Abrindo as portas.

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Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

O futuro, a mim pertence

O futuro, a mim pertence.
Tive alguns poucos ciclos e reciclos em minha vida. Em verdade, nunca fui de grandes histórias e elevada emoção. Meu passado foi presente, forte, bem vivido e bastante saudável, do ponto de vista comum.
Depois de uma certa idade, após alguns acontecimentos, mudei completamente meu jeito de ser, meu modo de agir, porém consegui preservar alguma essência do meu pensar. Claro que, dado a desequilibrada política do momento, aprendi a usar eufemismos e até a mentir (mais para mim que para o outro).
Feio. Muito feito, mas, diferente do que se pode pensar, o meu passado recente não me incomoda. E isso pelo simples, real e direto fato de já tê-lo vivido.
O que me deixa, até certo ponto, incomodado (em um bom sentido) é o meu presente, pois tenho que vivê-lo com maestria a bem de um futuro com o mínimo de dor possível (para mim e à quem escolhe estar comigo nessa senda e isso seja como par em qualquer nível).
Como bom sagitariano fico um tanto angustiado pelo meu futuro. Porque tenho que fazê-lo e hoje, mais do que nunca, entendo que o meu futuro começou a um minuto atrás. Logo assim que o presente virou passado e deixará seus resultados para o futuro.
E aqui, esse fato de não ser incomodado pelo passado pode, soar, parecer arrogância, mas o que posso fazer pelo passado está no futuro. Para criar um futuro pleno não posso deixar o passado como incômodo e sim como aprendizado. Entender que foi uma semente que posso fazer germinar ou atuar de forma a fazê-la ficar somente no passado.
Fui tantos em tão pouco tempo que tenho, à minha disposição, um verdadeiro exército para criar um futuro sem igual.
Tenho tantas experiências, experienciações, vivências e passagens que, não tenho dúvidas, que o futuro será  diversificadamente espetacular. E não no sentido de filme, palco ou histórias para outros, mas sim espetacular no sentido de muito bom, pois só quem viveu o mundo e muito de suas gangorras entre tristezas e felicidades, pode, quando quer, fazer um mundo especial para si mesmo.
Vivi, no passado, o impensável para muitos. Fui além de mim mesmo e apreendi não somente a me permitir, mas igualmente a levar o outro a permitir a si mesmo.
Errei? Algumas vezes feio.
Acertei? Algumas vezes de forma megestosa.
Mas nunca fui de ficar no meio do caminho, na corda bamba. Não menos que qualquer outro em minha posição, com os mesmos objetivos que eu.
Tive coragem para muitas coisas, para outras declinei sem refletir e algumas outras me permiti ser visto como covarde. Se bem que só quem vive sabe, naquele momento, no seu momento, o que é viver, logo covarde se é a sua visão é uma mostra de coragem assumí-la. Se é a visão do outro, mas não sua, é apenas a visão do outro. Que o outro viva o que você viveu e tome suas próprias decisões e faça um auto, e justo, julgamento de seus próprios atos.
Arrependimento existe. Se pudesse teria mudado algumas coisas, coisas inclusive que o leitor jamais acreditaria que eu mudaria. Mas mudaria, sim. Ah, mudaria!
A questão é que, quando acolhemos o que fomos, o que somos e o que podemos ser o arrependimento dá lugar a outro sentimento. O sentimento de entendimento de nossas imperfeições e da imensa possibilidade de mudança que todo ser humano tem.
E, de modo algum posso cometer as maiores atrocidades do mundo porque as corrigirei no futuro. Não é isso que falo, falo de quando fazemos escolhas que depois podem ser vistas como um erro, falo de quando cometemos atos que, após reflexão - e tempo - chegamos a conclusão que não era aquele o melhor e mais possível caminho a seguir.
Falo de atos, ações, atitudes e decisões que podemos sim não repetir. Notem que nem falo em reverter, pois entendo que alguns tempos não são passivos de volta. Pode-se fazer melhor em um outro tempo, mas não voltar aquele tempo. Isso não.
E hoje, no presente, olho meu passado e fico feliz por tê-lo vivido.
E hoje, no presente, olho meu passado e fico instigado a fazer um futuro diferente, melhor e mais vivo.

Obrigado a mim mesmo por me trazer até aqui e nunca me abandonar.
Obrigado Deus pelo livre arbítrio que me deu!

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