Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

quinta-feira, 17 de março de 2016

Lidar não é aceitar

Lidar não é aceitar
Mais direto impossível: Você se aceita?
Isso mesmo e pode olhar no espelho. Você se aceita!?
E antes que a bela, espirituosa, madura e quase santificada "resposta positivamente comum" venha, eu faço questão de repetir a pergunta: Você se aceita?
Para que não aja dúvida acerca do que pergunto, acredito ser interessante separar, no intuito de diferenciar, o verbo “aceitar” do verbo “lidar”. Sim, “lidar bem com você” é muito diferente de “aceitar você”.
Altura, peso, cor da pele, tipo de cabelo, quantidade de cabelo, família, membro(s) familiar(es), carreira estudantil, carreira profissional, pais, país, bairro, casa, carro, roupas, ter que usar óculos por não poder usar lentes, doenças crônicas, doenças, manias incontroláveis, ações psicológicas que te fazem parecer um E.T. diante das pessoas e mais um sem fim de itens que poderiam entrar nessa lista, mas por motivos óbvios estão de fora.
Mas... e ai: Quando se tem qualquer um deles... você os aceita ou lida com eles e finge aceitá-los?
Qual a diferença? Talvez nenhuma. Talvez todas. Como a vida é sua, vai do seu querer. Vai da sua disponibilidade para encarar aquilo que podemos aqui chamar de “verdade íntima e pessoal”. Aquela verdade que somente nós a vivemos, pois uma vez que está dentro de nós os outros só saberão se a colocarmos para fora. São tão íntimas e pessoais que nem mesmo no meio daquele grande pileque nós a soltamos e quando o fazemos, ela sai codificada, ou seja, quando nos lembrarem que falamos isso assim ou assado, faremos cara de paisagem, fingiremos não saber do que falávamos, mas saberemos que soltamos uma “verdade íntima e pessoal”.
Vejo o “aceitar” como já ter isolado aquilo que até certo ponto é um ponto de desafeto e identificado, trazido para um nível claro de consciência, catalogado, deixá-lo vendo TV no sofá, ido para o escritório pesquisar tudo sobre ele, voltar entendendo menos do que quando sai e ir conversando, trocando, conhecendo aos poucos e... realmente diante dessa troca de verdades ir aceitando a realidade dos fatos e buscando, se possível, uma forma de mudar. Quando não há a possibilidade de mudar vem a plena aceitação e foco nos pontos positivos desse item que, até então, me amargurava. Claro que quando chegamos a esse ponto, também, chegamos ao Nirvana e recebemos o certificado de Gran Mestre Shaolin Das Couves e poderemos escrever um e-book com todo o nosso conhecimento.
Já o “lidar” é fingir e forçar um “aceitar”, é enganar até a si mesmo. É evidenciar “aquele diferencial” numa tentativa de, com aquela exposição, logo livrar-se de olhares, piadas e perguntas que você julga desnecessárias.
Lidar é fazer piadas com o intuito de mostrar aceitação quando fica evidente que o intuito é justamente esconder-se dessa mesma aceitação.
Antes que me façam a mesma pergunta, já saio em resposta: Eu aceito lidar bem comigo! E... pronto! E... Pranto!
Aderlei Ferreira
173161151

Eu sempre vou - e passo! Quem fica!?

