Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Contrapontuado

Contrapontuado

Não calar é fazer navio
i
n
c
o
m
p
l
e
t
o
ou repleto de tanto mar.

Ou
par?

"Não" é pequeno
de medida, grande
de ferida e assim vai até
vergar. Verse o verso; reverso
pára a máquina e se não
pára, é Deus quem
a
p
a
r
a
.

Assine aqui
e assuma sua
tara. peso líquido?

Compara!
Dispara!
Exala!

11.jul.2008

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Mitose pensamental

Mitose pensamental

Eu femea linda vivo macho só.
em círculos esferados no quadrado
triangular das idéias reduntentes
e digestivas. No centro do átomo sou par.

Eu declarado, acusado e assumido
travesti e travestá. Trapezista
desequilibrado nas alturas das
visões creditadas no equilibrio
herméticamente garantido em preto

Eu macho reconhecidamente femea fresca
o externo do avesso que exposto mostra
o interno posto em postas de feira livre
Aos lotes, Senhor, sou peixe fora d´água
e já em postas sou parte do boi que coacha.
Sou uma vaca sagrada e livre, mas puta presa

Eu só eu em mim, sem medo e
ainda com coragem para renascer
eu criança forte, adulto frágil
que sem identificação quer entrar.

AsF4126

[A obra nasceu após assistir, por duas vezes, um programa da TV Cultura sobre a arte vista por pessoas vistas como desequilibradas. Até hoje sinto, pois ao que parece, só eu vi o programa DocTV]

domingo, 27 de setembro de 2009

Cidade Catedral

Cidade Catedral

Clemilda, casou Catedral,
casariam casais comuns.
Cláudia casou com Carlos,
criaram castelos, crianças,
caminhos.
Cleuza casou com César, cresceram
caminhando com Cruz.
Cruz casou com Cristina.
Cristina cresceu criando carne,
comprou castelo Cláudia, currou Carlos.
Cataram Cissa, copiaram coisas, castraram
crentes. Carente, cultivaram camélias. Cresceram.
Coube Celina casar com capitão corveta. Corno.
Celina correu casas, comeu casados, cedeu. Cidade contabilizou, calou. Capitão
converteu, confirmou carecer crença. Creio?
Cândida, conhecida como cão, custeou coveiro.
Cândida... Coveiro... Casaram! Credo!!!
Certeza certa? Criaram convivência com cadaveres.
comiam, conversavam, cantarolavam. Comum.
Constantemente cemitério.
Cosme, criador cavalos, caiu.
Cássia casou com Cosme, creiam!
Cavalos, cabritos, Cosme, criação.
Cássia contorceu! Confessou constrangimento.
Conversador, Carlos Capeta, cunhado Cássia,
contou cidade: Cosme conversava com cavalos.
Carlinhos, criança crescida, comoveu cidade:
contou catar cristais. Catava custos, custeava
cavernas, cantos, calangos, canteiros. Carecia?
Cecília cercou casa, casou com cismado coronel Cerqueira.
Casaram. Constava contrato: Cinco crianças, casa, canteiro, cobertas!
Cecília concebeu. Caiu conversa coronel...
Catedral! Cidade comum. Cidade C. Cidade.
Cissa comentou comigo: Conta, conta, conta comunidade.
Contei! Contei corrido, contei!
Confesso conter comoção. Chorei!


AsF?86
AsF469

sábado, 26 de setembro de 2009

[sem título]

[sem título]

Se é de amor que sofre o poeta, do que sofre o poeta?
Qual flor não chora?
Qual lobo não uiva?
Qual amor não revigora?
Qual dor não implora?

Do que sofre o poeta, se de amor é que sofre o poeta?
Rios seguem rumos certos, mas a água pode entrar em qualquer lugar.
Montanhas são esculpidas com o tempo, qual é o tempo de amar?
Quanto gastaria, num cassino, compulsivo jogador?
Quanto revelaria seu olhar um poeta sonhador?

Sofre o poeta - de que se - é amor? Do que o poeta sofre?
Se não a sua própria dor.
A de amar no vazio de seus versos
A de implorar Musas descalças que lhe inspirem estrofes inteiras.

O que deseja o poeta se não sentar aos pés
de uma cerejeira, escrever seus versos
e com a língua fazer brincadeiras?

Do que sofre o poeta?
Me apresente sua bandeira.

AsF Nov 2006

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Poeta sorriso

Poeta sorriso

Rime a rima, faça o passo.
Centro firme no compasso.
Crie métrica e vá além.
Escreva tudo, faça o bem.

Poeta é criança grande
que não deixou de ver.
Assim diz tudo e expande,
faz o mundo se envolver.

Dança em qualquer sentimento,
baila mesmo sem se perder.
Firme são os acontecimentos.
Um poeta faz o povo perceber.

Beleza moço, o Poeta chegou!
É o palhaço do circo de papel.
segura moça, o artista aconchegou!
É sempre assim com o homem do cordel.


Aderlei Ferreira #SziGaBhMayNy#
dois 6.Sete.MCMLXVIII(+37 às 10hs)

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A Evoluçãodas Pickups Chevrolet

Video especial. A Evoluçãodas Pickups Chevrolet


A vida de Alice Góz Pranda

A vida de Alice Góz Pranda

P arto natural e nasce Alice.
a inda menina foi batizada
c om óleos especiais. Será princesa!
i ndicada a muitos prêmios,
e ra especial. Estava claro.
n ão era facilmente abatida.
t inha norte, era forte e fortaleza.
e ncarava a vida de frente.

t hiago era o nome do escolhido.
e ntão casaram com votos de sorte.
r umaram na vida. Tiveram filhos
m aria era o nome de uma.
i rwin do outro. Gemeos, pode ser?
n ada tirava o aprumo da vida
a té que algo aconteceu
l ançou teste a vida, Alice morreu.


AsF?116

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Passeio a dois - PUMA - GM e Segway

Se você já andou num Segway, sabe o quanto é legal e viciante, mas provavelmente não imaginou que algo do tipo pudesse substituir seu automóvel. Pois essa é a ideia do PUMA, sigla para Personal Urban Mobility  Accessibility, uma empreitada conjunta entre a Segway e a GM.



Como no patinete original, o PUMA possui um eixo único com duas rodas. A minúscula carroceria é equilibrada através de giroscópicos e sensores inerciais (mais quatro rodinhas auxiliares, para evitar tombos no limite), possui uma gaiola reforçada e abriga dois passageiros. No lugar do guidão, entra um volante. Os comando são todos eletrônicos by-wire, para funcionarem de acordo com a estabilidade artificial.



Está prevista uma interface para celulares e gadgets que transmite todas as informações (carga de bateria, quilometragem e até comunicação com outros PUMAs) via wi-fi, eliminando a necessidade de um painel próprio. O veículo, classificado como NEV (Neighborhood Electric Vehicle), tem velocidade limitada a 55 km/h, com autonomia máxima de 56 km, ao custo de 35 centavos de energia a carga. Para fazer sucesso, calcular-se que seu preço deve representar um quarto do valor de um automóvel, mas planos de comercialização ainda não foram confirmados.





Fonte:
Inspirador - FIAT
http://www.fiatmio.cc/pt/2009/09/passeio_a_dois/

Re lógius IX



Re lógius IX

t ereza tranca terapia.
i ngrid invoca irmandade.
c láudia constrói castelos.

t rês tipos temidos.
a rgumentam, arrancam, armam.
c ombinam conviver, caçam "coisas".

AsF569

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Multifacetamento - Posição norte

Multifacetamento - Posição norte

E se eu beijasse sua boca
de uma forma tão louca
até o mundo esvaziar?

E se eu pedisse baixinho,
mandasse sorrindo
e atendesse curtindo?

E se o ontem fosse hoje
com o mesmo balanço do mar,
mesmo brilho no ar e você aqui?

E se a vida fosse um sonho,
a morte um tormento
e a paciência um defeito?

E se todas as verdades surgissem
de uma só vez e todas elas fossem
mentira? Me diz! Na cara, vai!!!

E se a má vontade fosse o apelido
da netinha, mas frustração o
nome da vozinha que acolhe?

E se lesma morta fosse
desculpa para não me amar;
crise de TMP uma permissão para me odiar?

E se o politicamente correto
fosse sofrer de amor só
por que amar é sofrer de amor?

E se amar fosse o inferno
que muitos dizem odiare e
Paraíso apenas uma estação do mêtro?

E se eu, poeta, não soubesse
o que é amar e me amarrasse
em mim mesmo num ato narcisico, mas politicamente correto para a visão que o mundo faz de mim?

Eseeuperdesseamão,fizessegrandeconfusão
enãorespeitasseamétricadoinconscientepe
rdidoeescondidoemmimmesmodentrodemim?

E se eu confessasse
todos os meus pecados
e o padre me chamasse de tolo?

E se no rolo da troca
eu ficasse com a porca
que come restos de si?

E se eu pirasse,
xingasse e não me
importasse com isso?

E se tudo fosse desculpa
para ser coitadinho e
fazer poesias que muitos acham feias, mas as feias acham lindas?

E se? Agora você me diz.
Porque eu quero saber!
Que bom seria se você fosse um "e se" de sonho.

E se a covardia fosse uma
forma do covarde viver e a
coragem fosse uma faca para o guerreiro morrer?

E se a falta de sorte deixasse ambos viver?
Com todos falando de mim e de você?
E se?

AsF?106

domingo, 20 de setembro de 2009

Re lógius III



Re lógius III

t em ferramenta de febre
i ntrospectivo ser? Tem?
c oração esquerdo ferido.

t em ferramenta que fere
a stuto ser? Tem ferro e fogo?
c ompro lotes, vendo varejo.


AsF369

O que te ancora?

O que te ancora?


O que te ancora?



Imagine que você tenha nascido em uma baia. Imagine, visualize e se permita sentir sua vida fluindo nessa baia.
Uma das vantagens de estar em uma baia é que há segurança, espaço limitado, calmaria e toda a infra-estrutura do iate clube que o hospeda.
Seu barco terá marinheiros sempre dispostos, bar, piscina e a cidade, bem provavelmente, estará logo ali e ainda outros barcos bem próximo ao seu. Não há suposta solidão ao morar em uma baia.

Morar em uma baia é ter a aventura de estar no mar com o conforto de tudo que a cidade pode oferecer.
Ali você está conectado ao mundo e o mundo o elogiará por ser quem é e morar em uma baia.

Imagine mais. Vá além.


Imagine que lendo, vivendo, aprendendo e trabalhando você pensa em um barco maior, melhor e mais “a sua cara”.
Se prepara para ele e, aos poucos, ele vai crescendo. Imagine. Imagine-o chegando.
Um curso aqui, uma vivência ali, um amigo que dá dicas e mostra visões diferenciadas da vida acolá e você percebe que a baia é, ou também pode ser, uma incubadora. Apenas uma incubadora.

