
A loucura é concebida equivocadamente como algo pejorativo, porém quero que me provem que os grandes gênios não podiam ser vistos como loucos, que os maiores e melhores artistas não eram/são loucos e que pessoas que fazem acontecer não são loucos.
Só o louco tem energia para sair do centro-comum e mostrar para os normalpatas (aqui escrevo sem pejo algum) que é possível melhorar, mudar e continuar seguindo em frente.
Só o louco mostra que trabalhar, ser responsável e ser feliz podem estar no mesmo patamar.
Só o louco consegue acesso a "informações sigilosas" e tem disposição - e permissão - para propagá-las usando uma linguagem comum.
Só o louco "desce" com autorização expressa dos Mestres para estar aqui sem perder o vinculo com o mundo de lá, visitar outros mundos e ainda criar o seu próprio. Uma proteção?
Sem contar o principal: A maioria daqueles que são taxados de loucos, o são para sua época. Quando o futuro vira presente, as pessoas se rendem e são levadas, por evidências claras, a reconhecer que aquele que foi taxado de louco no passado era, em verdade, um gênio.

Existe o louco que se perde em sua loucura e existe o louco que se acha em
sua loucura.
O que se perde em sua loucura, não tenho dúvidas, precisa de assistência e cada um escolhe a que entende ser melhor (psicologia, psiquiatria, psicanalise, terapias alternativas ou até nenhuma delas). Alguns se perdem mais ainda e aí conectam-se mais a outro mundo que a esse e isso é uma forma de preservar a vida, acredite: É bom para eles. Ficam mais seguros acreditando que estão mais lá do que cá.
Já os loucos que se acham em sua loucura vão além de qualquer outro ser. São
mais e melhores em si mesmos, pois que "não precisam de óculos de mergulho
para protegerem-se" e conseguem ver muito mais do mundo no próprio mundo.
Esses acreditam em suas ideias e as fazem tomar vida. Lutam contra tudo e todos e deixam as tais evidências claras para que aqueles que teem visão vejam.
São esses tais loucos que transformam o impossível em possível e compartilham com todos, pois sua loucura maior é querer o bem do outro.
Ser louco é bom. Muito bom!

Salvo a falação dos normalpatas, que incistem em tirar o louco de sua loucura, salvo "especialistas despreparados" que incistem em criar taxações para algo que recebe a simples taxa de "5 graus à esquerda" ou "fora da casinha", salvo o fato de o louco, em algumas crises existenciais, querer ser normalmata é bom ser louco.
É muito bom! Vejam: O louco vai a lugares de difícil acesso para a maioria dos humanos, o louco consegue ver, com um detalhamento impressionante, cenas que somente ele vê e o melhor: O louco traz um pouco disso para a sociedade e mostra que é preciso pouco, bem pouco para fazer arte, para se comunicar com arte ou através dela e é o louco quem possibilita a criação de um sem fim de inventos.

Por favor, amigos, parem de achar que ser louco é ruim, pelo contrário, todos deveriam invejar o louco, pois só ele consegue o que só ele consegue. É, o cara tem passaporte diplomático para visitar vários mundos e situações.

Quero ser louco, muito louco e quero ser feliz por isso e não infeliz ao achar que, ao não ser normalpata, sou anormal. Apenas sou diferente e isso me basta.

Bom Findin, povo!

Aderlei Ferreira
1125412211433

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Olha-me

Olha-me
Equilibra tua história sem demora
pois o tempo esta a passar
Agarra teu futuro incerto
pois o certo é viver para si
Olha-me de frente tua vida
Ora-me de frente à ferida
Onde foram parar os dias?
Ontem foram pagar os dias?
Reflita e  equilibra-te.
Aderlei Ferreira
265121839

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Socorro!!!

Alguém, por favor, pode mandar uma caixa de inspiração aqui pra casa?
A primeira semana de julho está pronta (e fechadíssima), as fotos estão prontas para todo o mês (falta programar postagens), os extras estão prontos, mas ainda falta desenvolver alguns textos, algumas poesias e os fechamentos.
Preciso  de, pelo menos, uma caixa de inspiração. Se alguém tiver - e poder ceder, claro - por favor, mande para minha casa que ficarei imensamente agradecido.

Obrigado.
Boa quarta-feira.

Aderlei

Embriagada

Embriagada
Vim torcer por seu sonho,
subornar São Jorge na lua,
dançar despida na rua
para pagar pelo sono (só) seu.

Vim insegura nos compassos,
aos trapos em busca de abraços,
querendo ser a fêmea que
só você sabe me aflorar.

Vim me bebendo de bar em bar,
na chuva dos meus traços,
palhaça desnuda me ofertar;
me aceite, já sou mais sua que minha.

Vim de mansinho, fininho.
Vim me experienciar em ti.
Vim ver se dormia, se se cuidava.
Vim sentir se ainda me olhava.

Aderlei Ferreira
224122323

terça-feira, 5 de junho de 2012

E a chuva?

Putz! Que chuva, não?
Ia sair para almoçar e, ao olhar pela janela e, ver o dia cinza quase deprimi.
Quando o peso do dia ia pesar eu parei à frente da porta, chaves em punho. Parei e sorri. Hoje os dias são outros e nada como ter a consciência que todos temos, sempre, opções. Sempre temos escolhas e por mais que doa temos que entender que a escolha foi nossa. Nada mais natural que aceitar/acolher/entender que a dor faz parte do processo.

Voltei da porta e vim mostrar dois caminhos para o dia de hoje. Cada um escolhe o que melhor couber, pode ser?

Amo Jacques Brel, amo sua história e seu jeito único de declarar seu amor. Meu Deus, eu amo!!! E ele fala por mim.
Deprimente, triste, soturno, mas tão verdadeiro quanto o dia de hoje.
Deprimente, triste, soturno, mas tão verdadeiro quanto eu hoje.


Por outro lado amo Seu Jorge (o noivo de Marguerite - ela diz isso e treme todas as vezes que ouve o nome dele kkkkk). É um cara alto astral, com letras que vão fundo sem perder o vinculo com a realidade, o gingado e o bom humor que só o brasileiro tem. Ri de si mesmo e é feliz.
É a outra (não segunda, por favor) opção para esse dia cinzento, afinal estar em péssimos lençois e em um processo de finalização não significa que precisamos estar tristes.
Dance, povo!!! Dance, cante, toque e se toque, afinal a vida, também, é isso!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Palco

Palco
Bailo em meus sonhos de embaixador.
Ouço vozes velozes a gritar.
Me torço, contorço e alongo as ideias.
Bailando, em sonhos, vou acordar dançado.
Bailando em sonos, vou despertar.
Em mim.

Aderlei Ferreira
265121835

domingo, 3 de junho de 2012

Domingus I

Domingus I
D ormi o dia todo, nada fiz.
o lhei o dia todo, nada fiz.
m atutei o dia todo, nada fiz.
i nvestiguei o dia todo, nada fiz.
n ada fiz o dia todo, nada fiz.
g astei o dia todo, nada fiz.
u sei o dia todo, nada fiz.
s e soubesse que seria assim, nada teria feito.

Aderlei Ferreira
2305121916

sábado, 2 de junho de 2012

De mim mesmo

De mim mesmo



Se me escondo de mim mesmo, não me acho fácil.
Se me acho fácil, de mim mesmo, me escondo.
E assim vou nesse ciclo e reciclo sem fim.
E assim vou de mim para mim mesmo.
Às conversas, às negociações, me iludo, me enrolo, não me digo o que é preciso dizer. Não me coloco à luz do dia e me convenço a não mais me esconder. De mim mesmo.
Porque se me escondo de mim mesmo, eu mesmo não consigo me ver. Assim, vou verde, sem amadurecer.
Assim não largo o galho, não me arrisco à queda da transformação, não voo de um polo ao outro.
E não dou, ao outro, a oportunidade de me ver maduro, me consumir, me ter.
Aos ciclos e reciclos. Me vou. Escondendo-me de mim mesmo e se me escondo de mim mesmo, não me acho fácil.
Aderlei Ferreira
265121232

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Editorial - Junho 2012

Editorial - Junho 2012
Maio foi um mês especial tanto na vida profissional quanto na vida blogueana.
Atendi a pedidos, assumi o compromisso de postar com maior frequência e aqui estou. Corri feito um louco para administrar, me inspirar e mandar ver na gorduchinha. Consegui!!! Gente, eu consegui!

Junho terá 30 dias e o blog está recheado com 27 postagens. Claro, deixei três buracos para aqueles dias em que escrevo e quero postar de imediato. Faz bem à alma, alivia o coração e traz luz ao dia. Amém!

O que temos para o mês dos namorados e das festas juninas?

Marguerite D'spozzi
Uma amiga especialmente especial.
Pedagoga francesa, em estudo no Brasil, com rosto de árabe, sorriso de princesa, mãos de parar o trânsito e um coração acima de qualquer pluralidade nacionalista.
Bate papo, vinho, gargalhadas e surge a ideia das fotos. Vamos? On y va! Já!
Fizemos algumas, sentimos que faltou algo e agendamos para outro dia.
Voilà! Meia hora de cliques e estávamos tanto com o ensaio quanto com o almoço prontíssimos!
Distribui 19 fotos pelo blog. Por favor, clique em "Positivo" e me faça feliz. O ensaio, além de mostrar a minha boa forma atual, está ótimo. É... Academia faz bem.
Aqui temos a foto-capa do ensaio e, fora as que ilustrarão algumas postagens, toda segunda, quinta e sábado teremos mais. Merci!