Eu sempre vou - e passo! Quem fica!?
Leviandade é uma palavra que se fosse fruta pareceria-se com uma pera e ainda assim não perderia seu ar arrogantemente negativo.
De sonoridade pesada, seria natural sugerir toda uma orquestra para sua pronuncia não causar assombramento. Ela soa tão pesada que beira o entupimento do ouvido pecador que a recebe como um castigo/penitencia. Interessante que, mesmo com todo esse pesar ela, no meio da música cantada pelo bandido, faz o incauto bailar qual beija flor em busca de novo néctar. Espia a poesia disso: - O voo da renovação da vida...
A verdade é que leviandade é qual bruxa de beira de pântano e estrada que lê a sorte em troca de um nada e só apresenta des-graça fantasiada de palavras que soam como uma marchinha de carnaval não escrita por Chico, mas que, também, tem o tal do "sei lá o que" "vai passar".
O caráter do que é leviano usa da falta de seriedade para, num agrego de valor algum, maldizer o outro numa falta - e circense elástica - tentativa de justificar sua investida. Lévia (nome daquele ser que, em feminino, aplica ou usa de leviandade) é qual cobra e onde já se viu cobra justificar o bote!?
A verdade, verdade mesmo é que cobra nenhuma dá nem mesmo entrevista. Quando muito, em respeito a imensurável fama, apoio, divulgação e patrocínio recebido pelo louvável Discovery Channel, ela envia um ou outro assistente de comunicação para dar um ou outro dado mais técnico sobre seu um ou outro grupo de atuação e hábitos comuns. E... (um ou outro) só!
Muitos foram os compositores que tentaram escrever músicas acerca dessa uma. A leviandade. Mas claro. Sua força é tamanha que a maioria fez a música, mas não conseguiu fazer a letra, logo, o que mais temos sobre o tema é música instrumental e ainda assim a organização se dá de uma forma tal que achar os instrumentos é um exercício ímpar. Isolá-los, então, é um trabalho hercúleo. Por que? Porque leviandade que se preza não é vista isolada. Sempre vem misturada, enrolada, entrelaçada e de uma maneira que não dá para separar. Tudo é tão bem feitinho, tudo é sempre tão lindinho que... impossível acreditar que "aquilo seja capaz disso". Quer o mais interessante? Nem o grande Rudini descobriu como, mas a leviandade sempre faz com que tudo fique a favor dela e todos os acontecimentos, falas, atos, ações e até a moça do tempo, ocorra e discorro a favor dela.
Certa feita foram, para a Argentina fazer um curso de tango, os senhores Comportamento, Insensatez, Irreflexão e a senhora Jogatina. Todos levaram um baile da Leviandade! Imaginem que ela sozinha consegue colocar para dançar todos esses e mais alguns!
Realmente - eu penso - é sempre muito bom manter distancia segura de alguém que tem um nome tão musical, que coloca muitos para dançar e, ao mesmo tempo, se perde quando e´traduzido para outros idiomas.
Enfim, como diria Luiz Melodia:
Se alguém perguntar por mim
Diz que fui por aí
Levando um violão debaixo do braço
Em qualquer esquina, eu paro
Em qualquer botequim, eu entro
E se houver motivo é mais um samba que eu faço
Se quiseres saber se eu volto diga que sim(...)

terça-feira, 15 de março de 2016

Reencarno ou desencano?

Reencarno ou desencano?

Os ditos populares vão não somente além dos tempos, mas igualmente além da vida, creiam-me.

Sinceramente não sei, mas confesso que não é necessário refletir muito para chegar a conclusão, no mínimo, dúbia de que é pensar pequeno demais acreditar que do nada viemos e que para o nada voltaremos.
Como assim, acreditar em um Cristo chamado Jesus (e em tantos outros com tantos outros nomes) e parar a reflexão na morte de um corpo onde a inteligência vai muito além desse planeta e do pensar simples?
Senhores, por favor, não precisamos nos abengalar nas incertezas e muitas posições de um mesmo livro, mas podemos nos apoiar a lógica na lógica da sequencia dos fatos para, fácil, concluir que dificilmente a ideia do "não reencarnacionismo"  será um dia válida.
Se assim fosse seria cômodo dizer que matei, roubei, trai, menti e cometi um sem fim de outros delitos contra a moral e que nada resgataria.
Sinto imensamente, mas não preciso de religião para chegar ao pensamento de que aqui estou e aqui voltarei para continuar o que aqui comecei. Se assim não fosse, pouco teria sentido ser.

De uma forma geral, vejo os não reencarnacionistas, alegando que tudo acaba aqui porque se aqui continuar muitos, simplesmente, ficariam loucos diante das loucuras que já cometeram seus pares.

O texto é curto. Sem pé nem cabeça. A reflexão foi pega no ar, solta no mar. Quem quiser que navegue.

Bon voyage!

Aderlei Ferreira
153161242

terça-feira, 8 de março de 2016

Mulher

Mulher
Poucas constroem dignidade para honrar tão nobre e abençoado título.
Poucas cumprem a especial - e única! - missão atribuída somente a esse ser. A de ser e a de fazer ser independente de qualquer outro ser.
Aquelas que dizem "não mexa com um bicho que todo mes sangra" são as primeiras a se retiraram da tão nobre fileira acima e se colocarem em uma fileira de animais que tiveram a sorte do poder da regeneração e o jogou rio abaixo por não entender, de fato, o que é ser mulher. Por não alcançarem o real significado do universo que circunda, com Divina aura, essa palavra.
Ser mulher é ter um contato mais íntimo, mais direto e quase irrestrito com o Criador.
Ser mulher é ter um coração muito mais resistente e que bate muito mais vezes, muito mais forte e paradoxalmente muito mais sereno.
Ser mulher é ter o dom do aconselhamento, do canto, do brilho no olhar, da constante confiança, fé e esperança.
Ser mulher é ser simples, amar complexo e viver intensamente em si, no outro e ter o outro, qual canguru, adentro de si.
Ser mulher é ser aquele "Amém!" no final das nossas orações diárias.
Amém!
Aderlei Ferreira
08.03.2016

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails