Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

[Sem Título]

[Sem Título]

Hoje, só queria te fazer feliz ontem.
Será que amanhã quererei te fazer feliz hoje?

20.02.07

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Limo em limbo

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::<==0==>::


Limo em limbo


Silêncio em todos os(...)
As rosas calam diante(...)
O sol não levanta; luta.
A noite não cai; fica.

O rio não pára, mas
não anda em si. Roda d´água!
pedras nos caminhos dos s.
Pó ao lado das árvores.

Silêncio de contemplação;
a cachoeira cai vigorosa,
mas sem som, sem inércia.
Com gravidade e o peso de si.

Apropriado da batuta, maestro,
conduz orquestra, dita ritmos,
mas se nega a parir o som
Ele (e outros) gozam limo em limbo.


#ॐAderlei ॐGanoN#
28.06.2006

º...::==><==::.......º
:

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Surreal IV

Surreal IV

:
!
:

S iga a outros quando poderia seguir a si.
u se de estratégias vulgares ao invés de válidas.
r elacione-se com o inimigo e taxe o ato como certo.
r edija, redija e não escreva absolutamente nada. Acorde.
e nvie dubiedade sabendo que voltarão culpas. E goste disso.
a lague as cidades da esperança e sorria ao ver afogar sonhos.
l argue o que pegou, pegue o que largou e se vanglorie por ser assim.

01.08.2008
Aderlei Ferreira #SziGaBhMayNy#

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Passeando nos pensamentos

Passeando nos pensamentos

Alías, se sua casa é descartável, se suas roupas são
descartáveis, se seus empregos são descartáveis, se
seus relacionamentos sãO descartáveis, por que comigo
tinha que ser eterno? Acaso vim com algum defeito
de fabricação? Acha mesmo que minha mãe
aceitaria desenvolição?
Ou será, desovulação? Desvolução? Devolução?

AsF Nov 2006

domingo, 27 de dezembro de 2009

Complexo

Complexo

Nem toda visão vê o visto. Faz ilusão.
Poucas audições nascem para ouvir.
Gira a roda da vida que gira a bailar!
Todo pé pisa. O direito tem privilégios;
o esquerdo é pouco quisto.
Mãos geram pegadas, tem dez dedos, mas
somente um aponta. Delatora é a boca
que não cala e cessa a navalha-língua em si.
Se bom, fragrância. Se ruim, ruim fedor.
Coitada da narina que atura tudo isso e um pouco mais.
Quando equilibrado, na corda bamba da vida, o
cérebro é amado. Quando desequilibrado, é desajustado.
Até parafuso alegam faltar.
Segue a vida, no gira que a roda faz bailar
Por que, ao final, é isso que importa e nos faz imortais!


Aderlei Ferreira #SziGaBhMayNy#
30.7.08

sábado, 26 de dezembro de 2009

Papeis fragmentos - mil pedaços

Papeis fragmentos
(mil pedaços)
Por mil dias
e mil noites.
Por ti vivi:
mil vezes;
mil luas;
mil sons.

Por mim velei;
meu amor reguei.
Por ti voltei;
por nós revisei.

Sintonizei:
mil luas-nuas;
mil sons-mudos;
mil partos-paridos-sóis;
mil camas-para-a-noite.


Dormidas na lua;
viagens paraternais;
olhares cricrihotônicos;
pulsamentos bastiomaníacos.

Tão rápido quanto o trem:
Vai e volta,
meia volta vai,
entra e sai,
deixa e vai,
colhe fruto,
cospe mais,
nove! Setênio!
algoz? Atrás?
Quer mais!


Pare nesta estação:
Admira, "a" de mirA, mirra!
Mil sons.
Mil cheiros.
Milk bar.
Tempero.

Mil vezes você.
Mil vezes a dor de te amar
à alegria do alívio de você
não estar. Ser para que?


Mil sons
Mil passados
Mil pecadores
Mil vezes chorar
Mil olhares vidrados
Mil tarados tocando sexo
Mil sexos em praça pública
Mil vezes um mar de escuridão

A uma pequena luz de mil
ions no fim do um túnel
(sem fim).


Mil vezes mudo de:
casa
rua
bairro
zona
cidade
estado
região
país
continente
(e tudo isso só para não ter que mudar de planeta).



Aderlei Ferreira #SziGaBhMayNy#
1 dois.De.MCMLXVIII(+37 às 10hs)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal!

Feliz Natal

Em pleno Junho, estou aqui preparando o post de Natal.
Arrumo o blog e estou colocando um a postagem por dia afim de arrumar as obras.
Um arquivo, mais de trezentas obras. Aff

Bem, feliz Natal!

*kkkk

Hoje: 08.jun.2009
Hora: 20:49

Tá bom, né?

AsF869

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Anunciação

Anunciação

Queria te ter. Aqui. Agora.
Pousar minha língua entre tuas pernas e te beber por tempos não mensunráveis.
Te abraçar apertado qual uma águia abraça sua presa e voa alto, bem alto, sem deixá-la sair de seu delírio - escapar.
Te consumir a alma vadia e aceitar isso como um condenado aceita a própria pena. E não conta seu fim.
Queria te fazer gozar assim como a ostra que após tantos e tantos balanços de mar, e mudanças de maré, goza pérola valiosa e, algumas vezes, rara.
Te sugar a língua de uma forma impensada, não relatável, mas absurdamente sentida.
Te queria.
Te queria fêmea sempre no cio para meu uso e prazer.
Sempre disponível, sempre fácil - e dada.
Te ver os pingos de prazer escorrer pernas abaixo e sorrirmos disso.
Te apertar mamilos sem dó, pois entendemos que a linha que separa dor e prazer é tênue demais para ser obsevada (nessa hora). Depois arde, mas depois é lembrança e para lembrar tudo é válido.
Te queria. Falseada, faceira e minha.
Só. Te. Queria.
Às explosões de gozo meio a tantos outros prazeres, meio a tantos outros afazeres.
Vem, explode comigo e me deixa ser teu rei. Me permuta teu reinado e, usando o canhão da paixão, atire bem no centro de meu peito.
Mata-me(de amor).


Aderlei Ferreira
2 ao lado de 7 ao gosto de 2000 e oito.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Multifacetamento - Posição Oeste

Multifacetamento - Posição Oeste

E se eu disser que te conheço e
ouço tuas gargalhadas ao perceber
que peixe se debate até morrer?
(que feio isso...)

E se eu revelar que 99% das suas visões
eram miragens no seu deserto de respeito,
generosidade e auto-estima?

E se eu disser que você
ouve rádio para não ouvir
seus próprios pensamentos?

E se eu "abrir o bico" e delatar que
de diferente você só tem a estratégia,
pois no resto é similar ao resto?

E se...
A megera fosse gente boa,
uma louca coroa a se odiar?
Que morra em paz!

E se no infinito céu
eu visse papel de giz
e riscasse O Aprendiz?

E se humilhação fosse sinônimo
de castração, o marido um bobão
que desistiu de compartilhar?

Ah, Deus... Tantos "e se"
Tanta gente santa que vai
a Porto Seguro (segurar)...

AsF?106

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Re lógius VI



Re lógius VI

t enho sede de sexo
i nstinto aflorado
c entro desligado

t enho sede de sexo
a umentando a potencia
c atastroficiando a dependência.

AsF369

domingo, 20 de dezembro de 2009

Rosa roxo

Rosa roxo

Acabou meu jardim, minha rosa roxo murchou.
Se morreu ou hibernou não sei, sinto que preciso dela e sem minha rosa fica vazio peito jasmim.
Rosa roxo, se me ouves, perdoa se fui pouco sol, pouca água, adubo pouco.
Entenda que sou mais fraco sem ti e ainda que contigo relapso, era todo seu.
Volta e usa minha terra para ficar e prender tuas raizes em mim.

2006

sábado, 19 de dezembro de 2009

Mares e Sinais

Mares e Sinais
Que seja o mar.
Verde, azul ou vermelho
com um sinal amarelo ou verde.
A vida é assim mesmo, Fênix:
Quanto mais pensamos mais haverá para pensar.
Quanto mais andamos, mas haverá de andar?
Que seja o mar...
Antes de cinco dias a maré é revolta,
mas logo depois o sinal abre para
pedestres. Passe, logo! É melhor não abusar.
Cinco dias e a água tem seu divisor.
Antes disso que o trem esteja na linha!
Que os carros não avancem sinais!
Que a vida seja dos anjos (e seus sexos).
Depois disso será calmaria e só amor.
- Entre um e outro, vá vivendo poeta, pois
ela o ama...
Ah Fênix, como é bom amar...


