Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Botões, cá com os meus.

Botões, cá com os meus.

Algumas coisas só o poeta vê.
Só o poeta vê algumas coisas.
Coisas algumas só o poeta vê.
Só o poeta algumas coisas vê.
Vê algumas coisas. Só o poeta.
O poeta vê só algumas coisas.
Só coisas o poeta vê. Algumas.
Algumas, o poeta vê coisas. Só.
Poeta, só coisas, algumas vê. Ó.
Faltou alguma coisa que o poeta não viu?

AsF 309110008

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Virei mais um ano?!

Pois é, virei mais um ano. Devo dizer: Ímpar!
Esse ano foi, de longe, um dos melhores da minha vida.
Apreendi a dizer não, a dizer sim, a dizer talvez.
Entendi que posso ser um normal diferente e até um diferente normal.
Saí do pedestal de super herói e me vi como uma pessoa absolutamente como outra qualquer. Normal, comum, mais um no meio da multidão. Isso é legal.

Me permiti atender a um desejo mais antigo que eu mesmo: Comprei e fui aprender a tocar saxofone.
Contra tudo e contra todos eu simplesmente comprei e entrei em um curso. Vou levando. Três meses sem nenhuma falta!

Parei um pouco com o jazz e me apeguei mais à MPB. E a vida o que é, diga lá meu irmão!
Gonzaguinha foi uma descoberta.

Me apeguei mais à família. Até adicionei todos ao Facebook. Quantas novidades, não?

Passei a ser mais constante e menos compulsivo. Homepático nunca serei, mas ser constante é, definitivamente, um avanço.
Assumi dois compromissos não profissionais e... pasmem! Não faltei a nenhum deles!

Estou menos ferro e fogo e mais vai da valsa. Apreendi a bailar.

Minha mente tem mudado, passo a acreditar na monogamia e achar que a poligamia é coisa de... (não julgar foi outro aprendizado) quem curto poligamia. Eu não mais.
Sair por sair, no meu dicionário, está fora de moda. Sexo bom é sexo com quem amamos. E pronto. E ponto.

É isso, o ano foi espetacular, agora é vivenciar o próximo ano e colher os frutos plantados nesse.

Obrigado a quem acreditou e segue comigo nessa cominha e "sem grilo" para quem não acreditou e... foi.



Feliz Ano Novo, Aderlei Ferreira, você é o cara!

Galáctica

Galáctica
Eu, na prisão de mim mesmo, sofro.
Calado à beira do surto. Estatuo, colho.
Grito mudo, do limbo, que todos ouçam!
 Oro para ninguém ouvir. Ver, ter.
O medo me apavora, importa atenção.
Olhos amarelos. Anemia. Estou em vão.

AsF 239111644

domingo, 27 de novembro de 2011

Snoop Dogg (no Brasil)

Um tanto atrasado chego ao aeroporto para fazer meu checking.
Um cara muuuuuuiiiiittttttoooo grande, com bagagens imensas, suando e - acho que pelo tamanho - totalmente sem jeito se ajeita atrás de mim.
Lembrei da minha época de escoteiro e fiz a boa ação do dia ajudando-o com os carrinhos e auxiliando na abertura dos passaportes norte americanos que ele portava. Ao que pareceu ele era staff de algum grupo, pois tinha vários passaportes.
Ajudei, dei a minha vez para ele e me afastei para que ele se entendentesse com a moça do checking.
Ainda vi uma hora em que ele falou algo para ela, olhou para trás e apontou para mim. Sorri timidamente e voltei ao meu fone de ouvido (meu mais novo brinquedinho: Um Phillips último tipo).

Fiz o meu checking. Entendendo que o vôo estava cheio nem falei em lugar.
Aguardei a chamada para o embarque e lá fui eu.
Putz! Última cadeira e... corredor! Sem fotos, sem grilo, é ralaxar e torcer para o mala que sentará ao meu lado, ao menos, me deixe descansar o cotovelo no apoiador.