Claro que muitos moram, por toda uma vida, na baia, mas você percebe e entende que precisa renascer e... sair da baia. Quer mais!
Une forças aqui, chama o mundo ali. Pesquisa, trabalha, se trabalha e realmente quer mais.
Num primeiro momento a ação é de mudar de barco. Isso é financeiro e você tem o dinheiro necessário.
Num segundo momento a ação é conhecer o novo barco, fazer novos cursos sobre sistemas de navegação. Isso é disponibilidade intelectual e você tem a necessária.
Num terceiro momento a ação é fazer uma triagem entre amigos, escolher se faz ou não uma aproximação de pessoas que te somam, mas que estavam distantes por um sem fim de motivos. Você reflete e abastece o novo barco de novos e mais adéqües sistemas de comunicação. Isso é emoção e você está mais aberto, disposto e disponível a ela, assim tem a necessária.
Tudo está Feito & Perfeito. Tudo caminha bem.
Num próximo momento você entende que aquela baia te cerceia, você tem consciência de que aquela baia é um tanto diferenciada – nem grande e muito menos pequena – para sua atual proposta de vida.
Agora você cresceu, estudou, se preparou trabalhando duro e dedicando-se a tudo e a todos, mas agora... o seu barco é seu e você não tem mais as mesmas amarras de antes. Quer ir além. Imagine.


Depois de buscar auxílio em consultorias diversas, depois de buscar-se dentro de si você entende que “navegar é preciso”.
Reúne família, amigos, parceiros e comunica que o seu mundo está em processo de mudanças e que aquela baia já não te satisfaz. Comunica que precisa sair dela e enfrentar o “marzão” lá fora.

Até aqui tudo bem? Espero que sim, pois a baia é assim: difícil não estar tudo bem. Até tem umas marolinhas, até tem uma ou outra confusão no cais, mas nada que realmente abale a ordem local.
Imagine um barco. Mas não imagine um barco qualquer. Imagine o barco da sua vida. Imagine um barco onde a tripulação, passageiros e demais viventes são pessoas que estão na sua vida.
Ou será que você achou mesmo que seria possível ter um baita barco desses e estar realmente sozinho?

A vida é mais que isso, não? A vida é mais que estar realmente sozinho, não?

Então entenda que pensar em tripulação, passageiros, viventes e toda a estrutura que te cerca é imaginar uma vida comum e vivida pela esmagadora maioria dos seres desse mundo, mas não quero perder o foco e vamos, por favor, voltar a baia, ao seu barco e a você.
O que entendo é que chega uma hora em que precisamos de mais. Precisamos sair daquela baia que nos resguarda, que nos permitiu viver até aqui e ir para outros mares, encarar outras marés.
Por mais que a mãe da gente diga que é perigoso, o pai que não faria isso, os amigos mais próximos que pode ser loucura, que a TV local informe péssimo tempo, nós – bem no fundo – sabemos a exata hora de sair da baia da comodidade e ir para o nosso próprio mar e... gerar, achar, criar, “gestacionar” uma outra baia.


O mundo é belo, a vida é bela, mas chega uma hora que entendemos que ser são é ir além. A comodidade da baia é muito boa, afinal estamos ali há muito tempo, conhecemos a tudo e a todos. Temos e vivemos o sonho de consumo de muitos que estão em baias menores e mais precárias que as nossas, mas ainda assim entendemos que navegar é preciso. Quero ir além.
E ai? Fazemos todo aquele “auê”, chamamos a imprensa local, família, amigos, mas não zarpamos.

Continuamos na baia. Tão ancorados quanto antes. Tão presos a fatores que trabalhamos tanto para livrar.
Tudo bem que a baia não é lugar de jogar lixo, mas ainda assim jogamos muitas coisas nela e quando ouvíamos reclamações gritávamos que aquela era nossa vida e que a gerenciaríamos exatamente como quiséssemos.

Mas na hora de sair da baia estávamos ancorados.
Ancorados em conceitos sociais, ancorados em “verdades-absolutas”, ancorados em pré-conceitos, ancorados em nós mesmos e travados em nossos muitos eus.
Numa rápida reflexão descobrimos que temos âncoras pesadas e que, impressionantemente, não são do tamanho ideal para o que entendemos como nossos barcos.
Descobrimos que temos um barco minúsculo


e usamos âncora de navio.

O pior é que, de fato, dificilmente sabemos o que realmente nos ancora e nos impede de ir mar-afora.
Afinal na baia, mesmo que de forma paliativa, precária ou numa medida que entendemos insatisfatória, temos de tudo um pouco. Se algo falta o celular aciona um serviço 24h e logo um motoboy chega com o que você precisar.


Ao passo que no mar... Ah o mar... O isolamento vem de uma forma tal que você precisa preencher seus dias com você mesmo. Não que falte coisas, mas sim que você precisará se organizar para não faltar nada. É o preço.

Você precisará se policiar para não se perder em você mesmo e, conseqüentemente, dar voltas, e pernadas, desnecessárias para chegar onde deseja.
Mas o que te âncora?
Medo de sair e não dar conta?
Medo de ter medo?
Receio de não conseguir?
O que te ancora?
Se você trabalhou, se você estudou, se você pagou o preço até aqui, se até aqui foi bom, mas daqui para diante está difícil e mudanças além de necessárias são urgentes, se até aqui ficar na baia era um prazer, mas daqui para diante parece um martírio, por que ficar aqui?
O que te ancora?
O que te impede de seguir?
O que te ancora?