Vamos divagar?
Foi difícil, mas consegui criar quatro divagações para esse mês. Confesso que ainda não estou satisfeito, ainda não consegui voltar ao estilo antigo (leve, bem humorado, direto e com um cunho de "vamos pensar?"), mas estou na luta e não desistirei até dezembro de 2012!
Não versarei sobre elas afim de não alongar esse post e deixar que a curiosidade os tragam de volta.
Voltem! Voltem! Voltem! E sejam todos mui bem vindos!
Às sextas elas surgem para deixar a reflexão para o findin.

E as poesias?
Siiiiiimmmmm, elas nos brindam às quartas. Todas elas.

O que mais?
Aos domingos teremos uma série de acrósticos sobre esse dia tão estranho quanto boca de cigano.
A série Domingus mostra um pouco da minha visão acerca desse dia.

Cerejinha?
A cereja do bolo vem com uma crônica que está no pendura e ainda não sei se vou postar.
Preparei-a crônica e uma felicitação para o dia dos namorados. O que posto?
A crônica é sobre os melhores beijos que já recebi. Dou época e nomes. Ficou gostosa, bem humorada, mas não sei se postarei.
Volte no dia 12 de junho e veja qual foi a minha escolha.

O layout mudou!
Quero experimentar um layout diferente por mês.
Para junho tenho três opções. Tema dia dos namorados, tema Festa Junina e uma variação de cores para esse que já está aqui.
Na última hora resolvo o que vai ao ar. Espero que gostem.

É isso!
Gente, obrigado pelas visitas, voltem mais vezes!
Cliquem! Comentem! Venham sempre me visitar!

Obrigado!
Aderlei Ferreira
265121823

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ow! Deus existe, sim!

Ow! Deus existe, sim!
Ao menos para mim, o Cara não somente existe como é super presente.

Desde pequeno a mãe ensinou a acreditar em Deus sem encostar Nele.
Desde bem cedo Deus levava a fama pelo sucesso e era citado como suporte fundamental pelo fracasso não ter sido muito maior.
Deus sempre esteve em minha vida, não tenho dúvidas.

Já passei por muitas e se não fosse por Ele seguramente eu estaria numa pior.
Já aprontei umas tantas e sempre sai ileso graças a benevolência do Cara.

Agora, escrevendo, lembro das falas da minha mãe em nossa catequese diária: - Faz a sua parte e deixa o resto com Deus. Uma sábia!
Quantas e quantas vezes deixamos nossa parte de lado e culpamos Deus por nada ter dado certo?
Ou fazemos as coisas pela metade, nos encostamos e ainda queremos que Deus abençoe. O mais interessante é que Ele abençoa, mas não podemos esquecer que existem dois milagres no mundo.
O religioso, aquele atendido por santos e o pessoal, aquele em que você move montanhas para conseguir o que acredita querer (tenho refletido sobre o tema e escreverei em breve).
Sim, tudo é possível nesse mundo. E cada vez mais eu vejo isso.

Quer ser milionário? Estrategie, foque, siga caminhos, aprenda com quem chegou lá e seja milionário.
Quer um grande amor? Esteja disponível, disposto e à disposição. Aceite que um grande amor nem sempre vem com uma grande pessoa, ame grande!
Quer um bom emprego? Capacite-se, vá atrás, concorra e seja bom no seu bom emprego.

Tudo é possível Naquele que me fortalece.
Tudo é possível quando eu me fortaleço.

Nunca esqueça que Deus é Pai, mas que a sua parte tem que ser feita com esmero e precisão. Afinal não adianta jogar tudo no colo de Deus e achar que o universo vai conspirar a seu favor. Não esquesça que outros estão na mesma senda que você, que outros igualmente são filhos do mesmo Deus e que chegará na frente aquele que melhor se preparou para chegar na frente.

Deus existe, abençoa, proteje e guarda, isso é fato. Como é fato que você precisa fazer a sua parte.
Eu, finalmente, tenho feito a minha.

Boa Sexta, povo!
(Junho começa amanhã e teremos muitas novidades. Vale voltar para ver o novo. O intuito é ter posts diários até dezembro)

Aderlei Ferreira
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terça-feira, 29 de maio de 2012

Dar Mansur

Dar Mansur
Amanhece dentro. Estopim.
O frio vem com a névoa
de um beijo não trocado.

Aderlei Ferreira

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Julieta e seu sexo por telefone

Julieta e seu sexo por telefone
Essa noite oferece um cobertor de cetim
Um caldo de esperança
um afeto de botequim
Só essa noite.