O cara chega por último e com ele um completa corja. Ao que parece seguranças.
Entram, olham e autorizam a entrada dele.
O cara entra de capuz, para na minha frente. Entendi que era o dono do lugar e levanto para ele entrar.
Olho e... Snoop Dogg em pesso me pede licensa e agradece.
Flashs, flashs e mais flashs. De mim e dele. Claro, não sou bobo e fiz os mesmos gestos que ele. kkkkkk

O cara estava ao meu lado!!!
Olhei para frente e o grandão que eu ajudei sorria. Agradeci, mas a timidez tomou conta de mim e eu não tive coragem de soltar uma só palavra com o rei do hip hop americano.
O cara tem cara de simpático, mas estava super focado em seu fone de ouvido. Foquei no meu.

Uma pena eu não conseguir nenhuma das fotos em que estou ao lado dele fazendo tantas poses quanto ele. kkkkk

Ao descer do avião corri e pedi um clique. Ele colaborou. Taí Master Snoop Dogg.

sábado, 26 de novembro de 2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Tereza da Praia

O mundo muda, a tecnologia avança de uma maneira difícil de acompanhar, as crianças estão cada vez mais precoces, o dinheiro vem sendo, aos poucos, mais e melhor distribuído, porém algumas coisas não mudam.
Uma delas é a capacidade de largatear na praia. O lugar mais democrático do mundo!
Ao longo dos tempos foram muitos os poetas que registraram a beleza feminina em seus versos, muitos os compositores que escreveram nas linhas da beleza que só que a mulher (carioca?) tem.

Eu estava largateando quando essa moça chegou, encantante, fez todo um ritual do retirar a roupa ao começar a cerimônia de casamento com o senhor Sol, deus da vida.

Pensei, parei e resolvi, escondido, fazer alguns cliques.
O interessantre é que a modelo, da foto roubada, tem pele de carioca, rosto de descendente de orientais e corpo de princesa. Só mesmo o Rio de Janeiro para conseguir um miscigenação tão poeticamente perfeita.

Uma verdadeira Tereza da Praia.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Será?!

Será que sou o único cara no mundo que acha que o possível é possível quando os envolvidos creditam na possibilidade de fazer o possível realmente possível?

Dia de fúria? Nem tanto. Dia de excelente humor, por isso o pensar.

Quem liga pra Deus II

Certa vez, no aeroporto de Curitiba, eu fazia um lanche à espera da hora de embarque e vi uma freira usando o telefone. Não tive dúvidas, saquei a máquina e mandei o clique pensando: Quem liga pra Deus?

Ixi, muitos meses passaram e eu sempre pensando naquela foto. Como foi oportuna.
Outro dia estava no centro do Rio de Janeiro e vi um fotógrafo clicando dentro do orelhão.
Para mim, aqueles muitos anúncios de garota de programa eram comuns, por isso até entendido como "normal", mas ao ver o fotógrafo fazendo o clique a mente mandou um forte flash: Quem liga pra Deus?! Dessa vez com exclamação.
Isso foi o suficiente para desde então eu ficar atento afim de encontrar uma verdadeira série de "Quem liga pra Deus".
Solto a primeira (tosta até) para relembrar e, na sequência, vai a segunda.
Torçam para que eu arrume mais algumas e até consiga, quem sabe, fazer um belo autoral sobre o tema. É arrumar "uma louca" que compre a ideia e se disponibilize a posar para este louco de plantão, afinal quem liga pra Deus?


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Fala muda

Fala muda

E a tua boca?
Que não mais vejo
que não mais beijo
que não mais desejo

E a tua boca?
De vontades
De verdades
De maldades

E a tua boca?
Com maquiagem
Com molecagem
Com paisagem

E a tua boca?
Em sabor
Em ardor
Em frescor

E a tua boca?
A francesa
A inglesa
A burguesa

É a tua boca
que me faz
perder o chão.
Me convida a beijar?

AsF 258112321

domingo, 20 de novembro de 2011

Foi religieuse

Foi religieuse

E se eu tiver sede de não Poder beber?
Fome do sem Poder comer? Tiro às armas.
E se eu tiver? Tiver. Tiver. E se eu tiver...
Coisas que me pregam a uma luz.
Vistos que me autorizarão julgos imateriais.
Vistas que me cegam . Pela falta de sede?
Tenho o que beber, mas não tenho fome.
Ao ver o que comer, não desenvolvo a sede.
Míngua a vida que aflorava, afora do fim é início.
Os cabelos brancos, os balanços manipulados.
Rezam religiosos. Rezem. Minha alma está.
Vivam os que vivem. Eu não mais.
Acordei em um parque de diversões.
As crianças brincam, os adultos pagam.
O dono do pac sorri, sorri, sorri. Sorri.
Sorri a tristeza do acerto no meio do fim.
Sorri a sogra que casou a filha com o Um.
Sorri a enfadada que fez o intestino funcionar.
As crianças não choram. A música é alta. Movimento.
Luzes, ações, arrependimentos. Fora dicionário.
O escapulário vazio traz um testamento sem assinatura.

AsF 238112130

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

E se...

E se...
E se de repente você não crê mais no que escreve?
Desescreve ou descreve?





















AsF 228112159

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Real idades opostas

Real idades opostas
lixo  orgânico
a p r o v e i t a
bebê madeoutside
p  r  o  v  e  t  a

AsF27711

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Gruta luminescência

Gruta luminescência
No casulo, casado comigo mesmo,
agasalhado dos meus ressentimentos,
enamorado de verdades putas; cruas.
Triste por estar tão sol. Só num pôr.
Feliz por ser quem dou. Me acolho.
Olho ao lado. Dos cardumes, me recolho.
Fogo e sal queimando possibilidades.

No casulo, casado comigo mesmo,
vou engravidar, parir dormentes,
enamorar ventos em castiçais, chacoalhar.
Sobreviver ao naufrágio das permissões,
minhas verdades absolutas, resolutas.
Coisas que só a mim tem. Alquimizado.
Fogo e sal sobre terra fértil, não olhada.

Casado comigo mesmo, no casulo,
delírios em paisagens não idas, vendidas.
Enamorar a falta do tudo, mentir cicatrizes,
cores que não pensei, dispensei. Não.
De costa a costa. Navegar ao relento
de ideias a ideais, visões de Cervantes.
Fogo e sal. Ao fim dá lugar à favela. Velas.

Casado comigo mesmo, non apuro,
vejo à tudo, sei. Não sei viver. Sei.
Enamorado das palavras que me digo,
digo que não posso ir. Não me permito
à coisas desimportantes. Não exporto.
Traças comem a única roupa que tenho.
Fogo e sal. Acabaram comigo. Por mim.

AsF 228112132

sábado, 12 de novembro de 2011

Ela e o rei




Acabou.
E quando o vazio assalta meu peito,
viro para o lado e choro
(baixinho para não acordar o rei).

AsF22811

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Lembrando um mestre

Lembrando um mestre


E a pedra (que tinha) no meio do caminho?
No meio do caminho cristina, mesmo, uma pietra?
Se é passado, e agora no presente?
Tem um pedro no meio do carlinho?
No melo do caminho tem uma pietra?

AsF?911

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Das posses da vida

Do bicho podeis crer ser dono, mas do homem crê na parceria que te cabe. Nada mais.

E eu que gosto da fêmea, amo a puta e respeito a deusa?
E eu que amo a mulher em todas as suas fases, laços e compassos?
E eu, que tolo, tenho pena, tenho dó e não penalizo as faltas?
Não falto as aulas matinais, não caibo em mim de tanto amar?
E eu que sozinho não respiro, inspiro e refuto o sonhar?
E eu? Como fico se não fico a sonhar, amar, tocar, ser e estar?

AsF12811

domingo, 6 de novembro de 2011

Das coisas que me fazem pensar (I)

A vida estava péssima, o mundo havia travado em algum lugar. Sem órbita, sem fluxo e até sem refluxo. Sabe aquelas horas que até o ruim seria bom? Pois é.
Sem mais nem menos o telefone toca:
- Fala nego, tô nu Brasil. pausa Trouxe bebidinha, tem comida aí?
Gargalhei alto ao identificar a doida.
- Pra você?! Sempre tem. Me dá meia hora e vou ao mercado.
- Esse é o meu nego. Saudade dessa sua mão cheia para cozinhar. Tô saindo!
- Pera, pô! Tenho que comprar os bagulho, meu.
- Se vira nego. Tô saindo quea saudade é maior que a paciência.
Uma filósofa e poeta.

Corri ao mercado, peguei o que dava.
Corri para casa e quando cheguei o táxi estava parado na minha porta.

- Aí, paguei pra zerar o velocímetro, mas mantive o caboclo comigo. Ficar sozinha?! Nem fu...! kkkkkk
- Dá cá abraço!

Nos olhamos, abraçamos e ela entrou.
A conversa foi regada com cheiro forte de alho, ácido de cebola e língua bovina. Ela adora esse prato e eu não sabia fazê-lo quando ela saiu do Brasil para fazer seu doutorado em Harvard.
A bebida era vinho norte americano. Fina flor.

A língua estava pronta, acendi as lamparinas que eu mesmo fiz, acendi a lareira e ela me fez pensar quando eu, aparentemente, coloquei as madeiras sem espaço para a circulação do fogo:
- Oh, nego... Deixa espaço para o fogo dançar. Cara, o fogo tem que dançar. Deixa espaço, o fogo tem ter espaço para dançar.

Impressionante como algumas coisas nos fazem pensar.
Um relacionamento é madeira, precisa de espaço para o fogo dançar.

Isso é uma coisa que me fez pensar.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Carinho

Responda sem pensar:
Quando foi a última vez que trocou carinho?
Quando foi a última vez que recebeu um carinho?
Quando foi a última vez que deu um carinho?

Responda sem pesar:
Quão te faz falta um carinho?

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O tempo passa? Voa!

"O tempo passa, o tempo voa e a poupança Bamerindus continua numa boaaaaaaaa. É a poupança Bamerindus!"
Os mais antigos vão lembrar dessa musiquinha que tocava no comercial do banco Bamerindus (aquele bem verde).
A música é verdadeira. O tempo realmente passa e voa e algumas coisas continuam numa boa.

Vai tempo que tenho buscado tempo para versar sobre uma paixão antiga. O meio do mato e suas peculiaridades. O povo da roça e suas tradições.
O interessante é que, cada vez mais, a roça vem para a cidade.
Muito dessa viagem acontece por conta da expansão da internet, falo especificamente de duas coisas:
YouTube e Forno à lenha.
Meu Deus, como isso é bom!!!

O forno à lenha é algo fantástico, mas o Youtube fez com que outras técnicas, designs e facilidades chegassem as mãos de todos e toma-lhe de fazer o seu próprio forno à lenha no quintal de casa.

Desde o mais tradicional - aquele em forma de casulo - ao mais modernoso - com tambor de 200 litros.
Hoje esses tambores já são feitos em aço carbono o que aumenta sua vida útil e por serem resultado de desenteresse das empresas pode ser comprado por uma ninharia em alguns lugares. Falo de preços entre 15 e 50 reais.

Mas não pense que sai barato fazer um forno em casa. Além de gastar uma graninha requer um mínimo de habilidade com massa e tijolo. Claro, no Youtube, tem de tudo um pouco e é possível pegar tudo por lá.
Senta com calma e alguns videos depois você estará apto a construir seu próprio forno à lenha, seja da forma que for.
O mais legal é que o trabalho pode ser encurtado e facilitado por algumas metalúrgicas - em Minas Gerais. Eles vendem o tambor já tratado e pronto para ser forno. Você só precisará de algumas cervejas, uns três finais de semana (por causa da secagem e cura) e bingo! Seu forno será seu, pois que foi feito por você mesmo.
Com um pouco de sorte dá para conseguir o raro tambor de 100 litros e fazer um forno móvel construindo-o sobre uma plataforma com rodinhas. Legal, né?

Deixarei dois exemplos de forno, ambos do youtube.
No primeiro o tradicional e no segundo o de tambor.
Note que, na lista ao lado dos videos, tem mais um monte de sugestões para você apreciar e aprofundar seu conhecimento fomentando suas ideias *sorriso*.

Ainda é possível achar um manual completo para ambos. Clique! Clique! Clique! *sorriso*

Agora... O mais legal é que é possível comprar a base do forno em cimento refratário (é só comprar a massa juinto, montar e pronto! Você pode dar a vedação e os acabamentos sugeridos no Youtube) e finalizar da maneira que quiser, e se não quiser nem precisa finalizar.
Deixo o terceiro video com essa possibilidade.

De quebra vai um outro video onde um gringo monta tudo do zero. Bonito de ver.

Boa sorte!

Tradicional (olha que música comovente):


O de tambor:


Forno pré-fabricado da Previct


Olha a loucura que é montar desde o início e como fica lindo no final:

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