Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Ela se deu a ela

Ela se deu a ela

De tanto pensar explodiu
a femea nas roupas nuas.
De pranto amar a mulher se
regou crente e floresceu.

De tudo nada quis dar a si.
Se cultivou mina, plantou
ouro de todas as cores - e pétalas.
Regou com lágrimas de amanhecer só.

Se olhou mil vezes, rasgou mais.
Se implorou mil trezes, orou paz.
Sem fim de porques para o nada.
Sem pau para revolver calderão.

Ela era ela. E só estava na lua.
Ela era a noite, as estrelas e
a fina flor da poesia. Água era ela.
Quem eu era para égua, Ela?

A vida acordou para mais um dia,
o dia acordou para mais um ciclo.
Quem é ela para ela nela? E Seu?
Quem é o espelho que fala e o
travesseiro que ouve restos?

AsF527

domingo, 30 de agosto de 2009

Novas cores

Novas cores

Todas as cores a minha frente
pincéis secos, papeis definidos
banho-me em tinta
pego pinceis. Quero todos
os rolos

quero para mim
Em mim! Pinta-me o corpo!
Eu deixo... Passa tintas e
sabores. Eu quero...
Usa-me na parede!

Pincela de cima para baixo,
de baixo para cima. Usa-me!
Quero todas as cores.
Azul forte! Vermelho vivo
amarelo luz! Branco... gozo!


Me deixa molhada
e quando acabar os cantos
deixa o pincel de molho
e me espera secar.
Sou rápida e logo
estarei pronta

para uma segunda demão!

Passe todos os pincés!
Embaixo, nos cantos
explora e não deixa nada
sem pintar
Pinta!!! Pinta! Pinta!
Todas as cores
que, desbotada, estou
sem pudor!
Aceito qualquer uma!

2007

sábado, 29 de agosto de 2009

Ainda assim

Ainda assim

O interessante nisso tudo é como a arquitetura é feita.
O que mais me chama a atenção são os pilares, as vigas, as cores de todas as paredes e até as paredes em si.
O que fico comovido é a circulação do vento, como entram e saem sem pedir licença e ao mesmo tempo sem incomodar.
Isso é mundo, não?

Gosto da altura que liga o chão ao teto, aprecio a sensação de liberdade mesmo quando sabemos que estamos presos.

Fico pensando: Sobre o que eu penso quando escrevo algo totalmente sem sentido, mas que terá todo o sentido do mundo após ser publicado.

Fico me perguntando: Como seguir se todas as placas sinalizam que devemos parar, mas... como parar se não há freio, não há fim, não há vontade?

Fico olhando: E não vejo (quase) nada


Fico aqui: Aqui

AsF2988

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Classificado[2]

Classificado[2]

Procuro mulher carente e louca que aprecie
beijo na boca e esteja disposta a sempre
surtar. Tem que não gostar de seu
corpo, achar que sou pouco para
lhe cuidar. Precisa ter manias
de salão, dieta e inquietação
para comigo estar; (só). é
preciso que ela esteja e
m constante evoluç
ão que fale em co
munhão, mas q
ue abomine s
e casar (só
no início).
Ela tem
que t
er f
é,
mas
reclam
ar até de
Deus. Dev
e achar que
é rainha e o mu
ndo composto só d
e plebeus. Ela tem que sa
ber forçar a barra, pedir descul
pas depois do escândalo e ainda chor
ar. Tem que se assumir mulherzinha, mas
gritar que é mais macho que muito homem.
Na primeira semana deve alegar falta de
TPM e já na se gunda gritar que toda
mulher tem isso. Ouriço! Tem que
me amar mansinho, saber que s
ou machinho e gosto de implic
ar. Me chamar de gozador, a
legar que falto com amor e
por isso vamos nos sepa
rar (com dois meses d
e "namoro"). Precis
a saber que não f
aço filhos e que
rer um filho
meu. Dev
e engra
vidar t
odas
as v
ez
e
s qu
e eu f
alar em
separar. M
e culpar por a
bando no e quan
do me abraçar dizer
que eu fui o homem m
ais presente em sua vida.
Gosto de mulher louca, que
não se faz de rogada, aceita qu
alquer parada quando eu convidar.
Que me ame de verdade, dispense to
da maldade quando comigo brigar. Esse ti
po é certo que eu apaixone e por mais que rec
lame sempre vou aceitar (seu jeito de ser). Sendo
até sem ser no poder que tem ao querer. Ver o sol nascer.