Essa onda oferece um ardor em mim
Um sorriso de criança
Em possibilidades sem fins
Só essa noite.

Essa noite oferece telefone e voz
Entre nós. Desafios e andanças
Vozes perdidas em um éter de curvim
Só essa noite.

Em qualquer outra mais: Jaz.

Aderlei Ferreira
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quinta-feira, 17 de maio de 2012

A lagarta e a borboleta

A lagarta e a borboleta

Início de relacionamento é sempre um fogo sem igual. A troca é plena, os convites surgem fácieis e o mundo gira em uma órbita de puro tesão.
Início de relacionamento é puro. Porém muitos, depois de um tempo, reclamam que aquela aura se perde, some, não volta mais. A poesia que cantava em todos os momentos juntos e separados se vai, não se faz mais presente qual canto de pássaro em todas as manhãs.
Por que? É possível manter a chama da paixão viva?
São vários os motivos que fazem a chama da paixão minguar. Um deles é a tal da intimidade sem respeito (já versei sobre esse tema bem aqui http://aderlei.blogspot.com.br/2010/09/intimidade-com-respeito-e-fecho.html) onde passamos a usar da intimidade que conquistamos serm o menor respeito por aquele que nos acolhe e franquia essa mesma intimidade. Um outro motivo é o comodismo. Com a permissão do outro, vamos nos soltando, espalhando e o relacionamento para de receber a mesma atenção do início. O fluxo da trocva diminui e, com ele, todo o círculo que o envolve.
Mas... uma das coisas que mais ferra aquela paixão inicial é começar a ver o outro não como ele realmente é e sim como nós o julgamos. Vimos seus atos, pensamentos e ações como julgamos e nem sempre como realmente são.
E acredite: Esse é um (suposto) defeito nosso e não somente do outro do outro que, também, possibilita essa visão.

Manter a chama da paixão viva é um trabalho para dois. Um trabalho que requer atenção constante, dedicação constante e respeito constante. Policiar é a palavra do dia ou... ter consciência clara acerca dessa necessidade, pois aí não será preciso policiar, tudo acontece naturalmente.
É preciso policiar sua visão, suas falas e suas ações. Do contrário a paixão via minguando, vai saindo de fininho e o que fica é o amor, que... se não recebe manutenção, também, vai saindo de mansinho e deixa um comodismo com gosto de ressaca que não demorará para tornar aquele amor em rancor. Um nada. E acredite, nada é muito pior que qualquer outro sentimento. Porém, ainda é melhor não ter amor algum que ter um amor falido que se arrasta, com toda a lógica do mundo, para o fim .

Pior ainda é quando a paixão acaba, o amor acaba e fica o que você classifica como desencantamento, mas ainda assim sente-se preso àquela relação. Comodismo? Não precisa me desculpar, mas comodismo, em tese, não mantém ninguém em relação alguma. Se você permanece é porque ainda existe algo, é porque o amor ainda está ali. Talvez reclassificado (como ódio, por exemplo), talvez escondido pela vontade de findar tudo e buscar um novo amor, mas está ali.

Acredite que é possível manter uma paixão em riste e um amor saudável por muito mais tempo que nós mesmos, mas para isso é igualmente preciso disposição e, repito, estar atento a si mesmo e ao outro. É você, com o seu julgamento dos pensamentos, atos e ações do outro quem vai acabando com tudo, minando mesmo.
E o outro? Ufa! O outro dá combustível, claro. Mas aqui falo de quando o relacionamento é saudável. É óbvio que se o outro "não vale nada", o seu julgamento nada terá de correlato com o fim do relacionamento. Se o outro vacila, de fato, é o vacilo dele quem mina a paixão de ambos, mas isso pode ser uma ótima divagação para um outro post. Que me diz?

Boa quinta, povo!!!
Aderlei Ferreira
???-234121133

domingo, 13 de maio de 2012

Sr. Olavo Dias e seus conceitos - Dia das mães

Sr. Olavo Dias e seus conceitos - Dia das mães
Hoje é dia das mães.
Melhor que parabenizar a mãe é poder comer a filha.

Aderlei Ferreira

Salve D. Jurema! Uma santa sem igual.

Salve D. Jurema! Uma santa sem igual.
Maio, mês das mães!

Que Deus abençoe Dona Jurema, minha mãe!
Uma mulher única que, com muita garra, determinação e foco conseguiu criar quatro homens e uma menina. Todos saudáveis, maduros e de bem com a vida.
Todos com disposição para sorrir sempre com um sorriso largo e chorar sem medo do amanhã.
Todos com disposição para fazer a vida acontecer sempre com força e perseverança.