Que tal refletir e aventar a possibilidade de ter um barco melhor, sim, estar com mais comodidade sim, porém... sem pensar “tão alto” e ficar por essa baia mesmo?
Que tal estudar a possibilidade de sair da baia menor e ir para outra um tanto maior, mas ainda assim baia?
Entenda que “gritos internos” são sinais de inquietação e nem sempre de insatisfação. Muitas vezes uma – possível – sensível e singela adequação pode ser melhor e mais eficaz que uma - muitas vezes inviável para o seu estágio – mudança radical.
O mar tem muitas possibilidades e tudo é possível, bastando para isso que “olhe o seu bolso” e assuma o quanto deseja, está disposto e quer pagar.


Sim, Si, Yes!
Não importa o idioma, lugar ou planeta; Tudo será uma questão de pagar o preço.



Respire. Reflita... Realize!

sábado, 19 de setembro de 2009

Limite e prazer

Limite e prazer






Para o trem do meu
prazer, seu limite é estação
de embarque e saída, nunca de chegada.

Set2006

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Encostas e Sálvias (uma resposta)

Encostas e Sálvias
Fronteiras escuras pulam cercas
(que cercam).
Fantasias mostram máscaras de ego veneziano
(batem um tambos abatidos).
Proclamando espaços e causificando ânsias
(a boca não somente fala).

Sus(piro). Pago... E me descuido.

AsF18109


Uma resposta a mais nova amiga Essência e Palavras, do blog http://essenciaepalavras.blogspot.com/

A obra inspiradora pode ser apreciada aqui http://essenciaepalavras.blogspot.com/2009/09/encontro-e-ressalva.html Vale a visita, as imagens são belas e há muito mais para ser visto.


Encontros e ressalva

Fronteiras obscuras me cercam
Fantasias surgem junto de ego abatido
Protelando espaços e causando ânsias...

Respiro. Paro... E me cuido.

Essência e Palavras

Sorte consular

Sorte consular

Simples é o viver de amar;
complexo é aceitar o sentir.

Forte é a dor de estar liso;
fraca é a decisão de seguir.

set2006

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Equilíbrio flutuante

Equilíbrio flutuante
Quando foi a última vez que você ouviu que esse ou aquele é um desequilibrado?
Quando foi a última vez que, em certos momentos, diante de determinadas situações, você ouviu que você é um desequilibrado?
Já parou para pensar que algumas pessoas tem um equilíbrio diferenciado e que isso não significa necessariamente que ela é alguém não vista como do bem?
Acredito em um conceito chamado “Equilíbrio flutuante” e se o compreendo melhor conseguir “me livrar” de um sem fim de outros conceitos que somente me fazem perde o rumo.
Vamos a ele?
Imagine um quadrado perfeito. Feito?
Olhe para esse quadrado e identifique todos os extremos dele.
Não importa, ache todos os extremos.

Alto, baixo, laterais, encontros de linhas, extremo mediano e até mesmo o extremo central.
Achou? Agora imagine que esse quadrado é você. O seu universo com seus muitos “eus”.
Se de um lado você é o melhor no outro extremo acharemos o seu pior lado.
Os extremos não são comente os nossos surtos, nossos desesperos. Neles igualmente acharemos nossos momentos de maior tristeza e melhor felicidade.
O clímax e a pura depressão.
Entenda: todas as vezes, sem exceção, que você estiver no extremo estará em desequilíbrio, estará, digamos, fora do eixo.
Se você é bonzinho demais... Desequilíbrio. Por outro lado se é ruim demais, desequilíbrio.
Afetuoso demais, sem afeto algum.
Bagunçado demais, arrumado demais.
Enfim, qualquer extremo é sinal claro de desequilíbrio e o conceito vale inclusive para o extremo central.
Todo arrumandinho, nunca surta, sempre muito calmo, compreensivo e amigo? Hummm, sei não... *sorriso*
Desequilíbrio!
O que precisamos entender, antes de pensar em alterar esse quadro é que nós podemos sim, naturalmente, sermos indivíduos com um centro mais próximo a isso, aquilo ou a esse ou aquele extremo e isso não configurará problema algum.
O problema se dá quando fincamos bandeira naquele extremo e não saímos dali para visitar nossos outros “eus” em atendimento a uma necessidade, vontade ou ímpeto.
Se formos calmos por natureza, que problema há? Nenhum, oras! Talvez o problema se apresente quando nos mostrarmos somente calmo e não também calmo, entende?
Flutuar é a palavra de ordem!
Atenda a sua necessidade natural e estabeleça, sim, sua base próxima a um extremo ou até mesmo próxima a um centro tido como “normal”, mas... flutue entre e até os outros. Vá e volte sempre.