AsF12116

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Querência

Querência

Quem

e
n
t
e
n
d
e

a vida
=>no meio<= de tanta vi da? Quem e s t e n d e a viga =>no meio<=
de torta

vi
ra?

#ॐAderlei ॐGanoN ॐ#
0 para o 1 Se tem o dois mil e o oito


Querência


Quem

e
n
t
e
n
d
e

a vida
=>no meio<=
de tanta

vi
da?



Quem

e
s
t
e
n
d
e

a viga
=>no meio<=
de torto

vi
dr
o?

#ॐAderlei ॐGanoN ॐ#
0 para o 1 Se tem o dois mil e o oito

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Sabedoria interiorana

Sabedoria interiorana

Uma carroça é projetada
para ser puxada.
Até pode ser empurrada
(mas nunca de lado).

AsF Nov 2006

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Guerra diária

Guerra diária

Se para uns viver é um sonho.
Momento de tormento enfadonho.
Para outros é realidade par;
gera reflexão e no faz despertar.

Cabeça gira. - Vai morrer!
Tudo acontece. Vou padecer?
Deus abençoa e mostra além:
Os santos perdoam mostram o bem.

Por um fio, o pavio não ecoa.
No segundo fatal tudo perdoa.
Nada estourou e vivo estou.
Não foi desta vez, Deus amou.

Agora tem mais dias, são três.
Sem Deus, da morte, sou freguês.
Emboscadas são armadas, eu vejo.
Que Deus me abençoe, desejo.


Aderlei Ferreira #SziGaBhMayNy#
um 7.iNove.MCMLXVIII(+37 às 10hs)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Quarto e fundos

Quarto e fundos

Pode entrar e ficar à vontade.
Só peço para não ir ao quarto dos fundos.
Muita bagunça e desordem.
Coisas que não arrumo, trecos que não quero, mas não largo.
Restos que, sei, me servirão alguma hora.
Vez e outra volto lá, pego alguma coisa e saio. Me distraio, traio e fico sem pensar.
Use a casa toda, é grande.
A sala é imensa e dá até para amar, só não vá ao quarto dos fundos, meus fundos estão lá.
Olha que quarto sensacional! Cama larga, pode ver. Luzes diferenciadas, tudo que se espera de uma boa morada está aqui.
Na garagem dá doze carros folgados, na cozinha tem tudo que um dia sonhei.
Micro ondas para comidas rápidas, micro forno, forno de parede, fogão só de boca, todo digital e sensorizado.
Pode entrar fique à vontade que também tenho quintal.
Não possuo filhos, amigos ou mulher. Não tenho empregadas, mas dou conta de tudo.
Pode entrar e ficar. Contudo... repito, não vá ao quarto dos fundos.

(É lá onde todo psicopata guarda seus ossos)

domingo, 23 de agosto de 2009

Re lógius VIII

Re lógius VIII

t race rotas imaginárias. Sem cessar.
i nvestigue possibilidades. Sem cessar.
c onvide parceiros, investidores. Sem cessar.

t enha convicção. Credite-se. Ao pensar.
a rgumente consigo. Ao pensar.
c onfabule horas. Ao pensar.

AsF569

sábado, 22 de agosto de 2009

Suicedes[2]

Suicedes[2]

Hoje engravidei da morte.
Pensei em não mais acordar.
Embuchei da própria sorte.
Será que vivo? Melhor abortar.

Sozinha, ando sem parar.
Olho fixo para a lua.
Me prostituirei para bancar.
Agora sou nua e crua.