AsF25106

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Viva a liberdade

Viva a liberdade
Eu hoje chorei. Meu canário parou de cantar há três dias.
O soltei achando que queria a liberdade da mata.
Ele foi pego por um predador natural e morreu.
Meu canário parou de cantar prevendo seu fim.
Eu hoje chorei, mas continuarei contando (e preso em minha gaiola).

AsF2676

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Primeiras notas

Primeiras notas

? De quem?! Do patrão?
Olhe para a e mi diz se sentido.
De sol a sol, deixei meu suor.
si acha mesmo que sou injusto ao partir,
me mostre outra música!

AsF869

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sexta-feira liquidificada

Quem é você?
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Quem está ai dentro de você?
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É possível ser feliz de forma plena?
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Qual o melhor campo para o cultivo da paz?
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Se todo As é carta forte
conforto e mais sorte
hão de prosperar.
Se um baralho
é trocadilho,
e trilhos?
vão-se
ao ar
par.
Mar
é luz,
ilusão
e travas
prisão de
grade rudi
mentar. Argum
ente, mas tenha
em mente que será
preciso lutar. É sorte.
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Não basta deixar a gaiola aberta para um pássaro voar.
É preciso não prendê-lo para que ele desenvolva a capacidade de contra-argumentar.
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Já ouvi mulheres falarem.
Já vi homens berrarem,
mas nunca vi seres trocarem.
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Sexta-feira é assim:
Um liquidificador de idéias que ventam para todos os cantos, afinal essa é a sua função.
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Bom final de semana a todos!
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ॐAderlei ॐGanoN

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Senhor Plix, senhora Pluc

Senhor Plix, senhora Pluc

Com a colaboração dos ventos, a senhora Plix conheceu o senhor Pluc.
A fama do dito senhor ia longe e sua ficha corrida era repleta de mistérios.
A maneira dele, sempre deixava claro quem era, como agia e o que buscava. Alguém que suportasse a dor de amar amando junto.
Ao ver senhora Plix a química foi letal e ambos não se demoraram para ir a um ninho de amor. Antes, porém, senhor Pluc explicou como agia, deixou claro sua condição poligâmica e relaxou ao ouvir a senhora Plix dizer que sua busca era somente e tão somente por algumas horas de amor.
A química foi além do sexo e suas conversas eram sempre muito bem humorada, intelectualizadas e a vida crescia.
E ambos alimentavam uma sólida estrutura de amor.
Senhor Pluc falava, senhora Plix ouvia e sempre agradecia pelos valorosos ensinamentos.
Sempre que podia deixava claro o muito que aprendia com ele e sempre que ele podia, a sua maneira deixava claro o que absorvia com aquela inteligente e viva mulher.
O tempo passa, o vento bate e diante de sol e chuva, dia e noite o quadro começa a mudar.
Agora senhor Pluc deixa de ser libertário e libertino, inteligente e sagaz para ser mulherengo e burro diante da vida.
Senhora Plix deixa de ser doce, inteligente e sensata para ser amarga, ignorante e sem centro.
Antes as falas eram sempre de que ciúme era tolice e que não cabia no relacionamento. Hoje o ciume é fato e assumido sem meias palavras.
Senhora Plix ama odiar senhor Pluc e senhor Pluc nada diz. Fixa na dele...
A montanha perde o brilho, o castelo que ocupava seu cime não passa de uma construção cinza.
Seu Pluc é um homem sem luz, senhora Plix uma mulher sem amor.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Escrivaninha a luz de velas - O Ser Poeta

Escrivaninha a luz de velas - O Ser Poeta

Doce ou amargo, visceral ou básico, sou poeta.
Não por escolha ou amor a arte, mas por necessidade de viver.
Não por dinheiro, prestígio ou sociabilidade, mas por simples necessidade de viver.
Queria ser e estar, então procurei médicos e especialistas. Nenhum me autorizou o voo. Nenhum ousou me taxar de qualquer coisa que fosse, pois claro estava que eu era poeta. E sou poeta!
Estudar estruturas lingüísticas qual engenheiro estuda para fazer obras. Respeitar métricas, soletrar rimas, fugir das pobres, incessantemente garimpar as raras. E ser poeta.
Estética, semântica e gêneros são opcionais no outro, ser poeta é ter latente a necessidade de poetar. É brincar com tudo e todos. É indignar diante de obras incompletas, acontecimentos diversos que te burilam e te fazem, por necessidade, escrever o poeta. Não a poesia.
A poesia é o passo que o poeta dá no mundo, o poeta é simplesmente poeta.
Toda e qualquer outra classificação é do mundo e funciona para o mundo. Para o poeta o que funciona é a roda da poesia. O ser poeta.
É um rio sem barragem, uma represas com coragem de segurar as águas para gerar energia. Mesmo que essa energia fique represada nesse ou naquele verso transgredido.
As estrofes são degraus que descortinam um véu de um céu entre vários infernos. Ou um inferno de céu.
As Musas são deusas efêmeras que qual o quadro de um pintor, depois de assinada é o que é. Ninguém mudará isso. Nem mesmo o poeta que tem a necessidade de ser poeta. Da poesia.
O título é obra, a assinatura é um mentiroso fim. O poeta seguirá sempre refazendo aquela poesia. Nem tanto ao público, nem tanto explícito, mas sempre aos trancos e barrancos meio a enxurradas de emoções. Meio a escassez de emoções.
A visão de um poeta é única e todas as vezes que ele foi convidado para registrar uma batalha, essa foi a melhor e mais empolgante batalha do mundo. Seu.
Muitos foram os guerreiros, mas poucos são os poetas que fazem um guerreiro ser visto como um deus.
Sou poeta por isso também. Pela necessidade de ser poeta.
Mães, filhas, homens, mulheres, pares, ímpares e todo o tipo de ser, quer se ter em poeta.
Médicos e arquitetos fazem vida, o poeta apenas as relata como viu o nascer de um certo ou incerto sol, o partir, o chegar do forasteiro que mudará a história daquele povoado e o ir da donzela que vai casar. Deixar de ser filha para ser mãe e, então, volta a ser filha da mãe. Com ou sem poesia essa é a função de um poeta. Fazer, em linhas, com que o leitor veja ao que não estava, mas que – após o poeta alquimizar letras e gerar poesia – sente não somente estar, mas igualmente ser.
Ser poeta.
Sou poeta.
E me orgulho disso.

Obrigado leitor, por - ao me ler - me fazer mais poeta, pois não quero fazer só poesia, quero fazer leituras de minhas poesias.

Obrigado leitor de poetas, um meu amigo fazedor de poesias.

AsF269

sábado, 12 de dezembro de 2009

Vilas Boas

Vilas Boas

Por que abandonastes meu amor?
Por que se mostra e se esconde tanto?
Meu lírio, minha luz, minha Musa, por que?
Indagações perdidas e soltas ao ar.
Que os bons ventos a levem a ti e mostrem,
explcícito, meu amor em ti, por ti e Paraty.

AsFset06

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Reflexões sobre um amor a um

Reflexões sobre um amor a um

- Fênix, me perdi entre a liberdade e o amor.
- Poeta... Se o amor não o liberta, não pode ser considerado amor.
- Mas eu amo, Fênix.
- A liberdade ou ao amor, poeta?
- Amo a mulher que me tira a liberdade em troca do amor.
- Tira a liberdade, poeta?
- Sim, Fênix. Com ela não serei livre, mas serei amado.
- E sem ela, poeta?
- Estou morto, Fênix.
- O que quer poeta?
- Amar a mulher e manter a liberdade.
- Se ama, não é livre?
- Amo e ainda assim não sou livre.
- Poeta... Traz um paradoxo. Ama e não é livre?
- Amo e sou livre, Fênix. Prendo-me quando estou com ela.
- E?
- E nada, Fênix! Quero um auxílio!
- Que auxílio, poeta?
- Quero o amor com liberdade.
- Tem amor?
- Muito!
- Tem liberdade?
- Não, pois estou preso a ela.
- E o amor que ela lhe devota não o liberta?
- Não. O amor dela é lindo, revigorante e único.
- Mas?
- Mas sua maneira de ver a vida e analisar meus atos me aprisiona.
- Então há uma incompatibilidade?
- Sim, Fênix, e eu não sei como resolver.
Se fico com ela, amo, mas me frustro ao vê-la julgar meus atos de forma errada.
Se vou, sofro por estar longe e não ter seus braços.
- O que pode mudar, poeta?
- Acho que nada Fênix...
- Quem já mudou por quem, poeta?
- Ela já mudou por mim, Fênix.
- E você, poeta?
- Eu o que, Fênix?!? Parece que você não entende! Quero sua ajuda e você fica me enchendo de perguntas para as quais não tenho respostas!!! Até parece que não me entende!!!

