Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Billie Holliday - The Man I Love - Tradução

Hoje eu acordei todo Billie Holliday, algumas bolachas na vitrola, uma ou outra canção gritando em atenção e o dia seguindo como sempre. Tranquilo.

Já falei de Billie, já assumi que fiz muito sexo com ela. Já?

Billie é, sem dúvida, uma dica com muitas histórias e um blues na veia que poucos conseguem acompanhar.
Interessante é que o blues, lá fora, é tido como um estilo de vida. Nem sempre fala-se de blues pensando na música e sim no estilo de vida daqueles precursores desse ritmo sem igual.
Interessante que a maioria dos músicos de jazz sentem-se ofendidos quando você diz que ele tem uma puxada mais blues que jazz.
É fato que o jazz é infinitamente mais elaborado que o blues, mas nem precisa me desculpar, o blues é um senhor cheio de malandragem, gingado e disposição para superar obstáculos e seguir adiante. Dançando e cantando.

Billie fez uma interpretação de The Man i Love que fica ao lado da minha queridissima My Man.

Segura o Youtube, a letra e a tradução.
Roda a página.

The Man I Love

Someday he'll come along
The man I love
And he'll be big and strong
The man I love
And when he comes my way
I'll do my best to make him stay
He'll look at me and smile
I'll understand
Then in a little while
He'll take my hand
And though it seems absurd
I know we both won't say a word
Maybe I shall meet him Sunday
Maybe Monday, maybe not
Still I'm sure to meet him one day
Maybe Tuesday will be my good news day
He'll build a little home
That's meant for two
From which I'll never roam
Who would, would you
And so all else above
I'm dreaming of the man I love

The Man I Love
Algum dia ele vai chegar
O homem que eu amo
E ele será grande e forte
O homem que eu amo
E quando ele vier ao meu encontro
Eu farei meu melhor para fazê-lo ficar
Ele vai olhar para mim e sorrir
Eu entenderei
Depois em alguns instantes
Ele vai segurar minha mão
E embora pareça absurdo
Eu sei que nós dois não diremos uma palavra
Talvez eu o encontre domingo
Talvez segunda, talvez não
Entretanto eu estou certa de encontrá-lo um dia
Talvez terça seja meu dia de boas notícias
Ele vai construir um pequeno lar
Que será feito para dois
Do qual eu nunca vou partir
Quem iria, você iria?
E então tudo mais acima
Eu estou sonhando com o homem que eu amo

O filme, o choro e a uva.

O filme, o choro e a uva.

Hoje sentei para assistir um filme. Peguei um bem pesado. Queria chorar e precisava de um motivo.
O filme não tinha nada de interessante. Os atores decaídos, o diretor falido e os recursos mal distribuídos.
Cortes feitos sem cuidado e soube que a bilheteria foi um fracasso.

Chorei.


AsF2246

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Canon 7D

A superioridade da 7D impressiona.
A necessidade de tratamento é quase nula.
Fiz alguns muitos cliques nesse acidente. Todos perfeitos, todos usáveis.
Se fizesse o mesmo na Sony male male conseguiria um.
Por outro lado, a 7D clama por lentes mais possantes. Nada profissional ainda (grana), mas algo com um range maior facilitaria muito.

29 de Novembro - Um dia especial

Blog com novo layout, espero que curtam!

domingo, 28 de novembro de 2010

Insônia.

Insônia.

Dia ia alto e a vontade de ler tomou conta daquele ser.
Vai à biblioteca e nada! Todos os livros lidos. A internet não oferecia nada novo.
Rodou por toda a casa. Será que acharia “aquele” livro que comprou e ainda não leu?
Inquieto pensou em sair e comprar, mas a hora não permitia.
Sentou-se a frente do computador e não restara outra opção que não jogar paciência. Acomoda-se na cadeira e seu pé esbarra em algo. Ah! O manual do gravador de CD, 80 páginas. Mais uma noite garantida!


AsF1146

sábado, 27 de novembro de 2010

Um jantar a um.

Um jantar a um.

Ela, poderosa, linda, única, perfeita!
Ele, baixa auto-estima, baixa estatura de 1,80m.
O jantar ia alto, vinhos, degustes e prazeres.
Ela exibia o decote, fazia pose para beber, comer e olhar. Jogava cabelos, centrava visão. Seduzia em perfeita harmonia de atos e ações.
Hora avançada, ela pega um prato vazio e, a ele, serve uma cereja, vermelha, e um bilhete assinado com boca em batom: “Vamos a um...”
Ele olha, fica sem jeito. Come a cereja, lê o bilhete e responde:
- Não, obrigado. Estou satisfeito.

AsF2836

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

É isso aí

Fato! Sem comentários.

Brasil e suas caras!

Brasil e suas caras!

Discurso inflamado fazia João Felipe sobre a situação do país.
O homem que defendia o patriotismo antes de qualquer outra bandeira.
Saltava ao dizer que lugar de brasileiro é no Brasil. Exaltava as riquezas da terra e a beleza de seu povo.
Orgulho era seu nome ao ver os brilhantes olhos de infantes que o aplaudia.
E não poupava ninguém. Do governo ao chefe da família mais comum. Todos tinham que permanecer no Brasil para fazer seu país ser cada vez melhor.
Ao final da fala não pode nem receber todos as felicitações por seu belo trabalho. Seu avião, para Paris, sua casa, sairia em breve.

AsF2836

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Meu herói!

Meu herói!

João voltava após um daqueles dias comuns. Ao chegar à esquina que o possibilitaria estar no quarteirão de casa, viu um cão prestes a ser atropelado.
De um salto, heróico, empurrou o cão salvando-lhe a vida.
No hospital, todos aqueles equipamentos não o incomodavam.
Sua única e profunda tristeza era o fato de o cão não ter aparecido para lhe agradecer.

AsF2836
(arrumando os Micros ainda não postados)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Carros e equipamentos para o Mundial GT1 já estão no autódromo de Interlagos

Neste fim de semana os amantes da velocidade poderão ver, pela primeira vez no Brasil, a trupe do Mundial FIA GT1.


Usando transporte marítimo e um avançado sistema de logística, na última segunda-feira (22), os responsáveis pela disputa levaram 23 contêineres com carros e material das equipes para autódromo Municipal José Carlos Pace, mais conhecido como Interlagos,na cidade de São Paulo.

Leia mais em:
http://minhanoticia.ig.com.br/editoria/Esportes/2010/11/24/carros+e+equipamentos+para+o+mundial+gt1+ja+estao+no+autodromo+de+interlagos+10232756.html

Devidamente habilitado!

Media Accreditation Acceptance Letter (carta de confirmação para a retirada de credencial para um evento internacional).


O nível C me libera tudo menos o Pitlane, o que não chega a ser um grande problema. Até porque, a bem da verdade, se eu conseguisse o D já estaria imensamente feliz.
Por que credencial? Grana do ingresso? De modo algum!
A credencial te possibilita entrar, andar, fotografar lugares, setores, pessoas que mesmo pagando o ingresso você não conseguiria.

A 7D já teve um sem fim de test drive, já debulhei o manual. Agora é a hora da verdade!

Já sei que, com o cartão de memória que tenho (16G) consigo mais de mil cliques, porém... se fizer filme esse número cai drasticamente. Logo a Sony, com dois cartões e a possibilidade de mais de 1600 cliques - em JPG - estará ao lado como parceira e coadjuvante.

A 50mm ainda me assusta, tremo um pouco, mas o intuito é explorar suas qualidades.

O foco central será, como sempre o TNT Super Bike. Com um pouco de sorte consigo material para um bom e elaborado clip. Tenho pensado no roteiro para não "queimar cartucho".

É, a brincadeira é para profissional. *sorriso*

Na sexta retiro a credencial, a desvantagem é que, dessa vez (e a exemplo de todo evento internacional) a credencial é retirada fora de Interlagos. Geralmente quando a credencial é retirada lá, aproveita-se e já são feitas algumas tomadas.
Assim, na sexta retiro a credencial, no sábado acompanho os treinos e já tento fazer algumas tomadas para otimizar o uso do cartão e no domingo fico a mercê do vuco-vuco.

Tenho estudado roteiro (tanto fotos quanto videos) e, se conseguir, levarei um roteiro comigo para não me perder como das outras vezes.

Acredito que o lap irá comigo. Se faltar cartão posso descarregar nele e seguir sem problema. O peso será imenso (colete, lap, lentes), mas não tenho dúvidas que será uma experiência única poder fazer, pela primeira vez, algo com pauta, roteiro e foco no jornalismo.

Os resultados irão para o:
Minha notícia do IG
http://perfil.ig.com.br/perfil/perfilHome.action?user_id=23138

Youtube
http://www.youtube.com/user/aderleiferreira
(inscrições são bem vindas)

De volta à solidão

De volta à solidão

Depois de muito tempo resolvi arrumar uma namorada.
Linda no nome e nas formas.
Fomos jantar. Ela merecia.
Conversa agradável até que o garçom serviu o vinho, o pato e o acompanhamento.
- Carne de pato? X calorias, dizia ela sem parar.
- Vinho? Faz bem a isso, mas prejudica aquilo, arroz com esse tempero pesa no estomago à uma hora dessas...
Eu sorri e entendi porque alguns amigos preferem as gordas.

AsF2736
(postando alguns MicrContos que achei perdido por aqui)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

E o seu filho?

Depois de acompanhar o caso dos meninos que agrediram pessoas na Av. Paulista, SP-SP.
Depois de ler que os pais desdenharam a situação alegando que era briga de adolescente.
Depois de ver todos sendo liberados.
Depois de ver surgirem outras vitimas.
Depois de ver a mim mesmo, a irmãos e amigos "darem voltas em seus pais" me pergunto:
Você sabe quem é o seu filho?
Você consegue saber quando ele mente?
Você consegue discernir rebeldia de adolescente de um desvio de comportamento?
Pergunte-se:
1. Se meu filho não fosse meu filho como eu o veria?
2. Se meu filho não fosse meu filho, apenas fosse amigo do meu filho, como eu o veria?
3. Se meu filho não fosse meu filho, apenas fosse um menino do condomínio, como eu o veria?
4. Sendo ou não meu filho eu consigo vê-lo?
5. Consigo, pelas agressões que ele investe contra mim, ver quem é meu filho e como ele comporta-se na rua com outras pessoas?
6. Eu ensinei meu filho a lidar com as diferenças do mundo?
7. Eu ensinei meu filho a respeitar não somente os superiores, mas igualmente aqueles que ele vê e entende como inferiores?

Não sei, gente, cada vez mais eu percebo que os jovens de hoje perdem os valores básicos da vida.
Essa coisa de mãe e pai viverem uma guerra diária para prover sustento e aumentar o nível da família, essa coisa de - hoje - os casais serem muito mais parceiros que se ajudam que matrimoniados que se suportam (no sentido de comportar, confortar, compartilhar, estar juntos porque isso é o fundamental), essa coisa de creche cada vez mais cedo, indepência - e morte! - cada vez mais gritante e isolamento cada vez mais aparente em assusta e me leva a perguntar:
1. Você colocou um filho no mundo para ser e estar ou seomente para colocar?
2. Você acredita que basta somente prover o capital para as necessidades e pronto?
3. Sua carreira é linda, mas se ela era a prioridade porque não usar todos os métodos possíveis, válidos e disponíveis para evitar o filho?
4. Uma vez que o filho veio, por que não prover maior dedicação para menor atrito?

Pirei!
Vejo essas reportagens, tudo tão claro, (e o pior) tudo tão comum.

Pais que ontem eram nada, trabalharam, hoje tem melhor poder de compra e acreditam que podem realmente comprar tudo, e esquecem de comprar educação moral para si e para seus filhos, uma cópia de si.

Penso nisso.
Piro nisso e me pergunto:
1. O que eu estou fazendo aqui?
2. Por que não vou para o meio do mato, me isolo e vivo de mim?

Os altos e baixos da vida

Os altos e baixos da vida

Embalada na descida da ladeira da conceição, chorava.
Descendo rua, lágrimas, soluçava.
Pensava: Se toda ladeira sobe, por quê justo eu tenho que descer?
Reflexão descia, brilho subia, sorriso vinha.
Embalada na ladeira da conceição, Conceição subia.

AsF2636
(organizando os MicroContos. Achei alguns de 2006 sem postar)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Virada Esportiva 2010 - Videojornalismo

Virada Esportiva 2010 - VideoJornalismo



Estava com 105 views quando tirei do ar e tentei melhorá-lo.
Editei, reeditei e editei de novo, mas não fiz a mudança no Youtube.

Esse é o primeiro videojornalismo, falta muito para ficar profissional, mas é o que deu para fazer em uma primeira tentativa sem curso algum.

O roteiro do próximo estás em andamento e será na final do Super Bike Series. Vamos ver se melhoro, supero.

Ah! Consegui a minha segunda credencial em um evento internacional. Bom, né?

Segura o video:

Tango

Tango

- Oi mãe...
- Oi meu filho!
- Tudo bem por aí?
- Aqui tudo, filho e por aí?!
- Aqui tem dias que chove, em outros faz sol, mãe.
- Sei como é, filho.
- É.
- Quais as novas?
- Nada novo. Quero mudar de emprego, mãezinha.
- Eu sempre disse que você merece coisa melhor, filho.
- É.
- E que falta para mudar, filho?
- Preciso investir na carreira e em material, mãezinha.
- Hummm, sei. Há meses que você não me liga.
- É. Andei péssimo, mãe. (silêncio de quase 30 segundos) Mãe... Andei vendo aquelas fotos da gente pequeno. Como a “sôra” era linda, né?
- É.
- Pior que continua maravilhosa.
- Sei...
- Então, mãe. Dá pra ser?
- Tem como ser sem dar, filho?
- Pô, mãe, o assunto é sério! Será que dá “prasôra” tratar com um pouco mais de seriedade. É a minha vida que está em jogo.
- Há! A questão é jogatina agora, filho?
- Oh, mãe, é foda!
- Se fosse seria ótimo, filho.
- O que, mãe?!
- Nada, filho. Seu pai me chamou. Quer falar com ele, filho?
- Não mãe, papai só sabe cobrar!
- Sei...
- Então mãe?
- Então que seu pai quer falar contigo, filho.
- Agora não dá. Ligo mais tarde, mãe. Lá pelas 14h.
- Mas nesse horário seu pai tá “cestianu”, filho.
- É. Só dá para ligar nesse. Beijos, mãe!

AsF191110

domingo, 21 de novembro de 2010

Cruzamento - Autoral

A ideia é simples, porém meio louca.

Uma modelo deitada em um agitado cruzamento.
A ideia é que ele deitasse e o olhar estivesse distante. Seria o mesmo deitar de uma pessoa à beira de um lago, em um campo. Só que no meio de uma tumultuada rua.

A modelo estaria no terço esquerdo da foto, a faixa de pedestre no terço central (um pouco para o terço direito) e os carros parados no terço direito.

O ideal é que ninguem olhasse para a modelo.

Penso que o ideal seria fazer a modelo e o transito sozinhos e depois mesclar tudo no photoshop.

É isso.

Em breve saio das autorais e entro nos roteiros de curtas independentes (o curso já está em andamento!).

Abraços povo!!!

sábado, 20 de novembro de 2010

Osteoporose

Osteoporose

1º Ato - A verdade por trás do manto.

Pode pensar o que quiser
Quisera pensar em poder
Pode esperar o que vier.
Quimera é algo do saber.

Senta. E espera a sorte.
Sorte. Espera sentada.

***

2º Ato - A ladainha

Luta o luto do Divino Espírito Santo.
Aumenta a métrica, a reza, o casco do joelho.
Se fizer sol, te prepara, a chuva vai descer forte. Se chover, aguarda. A alagoação vai levar tudo.
É o Deus que faz-se presente. Reza e agradece. Ou muda de lugar. Mora num prédio bem alto, lá a chuva não tende molhar. O dinheiro paga por isso.
Reta, plana, chama teus filhos para almoçar.
Reza, reclama, descarrega na mulher, teu avatar.

Quem mandou não ser posseiro, ganhar algum trazeiro e, no lobby, se alimentar?
Quem mandou não ser possessivo, ganhar algo massivo e, no hobby, se fartar?

***

3º Ato - A constatação

Dia, noite.
Noite, dia.
É cantoria e esperança, é estrela no céu. Andanças.
A viola canta de qualquer jeito, o sujeito é que tem que incentivar.
A madrugada silência no peito, mas de um jeito que grita sem parar.
E a mulher?
E os filhos?
E as terras?
E os vizinhos?
E o mundo de um João Ninguém que não tem um vintém e precisa fabricar?