Uma filha da lua sem par.
Uma estrela cadente.
Mais uma indescente
que descrente vai amarelar.

Parirei a morte, não abortarei.
disposta vou a pé a basílica
quero que o diabo assuma,
mas é Deus quem vai registrar.

AsF?106

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Re lógius II

Re lógius II

t alvez no través! Só talvez!
i nstantes de lucidez aflorem.
c onstipações verbais soltem.

t ravés ao talvez. Só no través!
a lcance, às remadas, ilhas luz.
c onfuso, confome, conforme. Forme.

AsF369

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Onde colocaram minha cachaça?

Onde colocaram minha cachaça?
acredite se quiser: estou sóbrio!
mamado é outra coisa. Tou legal...
acabei de tomar uma, mas tomo outra.
chá de água que passarinho não bebe.
cabeça roda, mas o problema é do piso.
açucar de primeira, limão e gás. Solta!
maravilha esse mundo.Uma para o Santo!

AsF986

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Meio do mato

Meio do mato

Cai forte a chuva no telhado
Molha flor da alma em desespero
Chora o céu e me faz apiedar
Só por ele solto chuva igual.

Acaba a luz da casa. É o vendaval.
No escuro estou, mas é o tempo.
Para onde vou? Ao relento? Pena!
Tateio onde sei nada achar. Chove.

Vento chama em canto. Uivo em coro.
Não há lua para cantar. Nada há.
Fim do mundo, parece ser. E choro.
Bate a porta vento. Chama-me! Vou...

Noite assusta. Fico junto sem olhar.
A chuva cai. Ouço seus soluços.
Vento volta à estrada. Não uivo mais.
O escuro vai na luz do dia que vem.


AsF2896

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Conxtatus III

Conxtatus III

Reflexiandus
repensiandus
realmentiand

só quem
é quadr
ado dev
e ficar
no se u
quadrad
o? Ou o
redondo
vai tri
angular?

AsF169

domingo, 16 de agosto de 2009

Pó lidão (ou solidão em pó)

Pó lidão (ou solidão em pó)

Só há dor no peito de mim.
Vazio e ecos. Não estou só.
Estais em mim. Mas só tu.
Brigo com a verdade do sentir.

Encaro a vontade de partir
Deixa... Quero ser uno contigo.
Fria, escutas meu pranto.
Não me ouves, mulher? Não mais?

Aqui sombrio de pensar, vago.
são mares sem marés, ruas a pé.
E tu sorrindo por ai. Sou tolo.
Não sentes o vibrar do eco?

Estou só em mim, mas a mim
ainda tenho para amar. Há mar?
Na caverna do pensar, reflito:
Não sei se quero voltar. Conflito.

AsF Set2006

sábado, 15 de agosto de 2009

Cada um na sua (ou a sala da sexual)

Cada um na sua (ou a salada sexual)

S em essa de "aqui não pode", Oswaldo!
e nfia logo que tenho pressa.
x da questão o cacete! Vai fundo...
o ral cai bem, mas não fale nada!

a gora eu, agora eu, agora eu!

d e ladinho que eu gooooostio.
o nde coloquei o viagra, Maria?
i sso não vai dar certo...
s e me ajudar facilita! Ihhhh, Brochei?!

-----------

S eguuuuuura peão!!!
e la me quer. Ela não me quer.
x aveco, xaveco, xaveiro.
o lha a mina dessa página? Show!!!

a gora é nois na fita, Xuxa!

u va! Uva! Uva!
m as que merrrda, melei tudo!

-----------

S epara que é a minha vez, Oh!
e nfia logo ai. mas antes limpa.
x ilocaina pra que? O grande é o outro.
o lha pra la que vou enfiá!

a ugusto... vai demorar?

t em que ser jogo rápido, meu!
r ala, rala e deixa eu ir...
e ntre nos três é maneiro.
s andra, você quer qual agora?