A Fênix chorou, sua lágrima secou no fogo e partiu para mais um vôo.

AsFSet2006

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Poeta ou poetisa?

Poeta ou poetisa?
Afinal poeta ou poetisa?

O feminino de poeta desde sempre era poetisa, porém, a forma teve sua conotação assumida como pejorativa ao lembrar aquele tipo de senhora que se veste espalhafatosamente e participa das reuniões dessas dezenas de "academias femininas de letras" que surgiram aos montes, e por todo o Brasil, na primeira metade do século XX.
Talvez um ato ingênuo, mas a verdade é que quando criaram essas instituições femininas paralelas, estavam simplesmente reforçando a crença chauvinista de que as "verdadeiras" academias eram privilégio dos homens.

Após o ato consumado, críticos, intelectuais e artistas formadores de opinião, ao falar de alguém do patamar de uma Cecília Meirelles, por exemplo, começaram a dizer: "É uma grande poeta!".

A moda propagou no meio literário, acadêmico e artístico: o vocábulo passou a ser usado pela maioria como se fosse um "comum de dois" (aqueles substantivos que têm uma só forma para os dois gêneros, mas se distinguem pelo artigo, atleta, artista e por ai vai). Hoje, portanto, é comum escolher entre as duas formas de feminino: ou usamos poetisa, ou simplesmente poeta.

Ainda é salutar notificar que nem todas as poetas sentem-se respeitadas ao ouvirem que são poetisas, pois o termo ainda é, em algumas tribunas, usado com ironia e pejo.
Não sabe o que dizer? Diga poeta!
É mais acolhedor, educado e, tido por muitos, como respeitador.

Abraços fraternais,

AsF1959

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A malabarista ou Um circo na vida

A malabarista ou Um Circo na Vida

Entrei no banheiro, deixei a porta aberta.
Triste, cortei os pulsos para morrer.
Olhei o sangue escorrer pelo piso do box.
O ralo o consumia, a vida me ia.
Não ouvi passo e resolvi tossir.
Uma, duas, três vezes. Mais alto,
mais forte e ninguém compadecia.
Ninguém aparecia.
Pouca vontade de morrer?
Pouco sangue, deve ser...
cortei mais uma vez, mais fundo.
Sintonizei, não ouvi barulhos.
Desesperei e gritei por socorro.
Quando todos chegaram eu estava morta.
Largada. No chão. E afogada em meu próprio sangue.
Ele me matou. E ainda assim não consegui morrer.

Ago2006

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

.: ? :.

.: ? :.

Algumas vezes me pergunto porque.
Porque exercitar tanto, correr tanto atrás, lutar tanto. Dar anos, tempos. Trocar amigos, cerveja, saídas, trocar tanto.

Gastar com livros, workshops, seminários, palestras, buscar tanto.

Queimar neurônios para aprender sozinho o que os livros não trazem.
Por que?
Para ver alguém que chegou ontem e, ainda ontem mostrou não saber nada, hoje entrar e simplesmente, ainda que indiretamente e sob a desculpa-verdadeira de querer auxiliar, humilhar a outro?
Para ver que esse mesmo alguém, que não tem nada senão boas falas e um extremado jogo de cintura, pisar no outro?

Sinceramente, fico olhando.
Qual uma moréia, fico na janela a observar o mundo e ver como, definitavamete, o ser humano insiste em não ser humano.

Que fazer, não?

domingo, 6 de dezembro de 2009

sábado, 5 de dezembro de 2009

Vera vs Vânia

Vera vs Vânia

Vera vai virar vadia
Vejam vocês, Vera vadia...
Vânia verificou vibrando: Vera vadia?!?
Virou vigarista! Vou ver...

Vera viu Vânia vibrar
Virou víbora, voz voraz: Vai ver verme...
Vânia, vestida, viu Vera voar.
Vacilou Vera, Vânia venceu.

Vânia vaidosa veementemente
vergou Vera vadia.
Vânia valores velava...

Várias vezes vi,
Vitoriosa, Vânia voltar
vencida Vera vadiar.



#Aderlei GanoN#
01.2004

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Co-Mércio

Co-Mércio

R apaz educado, fino trato e de boa família
i nteligente, onipresente, culto e depravado
f ilho de pai e mãe, mas está só. Sem família.
a ntes era solteiro. Hoje é...
- (silêncio)
s e alguém quiser, o preço é de ocasião
e screva para: papaidoceu@sonhosimpossíveis.ceu

AsF?86

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Alugando idéias.

Alugando idéias

Hoje peguei um filme de Bruce Lee. Não para assistir.
Peguei porque estava em promoção na locadora-do-menino-bonito.
Pego sempre Almadôvar, Fellini, Spike Lee e alguns menos conhecidos.
Pego os que gosto e ele vira a cara, torce a boca.
Com o do Bruce (que nem Willys é) ele sorriu e ainda disse:
- Muito bem, menininha. Agora está no caminho certo.
Ai, que vontade de dar um caratê no focinho dele.


---,--'--{@ AsF @}--´--,---
SP, sábado, 22.Abr.2006

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

És tu mulher

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::<==0==>::

És tu mulher


És tu um poço de segredos que
guarda todos os mistérios do mundo

Desde os acontecimentos do ventre
A palavras soltas ao relento

És um guardião da Matriz atento
Ao sonho esperado, ao futuro lamento

É teu o mistério do corpo
O ministério do Outro. O todo em si.

És tu a pureza sem maldade. A maldade sem igualdade
A esperança do início, meio e fim.


#Aderlei Ferreira#
13.01.2004

º...::==><==::.......º
:

domingo, 29 de novembro de 2009

Não falta mais!

Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhh Cheguei até aqui! Finalmente!!!!!!!

Perái, o blog tem postagem automática... Postei tudo isso em Junho de 2009. Será que... cheguei?
Bem, se cheguei deixo algo hoje, se não deixar nada, me fui! Estou bem!

A janela do meu jardim

A janela do meu jardim

É da janela que te vejo, que te beijo os sonhos, que te desejo.
É da janela que te admiro, te convido a pensar, te inspiro a amar.
Não uma janela qualquer. A janela do meu peito. Não perfeito, mas
disposto a te adorar. Adular deusa, idolatrar, servir ao ser servido,
usar ao ser usado, dar ao receber o doado. Ser simples e complexo,
incoerente e disperso, mas com flores, com sabores de "estou aqui".

Uma janela. Até que velha. Até que suja de tanto apoiar. Até que viva
de tanto olhar.

É da janela do meu querer, do seu viver, do nosso ser - e estar! - que te vejo mesmo sem você estar ali.




sábado, 28 de novembro de 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Faltam...

Dois dias
para que
morra o
quinto, nasça
o sexto!

Olabirintonalabirintite

Olabirintonalabirintite

ouçodesgostoaosgostosquemesão.Sintorecintodeumsentimentoquemedão.
TocootatonoatodaconstataçãoQueroodesquero;esperoalgumamovimentaç
ãoinfravermelhoinfrared,redstar,ringoestá?suauvaagridoce,seuspontosou
riçadossuasgrutasumidecidas,suassalivasesperadasmeperco,meporco,met
oaospoucos.trocoobondeporumavoltinhaemseucorpo.salivoabocaantesdec
huparqualquerlaranja.soueestou:Umconsolo(solo).


#A.derlei GanoN#
2 um.Ao gosto.MCMLXVIII(+39 às 5+5 - Miguel Couto)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Faltam...

Quatro dias
para que morra o quinto,
nasça o sexto!

Terroir - A verdade por trás das paredes

Terroir - A verdade por trás das paredes

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::

Primeia safra:

Abra as pernas, Maria.
Prepara-te o ventre.
Darei um filho meu
para que cresça
e também
seja teu.


Última safra:

Arreganha-te,
mulher!
Darei um espermatozóide
meu.
Ovule. Faça dele um filho
teu.


Aderlei GanoN
08.Mai.2009

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Faltam...

Cinco dias
para
que
morra
o
quinto
,
nasça
o

sexto!

TPM - RPM

TPM - RPM
T á quertendo o que, oh!?!
P ega leve que não estou bem, mané!!!
M e desmancho em choros e a culpa é sua!
AsF nov 2006

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

domingo, 22 de novembro de 2009

Faltam...

Sete dias
para que morra o quinto,
nasça o sexto!

Multifacetamento - Posição Sul

Multifacetamento - Posição Sul

E se eu resolvesse ser um
cara resolvido e surtasse
porque todos fazem isso?

E se o mundo fosse bem melhor com
a senhorinha ligando para a Sexshop?
- Alô é da farmácia? Como não? Me mande dois vibros médios
e coloque no "crédito melhor idade" do meu "falecido marido".

E se a verdade fosse que a planta primeiro - e
de forma quase imperceptível - espalha e fixa
sua raiz para só depois crescer, se espalhar mais e
querer tomar o céu? Que plantinha linda é o meu amor!

E se tudo isso fosse verdade
mas somente por maldade eu
não resolvesse apresentar?

E se com crua desigualdade
eu fizesse boa amizade com
alguém do lado de lá?

E se largado a própria sorte
seu destino fosse a morte
de mim? Simples assim.

E se a inquietação parasse,
as contas não chegassem
e ainda assim achasse que é o fim?

E se a TPM não existisse
e a arrogância abolisse
o seu jeito de ser?

E se justamente na virada
você descobrisse que a
parada é somente viver?

E se todas essas cobranças
fossem resultado da enorme
confusão que boicota seu coração?

E se, D. Maria, seu José ficasse
brocha, pegasse uma calocha e
decidisse começar a viver?

Muita calma nessa hora,
porque minha senhora esse
monte de "e se" é somente desculpa
para aparecer. E se for?

E se as rádios online acabassem com
o dxizismo? A rádio escuta deixará
de ser desculpa para ficar só?

E se a nova lei rezasse:
Doravante o horário da morte será facultativo.
Peça e terá. Tenho dito, escrito: É verdade e dou fé.

E se o seu amor foi tão forte que fez o
outro despertar para a vida e agora que
ele está cônscio quer seguir mesmo que sem você?

AsF?106

sábado, 21 de novembro de 2009

Faltam...

Oito dias
para que morra
o quinto,
nasça o
sexto!

Re lógius V




Re lógius V

t ranstornos diários
i mpedem o crescimento
c ontradizem o desenvolvimento

t ransportes diários
a umentam a infecção
c onvidam a confusão.

AsF369

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Faltam...

Dez dias
para que morra
o quinto,
nasça o
sexto!

Noite e Dia

Noite e Dia


Todas as noites há noite, Fênix.
Não há jeito. Ela e o dia sempre estão aqui.
Faça o que desejar. O que e como fizer. Eles revezam em turnos precisos.
Algumas vezes até atrasam.
O sol fica mais espaçoso no verão e atrasa mais no inverso.
Não importa, sempre estão ali.
Horas se fundem e de repente viram um só.
Noite e dia juntos.
Um perfeito e misterioso eclipse.
Diga-me Fênix, como é possível?
Como eles conseguem?
Tanto tempo, tantas passagens, tantos desencontros, mas sempre ali. Como eles conseguem?
Quem dá essa firmeza, quem possibilita esse círculo infindável, majestoso e único?
Quem, Fênix? Como?
Ah, ave mutante que encara o fogo sem temer, que sai de cinzas não permitindo que estas atrasem seu vôo, me responda... Como?
- Paciência, poeta, paciência.
Disse a cansada Fênix e se jogou no fogo para encerrar aquela jornada.


AsF19105

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Pensantus

Pensantus

Incessante ser. Inconstante viver.

Assumir que o sol brilha é difícil.
Mil posturas, sem altura. Poço.

O coitado arrasta sombras consigo.
O forte vive só. Mais leve. Mais puro.

Essa é a realidade da vida
Esta é a verdade da morte.


AsF2996

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Conxtatus VI

Conxtatus VI


Aferição
Decepção
Argument

Quem não é
ambicios o
pelo vício
de ter o ó
cio do pod
er? Quem n
ão que r o
o fácil de
ter? Quem,
eu você ? !
si l ê n c io...


AsF369

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Peniodolatria

Peniodolatria

P edaço de carne. Vezes viva, vezes morta.
e ntrar e sair é a sua função, mas
n em sempre a cumpre. Nem sempre é o que diz.
i nchado, cheio ou vazio é adorado pelo homem.
s em ele não há poder. Não há? Poder?!?

AsF?96

domingo, 15 de novembro de 2009

Mina que mina

Mina que mina

O corpo. Uma mina que mina...
Ilusões? Tesouros? Que mina?!
Soterrado depois da explosão.
Proprietário, cansado, fechou portas.
Mesmo disposta, aceito a solidão.

Auto flagelo templo inteiro.
Lacrado, à espera de ação.
Comovida na cegueira do desespero.
Quero? Sim, busco outra prisão...
Escuro de verdades e egos. Canção.

Desbravador destemido. Munido!
Um labirinto de emoções.
Achou porta. Arrumou confusão.
Quebrou todas as paredes.
Me aninhou; posse ! Em sua mão...

Iniciou complexa investigação.
Pegada forte. Majestosa decisão.
Eu não assumia. Ele queria...
Cavou ouro, compaixão. Burgo!
Explodiu tudo. Reconstruiu ilusão.


#ॐAderlei ॐFerreira
18.Jan.2005

sábado, 14 de novembro de 2009

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A Noite do Poeta

A Noite do Poeta

- Quando viras? Perguntou a Lua.
- Não vou nunca. Balbuciou o triste poeta.
- Por que? Arguiu uma curiosa e sorridente Estrela.
Abaixou a cabeça o poeta, refletiu e respondeu:
- Porque ela não me quer...
A Lua sorriu, as Estrelas brilharam e foi a Noite quem respondeu:
- Porque achas que não te quero se diariamente empurro Dia e Sol para te ver brilhar sob a luz da Lua com Estrelas?
chorou o poeta (ele não tinha visto a noite ali).

AsF27.jul.2006

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Reversibilidade

Reversibilidade

Deixa a forma fixa
e se apegue ao con
teúdo  oscilante de
mim (em mim mesmo).

AsF769

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A mulher e suas mil fases para uma única lua

A mulher e suas mil fases para uma única lua

Ela também tem todas as
fases de uma mulher.
Chame do que
desejar, mas
chame a
certa

(a errada pode te matar...).

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A pimenta arde


A ciranda no complexo mundo de Cinderela

A ciranda no complexo mundo de Cinderela

A roda cíclica gira na beira do rio.
Quer gerar força e energia, quer.
Acender luzes, gerar força e energia. Quer.
Fixada não para, apara o que convém.
Corre mundo sem sair do lugar. Aluga olhares.
A roda. Cíclica. Gira na beira do rio.
E não para mais. Enquanto houver rio. Quer.

AsF - 1959

domingo, 8 de novembro de 2009

Senhor Capitão

Senhor Capitão
No cais da vida atraquei meu navio. Abordei muitos portos, conheci muita gente. Naveguei por muitos anos.
Negocie passagens, fiz, vi e desfiz miragens. Balancei junto ao mar.
Muitas vezes as estrelas eram minhas guias, a Lua parceira de muitos versejares e a noite uma misteriosa dama que me embalava em seus mitos.
Já - e vivi! - a morte muitas vezes, algumas vezes tão perto que acreditei estar além mar. Mas nunca me apaixonei por ela a ponto de seguí-la. Sempre quis ficar.
Cada novo amor era mais forte, cada beijo era para dar sorte e eu insistia em acreditar.
Minha tripulação mudou seguidas vezes. Muitos me ensinaram a pescar, outros a pensar e até hoje não sei parar.
Atraco com força e até sem jeito, uso âncora grande, ultrapassada e enferrujada pelo tempo e o sal do mar. Uma lembrança que levo comigo: O característico cheiro que só tem que tem o mar.
Para alguns sou capitão, para outros um marujo beberrão. Será que um dia irão me creditar?
A vida segue seu rumo. Vejo rios entrarem no mar.
Já fumei cigarro e parei, já usei charuto e deixei, agora quero me embriagar. De amor. De novo?!? É... isso é ser do povo.
Vicio doentio tem essa erva que desconheço, dizem que dá uma onda que mereço, mas não sei onde comprar.
Uns dizem que é em uma ilha do pacífico, outros que no atlântico tem, mas para me dar mesmo não aparece ninguém.
Vou naufragar?
Zarpar sem destino cansa e desalinha o ser. Moças de porto riem alto demais, não saem do cais e nada pagam para tudo ter. Até fazem escambu, mas é preciso fazer por merecer.