Essa bela mulher é ímpar não somente por sua história de vida, mas igualmente por ter uma docilidade só dela sem, no entanto, deixar de ser enérgica, centrada e forte quando é preciso.
Sua disposição, beleza, visão de vida e do outro encantam.

Não foi fácil nos colocar no mundo, nos dá esse mesmo mundo e nos trazer até aqui.
Todos, sempre, fomos de uma educação invejável.
Todos, sempre, fomos de uma beleza admirável.
Todos, sempre, fomos os filhos da D. Jurema.
Somos o que somos graças a essa mulher que não somente nos pariu, mas também pariu o mundo para nós todos. Sem distinção amou/ama a cada um e a cada um ensinou a montar bagagem para seguir em frente com ou sem ela fisicamente presente. Sempre de cabeça erguida, sempre com o poder que ela nos facultou. Sempre com o brio que somente ela poderia nos dar.

Dona Jurema fez a vida acontecer e é exemplo, não somente para todos nós, mas igualmente para nossos amigos, parentes e vizinhos, pois só ela fazia o que só ela conseguia fazer. Minha mãe educou a todos e a todos possibilitou apreender o senso de responsabilidade e vida.

Mais que um "muito obrigado" quero, preciso, pedir sua benção, minha mãe, pois que de seu filho, hoje sou homem de bem. Educado, respeitado, temeroso a Deus, cumpridor dos meus compromissos e consciente das regras do mundo.
De um moleque chorão (que ficava roxo ao chorar e daí o apelido de famíla: roxo) a um homem com 43 anos e muita história para contar.
De um moleque chupador de dedo a um homem versado, abençoado com as palavras e que ainda as perde quando quer te elogiar e agradecer por tudo que me foi presenteado. Da vida, passando pelo estudo e chegando a moralidade. E não só isso, pois que me deu muito mais.
Não sou tão *sorriso* perfeito como a senhora docimente vê, mas sou muito mais do que poderia ser se não tivesse sua atenção caridosa, seu amor de mãe e sua enorme paciência.
Além de grato sou apaixonado por ti e por tua história de vida.
Além de grato sou um seu adorador.
Mais que filho, sou seu fã.
Se a senhora tivesse facebook clicaria em "Curtir" um milhão de vezes o seu perfil e "te cutucaria" até a senhora reclamar, mas como não o tem, beijo esse rosto e te perturbo até ser expulso da cozinha *sorriso*.

Te amo minha mãe.
Obrigado por amar, acolher e aceitar esse filho desnaturado que só você sabe amar, educar e dar a vida que preciso para viver em pax comigo mesmo.

Amém!

Aderlei Ferreira - Filho da D. Jurema.
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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Constelação de Augustus

Constelação de Augustus
E as suas fotos no porta retrato vazio de vidro quebrado?
E as lembranças eternas de algo que nem durou tanto assim?
E eu, vazio de solidão, que ainda acho que você é o meu único e verdadeiro amor?
E você, sumida, desasumida, desabrochada para uma eternidade com fim?
Enfim, a costela na panela de pressão esfriou, o Canto de Perequê secou e o

sapo continuará sem receber o beijo que o fará principe.

Cheers!

Aderlei Ferreira

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terça-feira, 8 de maio de 2012

Sommelier, eu?! - notícia boa compartilhamos logo

Sommelier, eu?! - notícia boa compartilhamos logo.
Feliz da vida, sorriso largo e uma alegria sem fim.
Acabei de receber o e-mail que me avisa que fui aceito para o curso de Sommelier na mais disputada e renomada instituição dessa classe. É disputado, difícil conseguir vaga e lá está meu nome na lista.
Bom, não?

Esse ano comecei levando bomba, arrumando bronca, tendo atitudes sem noção. Mea culpa, mil desculpas.
Plantamos o que colhemos (e não está ao contrário, porque no ciclo que eu vinha estava colhendo e replantando desencontros. Não quebrava o ciclo).
Após zerar o placar, findar todos os pontos que geravam desequilíbrio e buscar um reequilíbrio sólido, centrado e maduro coloquei algumas metas a serem cumpridas.
Deixei de lado o que normalmente me incomodava e que, na maioria das vezes, era o incômodo do outro. Defini o que, de fato, me incomodava, mudei totalmente o foco da minha vida e consegui ver caminhos muito mais simples, plausíveis e palpáveis do que os que me passavam.
Entendi que preciso estar em paz comigo e que essa minha paz fará com que o outro, ao estar em meu círculo pessoal, também ficará em paz (comigo e com ele).
Como uma boa parte dos seres humanos, tenho uma natureza própria, porém incomum da grande maioria. Apresento visões de vida e entendimentos do outro que podem parecer sintomas para muitos desencontros, mas que não passam do parecer. Fui franco, me expus e permiti que o outro, sem a menor qualificação para tanto, me julgasse. Por amor acatei esse julgo e fui ficando cada vez pior ao tentar consertar algo que não estava com defeito. Absurdo, não? Sim. O amor é lindo, mas precisa de administração para ser pleno e não é julgando o outro que essa administração acontece a bem da relação.
Amar é apresentar visões, saídas e... deixar o outro escolher o que deseja para si. Se amo, fico ao lado dando suporte e... amando!
Amar não é julgar indiscriminadamente e cobrar qual mãe desesperada que percebe que perdeu tempo ao não dar tempo ao seu filho querido.
Por fim, mas não o fim, amar é amar. É viver cada dia de cada vez e entender que cada um é um e é isso que faz o amor ser lindo. Suas histórias escritas com beijos, abraços, doação, recebimento, troca e... permanência!
Certa vez, por achar pejorativa, eu fiquei com vergonha (como se em amor coubesse vergonha. Meu Deus!!! Como somos tolos!) de assumir uma frase minha e dei a autoria a outro, mas hoje a assumo sem problema algum.
"um contrato nem sempre é assinado com canete ou aperto de mãos. Muitas vezes o é através da permanência".
Putz! Isso é lindo, verdadeiro e só amando de verdade - melhor, com intensidade! -  para permanecer apesar de todos os pesares. E mesmo com esses pesares entender que amor é algo único e que investir é sempre garantia de lucro, pois que sem ele o prejuízo poderá ser enorme. Vejo isso.

Voltando...
Hoje, mais forte, mais centrado e muito mais consciente de quem sou (e viva a terapia! Já escrevi sobre ela, publicarei em julho - sim, o blog está totalmente pronto até julho) vou levando a vida.
Ainda chorando o passado, ainda acreditando que o amor é único, mas consciente na ideia de que não podemos ter uma BMW se nosso bolso só comporta um fusquinha.
E agradeço, pois o meu bolso poderia ser ideal somente para o transporte público. O que, claro, não seria nenhum demérito, mas seria um outro nível. Deus me abençoe!

Não quero fazer do curso uma profissão, o intuito é ter mais e melhor base para escrever - a minha maneira única - sobre um tema que além de gostar tem crescido muito no Brasil.
Faltam ideias simples, descompromissadas e que realmente coloque o vinho em um patamar onde possa ser apreciado por todos, com todos e em todos.

Gente, até aqui... Valeu a força!
Fica feliz aí galeraaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!!! *sorriso*

Aderlei Ferreira
08/05/2012
13:09

sábado, 5 de maio de 2012

Musa - Com M de... Musa

Musa - Com M de... Musa
Para dizer que te amo, hoje, escreveria mil poesias em seu corpo.
Cada pedaço, espaço, cada laço de um amor sem fim. Só Hoje.
Nem todas de amor porque somos oscilação em tin-tins. E hoje?
Usaria caneta de bico macio, batom, bombom e saliva.
Aos beijos, aos vinhos (e uva). Te faria lousa pra mim.
Seria minha obra maior em pele de cetim.
Sua morenice seria retratada, guardada.
Uma eternidade ao sim. Retrato em P&B.
Para dizer que te amo, assinaria embaixo. Hoje.
Todas obras minhas em uma obra ilustrada no amor de mim.
Mas amanhã poderá ser tarde, hoje é o dia.
Só hoje eu teria coragem de dizer que te amarei até o fim
desse amor sem fim. Tin-tin!

Aderlei Ferreira
05/05/2012
22:08

quinta-feira, 3 de maio de 2012

A mulher moderna - Assumindo o assumir

A mulher moderna - Assumindo o assumir
Definitivamente gosto de mulher incomum.
Esse negócio de "perfeitinha", "preto no branco", relacionamento com script de hollywood, quadrado no quadrado, não. Não é comigo! Sinto, sinto, sinto muito e até peço desculpas por eu mesmo ter acreditado no contrário e ter passado essa visão.
Mas, definitivamente gosto de mulher que ousa, que vai além de si mesma, que aposta no vermelho 13 quando toda a banca vai no número - e cor - mais provável (e, claro, ele não é o vermelho 13). Gosto de mulher que se contradiz ao ver que o incomum pode dar certo. Arrisca!
Gosto de mulher estrogenadamente mulher, ou seja, calcinha, batom e... bolsa (de mulher, claro)!
Gosto de mulher que assume o seu homem como seu e não aceita menos em troca.
Gosto de mulher que briga para ficar, porque para sair é só sair. Nem precisa brigar!

A mulher mudou muito (ou será que ainda é exatamente igual a minha vó e é a minha visão que mudou em relação a ela?).
É independente, estuda, vira a mesa, assume casa, filho, marido e até empresa, mas... cada vez mais cria um distanciamento (no meu entendimento desnecessário) do amor, sua essência maior. Sim, eu vejo a mulher como um ser que veio ao mundo para amar. E a mulher de hoje tem se permitdo amar, cada vez, menos. E cada vez com menos intensidade.
A mulher de hoje, ao contrário da de ontem, tem verbalizado muito, porém feito pouco (uma característica masculina?).
Essa coisa de que a mulher é multitarefa é uma mentira descabida. Uma das maiores que já vi, ouvi e senti. E penso isso do ser humano como um todo, não somente da mulher.
O homem, por séculos e séculos, foi preparado para ser o arrimo da bagaça toda, o operacional-administrativo. A mulher, por sua vez, assumia a função de gestora de RH e administrativo emocional.
O homem carregava pedra e a mulher dava o suporte moral para que a motivação dele ficasse lá em cima e a auto-estima se mantivesse viva. Ela era o link entre homem e a família, a família e a sociedade, a sociedade e universos paralelos.
Ele gerava a receita e ela, tirando leite de pedra (a tal pedra), fazia daquilo lucro ao adminsitrar sem excessos.
A parceria era invejável, a instituição família era a melhor empresa na bolsa de valores das relações emo-afetivas.
Todos queriam namorar, noivar e casar. Esse era o caminho mais lógico - e prazeroso!!! - a seguir.

Hoje a mulher joga o homem de lado, o menospreza (e até humilha), arregaça as mangas, veste cueca, coloca lápis na orelha (e o esquece lá!!!), fala grosso e subvaloriza a si mesma quando se apresenta como a melhor opção para assumir o lugar do homem. Homem tem lugar? Acredito que todos tem lugar, sim. Talvez, não marcado, mas convencionado, sim.

A mulher. Hoje. Tem uma relação para lá de mal resolvida com a figura masculina e coloca todos os homens no mesmo patamar, seja ele qual for (o patamar).
Ela antes era irmã dos irmãos, filha do pai, esposa do marido e amiga (com muito respeito e postura impecável) de amigos.
E hoje?
Meu Deus!!! Hoje a mulher distancia-se da palavra casamento e casa com todos os homens à sua volta!
Sim, ela "usa como marido" o auxiliar administrativo dela, o zelador do prédio, o segurança da rua e todo e qualquer homem que cruzar o seu caminho. São todos maridos! E todos não somente podem, como devem dar opinião!
Por favor, não falo de sexo, falo de dividir com toda essa turma o que, supostamente, deveria dividir com pai, marido, irmãos e amigo. Hoje. Ela coloca todos num mesmo buraco e qualquer um é um.
Ela não pensa duas vezes para sensibilizar qualquer um deles e usá-los indiscriminadamente.
Quer saber da pior? Todos, não somente aceitam, como ainda sentem-se felizes por isso... Como o homem mudou. No passado, se uma mulher pedisse certos conselhos a homens eles, educadamente, mandariam para o setor mais adequado. - Olha, conversa com o seu marido sobre isso e veja o que ele acha, não? Essa era a frase.
E é isso aí, mas por outro lado... Hoje. O homem vira mulherzinha, se aproveita da psicologia (que explica tudo) para deixar aflorar uma sensibilidade que traz muito mais que uma suposta adequação. Uma psicologia que conjuga o verbo "encostar" de muitas formas e com muitos substantivos, adjetivos e sinônimos.
Hoje o homem se permite encostar na mulher, explorá-la e se fazer de vítima de uma sociedade que deixou de ser machista vai tempo, mas que ainda condena aqueles que não proveêm o próprio pão. E não está errada. Penso.
Errado, no meu entendimento, está o homem que se permite ser - na minha visão - menos que homem na melhor e mais pura acepção da palavra.
O que ocorre diante desse quadro? As mulheres ganharam projeção, mas perderam espaço na atmosfera do amar. Muito.
A tal da multitarefa (que eu nunca acreditei, pois acredito em funções similares e administração de tempo, espaço e metodologia na aplicação aparentemente simultânea de tudo isso) tem sido perdida numa velocidade assustadora.
Se ontem a mulher era esposa, mãe, conselheira, amiga e parceira. Hoje ela usa todo esse potencial para administrar sua mais nova casa. A empresa em que trabalha. Ela usa essa força para se dedicar ao seu mais novo e nobre marido. O trabalho!
Sim, ela perde, a cada dia, a capacidade de adminstrar uma família e desenvolve a competência de gerir empresas.
Resultado? Casamentos cada vez mais curtos, relações, cada vez, mais vazias e insatisfações nos mais variados campos. Ela tem "se perdido de si". A mulher.
E, por favor, não estou sendo machista. De modo algum. Sou o primeiro a defender que lugar de mulher é onde ela deseja estar e não onde a situação a coloca. Até porque (e já disse isso em outro texto bem aqui: http://aderlei.blogspot.com.br/2012/03/coisas-de-mim.html) as situações são sempre, de alguma forma, controladas por nós mesmos.
A mulher de hoje não sabe mais amar. Perdeu a identidade feminina que tanto nos fez admirá-la. Desaprendeu a administrar contratempos e no lugar de relacionamentos que, antes, seguiam um lógica temporal muito comum, colocou metas, prazos, estratégias e até consegue abrir mão de grandes amores em nome de sua satisfação pessoal. Como assim abrir mão de grandes amores em nome de satisfação pessoal? Ilógico, não? Sim, mas essa é a mulher que tem apresentado-se (que vejo) hoje.
Em verdade, o que vejo é uma mulher cobrando cada vez mais carinho e dando sempre menos. Um desequilíbrio sem tamanho onde os valores se invertem de uma forma tão destemperada que não há base que aguente uma estrutura tão mau construída.
Elas pediam carinho, davam muito carinho.
Hoje pedem carinho, não dão carinho e ainda transferem a "culpa" para o homem (hã!? Como assim?!).
Mulher afetuosa é o que menos se encontra por aqui, por aí e acolá. Isso é fato!
E ai volto para o início do texto: Definitivamente gosto de mulher incomum!
Incomum para os dias de hoje, talvez.
Hoje a mulher não tem se permitido amar, arriscar, seguir passos em espaços, dançar à luz da lua e passear no bosque (enquanto seu lobo não vem).
As incomuns estão assumindo mais que o amor vence, cura, revitaliza, dá troco e faz uma contabilidade legal dentro da alma, espírito e coração. Dói amar? Dói ter filho, minha senhora. Amar é algo único que poucas vezes acontece duas vezes.
As incomuns, as reais acontecedoras, as reais fazedoras de chuva no sertão são aquelas que atendem as necessidades modernas sem nenhum distanciamento do amor, da relação oscilante, do incomum dentro de um comum aceitável.

Não, não quero mais as perfeitinhas. Quero as loucas (e o texto em que defendo a loucura como algo saudável já está pronto e será publicado em 1º de junho, talvez), as que viram a mesa, mas que te travam entre as pernas e te chamam de "meu homem" (Oh Billy, meu amor!), as que, em nome do amor se contradizem e depois riem disso contigo, as que são loucas em uma esfera totalmente sã.
E não viagem, aqui eu não falo de amor bandido, de amor com - somente - sofrimento. Falo de amor que mescla as mazelas do dia com o amorzinho gostosinho da noite. Falo de um amor que a vovó viveu bem, onde o homem é homem e a mulher é mulher. Não falo de machismo, falo de externar o que sente à sua maneira e a sua maneira fazer a mulher entender o que se deseja, espera, quer e busca nela. A cobrir de mimos num dia e no outro continuar bancando, mantendo e sendo ele mesmo. Porque o homem de hoje é frágil e cobra um alto preço por isso. A mulher de hoje é forte, mas se perde da essência que a fez ser ímpar num mundo de pares. A de ser mulher. A de surtar, chorar, gritar, gargalhar aos berros e dizer que não era nada daquilo. A de ligar dizendo que não dá conta e que pirou o cabeção, a de ligar pedindo ajuda ao homem em algo simples de resolver e que ela até tem a resposta, mas insiste em compartilhar e querer ouvir dele o que só ele pode dizer. Não ela. Papéis? Acredito nisso, mas sobretudo acredito em uma troca que não havia antes e que hoje é possível. Nada do homem mandar, mas nada da mulher assumir que pode mandar. É cada um no seu quadrado.

A mulher de hoje quer casar, mas não quer casa. Quer dizer que ama, ouvir que é amada, mas não quer experienciar esse amor. Ela tem um script para tudo e insiste em reproduzir cenas. Reproduzir, não é viver, vivenciar, experienciar. Reproduzir é ter uma sociabilidade onde o comum é ter amigos, mas não necessariamente pessoas que, de fato, te completam. Fachada! Muito bonita, mas fachada. Uma troca de interesses políticos numa sociedade cada vez mais política e cada vez menos harmoniosa do ponto de vista afetivo. Afetividade real e que aflora de dentro para fora dentro.

Quer saber? Definitivamente eu gosto de loucas que se fingem de mulher e dispenso as mulheres que se fingem de loucas. Essas, ao menos, entendem que ser mulher é ir além de si mesma sem, no entanto, perder sua essência femininamente mulher.

Boa quinta, povo!
Aderlei Ferreira
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