-----------

S eria legal se aqui fosse esterelizado.
e ncosta devagar... Lavou isso antes?
x vezes já falei: Pergunte se estou pronta.
o lha, sem camisinhas especiais não rola, tá?

s entimentalista demais você...
e ncana com tudo e todos.
g uarda camisinha para exame?!?
u ruca isso. Eu mereço...
r ala mina que meu negócio é séquiçu!
o nde fui amarrar meu burro...

-----------

S obe na árvore, sobe na árvore!
e ngole logo que eu quero ir de novo.
x amuscou tudo... Limpe ai, limpe ai.
o lha só até onde foi! Mandei engolir...

s acana você... Gozou, broxou e eu?
e vite ser tão rápido da próxima vez.
l avou tá novo o que? Quero mais, hein.
v amos, me dá logo que agora sou eu.
a H!!! Não vou ficar na mão mesmo!
g aranhão de merda... Na hora H, nada!
e ntão, vai ser ou está difícil?
m ané de bosta... Dois minutos e foi!

-----------

s orria para o poder do sexo.
e leve seus pensamentos e respire
x áah hummmm, misturê sintraaa ah
o lhe o horizonte (e encaixe mais um pouco)

t enha a sabedoria de trepar muito e gozar pouco.
a gora relaxe e enfie mais... mais fundo...
n ada na mente. Nade na mente (nada de brochar, hein!).
t enha serenidade. Entre e saia com maestria e calma.
r igido só o local certo. Não os músculos.
i nvertaaaaa. Agora ela por cima e sentada.
c oncentre, concentre e relaxe...
o lhe fixo um para o outro e... gozeeeeeeeeee!


AsF886

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ser e não ter? Para que essa questão?

Ser e não ter? Para que essa questão?

Sou! A sombra de minhas idéias, de meus vícios travestidos de prazeres e apresentações cobertas de coerências que só tem quem não tem outra opção de ser.
Sou! Minhas verdades - e as mentiras que não assumo ser, mas que somente eu sei quem sou.
Sou são por estar louco e fico cada vez mais louco ao empurrar uma postura sã para outros loucos que acreditam que sou (são?).
Sou o seguidor de Cristos, Messias e mestres, mas somente sou se sigo, pois quando não sigo sou o próprio líder a abrir mares, dizer que comando marés e fazer vir comigo até aqueles que só vão para ver. Crer nunca!
Sou espiga em milharal, mas quando em milharal estou espantalho. O espantalho daqueles que querem motivos para correr e não enfrentar-me diante de espelhos refletindo espelhos. Quem são? As sombras de si mesmos; são?
Sou aquele que não anda de costas no escuro só porque no escuro não anda, porque se andasse não daria para ver a direção. Por essas e outras que, também, sou.
A pomba e pombal!
Sou praça acolhedora de criancinhas e cuidada por velhinhos que vão ver babás.
Sou fiel, sou fel. Sou até o que não sou quando insistem que sou o que passo ser na hora que não sou.
Um desconhecido que muitos insistem em conhecer. – Saiam antes que a noite caia ou o homem do saco os levará!
Um muito que alguns dizem ser nada. Um nada que do pó não veio, mas que para o pó voltará.
Sou, ainda, espermatozóide de solos intermináveis em orquestra imaginária. O vencedor na corrida dos milhões.
Sou sinfonia. Não a ordinária que gerou quartas, mas a extraordinária que, de tão boa, é executada somente uma vez.
Sou a vítima de minhas acusações e nas outras ações, sou forte na Bolsa.
Sou réu e juiz! Sou o martelo que sela a sentença. Sou a pena e a absolvição. Depois, mas só depois, sou liberdade para quem está preso e a prisão para quem está solto. Nunca sou arquivo morto.
Sou escuta, ouvido e parede. Sou rede! Oceano e pescador me tem, por isso sou mar e maré. Vento e fé. Sou.
Sou um pouco mais, mas é isso que sou e depois disso, acredite: Ainda nada sou no tudo que posso ser; porque assim sou: Complexa e paradoxalmente eu.
É isso mesmo, eu sou!

AsF696

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Convite

Convite

Tomei um banho, me preparei.
Treinei no espelho, me inspirei.
Liguei pra ela e perguntei:
- Quer ir a feira comigo?