Sei que meu navio é pesado, muitos panos, muitos mastros para com tudo navegar.
Fardo farto, farda maltrapilha, vão encontrar...
Cadê aquela caridosa dama que ainda acredita no sorriso do palhaço, que tem fibra de aço e comigo conseguiria (re)começar? Cadê aquela donzela parida para ser princesa e sempre sonhou em ser a sereia que encantaria meu mar?

Sapato velho para pés cansados?!? Já ouvi muito o provérbio, ou ditado, mas sempre deitado estou a aguardar.
Acredite: sou pagão, moço e santo! Comigo não se espante se eu conseguir melhorar. É só uma questão de vento e possibilidades de aventuras que minha sorte muda para me apoiar.
- Homem ao mar!
Pronto, agora danou-se. Esse ai era mais moço e servia para captar...
Mesmo com ondas altas e mar revolto, sempre dei o meu jeito, um tanto maroto, para o mar
seduzir, unir e conquistar.
Usei, por toda vida, métricas nem sempre coerentes, mas que funcionavam bem. Amém!
Agora estou aqui. Sem um rés de vintém, sem uma casa para entrar, sem uma mulher a me esperar e ainda digo que a vida vem me agradar. Prospera sempre que a sorte do vento tende
mudar.
Bem, vou esperar. Deitado...
Cadê os filhos com filhos e netos?
Sou Casanova? Um mito falido em si? Um homem bom de cama e com muitas histórias para contar, muitas seduções para apresentar e... só?
Só...
Só?!
Nem a lua, que fica tão alto está só. Nem a noite com todos os seus desafetos, histórias de solidão, desencontros e perdição está só.
Nem o temido furacão anda só. Aliás, esse nasce de muitos e leva tudo consigo!
Ilusão desse mundo. Serei o primeiro marujo a viver fora do mar...
Conheço todos os portos. Não sou de nenhum, mas sei dar troco.
Vou e volto no balanço do convés, posso não ter um conto de rés, mas ainda sei dançar.
Com damas ou putas, em igrejas e labutas eu também sei rezar.
Agora passa a cachaça - ou o rum! Passe a vida e deixe passar.
Sou um homem do mar!
- Terra a vista!
Pronto agora descobro o que mereço, coloco logo meu preço e já volto a navegar.
- Levantar âncora!
Vou zarpar.

SiGa Ago.06
AsF?59

sábado, 7 de novembro de 2009

O espelho de Doralice

O espelho de Doralice

De quatro sou paisagem;
de frente a coragem;
de lado uma maldade;
de costas, real miragem;
de rosto a dura verdade;
Em mim sou. Completa.


---,--'--{@ AsF @}--´--,---
SP, sábado, 25.Mar.2006

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Pensando a franqueza de ser e estar (nu)

Pensando a franqueza de ser e estar (nu)

Ser você mesmo implica em dar, ao outro, ferramentas para não somente te julgar, mas igualmente te classificar. Os historicos mostram que o outro não sabe lidar com dados verdadeiros que formem a individualidade de seu par.

Visões

Visões

Violarei volumosas vulvas
Vezes violetas, vezes velhas
Vezes vagabundas, violetas, velhas.
Violarei vértices!

Vou vulto vivo. Vadio vencer!
Volátil visto, ventre vasto
Vulnerável viver
Visivelmente vil

Vontades variantes, verdades velozes
Vexames vistosos, venham!
Verificar vivazes vulvas,
vitrificadas vendo votar/voar

Vingam viúvas vermelhas
Verdes violadas. Violetas vivas
Vertendo veias verniz
Vejam varias velhas! Velas vendidas!

Vai vida virada. Vidrada!
Vem ventre velado!
Veementemente vibram vozes vorazes:
Vai! Vem!

Vitorioso verguei.
Voei vias voltei
Vaidoso vi valores vãos
Vão! Vão vigiar!

Vem ver você!
Você vai vigiar! Vem ver...
Vara verter. Ventre virar, vibrar...
Vi, viví, vencí. Voltei...


#Aderlei GanoN#
01.2004

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Rio de pensamentos amazônicos.

Rio de pensamentos amazônicos

Eu vi um índio.
Me olhava sem saber.
Eu tinha roupas.
Ele tinta tinha.

20.agosto.06

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Meu quintal

Meu quintal

No meu quintal de 3x5m² plantarei!
Na extrema direita, 11 mil mudas de café.
Na extrema esquerda 20 mil pés de frutas variadas.
E no centro umas duas mini-roseiras,
elas me permitem sonhar...



---,--'--{@ AsF @}--´--,---
??.05.01

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A morte na selva

A morte na selva

Triste. O papagaio não sabia o que fazer diante da perda de sua estimada esposa.
Voava de um lado para o outro. Falava sozinho. Dispensava grãos nobres.
Era saudade de sua única. E amada parceira.
O Macaco tentou consolar. Fez graça, contou piadas, mas nada. Nada o fazia alegrar.
A arara até que tentou ficar a disposição dele, mas não adiantou. Seus olhos - e todo o resto - tinha uma dona que partiu e deixou saudades.
De um lado para o outro, o senhor papagaio só lastimava. Sentia a dor da partida em seu peito.
Iena, sorria. Mas logo depois explicava que era de nervoso.
Leão gritava alto: Pare papagaio!!!
Seu hipopótamo mastigava e, sentido, prestava condolências.
Foi o astuto jacaré quem sugeriu que procurassem a coruja.
De tudo ela sabia! E poderia trazer uma solução.
Não demorou até que ela aparecesse para apresentar uma saída.
- Para onde a alma de sua esposa foi seu papagaio? Perguntou serena a coruja
- Para o céu... Respondeu o vivo-morto papagaio.
- Fácil! Vamos pegar a sensível águia e pediremos que tente um contato com o céu.
Assim fizeram. E assim pediram aos bichos que mais alto voavam para tentar uma notícia qualquer.
Ninguém trouxe nada.
Toda a floresta estava sentida... Como agüentar seu papagaio falando direto e querendo um algo de sua amada?
Quando todas as esperanças esgotaram a dona Girafa. Exuberante. Única em elegância e conhecimentos espirituais falou:
- Aqui está senhor papagaio! (psiu... Ela lhe entrega uma carta)
- O que é isso, dona? Perguntou o desolado, desacreditado e saudoso papagaio.
- Ora, não queria um contato? ( falou, já indignada a elegante girafa e concluiu) Ai está?
- Oras! A senhora conseguiu!!! Chorava o papagaio sem saber se agradecia ou abria a carta.
E foi dona girafa quem quebrou o gelo emocional e explicou.
- Sim, contatei o espírito de sua esposa e ai está: uma carta psicogirografada.

sábado, 31 de outubro de 2009

Felicidades!

Felicidades!

p eixes nadam em feliz data.
a nunciam merecida virada.
r aios joviais iluminam aurora.
a ugusta passagem, dura pesagem...
b em-te-vi canta mais forte. Sorria!
é assim que a vida vive e faz viver.
n unca esqueça: Ser amado é fato.
s im hoje é o seu dia e eu parabenizo.


AsF727

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Minha primeira viagem de moto

Minha primeira viagem de moto

Lembro-me como se fosse hoje.

A comprei!
Passei uma semana "estudando-a" na garagem e decidi que era hora de ganhar o mundo.
Levei ao mecânico e avisei:
- Capriche, pois amanhã estarei no mundo!
O profissional sorriu, parecia ser a milésima vez que via aquele brilho nos olhos de alguém.
Pedi que entregasse a moto em casa, andar só para viajar e isso aconteceria no dia seguinte.

Preparei-me!
Olhei rotas, admirei o transito, calculei gastos, preparei o coração e fui dormir. Amanhã será o dia e deste dia não escapará minha vontade de viver, sorrir e acontecer...

Acordei!
O dia estava claro, a esperança era vida e a vida era estar de moto...
Coloquei a roupa comprada especialmente para aquele momento e quixotescamente me vi "armado".
Minha fiel, e sempre alerta, escoteira colocava-me peça por peça num ritual que depois vi repetir-se até os dias de hoje.
Estava com uma segunda pele, o couro.
Estava protegido, o ouro. Meus sonhos, meu tesouro. Meu pensar, meu passadouro.
Além de mim, o mundo era todo alegria.

A viagem!
Subi na magrela, doce Lígia, doce Bela, doce e meiga era ela.
A moto dos sonhos, uma 125 magrela. A Cinderela que viu em mim seu sapato emprestado por uma fada madrinha. Seu príncipe com o tesouro do amor.
Naquele momento éramos eu e ela.
Que o mundo se acabe, agora estou em aquarela!

Sobre a Lígia, liguei motor.
Acelerei mansinho.
A despedida foi de quem parecia não voltar.
Um guerreiro indo ao encontro de sua sina. Degladiar... Matar e/ou morrer por sua causa mais nobre: A liberdade!
Ah... Como eu estava livre de mim e do outro em mim.
Era só alegria...
Passei pelos vizinhos que me olhavam com cara de "lá vai o velho louco", "Um tolo que não teve infância e agora faz papel de palhaço".
Minha infância fora plena, bem me lembro até chorar. A saudade é sempre grande e a moto me possibilita prolongar. A infância? Não a liberdade de ser e estar...
Cruzei o primeiro farol/sinal.
O transito era intenso.

Caminhões empurravam-me para o acostamento, guardas rodoviários olhavam-me com inveja do meu feito perfeito e lá fui eu.
Paisagens deslumbrantes e algumas nunca pensei de ver. Só sabia delas por ler.
Devo ter rodado uns 2.000quilômetros até voltar e quando voltei minha amada estava na janela, cara de apreensiva, a me aguardar.
Passei pelos vizinhos que agora me olhavam como seu eu fosse um herói e cara de "Nossa.. Que coragem", "quanto estilo...", "Um dia, ainda, tomo fôlego e faço isso ai..."
Li a felicidade em seus olhos.
Correu para abrir a garagem, auxiliou-me para descer do meu cavalo de aço, permitiu que eu limpasse a poeira que herdei no caminho e falou:
- Da próxima vez rode menos... Como demorou, meu velho... Pareceu uma eternidade para mim. Quando for assim, vá andando mesmo... pois ir de moto à padaria gasta mais tempo que ir a pé...

É amigos... Quixotescamente minha primeira viagem de moto foi para cumprir a missão diária de comprar o pão da manhã e não passou de uns 900m, mas creiam: Tudo que relatei foi verdade, pois mesmo tendo rodado o Brasil de norte a sul e voltado do sul para o norte, até hoje não consegui repetir as emoções que colhi naquela viagem...

By ॐAderlei ॐGanoN
em: 01.10.2002
::
:

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Surreal II

Surreal II

:
?
:

S ubstimar a inteligência do outro
u sando artifícios re-recicláveis
r ecriminar atos seus, no outro
r eavaliar suas posturas, mas não mudar
e nsinar na hora de aprender e não aprender ao ensinar
a garrar o "eu preciso" e soltar o "eu me busco"
l ançar culpas, pescar medos (e ainda tirar fotos!).

25.07.2008
Aderlei Ferreira #SziGaBhMayNy#

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Renatinha vai ao Big Brother Brasil - BBB 10!

Se depender de mim... Tá dentro, poderosa!!!

Paraléguas

Paraléguas

Em um lado de mim
a noite amanhece
em outro espaço
o dia anoitece
são lados iguais
presenças anormais
que fazem um pulo ser voo.
São pares sensatos
impares servidos
em prantos do doce
esconder. Salgado...

AsF Nov2006

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Estado terminal

Estado terminal

Agora, no fim, guardo - de presente teu - os momentos que vivemos - juntos e separados. Desamparados.
Não tenho mágoa, rodas de pensamentos e nem quero saber como se deu. Deu!
Agora, ao fim. Só tenho a certeza de que todas as brechas foram fechadas, mas que muitas outras serão abertas e quer saber? Cada momento foi um monumento único e ficará para a eternidade. O que vier é história e não dá para negar a força do que aconteceu.
Agora é fim. Sofro, eu sei, você sabe. Mas, também, sabemos que é somente o fim do relacionamento e não o fim de nós ( foram-se os nós!).
Seguiremos com nossas dores esperando novos amores e... vamos superar.
Não assumiremos que estamos disponíveis, acessíveis, mas - no fundo - vamos surtar. Entrar.
Agora teremos a disponibilidade de outras bocas, relações mais loucas e quereremos nos apresentar.
Somos coitados...
Dois adultos plausíveis, seres humanos abrasivos que não souberam se amar. Quem somos?
Me pergunto onde vamos parar com essa sede de amar e controlar tudo a nossa volta. Mas como a natureza - humana - é porca!
Aqui estou! Nas asas de algo que parece ser a morte. Quanta sorte! Mas só se ela pudesse me levar...
Em verdade, somos só maldade.
Não vê como nem todo vulcão pode adormecer?
Não vê que nem todo homem pode ser - e estar - a seu modo?
Não vê?!
Poetas eram loucos, escritores? Todos tortos em sua forma de amar.
Quero bebida. Alcóol ajuda a fechar feridas.
Quero meretrizes sorridentes, quero a cafetina mais envolvente para, agora sim, poder me soltar.
Dança flamenca!!! bata o pé, meu amor.
Dança de balé! Rodopie em um só pé.
Mas ao final estou vivo e sem saber como te amar.
Devo te odiar?

#ॐAderlei ॐGanoN ॐ#
2 ao lado de 7 ao gosto de 2000 e oito.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Só acompanhada só, mas ao lado da cama

Só acompanhada só, mas ao lado da cama
Apoio as luzes
fracas de sua noite só.
Livros que não serão lidos.
Tremo ao ouvir roncos de cansaço(?).
Não reclamo dos maus tratos as gavetas.
Sei que serei trocada em qualquer fim de ano.
Sou velha? Não presto? Existem modelos melhores?
Teus atos mostram que nada sou além de uma Criada Muda.
AsF8116

domingo, 25 de outubro de 2009

Visceralizado

Visceralizado

Ontem
dormi esper
ando um milagre.
Hoje acordei ve
ndo os seus
olhos.


Ontem
dormi esper
ando um milagre.
Hoje acordei. Ve
ndo os seus
olhos.

AsF759

sábado, 24 de outubro de 2009

El Camino - 2010 Pontiac G8 ST (sport truck)

El Camino - 2010 Pontiac G8 ST

El Camino da Chevrolet, um veículo utilitario do coupe.



Em 1959, em resposta ao sucesso do similar Ford Ranchero (1957-1979 - foto ao lado), a divisão da General Motors, Chevrolet, fabricou de 1959 a 1960 o caminhão (classificação usada para o veículo nos EUA) El Camino.
Entre 1964 e 1987 houveram alguns relançamentos, mas nada comparado as anos iniciais.


Suas bases são similares (usadas de) outros modelos Chevrolet da época.
Entre 1978-1987 houve uma variação do El Camino, o GMC Sprint, e que mais tarde passou a ser chamado de Caballero de GMC de 1978-1987.

No México, foi vendido como o nome de Chevrolet Conquistador

Disponibilizo a ficha do antigo El Camino e dois videos do atual.


Chevrolet El Camino


Nome(s) alternativo(s):
GMC Sprint - GMC Caballero

Construtor: Chevrolet

Produção:
1959–1960
1964–1987

Sucessor: Chevrolet SSR

Tipo de Carroçaria: picape

Modelos similares: Ford Ranchero



As impressões que o carro passa:

Como amar?

Como amar?

- Fênix, eu amo.

- Sim, poeta. Amar é bom ou ruim?

- Oras, Fênix, amar é bom!

- Que bom poeta. Amar é bom.

- É, mas tem um problema.

- Se há problema no amar, ele pode ser visto como não tão bom assim, poeta.

- Pois é, Fênix... Amo, mas não pago o preço desse amor.

- E não pagar preço de um amor é bom ou ruim, poeta?

- Fênix... Eu sofro, não faça assim comigo.

- Nada faço, poeta, apenas perguntei. Responda somente se quiser.

- Eu sei, me desculpe ave santa. Estou tão confuso que nem sei o que responder.

- Tento entendê-lo, poeta, mas para isso tenho que perguntar: Não saber o que responder é bom ou ruim?

(e chora o poeta sob o olhar calmo da fênix)

AsF Nov 2006

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Re lógius X


Re lógius X


t opo! Todos querem. Uns vão
i mprimir sua própria marca:
c oragem, astúcia e vitória!

t opo! Uns não querem. Não vão
a rquiterar sua chegada. Ida.
c onfortam-se na simplicidade do ser feliz.

AsF569

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Multifacetamento - Posição Leste

Multifacetamento - Posição Leste


E se todas as rosas forem azuis?
Todas as pétalas de algodão e
a vida cheia de Maria sapatão?

E se a faxineira alertar que não
é minha e que a casa não a tem?
- Vamos e venhamos, doutor...

E se na noite todo gato é pardo e
durante o dia só se ilude quem quer?

E se o pedreiro fosse doutor Ricardo,
o marinheiro Sir Jonhson & Jonhson e
eu um Zé Ninguém?

E se o povo visse muitos filmes
só para não ter que ver a
própria vida passar?

E se Salvador continuasse
a mesma escravidão de sempre
só que agora sexual?

E se o povo elegeu de novo
só para não ter que trabalhar
e viver de bolsa família?

E se aquela moça da comunidade
racista fosse uma fetichista
só querendo dar? Adoro negão?!?

E se eu achasse o mundo quadrado,
mas alugasse martelo para enquadrar
mais ainda as idéias retas?

E se o soldado fosse quem mandava,
o batalhão uma comunhão e
a força a união (do açucar)?

E se, minha gente?
E se, tenente?
E ocê? Tá contente?

Que tal pensar num "e se" de repente?

AsF?1056

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Re lógius IV





Re lógius IV

t enho uma oração comigo.
i nspira a ligação com o Alto.
c onduz a verdade do espírito.

t enho uma oração comigo.
a lcança todas as graças.
c ontrola todas as desgraças.

AsF369

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Cotidiano

[Imagem: Cotidiano by AsF]
Abrí-la por completo não foi suficiente para fazê-la parir um gozo. Ela queria mais!
Naquele dia em especial decidiu se dar o melhor de si. Se abriu mais do que devia(?), gemeu mais do que queria e foi além de si em um transe nunca antes visto.
Ele estava ali, ela sentia, mas não o via, não o queria ver. Queria a si. Só a si.
Transpirava desejos, falava o que vinha a mente e ele que tapasse o ouvido para ouvir nada ou os abrisse para ouvir o tudo.

Ouvir o mais, pois entre uma frase e outra ainda haviam ostras.
Tudo junto, tudo sem tempo, tudo sem hora.
Descabelada e nua, ela aceitava qualquer posição.
Melada por suor, por gozo, por desejos, ela estava ímpar. Ninguém nunca a vira assim. Nem ela.
Ele se fazia entrar e sair. Ela fazia pedir mais, aceitava as estocadas e quando menos esperava, largava dele e se jogava sozinha no cantro da cama. O empurrava e puxava os vibros, os empurrava e, depois de curto tempo, lançava a mão em si. Palmas, dedos, tudo era bem-vindo. Tudo ao mesmo tempo agora!
Cada novo gozo era um momento mágico. Ela, nesse instante, não se permitia tocar. Queria estar só. Só com ela. Só em si.
Ele era seu parceiro e mesmo estranhando aquele dia, ficava ali. Firme, duro e pronto. Seu maior prazer era o de dar prazer.
Invertido o dia, contrariadas as funções e seguiam. Cada um em si. Para si e consigo. Só.
A noite ia alta, o silêncio, vez e outra, era cortado por mais um espasmo. Forte. Intenso e se ouvido por outros tido como insano. Alguém morria. Mas naquele quarto ambos nasciam. Cada um para si. Em si e consigo. Só.
Ele virou, saiu da cama e foi tomar um banho.
Ela se abriu, se arrumou na cama e vendo a tv se tocou mais umas vezes.
Se viu sozinha no quarto. Se sentiu. Se explorou. Se deu.
Uma, duas e várias outras muitas vezes. Assim, seguido. Sem parar, sem pensar.
Ele. No banho. Se alisou. Reação física nenhuma, mas a mente excitou. Explodiu e ele gostou. Por debaixo da ducha relaxou. Se achou, se pariu.
Fechou tudo, secou o corpo molhado de si e saiu.
Ela estava de pé, passou por ele sem nada dizer. Tomou rápido banho e voltou.
olhou para ele e estranhamente "seca" disse:
- Ah! Ainda está ai?
Ele ficou sem entender, sem saber o que responder e antes que o fizesse ele continuou entregando seu próprio vestido e fino sapatos para ele:
- Se quiser pode ir, não preciso mais de ti.

Set2006

domingo, 18 de outubro de 2009

sábado, 17 de outubro de 2009

Conxtatus V

Conxtatus V

Dantesco
negresco
gigantesc

Don Quixote
era feliz ,
infelizes e
ram os moin
hos gigante
s ao subjul
gá-lo louco
O governado
r são. Er a
louco em si

AsF369

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O diário de Franz Burger

O diário de Franz Burger

No ano de 1825...


12 de agosto

Caro diário.
Para não perder o emprego, parei de fumar.


Dia 15

Dileto amigo, sinto-me ótimo! Resolvi também parar de beber.


25 de agosto de 1825

Que maravilha é a vida, diário! Parei de comer carne!


12 de setembro de 1825

Mas que bosta! Não resisti, fui demitido. Voltei a beber!


15 de setembrto de 1825

Sabeeyua comoé,né? bebêé bão demaiss da conat e fumar mehor aianda


17 de setembro 1825

Agora fiquei puto!
Como se não bastasse perder o emprego, voltar a beber e a fumar, hoje saí com a Cláudia!!!

Set2006

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

.: Obviedade-absoluta :.

.: Obviedade-absoluta :.

Certa é a mente que pensa.
A que rumina, está a pensar.
A de baixo, quem diz que pensa?
É boa quando faz despensar.

AsF2159

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Concerto cuadrado

Concerto cuadrado

Cara, cadê carro?
Conte comigo, corra!
Cadê carro, cara?
Cláudia criará confusão...
Cara, crie coragem, conte Cláudia,
conserte confusão. Concerte comunhão.
Conversei! Carla calará, cara.
Claro, César contará... Confirmei.
Controvérsias contarão.
Cadê carro?
Corredores caem, caixas caem,
coisas caem. Cara, casa caiu.
Controle condições!
Centre compadecidos.
Confabule complô.
Contrate comparsas.
Compre compadres.
Contudo, compareça com carro!
Cadê carro, cara? Corra!

AsF869

terça-feira, 13 de outubro de 2009

.: Alfabeto visual :.

.: Alfabeto visual :.

a São pés fincados no chão e mão na cintura para pensar. Quero crescer!
b Uma mulher grávida de vida e luz.
c Multiplicador de idéias. Elas entram pelos de cima, saem para os de baixo.
d A mulher grávida vai à maternidade. Sorriso novo no ar.
e A idade fez o homem curvar e sentar para apreciar o mundo em que vive.
f Um jovem forte abre, timidamente, os braços para a vida. Quer abraçar o mundo.
g A criança, na grávida, começa a nascer.
h Uma cadeira a espera de um alguém com idade – e sabedoria – para se curvar e apreciar o mundo.
i O filho da grávida, aos poucos anos, mas já de pé.
j O pai do filho da grávida que se ajoelha para abraçar o filho (da grávida).
k Uma pequena menina, sorrindo, abre os braços para sua mãe.
l O filho da grávida cresceu. Agora já anda sozinho e tem apelido próprio. Não é mais só o filho da grávida.
m Um idoso, ainda, trabalhando a terra que lhe dá o sustento.
n A mulher do idoso está com ele e ambos são os pais da grávida que teve um filho que agora tem apelido.
o A menina sabe um pouco mais sobre mundo e se espanta. Ela descobre que também já foi filha da grávida.
p A maioridade chega e o filho da grávida olha para frente de cabeça erguida.
q O filho da grávida, rebelde, dá as costas para tudo. Até para o serviço militar.
r O idoso, pai da grávida que teve um filho que agora tem um apelido, faz um banquinho para descansar.
s A pequena menina, agora cresce e fica grávida.
t O filho da grávida é o pai. Sorridente, mas perdido abre os braços para a menina grávida.
u O filho da grávida aprende o conceito da multiplicação de idéias, mas faz do seu jeito. Pega de cima e joga para cima.
v O filho da grávida, feliz por ser pai, agradece aos céus levantando as mãos.
x O filho da grávida é homem feito, tem família. Finca os pés no chão e agradece a Deus por isso.
z O filho da grávida vira design e desenha um banquinho melhor para o idoso trabalhar e descansar ao mesmo tempo. Fica rico com a idéia.

0 Onde a história começou.
1 personagem foi o principal, mas
2 abriram para mais alguns.
3 formaram família.
4 vezes escrevi a mesma história sobre a mesma coisa do mesmo jeito.
5 É o total de conceitos a passar.
6 Olha outra mulher grávida aqui.
7 Um homem dá as costas para ela.
8 Duas crianças, no muro, assistem a tudo.
9 Alguém saiu para multiplicar essa história.

Aderlei Ferreira #SziGaBhMayNy#
08.Ago.06

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Das Coisas do Amor

Das coisas do amor

Ela diz:
- meu amor, quero lhe beijar.

Ele responde:
- Psiu! Estou com frio...


AsF896

domingo, 11 de outubro de 2009

sábado, 10 de outubro de 2009

Equilíbrio flutuante

Equilíbrio flutuante
Quando foi a última vez que você ouviu que esse ou aquele é um desequilibrado?
Quando foi a última vez que, em certos momentos, diante de determinadas situações, você ouviu que você é um desequilibrado?
Já parou para pensar que algumas pessoas tem um equilíbrio diferenciado e que isso não significa necessariamente que ela é alguém não vista como do bem?
Acredito em um conceito chamado “Equilíbrio flutuante” e se o compreendo melhor conseguir “me livrar” de um sem fim de outros conceitos que somente me fazem perde o rumo.
Vamos a ele?

Imagine um quadrado perfeito. Feito?




Olhe para esse quadrado e identifique todos os extremos dele.


Não importa, ache todos os extremos.




Alto, baixo, laterais, encontros de linhas, extremo mediano e até mesmo o extremo central.
Achou? Agora imagine que esse quadrado é você. O seu universo com seus muitos “eus”.
Se de um lado você é o melhor no outro extremo acharemos o seu pior lado.
Os extremos não são comente os nossos surtos, nossos desesperos. Neles igualmente acharemos nossos momentos de maior tristeza e melhor felicidade.
O clímax e a pura depressão.
Entenda: todas as vezes, sem exceção, que você estiver no extremo estará em desequilíbrio, estará, digamos, fora do eixo.
Se você é bonzinho demais... Desequilíbrio. Por outro lado se é ruim demais, desequilíbrio.
Afetuoso demais, sem afeto algum.
Bagunçado demais, arrumado demais.
Enfim, qualquer extremo é sinal claro de desequilíbrio e o conceito vale inclusive para o extremo central.
Todo arrumandinho, nunca surta, sempre muito calmo, compreensivo e amigo? Hummm, sei não... *sorriso*
Desequilíbrio!
O que precisamos entender, antes de pensar em alterar esse quadro é que nós podemos sim, naturalmente, sermos indivíduos com um centro mais próximo a isso, aquilo ou a esse ou aquele extremo e isso não configurará problema algum.
O problema se dá quando fincamos bandeira naquele extremo e não saímos dali para visitar nossos outros “eus” em atendimento a uma necessidade, vontade ou ímpeto.
Se formos calmos por natureza, que problema há? Nenhum, oras! Talvez o problema se apresente quando nos mostrarmos somente calmo e não também calmo, entende?
Flutuar é a palavra de ordem!
Atenda a sua necessidade natural e estabeleça, sim, sua base próxima a um extremo ou até mesmo próxima a um centro tido como “normal”, mas... flutue entre e até os outros. Vá e volte sempre.

Para alguns siga com força e determinação, para outros vá com mais tranqüilidade, segurança e compasso.


Um casal vive infinitamente mais e melhor quando se permitem surtar vez e outra, quando se permitem falar o que realmente pensam.
O equilíbrio estará presente na forma como falar e a flutuação será vista quando o discurso encontrar, ou não, eco.
Por mais que você seja um cirurgião que precisa de calma, paciência e atenção, algumas vezes o paciente precisará de mais energia para ser, de fato, auxiliado.
Por mais que a sua profissão seja algo zen, algumas vezes, nem que seja fora dela e por hobby, gritar, extravasar e sair de si, será algo ímpar e... permitirá um equilíbrio flutuante tal que você há de sentir-se pleno e renovado sempre.
Após entender e respirar esse conceito, para que a mudança ocorra será necessário um policiamento inicial e uma força de vontade grande, pois se somos assim é porque, geralmente, é assim que nos sentimos cômodos. Não disse bem, mas sim confortáveis.
Mas até que ponto ser e estar confortável pode realmente nos auxiliar em nosso processo de evolução pessoal?



Respire, reflita e pergunte a si mesmo se não é hora de flutuar um pouco mais e viver a vida de forma ímpar.

Linda semana!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Reflexo vespertino

Reflexo vespertino

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Reflexo vespertino

Eu, nos olhos seus. Brilho
Reluzente de vermelho-vida,
sorridente de raiar luzes.
Eu, nos olhos seus,
sou mais que eu.
Sou nós (nos olhos seus).

Aderlei GanoN
30.10.2008

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Reflexo vespertino

Eu, nos olhos seus.
B
r
i
l
h
o
.
Reluz ente
de vermelho-vida,
sorridente de raiar
luz es.
Eu,
nos olhos seus,
sou mais que eu.
Sou nós
(nos olhos seus).

Aderlei GanoN
30.10.2008

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Reflexo vespertino
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Eu, nos olhos seus.
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i
l
h
o
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Reluz ente
de vermelho-vida,
sorridente de raiar
luz es.
Eu,
nos olhos seus,
sou mais que eu.
Sou nós
(nos olhos seus).

Aderlei GanoN
30.10.2008

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Reflexo vespertino
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Eu, nos olhos seus.
B
r
i
l
h
o
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Reluz ente
de vermelho-vida,
sorridente de raiar
luz es.
Eu,
nos olhos seus,
sou mais que eu.
Sou nós
(nos olhos seus).

Aderlei GanoN
30.10.2008

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Espelho

O espelho, talvez, seja a o único objeto com a capacidade de mostrar o que você é.
Uma fotografia, por ser estática e sem dimensionalidade, te mostra quem você é, mas dificilmente mostrará “o que você é”.
Poucos se olham, de fato, no espelho. Desde crianças somos ensinados a usar o espelho para ver “coisas”, nunca nos ver.
Olha como você ficou linda com essa maquiagem, meu amorzinho!
Olha como a calça lhe caiu bem, paixão.
Dificilmente alguém, quando você ainda é criança, te diz: Se olhe no espelho e se veja!
A mente, com o passar dos anos, apreende a burlar a si mesma e todo as as vezes que você tenta se olhar no espelho “acha” sempre qualquer outra coisa que desvie a sua atenção. Menos você mesmo.
Já experimentou exercitar se olhar no espelho?
Não é olhar “aquela barriguinha”, “aquela ruga” que mesmo com os caros cremes não sai.
Já experimentou exercitar se olhar no espelho?
Não para ver se precisa ou não de plástica ou se aquela maldita gordurinha ainda reside “lá”.
Vamos trabalhar?
Pare de frente a um espelho onde você consiga se ver até os joelhos.
Se olhe sem buscar nada. Evite “as pegadinhas” da mente como achar qualquer coisa que te impeça de olhar-se.
Se olhe o corpo. Parte por parte. Se olhe.
Inicie por baixo e deixe seus olhos subirem sem pressa, sem correria.
O que ver? Nada. Tudo e, ao final, queira somente ver.
Aceite o que vê. Cicatrizes, marcas de idade, marcas outrora indesejada, acolha a tudo. Se acolha. Se aceite como é. Nesse exercício não pense em mudar nada, apenas pense em acolher. Você também é isso, pense.
Suba mais a vista até chegar aos seus olhos.
Se acolha. Não desvie o olhar de você mesmo.
Se encare de frente.
Siga nesse movimento até perceber que você está dentro do espelho e que seu eu está fora dele.
Nessa hora, se respire, se acolha ainda mais e não tente sair do espelho. Apenas aceite o trocar de posição. Se aceite.
Aquele lá dentro também é você. O de fora, também é você.
Se acolha. Com erros acertos, com marcas de idade, com pele flácida e com tudo o que viu, se acolha.
Fixe seu olhar até sentir que a aflição deu lugar a uma serenidade. Até sentir que você se acolheu.
Isso pode demorar segundos, minutos e com alguns até horas (que podem ser divididas em várias sessões).
Ao sentir-se acolhido relaxe e visualize você, ainda no espelho se abraçando, quando conseguir visualizar, não tenha medo e se abrace.
Se acolha e externe o quanto você é importante para você. Se acolha.
Fique abraçado pelo tempo que couber e depois deite um pouco para descansar. É normal acontecer uma leve sonolência, é comum dormir uns minutos e acordar mais sereno, mas em si, mais tranqüilo.
Repita isso, ao menos, uma vez por semana e verá como sua vida irá mudar em auto-estima, aceitação de fatos, coisas, situações e pessoas.
Você se acolherá mais.
Se acolha.

07/12/08

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