Para alguns siga com força e determinação, para outros vá com mais tranqüilidade, segurança e compasso.
Um casal vive infinitamente mais e melhor quando se permitem surtar vez e outra, quando se permitem falar o que realmente pensam.
O equilíbrio estará presente na forma como falar e a flutuação será vista quando o discurso encontrar, ou não, eco.
Por mais que você seja um cirurgião que precisa de calma, paciência e atenção, algumas vezes o paciente precisará de mais energia para ser, de fato, auxiliado.
Por mais que a sua profissão seja algo zen, algumas vezes, nem que seja fora dela e por hobby, gritar, extravasar e sair de si, será algo ímpar e... permitirá um equilíbrio flutuante tal que você há de sentir-se pleno e renovado sempre.
Após entender e respirar esse conceito, para que a mudança ocorra será necessário um policiamento inicial e uma força de vontade grande, pois se somos assim é porque, geralmente, é assim que nos sentimos cômodos. Não disse bem, mas sim confortáveis.
Mas até que ponto ser e estar confortável pode realmente nos auxiliar em nosso processo de evolução pessoal?


Respire, reflita e pergunte a si mesmo se não é hora de flutuar um pouco mais e viver a vida de forma ímpar.

Linda semana!

Conxtatus IV

Conxtatus IV

desmatamento
descaramento
desencantame


desmentir
é cancela
r a licen
sa mental
de um eng
enheiro d
e nenhuma
v erdade.
Verde com
iqualdade

AsF169

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Prosa

Prosa

Prosa é o nome que se dá à forma de um texto escrito em parágrafos.

Prosa Poética

"Prosa" é uma palavra de duplo sentido, pois pode designar uma forma (um texto escrito sem divisões rítmicas intencionais -- alheias à sintaxe, e sem grandes preocupações com ritmo, métrica, rimas, aliterações e outros elementos sonoros), e pode designar também um tipo de conteúdo (um texto cuja função lingüística predominante não é a poética, como por exemplo, um livro técnico, um romance, uma lei, etc...). Na acepção relativa à forma, "prosa" contrapõe-se a "verso"; na acepção relativa ao conteúdo, "prosa" contrapõe-se a "poesia".

Aristóteles já observava, em sua "Poética", que nem todo texto escrito em verso é "poesia", pois na época era comum se usar os versos até em textos de natureza científica ou filosófica, que nada tinham a ver com poesia. Da mesma forma, nem tudo que é escrito em forma de prosa tem conteúdo de prosa.

O lingüista Roman Jakobson define "poesia" a partir das funções da linguagem: "poesia" é o texto em que a função poética predomina sobre as demais. Assim, um texto escrito em forma de prosa pode ser considerado de "poesia", se sua função principal, sua finalidade, for poética. A tal texto pode-se dar o nome de prosa poética ou poesia em prosa. Pois é "prosa" em sua forma; mas "poesia" em sua função, em sua essência, nos sentimentos que transmite.

Historicamente, o marco de início da prosa poética é geralmente associado aos simbolistas franceses, entre os quais Baudelaire e Mallarmé; em nosso país esse início também está associado aos simbolistas, principalmente ao Poeta Negro: o grande Cruz e Sousa, que tem cinco obras em prosa poética: Tropos e Fantasias (1893); Missal (1893); Evocações (1898); Outras Evocações (obra póstuma) e Dispersos (obra póstuma).

A partir do século XX o gênero foi adotado por muitos poetas e poetisas, de estilos e inclinações muito diversos. A essas obras está reservado esse novo espaço, que já de saída inclui algumas obras de poetas como Cláudio Willer e José Geraldo Neres que já faziam parte de nosso acervo. Hoje apresentamos um novo poeta adepto desse gênero: Jorge Amaral.

Costuma-se dividir a prosa em três subgêneros especificadores: o romance, o conto e a novela.

O romance é um tipo de história onde há um conflito principal, prolongado com conflitos menores, vindos dos painéis de época, das divagações filosóficas, da observação dos costumes, etc.

O conto é um tipo de história mais curta, construído geralmente com um único conflito, com poucas personagens.

A novela também é um tipo de história curta, que pode apresentar um ou mais conflitos (normalmente de tamanho intermediário entre o conto e o romance, com a particularidade de
a novela ter um andamento mais episódico, dando a impressão de capítulos separados.


fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Prosa

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Que bicho você é?




Que bicho você é?
Não me permitirei introdução e vou direto ao ponto:
Que bicho você é?
Um leão? O mesmo que nasce cresce e vive exclusivamente para proteger os seus, mas que não faz nada além disso? Sim, é a leoa quem cuida dos filhotes, caça e provê o sustento de todos.
Uma iena? Aquilo não é sorriso e sim uma forma de comunicação. O sistema deles é matriarcal e somente a alfa (líder) pode parir, mas todas são obrigadas a cuidar de sua cria (que, depois de tantos mimos, desenvolve a capacidade de... ser alfa!).
Um elefante? Sua memória é tão boa que, se colocado preso a um tronco enquanto ainda é pequeno dificilmente, quando grande tentará sair dele.
Um avestruz? Arisco, arredio e de difícil convivência.
Uma tartaruga? Lerda e que viverá mais que muitos dos outros animais sendo presa fácil e sem um habita real – e exclusivamente – seu.
Um lince? Rápido, mas tão rápido que após pegar sua presa precisa de um tempo para se recuperar e degustá-la.
Posso citar toda a fauna mundial e acharei pontos fracos – e fortes! – em todos que a compõem. Todos!
Sendo ainda mais direto:
Escolha o bicho que quiser e saiba que cada um deles apresentará vantagens e desvantagens, virtudes e defeitos. Todos serão moedas de dois lados. Todos!
O que difere um de outro é como cada um lida com suas fraquezas. A acolhe e usa a seu favor.
Pense nisso e responda:
Que bicho você é?
E responda um pouco mais:
Quais suas fraquezas e como as usa a seu favor para viver, sobreviver e ser mais e mais você?

Abraços fraternais,

Madalenas

Madalenas

Meti minha mente
mandei mexer mundos
metamorfoseie meus métodos
moldei mulheres

Mudei-me, mesclei-me
muito mais moleque marchei.
mirei musas. Montei;
minha mente masturbei.

- Mestre motivado, mostre mundo!
- Marujo malandro, mostre mastro.
Minha maior marca?
Musas! Madeixas molhadas... móveis!

Modero malhas mentais;
Maestro minhas memórias;
Misturo motivações;
Mostro minhas miragens:


- Marcha Mirian! Márcia manda mesmo.
- Marca Marisa! Move Marcela.
Mesmo merecendo, mesmo marcando
Marina mira mares, Mirian marcha marolas...
..............- Meninas mistificam
..............- Moços mentem
..............- Meninas movem
..............- Moços mudam

Maresia, marolas, mares, marés.
Marianas, Marinas, Marias, Marizas,
Márcias, Mafaldas, Mirians, Marcelas.
Mulheres má(ravilhosas), mas...
.............- Marcha Mirian!
.............- Manda Márcia.
.............- Marca Marisa.
.............- Move Marcela...
.............Matilha! Muralhas!

Minha mente mediava maneiras...
Montava meios, movia montanhas!
Mendigava musas mesquinhas
mantinha miragens movediças.
.............Meninos mandam;
.............Meninas mexem;
.............Meninas mexem;
.............Meninos movem...

Macabra mão manchada!!!
Marcada máscara mantida!
Mamãe! Mesmo mulher...
Merece margaridas. Merece mar.
.............- Maria marcha Mariana
.............- Márcia manda Mércia
.............- Mariza marca Marina
.............- Marcela move Mirian
.............Matilha? Mucamas?!? Motim?

Mulheres minhas!? Meretrizes!
Megeras! Migalhas! Merdes!
Moças meretrizes movem motéis.
Moças mudas movem mastros.
.............Meninas mesclam
.............Meninos mijam
.............Meninas mostram
.............Meninos melam

Medos marcam mulheres.
Mitos mancham musas.
Meios medem maneiras.
Mendigos mandam magnólias.
............Marcha! Manda!
............Marca! Move!
............Mais mulheres!
............Menos miragens...

Madrugadas mostram mentes macabras.
Manhãs mesclam meninas... moças... mulheres...
Mundanas musas! Músicas mudadas... Mudas...
Mundo morto! Mundo mudo! Mudo mundos!
..............Meninas moscas
..............Meninos marsupiais
..............Meninas mariposas
..............Meninos mosqueteiros

Mandei medir!
Mandei mesclar!
Mandei mover!
Mandei melar...
......Mirian!
......Márcia!
......Marisa!
......Marcela!

Madre muito maternal
mediava missas matinais
meu mastro, milagroso,
misteriosamente movia manto...
.........Moços mandam magnólias
.........Moças mandam mensagens
.........Moços mergulham milharais
.........Moças moldam máscaras.

Muito mais moças melavam
manchavam mares, marés
manchavam manias mascaradas
moviam manchas macabras
.........Marcham mulheres!
.........Mandam mudas!
.........Marcam moças!
.........Movem meninas...

Mesmo mentindo, metia.
Mesmo metendo, mentia.
Mesmo manso mentia... Metia.
Mentia, metia mesmo!
..........Meninas masturbam meninas
..........Meninos miram meninos
..........Moças melam moças
..........Meninos mexem meninos

Minha música mesmo?
Mulheres mansas; mudas! Malhas macias.
Meus mares? Musas!
Minha morada? Motéis...
.........Meninas moças
.........Mulheres musas:
.........Matilha! Matilha!

Meu mundo move mares,
mas minha mente move
montanhas, marés.
Meu maior medo? Morrer mudo!
.........Meninas mandam mais
.........Meninos miram menos
.........Mulheres mentem mais
.........Meninos metem menos...

Mire menino:
Mesmo mentindo mandei
minhas marolas, mostrei
minhas miragens.
.......Meninas, moças,
.......mulheres, musas.
.......Muitas músicas...

Mendigo - Mantendo "M"


By ॐAderlei ॐGanoN (usando psedônimo do Templo XV)
04.11.2005

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Foto Sub - Cores, luz.

Muitos se perguntam porque as fotos tiradas, lá embaixo, tem mais azul que qualquer outra cor.
Quanto mais descemos - e mais sem luz ficamos - mais sem cores fica a foto.
Abaixo dos quatro metros de profundidade, os tons de vermelhos são os primeiros a debandarem. Laranjas o seguem sem esperar muito. Dai para frente é só perceber a fila com amarelo, verde, azul e... só fica o cinza (deve achar que é o comandante do navio *sorriso*).

Uma saída que pode ajudar é levar lanterna e "dar uma força" ao flash.

Águas claras e bons mergulhos!

Da série A folha e O Vento: Do deserto de ódio às chuvas de amor.

Da série A folha e O Vento: Do deserto de ódio às chuvas de amor.
Ou
Queria te matar (entre minhas pernas)

E a praga da peste é colocada no deserto mais seco do mundo, logo após é levada para o lugar que mais chove no planeta, depois volta ao deserto.

É colocada no deserto sozinha. Sem nada. Sem alimento.
Sem nada, já disse!
E sobrevive. Alimenta-se somente de ódio.
E sobrevive, pois odiar ainda é a única forma de estar junto.

E sobre. Vive.


AsF276

domingo, 13 de setembro de 2009

Alvorada

Alvorada


Gravita a grávida no grafite
com sonhos de paredão.
Levita a incoerente corrente
do torto pé no chão.

Tintas multicores
borram a barriga
em preto e branco.
É um pranto a florescer.

Amante é trem sem estação.
Locomotiva sem vagão.
Cabine sem maquinista.
Tristeza sem conquista.

Ilumina o som, ouve a luz.
Alisa, pisa, deflora em vão.
O pão é o corrimão do desatino.
Aninha para voar dentro de si.

Nove meses e gritos.
Contrações de colorjet
Dez minutos e riscos.
Maca, desenhos e prece!

Partejou vida ao lutar
Não pensou, em muro vagou.
Rastafari, pés impuros.
Urro, vai gerar!

Agora e sempre: Criar.


Aderlei Ferreira (siGaBh) @}--´--,---
28.03.2006

sábado, 12 de setembro de 2009

Polaridade Invertida

Polaridade invertida

O uçam minha sórdida história.

l ágrimas correm para o mar da dor.
u ivam lobos de uma matilha falida.
t rotei em vão por alimentos meus.
o ntem era o dia. Hoje sol só. Sou Sol só.

d a vida nada levarei. Já enviei o que precisava.
o lhem os sangues que me cobrem o caminho. Muitos.

c ada vítima, cada grito, cada dor. Amei.
a larguei minha mente, vi mais do que era mostrado.
r i e sorri de tudo e todos. Não fui algoz. Fui eu.
r anços são para os fracos. Os fortes, fazem ferramentas.
a lguns astutos, eu, são neutros. Usam ferramentas para não terem ranços.
s alivei cada instante. Degustei cada olhar de pedido.
c ativei a vítima antes do golpe derradeiro.
o lhei em seus olhos e fiz olhar o mundo.

AsF086

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Transando reticências

Transando reticências

...Enquanto a fêmea exala,
Fortuitos encontros paradoxais
Abala os nervos tantãs.
Oh, isso cura num divã.

Beijos- Na palma da mão

Exalada, inalada em si.
respira nervos, inspira
paradoxos. Reflete o
reflexo de seus desejos

Beijos - no pescoço

AsFset2006

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Ecos de um amor ensaiado a um.

Ecos de um amor ensaiado a um.


oi, meu amor, tudo bem com você?
oi, meu amor, tudo bem com...
oi, meu amor, tudo bem?
oi, meu amor, tudo?
oi, meu amor!
oi, meu...
oi!
oi, breu...
oi, minha dor!
oi, meu amor, fruto?
oi, seu amor; tudo tem?
oi, breu amor, fruto sem com...
oi, meu pavor, fundo vem com você?

AsF186

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Dicas

Dicas
.
.: Saudações a todos :.


Ao desenvolver o exercício de monossilábicos uma das intensões era ampliar o sistema de composição e criação do escritor.

A mente tende a ser morosa quando o assunto é criação. É preciso forçar mesmo, ir além, insistir e... evitar algumas pegadinhas que ela arma para cair no fácil.

Alguns procedimentos podem auxiliar na hora de executar o exercício e compor um trabalho:

1. Evite o vicio em palavras muito usadas

Leia, releia e não se importe em buscar novas palavras. A mente trabalha para gerar soluções rápidas e se agarrará a primeira que vier.
Nem sempre aceite.


2. Se você já domina a estrutura (4433), busque dominar a forma e posteriormente o conteúdo.

Poesia é um delicioso quebra-cabeças (sem o manual da nova ortografia, me desculpem), monte-o observando todos os pontos e passos.
Uma bela poesia incompleta é somente uma bela poesia com lacunas e falhas.
Uma poesia completa além de ser uma boa poesia pode ser a obra prima que abrirá algumas muitas portas para você.


3. Gere clareza

Releia com a intensão de verificar se o exercício está claro. Ouse trocar ordens com a intensão me clarificar para o leitor.

E atente: Estar claro para você não significa, necessariamente, que o estará para outro.
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Abrir mão da arrogancia e abraçar a simplicidade é fundamental para se colocar no lugar do leitor sem, no entanto, substimá-lo.
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4. Respeite as exigências de sua língua.
A um escritor é fundamental dominar o idioma. Ele poderá ousar se dominar, poderá dominar se realmente entender o que - e como - faz.
Existem obras clássicas em que o autor abre mão de pontuações, mas isso é caso isolado e voltado a mestres em seus exercícios de escrita.
.
Só para citar, veja os exemplos com vírgulas:
.
"O lugar da vírgula na frase já funcionou como verdadeiro árbitro entre a vida e a morte. No livro “Tudo Sobre a Vírgula”, de J. Ferraz Freitas, há casos curiosos. Consta que um oficial fora condenado, e seu pedido de perdão recebeu a seguinte sentença do rei: “perdoar impossível, mandar para a forca”. Condoída da sorte do moço, a rainha salvou-o com uma simples mudança de vírgula: “perdoar, impossível mandar para a forca”.
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Noutro exemplo, certo governante, comunicando a revolta da cidade ao seu superior, perguntou-lhe: “devo fazer fogo ou poupar a cidade?”. A resposta foi: “fogo não, poupe a cidade”. No entanto, o telégrafo trocara a vírgula e o telegrama de resposta dizia: “fogo, não poupe a cidade”. E essa sofreu disparos ruidosos de artilharia mortífera.
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(retirado do Recanto das letras, artigo de Eder Parladore, no link http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=polemica/docs/umavidasempontuacao sobre uma escritora que publicou um livro sem pontuação alguma)
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5. Figuras de Linguagem e metáforas
O grande gosto da poesia está no uso das metáforas. Brinque com elas e se permita dizer a que veio utilizando outras formas.
Som de trem, tic-tac de relógio podem ser ótimos para simular agitação, escrever sons pode auxiliar o leitor na compreensão - e viagem - da obra.

6. Ler é tão importante quanto escrever.
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Quer escrever bem? Leia mais ainda!
Não há outro jeito. A leitura constante e a constante sintonia com o que há de mais novo e as bases mais antigas formam um escritor, no mínimo, coerente e dominante das letras.
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(por fim, mas não enfim ou mesmo ao fim)
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7. Exercite sua mente co entendimento.
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Algumas vezes observo novos talentos apenas copiando. Fica bom, mas saber o que se faz é tão melhor quanto fazer bonito.
Viu um novo estilo? O estude!
Procure saber qual a base dele, busque entendimento da estrutura e formação do que leu.
O quanto antes se intere sobre as regras - rígidas ou não - para aquele tipo de composição.
Mudar só depois de dominar, afinal primeiro você é filho e só depois vira pai.
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(voltando ao monossilábico)
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8. Junte letrinhas.
.
De modo algum uma obra precisa sair pronta e nem toda inspiração está na obra em si.
Está perdido? Tem uma idéia interesaante?
Arquitete! Projete! Estruture!
No caso de monossilábicos ou tautogramas (obras em que a maioria - ou todas - das palavras iniciam com a mesma letra) separe as palavras que te interessam. Coloque-as no rodapé da página e vá montando suas obras.
Textos e dicionários são ótimos fornecedores de lenha para uma fogueira desse calor *sorriso*.
.
9. Revise!
Sou péssimo revisor, mas sempre aconselho a revisar uma obra.
Um leitor mais exigente para de ler - ou perde o prazer da leitura - quando a obra tem muitos erros de pontuação, língua ou essência.
.
10. Releia as nove dicas acima, interiorize e... faça do seu jeito! *rindo muito*
.
Abraços fraternais,
AsF669

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A morte.

A morte

Cortei os pulsos! Queria matar-me.
Não tive medo. Não tive pena. Cortei.
Inicialmente veio um calafrio, um sentir diferente.
Olhava no espelho. Queria ver cada espasmo de vida ir.
Tontura, ânsia, vontade de morrer. Motivos? Não os tinha e isso
bastava-me para fazer como fiz.
Em pouco tempo vieram a empregada, meu Pai, minha Mãe. Todos
ao berros, todos brigando comigo. Não ouvia. Não queria ouvir.
Eu era assim: Se não gostasse, cortava os pulsos e pronto.
E que me dessem outra boneca para brincar.



---,--'--{@ AsF @}--´--,---
SP, segunda, 08.Mai.2006

sábado, 5 de setembro de 2009

Só. Eu amo.

Só. Eu amo.

Cego em mim, não vejo:
te amo. Mais e, mas.
Te amo. Do centro ao
centro a amo. Não só.

Não por só, só amo.
O que fazer é outra
pernada, outra eitada
nessa apenas amo. E só?

No auge da ignorância,
no ápice do cume do nada,
revelo o terceiro
segredo: Te amo (e só).

Tudo que vier depois
desse fato é história
narrada, vivida e não
ensaiada. E não só.

Porque só a amo
mais que a mim
mesmo em mim.
Só assim: Confuso.


Aderlei Ferreira
03.01.2007

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Ecos em definição

Ecos em definição

Seguir em frente. Seguir
horizontes, aos montes.
parir estradas virgens,
curtir por a por do sol.

Sisudo ou mesclado, seguir.
Ir com força e medo (e ecos)
para onde há quem foi.
Para onde todos sonharam.

Cabeça erguida, frio na espinha.
Sem saber o que está por vir.
Cansado de ilusões. Soluções
gerir. Digerir só pensamentos.

Descontente ser. Por que ser
se não estar? Beijar lírios,
cheirar pássaros e pensar em
voar. Nadar na contramão. Seguir.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Homem, menino, ciranda.

Homem, menino, ciranda

Afinal, quem é o lobo que me persegue
nos becos da vida escura e sem?
Bom ou ruim, mal ou mau?
Quem é o bicho que me
papa a noite, senhora?
Quem tem a desfaça
tez de mostrar de
ntes sorrident
es e ainda di
zer: Você sa
be diferen
ciar mau
de mal
Que
m?

AsF?59

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Trocadilhado suicida

Trocadilhado suicida

Vou à rua: Só Tua.
volto só. Com nó.
Vôo à rua: Crua.
volto pó. Sem dó.

caixa de música.
Alta, baixa. Pá!
Caixa de sapato.
Altos passos. Tá.


Construções, Genis.
Zepelins e eu aqui.
O mundo lá e eu aqui.
Aqui e lá. E eu aqui.

Crescentinamente paralelepipedeado.
Proparoxitonalmente incorreto.
Dubietoso e sem acúmulo de verbo.
Eu e mim mesmo nessa bacia de nada.

AsF3047

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