Aderlei Ferreira (siGa) @}--´--,---
19.out.2004

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Dentri um

Dentri um
Eu vi, por detras
da árvore, o índio.
Chorava; senti.
Ele viu, aberto
no rio eu olhava.
(sem saber)

AsF2086

terça-feira, 11 de agosto de 2009

A dor da rosa.

A dor da rosa

E dói.
Cada pétala que cai é uma dor a mais que a rosa sente.
E sente seu perfume ir embora qual aurora que não se permite ficar.

A noite assume o turno, cobre a rosa com seu mistério e no raiar do dia a rosa está

coberta de lágrimas. Dela? De outro? Por ela? Por outro?
A generosidade da noite permite manter o mistério.

A rosa demora a entender que somente estando nua poderá alcançar a primavera e gerar novas pétalas. Tão ou mais sedosas que as que se foram.
A rosa se nega a entender que são quatro os ciclos e que cada um tem sua importância.
A rosa, a bela rosa, agora está nua, mas só assim conseguirá atravessar o doloroso inverno. Só assim poderá se preparar para as próximas estações.
O dia gera uma luz especial a cada novo ciclo, a noite se faz presente sempre e não deixa a rosa sozinha jamais. A terra recicla fértil e possibilita novas forças.
A vida da rosa não é fácil e sempre foi assim. Perda de folhas, cair de pétalas, enfraquecimento de galhos, aparição de muitos espinhos.

O que a rosa se nega a ver é que tem muitos admiradores, gera um perfume ímpar e para cada perda há uma nova conquista, um novo estágio a cumprir.

A dor da rosa não a deixa ver que talvez ela seja a única naquele jardim que ali permanece em todas as estações. Ela não morre e nasce como alguns. Como poucos, ela é ciclos, reciclos e reflexos.

À rosa. Por toda sua luta, exuberância, força e viver ímpar.

AsF?96

Batistaca

Batistaca

Minha cachola de uns pensamentos,
fábrica de confusões e tormentos.
sol a sol sempre foi assim.
Eu via sol raiar, gado comer capim
e nada mudar. Para que?

Será que assim vou florescer?

Padres rezavam missa de crente
A eles Deus falava até doente
Contente resmungavam e eu olhava
toda aquela farra se firmar.
Me perdi nesse mundo. Não quero olhar.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

É mesmo

É mesmo
Mesmo assim
Mesmo assim
quero dizer
que o mesmo
é assim. As
sim é mesmo
e até quand
o chega o f
im o m esmo
é mesmo ass
im. F i m .

AsF1089

AsF1089

domingo, 9 de agosto de 2009

Poeta ou poetisa?

Poeta ou poetisa?

Afinal poeta ou poetisa?

O feminino de poeta desde sempre era poetisa, porém, a forma teve sua conotação assumida como pejorativa ao lembrar aquele tipo de senhora que se veste espalhafatosamente e participa das reuniões dessas dezenas de "academias femininas de letras" que surgiram aos montes, e por todo o Brasil, na primeira metade do século XX.
Talvez um ato ingênuo, mas a verdade é que quando criaram essas instituições femininas paralelas, estavam simplesmente reforçando a crença chauvinista de que as "verdadeiras" academias eram privilégio dos homens.

Após o ato consumado, críticos, intelectuais e artistas formadores de opinião, ao falar de alguém do patamar de uma Cecília Meirelles, por exemplo, começaram a dizer: "É uma grande poeta!".

A moda propagou no meio literário, acadêmico e artístico: o vocábulo passou a ser usado pela maioria como se fosse um "comum de dois" (aqueles substantivos que têm uma só forma para os dois gêneros, mas se distinguem pelo artigo, atleta, artista e por ai vai). Hoje, portanto, é comum escolher entre as duas formas de feminino: ou usamos poetisa, ou simplesmente poeta.

Ainda é salutar notificar que nem todas as poetas sentem-se respeitadas ao ouvirem que são poetisas, pois o termo ainda é, em algumas tribunas, usado com ironia e pejo.
Não sabe o que dizer? Diga poeta!
É mais acolhedor, educado e, tido por muitos, como respeitador.

Abraços fraternais,

Dia dos Pais


Nascemos meninos, crianças
somos levados, descalços
caminhamos na vida
vamos a frente
somos pais
brilho
luz

sábado, 8 de agosto de 2009

Com cavidade convexular

Com cavidade convexular

O deserto tem areia
Praias tem grãos
Cômodas tem pó.
E eu tão só.
Em mim.
Do fim.
E eu tão pó.
Cômoda tão só.
Praias sem pãos.
O deserto tem sereia.

AsF1886

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Satisfazendo uma mulher.

Satisfazendo uma mulher

Curvado, sem jeito e na ponta dos pés, ele estocou uma, duas três e esforçou-se para estocar a quarta.
Gemidos, sussurros.
Ela pedia para ele ir com calma, mas ele jogava o peso de seu corpo para estocar com mais força.
Barulho! Ele alivia a pressão, ela quase grita: - Não! Não pare!
Ele se deu por satisfeito, largou tudo, desgrudou, deu as costas e saiu sorrindo...
- Não falei que demorava, mas conseguia botar para quebrar?
Ela sorriu e aliviada o chamou de herói, e agradeceu com um beijo terno.
- Você é bárbaro, passei o dia todo sem saber o que fazer com toda esta demanda.
Ele, de peito estufado, responde:
- Imagine. Para te satisfazer sou capaz de tudo. Até desentupir pia.



---,--'--{@ AsF @}--´--,---
SP, terça, 25.Abr.2006

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A seca da verdade - Um sertão de desigualdade

A seca da verdade - Um sertão de desigualdade

Bicho quase morto, inquieto e solto indo a lugar nenhum.
Coisas ao largo, mulher atrás, filhos alegres na frente.
Estão indo a lugar algum. A idéia de migrar faz sorrir.
Sol a sol, pé no chão. Pede a um, empresta de outro
e lá se vai a prole. Família de mateiros, qual nômades
rodam todo o sertão. Onde há comida e água, há luz.
Não sabem nada de política, mas terão que justificar.
Nada sabem de governo, mas terão que votar. Levados.
Poeira em todas as estradas, críticas em todas as paradas.
Quem mandou vingar? Se morresse era menos um. Agora é só um.
Rezar ajuda, acalma, mas logo o sol esquenta de novo e água
falta para ferver os miolos e misturar as idéias. Pacto
pensa, pacto junto, pacto racha o quengo, sem quengo nada.
Filhos comem o que tem e alegram de barriga cheia.
Mulher dorme onde dá. Se não dá, faz vigilia. Reza!
Homem pensa. Pensa. Pensa. Pensa e luta. Para onde ir?
Como ir? Por que ir? Com todos ou só? Só? Alguém vive?
Vem o mês das chuvas... Se antes melhorava no pensamento,
na realidade piora, pois não há onde secar. Ai vem o pasto.
Que pasto se nada tem? Cabra? A vida é seca só. Pó e nó.
Nós é tudo filho de Deus, mas tem uns que são melhores.
Outros são piores e vivem para a vida melhorar.
Amém. Que sem pasto nem mesmo eu posso vingar. Que dirá
o gado. Guardo as melhorias que virão um dia para me
abençoar. Aguardo os guardas que policiando, vão cuidar,
mas isso só depois da tal da eleição. Antes disso o
governo não pode fazer nada. Alguém disse...

AsF?86

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Vitta

Vitta
Transborda a borda amarelo rosa.
Freio no pensar. Passa ao ponto morto.

Em plena Av. Brasil, carro vai,
gente vem, ela vermelho grita:

- Não aguento mais essa vida!

Em plena Av. Brasil, carro vai,
gente vem, ela verde segue.

AsF1769

E#q+ua=ção Fêmea

:
::<==0==>::

E#q+ua=ção Fêmea


* Centro emocional bilateralizado e cosmicamente calibrado em ôm
* Tiro no escuro que acerta quase tudo sem ferir uma mosca sequer.

Mulher que já foi menina-mulher e hoje é mulher-menina.

* rosa, pink, fucsia e todas as outras cores.
* Bicho esquisito, mas não incomum, mas sempre desejado.
* Uma uva que sofreu despositação uterina para cair no saco escrotal do planeta terra.
* Se é linda, é muito linda. Se não é... se esforça e isso faz dela mais linda ainda.

Com todos os bichos, de todos os bichos, só a mulher.

* A minha é mãe, a sua é sua mãe!
* Algumas fazem da rua uma passarela. Outras fazem da rua um consultório sentimental, outras fazem na rua o que bem poderiam fazer em casa...

Mulher: Uma sozinha tem a força emocional de dez homens juntos.

* Seja mãe, irmã, filha, amiga, namorada, esposa, noiva ou "louca" é a coisa mais linda desse mundo!

Parabéns mulher e que Deus abençoe suas mil facetas e duas mil luas.


#Aderlei GanoN#
28.03.2007

º...::==><==::.......º
:

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Saudações Mayra!

Saudações Mayra!

O assunto é delicado, por isso, vamos a ele com carinho.
Antes de criar o tópico da Capa e abrir as portas para que todos postassem, refleti muito e até pensei em não fazê-lo.
Mas depois de algum tempo cheguei a conclusão que o mundo é um imenso arco-iris onde todas as cores vivem com - algumas vezes sem - certa harmonia.
Quando penso em poesia tenho tantas opções de formas - e tantas outras por vir. Tantas outras que não conheço - que fascino-me de sorrir ao sabor do vento ao pensar que nada sei sobre o que deveria saber...
Leio algumas obras - e não somente de "desconhecidos", mas também de "desconhecidos renomados" - e me pergunto: O que "ele" quis dizer? Era para dizer alguma coisa? Em outras eu simplesmente taxo o poeta disso ou daquilo e "traduzo sua obra" sem querer saber o que ele realmente quis dizer.
"Isso" Mayra, é o "tal do ser humano" *sorriso* com suas multivisões facetadas em experiências, vontades e geradores de verdades.
Por que escrevo isso? Simplesmente para dizer que toda obra é uma obra. Pode não o ser para alguns, pode não o ser nem mesmo para quem a gerou, mas o é, seguramente, para um leitor faminto que hora degusta aquele prato sem cessar.
Essa capa, conforme a regra, fica por mais um tempo e torço para que a próxima agrade a seus olhos.

Abraços fraternais, poeta e obrigado por participar. Isso importa.

[b][purple]Aderlei Ferreira (SziGaBh)


(sei lá de onde veio isso. Achei no caderninho de anotações, achei que ficou boa e pode externar uma visão e publico aqui. Ainda lembro que ainda é Junho 2009 e que estou apenas arrumando o blog e registrando/juntando quase tudo que tenho espalhado por ai. Até dezembro há postagens automáticas e diárias. Não se assuste *sorriso*)

Sombras

Sombras

s obrados no meio da rua
o lham passantes, pedintes
z uadores em plantão ativo.
i nventam muitas histórias,
n amoram a noite e a escuridão
h oras passam a fio. Sem fio.
o ndas de um mar solidão.

n ada esperam, tudo querem.
a diantam ao adiantar. A si.

s onhos perdidos? Outros acham!
o utros são sempre a questão.
l ugares comuns são idéias diárias.
i dades passantes em despedidas.
d ias, noites, dias, noites, dias...
ã o ainda assim acreditar. Ainda creditam
o sorriso do dia num Deus maior.


18.ago.06

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

MOVImenTO

MOVImenTO

Lenita levita e senta
Aguenta, esquenta, alimenta.
No ar baila insensatez
transpira a tez desvairada

No chão é solo de cisne
é cisne sem cisma. Leveza
Dureza é o todo. Resto
de rasgo. Um trago. O desejo

Muro das lamentações:
gemido gélico gentil.
transa globalizada explora
todas as linguas. Os cantos.

Luz acessa: me beija.
Luz apagada: sentada.
Meia luz: minuto conduz.
Toda luz: Gozo.

AsF2647

Silêncio

Silêncio

O sino está mudo
há dez meses não toca.
O sol vai alto, quem se importa?
Chão batido de tanta carriata (de boi).
Mulher parindo depois de fazer. Vou ver.
Ilusão é horizonte perto. Despertar é ter a luz.

AsF959

domingo, 2 de agosto de 2009

A poeta e a Lua.

A poeta e a Lua

Poeta, escravisse a lua e diga:
Lua minha enluarada, guarde noite
e viradas, acesse estrelas, brinque
com a noite e sempre, sempre vennha me
visitar (só não esqueça as rosas das lembranças
que confiei a ti)

AsF2447

Surreal VIII

Surreal VIII

S emear ciúmes usando um outro.
u sufruir da hospitalidade assim, sem pensar.
r anger dentes por acreditar que nada é.
r ejeitar respeito próprio e não usar espelho.
e laborar investidas para perder mais tempo.
a char isso válido, normal e ainda se sentir bem.
l igue todos os sentidos para ser você. Só você.


#ॐAderlei ॐGanoN ॐ#
2 ao lado de 7 ao gosto de 2000 e oito.

Agosto

Agosto


M ulheres em chamas até no olhar.
e ncantadas, viradas, vidradas.
s em nem mesmo respirar. Ufa!

d izem tudo o que querem,
o nde e a quem desejar.

d esgostos são comuns.
e tâ época boa para pirar!
s em explicações plausíveis
g ostam mesmo de surtar.
o nde já se viu tanta loucura
s em sentido num mesmo lugar?
t odas ao mesmo tempo agora?
o nde posso me resguardar?!?

e nfim, chegamos ao meio.

d eus, as perdoe!
o ro assim: Elas sabem o que fazem.

c rianças passeando em nuvens.
a migas incondicionais.
c om a virada desse mês.
h oje me sinto mau. Dizem.
o ras, me respeite!
r ua! Seu moleque!
r osnam assim mesmo.
o ndas de um mar sem fim

l uas são divinas. E as mulheres de lua?
o lhe bem meu filho... Falou meu pai.
u ive feito lobo, mas cuidado com a lua-mulher
c onte as estrelas para não brigar...
o vulam todo mês, mas em Agosto tende a piorar.

AsF086

sábado, 1 de agosto de 2009

Quantas vezes

Quantas vezes andei na hora de parar,
parei justo na hora de andar e ainda
sorri como quem fosse calar?

Quantas vezes peguei na hora de largar,
larguei na hora de beijar e beijei uma
boca com par?

Quantas vezes, ferido, nadei até morrer
na areia, andei na contra mão e desci
pelo corrimão?

Quantas vezes fui rebelde sem causa
e só fui mico pra galera?

Quantas vezes falei de uma garota bela
até que... virou meia noite e lá estava
eu com ela?

Quantas vezes disse: Dessa água não beberei!
E menos de dois minutos depois lá estava eu,
transformando a água em vinho para poder beber?

Quantas vezes, Pai, neguei o Cristo, apoiei o
Judas e ainda imitei a Pedro - o pescador?

Quantas vezes disse amar quanto só queria beijar?

Quantas vezes uma trepada foi paga com:
- E seremos felizes para sempre(?)

Quantas vezes deixei o outro ser injustiçado
só para que eu fosse poupado?

Quantas vezes menti por amor, por louvor,
por dor, por sei lá o que?!?

Quantas vezes, mãe, elogiei seu macarrão
doido para que acabasse e eu pudesse
sair para brincar?

Quantas vezes voltarei a esse post legal,
deixarei a obra ideal e sairei rindo
de mim mesmo?

Por um sem fim de vezes, saibam que ainda terão muitas vezes os meus:
"abraços fraternais,"
Muitas vezes.

AsF2247

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