***

4º Ato - A morte

Sai bem cedo. Disfarçado. Devagar. Levado. A Descrença incentivou.
Deixa corpo falsear na guia. Escorrega. Rodopia. Um caminhão bem grande tente esmagar.
Mas é justo nessa hora, em que Deus não dorme, Nossa Senhora implora que a luz ilumina sem cessar.
No escorrego do rodopio, na luz do caminhão, apareceu uma ideia: Usar motor para fazer intervenção.

***

5º Ato - Um fim

Não me pergunte como era a invenção. Eu mesmo não saberia dizer. Sei - e digo - a coisa foi tão boa que de João Ninguém, José Roberto Gumercindo de Oliveira Neto passou a ser o Rei das maquinas de intervenção.
Industrial, grandão. Conhecido e respeitado. Agora é aclamado por ser o cabra que, de um acidente, fez do soldado o tenente e agora capitão.
Boa história, né não?

Fim.

AsF191110

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Incomudus


Mme photographie, como vai, senhora?
Sumiu...
Tentei um agente e me fu. Não aceitaram minhas fotos como arte.
Eram três os pontos de negativação. Fiquei num deles. O que fazer?
Seguir, pois não?
É o que faço.

Essa semana tentei um agente. As respostas foram super rápida: Não.
Liguei, forcei, insisti e o não persistiu.

Quer saber? Leva-se um baque na hora, mas logo depois o sorriso volta a imperar, afinal é tentando que achamos pares ou não?

Acredito em fotografia. Sei... Entendo que me falta uma assinatura e até já pensei em algumas, mas... e o medo?
Tudo bem, me falta um estilo e até já pensei em um, mas... e o medo?

Sigo ousando e não publicando, eu sei.

Mme photographie preciso de Musa! Preciso de uma louca que me mostre a boca e me deixe com tesão de fotografar. Algo hipnotizante, sabe? Não, não deve saber. A senhora é muito parte de todas para ser parte de uma.

Segue uma que escondi, mas resolvi publicar:
Incomudus

Moedas

Moedas

Sou um trem velho que não apita mais
Barco sem função, largado em um cais
Amante sem potência rumo a indigência
Cão sem dentes, vagando na demência
Padre sem paróquia, carola sem fofoca
Um milho adormecido, nunca serei pipoca
Vagabundo! Imundo! Moribundo!
Um não sem perdão na contramão!

Sou o real revés do sentinela.
Um ser humano em aquarela.
O tropeço inesperado do palhaço.
Um coração forte, de fibra, de aço.
Música ao longe, mas que entra;
sem pedir licença, senta, adentra.
Assim eu sou o nada que vê.
O tudo que pode acontecer.

AsF171110

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Preto & Branco

Preto & Branco
Só quero fazer fotos suas
Você nua, aberta, duas
Fechada, menos fechada.
Retratos da sua respiração,
cliques da minha inspiração.




Só apontar, fotometrar e aperto.
Disparar na sua direção, concerto.
Captar suas cores, seus sabores.
Registrar seus odores sem fim.
Seria complexo, simples. Pra mim.

O fundo liso é necessário, sem distrações.
O desenho das luzes, claros. Sem confusões.
Longas exposição, composição e versos.
Seria só uma sessão de fotos. Só atos.
Eu te olhando sob a proteção do view, fatos.



Eu só queria fazer fotos suas, nuas.
Só apontar, fotometrar e aperto. Cruas
O fundo liso é necessário, sem distrações
Nua, aberta, bem aberta em comparações
Disparar na sua direção, flash. Tempo exato.


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Vamos brincar de roda?

Vamos brincar de roda?
Então, primeiro faz assim: Pega uma foto que você achou legal.

Pega essa foto e faz um crop (recorte) para que ela fique melhor

Fez? Legal, né?
Ela está interessante, mas o dia não ajudou e o céu parece estourado.
Pega uma outra foto, com um céu legal, dramático e joga na bicha
Agora dê um talento para casar tudo de uma forma o mais natural possível e jogue um efeito por cima para que a mescla fique homogênea
O resultado final agradou?


 Legal, né? *sorriso*


Partículas

Se rompe-se o último grilhão
Não existe mais corrente
A tormenta acabou no chão
Foi duro, em vão, decadente.

A suposta precisão do vento,
ao telhado de vidro quebrou.
O rio que não banha relento.
Tudo desaparece. No fim desandou.

É, de fato, o fim. Findo
Sem elos, não há parceria
Consciente, me disparo: indo
Não sei. Até é melhor a alforria

Ferragens, ferro e ferrugem
ontem já foram brilhante
hoje são restos que urgem
um caminhão basculante.

Aderlei Ferreira
12/11/2010

Anuário Imaginário - Cia Bataclã

A Cia de Teatro Bataclã, na 5º Mostra de Teatro de Rua Lino Rojas (SP/SP), apresenta o espetáculo Anuário Imaginário.
A peça de aproximadamente 50 minutos passeia, algumas vezes com prosa e verso outras com canções populares, pelas principais festas brasileiras.
A mostra acontece entre os dias 5 e 14 de novembro (ainda dá tempo, viu?) no centro de São Paulo.
A organização fica por conta do Movimento Teatro de Rua de São Paulo.
Sintoniza:
http://mtrsaopaulo.blogspot.com/

A foto acima mostra a parte de Santo Antônio na peça.
Algumas mulheres são convidadas para fazer uma simpatia no palco e tentar conseguir um marido.

Canais:
A matéria saiu no Minha Notícia: http://minhanoticia.ig.com.br/editoria/Cultura_Diversao/2010/11/08/5+mostra+de+teatro+de+rua+faz+sucesso+em+sao+paulo+10032057.html

Publiquei um video no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=eL3SfQxID2w

Ambos aceitam votos e comentários, por favor, né, gente! *sorriso*

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Vem aí: A Casa de Madalena - a série

Vem aí: A Casa de Madalena - a série

Criada em 2006 a série retrata a vida de uma personagem que vive com seus pais, uma empregada, um cão e seu amante imaginário.
A casa de Madalena é o cenário de fundo para toda uma trama onde, usando desde objetos comuns à casa a personagens secundários, Madalena fala um pouco de sua maneira de pensar e ver a vida. Expõe seu viver.
Apresenta suas inquietações e mesmo não tendo uma idade definida consegue abarcar, sem problema algum, a da mente de adolescente a uma mente de idade bem mais elevada. “Os conflitos sãos os mesmos, a idade não muda a visão de uma mulher em alguns assuntos como família, desejos, ciúmes e amor.” Eu penso.

Ficção, espelho da realidade ou surreal?
Tudo isso e mais um pouco.
Dizer que não me espelhei nas mulheres que me cercam/cercaram seria uma bem vinda mentira, mas a verdade é que Madalena tem um pouco de cada uma. Olhares, conversas, inquietações foram ingredientes cedidos com todos os direitos autorais assinados, afinal o universo feminino é algo ímpar para se trazer aos pares.
Os contos beiram o surrealismo quando Madalena está com seu amante, são ficção quando ela vai além de suas próprias verdades e tornam-se espelhos da realidade quando ela expõe sua visão acerca do que está em seu entorno.

Todos os contos são curtos e limitam-se a uma página e meia (modelo A4) por passagem. A série tem um total de 14 passagens o que cai como uma luva no mês de novembro.

Uma escrita incomum.
nA Casa de Madalena adotei uma maneira diferente de pontuar. Saí da pontuação padrão da nossa língua e pontuei exatamente como eu acreditei que Madalena pensaria e falaria.
Nos muitos lugares onde a vírgula seria suficiente, mas ela usou muito mais tempo que o da vírgula, não excitei em colocar ponto.
Em outros, mesmo o assunto estando no mesmo sentido, eu levei tudo para outro parágrafo posterior por entender que ela refletiu, pausou longamente e reiniciou o tema.
O texto se mostra "picado" em alguns pontos, mas essa é a maneira dela pensar. Pausada. E é exatamente dessa maneira que eu gostaria que o leitor visse e sentisse Madalena.

O final.
Pegando emprestado o sistema de algumas formas fixas poéticas (poesia de forma fixa) onde o final tem que ser forte, os contos sempre terminam de uma forma que quebra o raciocínio e buscam o riso.
Não sou bom em escrever piadas, mas rio do que escrevo e fiz isso com Madalena. Me permiti abusar um pouco mais do bom humor e alinhar toda essa pouca força que tenho com ele para jogar no final.

Gótica?
Pode parecer e se eu pudesse ilustrar, seguramente escolheria roupas em tons mais pastel ou mais escuros, mas de modo algum definiria a Madalena como uma gótica. Até pelo sistema administrativo de sua família. Não caberia o goticismo, mas sim algo mais penumbra, mais sinistro. Que ao final não é muito diferente de alguém que é criado sozinho e tem que conviver com seus próprios monstros e mundos internos em administração.

Os personagens.
Madalena não tem idade definida. Por alguns pensamentos e exposições, será uma adolescente em chamas, mas em outras colocações deixará claro que chega a ter mais de 40, quase 50 anos e os contos fluem nesse imenso ciclo de luas.
Ela vive com um pé na realidade e os outros dois (o pé da realidade e o outro) num mundo paralelo onde ela julga as pessoas, viaja em algumas situações e se perde em suas visões.
O pai, para ela, é um tolo que não aproveita a vida, mas ao mesmo tempo um algoz que faz as três mulheres da casa reféns de suas crenças e vontades.
A mãe uma submissa que não assume essa submissão e por isso o pai abusa tanto dela.
A empregada, uma explorada, segundo sua visão, é uma louca que arquiteta um grande plano para assumir o lugar da mãe submissa e fazer escrava a filha que a afronta (Madalena).
E Bhoême (essa é a grafia que ela usa) seu amante imaginário. Um cafajeste que usa perfume barato, vive em portos e prometeu a ela que a buscaria para rodar o mundo em um navio.
Em verdade, Bhoême é a sua válvula de escape. É por ele que ela atura a família e se permite ficar um pouco mais naquela casa. Sob aqueles mandos.

O Pai é um escritor que ganha o suficiente para viver, mas que não deixa faltar nada. Um homem à moda antiga que acredita que as três mulheres da casa estão à sua inteira disposição e busca usar cada uma a sua maneira, ao seu tempo e função.
Sua vida se resume a escrever e trocar algumas poucas falas com a mulher. Luta veementemente contra o computador e ama sua ferramenta de trabalho. Uma antiga máquina de escrever que ele bate incessantemente.

A mãe faz pequenos reparos de roupas para fora. Uma mulher à moda antiga que ainda acredita que o homem é soberano no lar.
Passa os dias costurando e dando ordens tanto à Madalena quanto à empregada. Todas as ordens voltadas à satisfação do pai. O que indigna Madalena.

Bhoême. Um cafajeste sem tamanho. Usa e abusa da Madalena, mas é a ele que ela ama.
Roupas baratas, perfumes baratos, português safado e olhar de desejo, sempre.
É assim que Madalena vê seu amante imaginário. O único homem com disposição para afrontar seu pai, fazer calar sua mãe e arrebatar-lhe o coração.

Não há tempo definido para a série, mas justamente por isso todos os tempos são cabíveis.

Por que tanto tempo na gaveta?
Pois é... Quando se cria algo que achamos bom e com potencial a tendência é guardar para uma publicação comercial, mas embora o blog não seja comercial, está precisando, no meu entendimento, de algo mais consistente e maduro.
As poesias tem fluido pouco, as fotos proliferado e as letras visitando cada vez menos esse espaço, assim A Casa de Madalena pode abrir um outro canal e trazer novos ares.
Sem contar que vamos e venhamos, quem escreve quer ser lido!

Espero que realmente gostem de A Casa de Madalena e a vejam com o mesmo carinho, amor e cuidado que eu vejo. Para mim, ela é especial.

Abraços e até a primeira postagem!

domingo, 7 de novembro de 2010

Vem aí: A Casa de Madalena - a série

Vem aí: A Casa de Madalena - a série

Criada em 2006 a série retrata a vida de uma personagem que vive com seus pais, uma empregada, um cão e seu amante imaginário.
A casa de Madalena é o cenário de fundo para toda uma trama onde, usando desde objetos comuns à casa a personagens secundários, Madalena fala um pouco de sua maneira de pensar e ver a vida. Expõe seu viver.
Apresenta suas inquietações e mesmo não tendo uma idade definida consegue abarcar, sem problema algum, a da mente de adolescente a uma mente de idade bem mais elevada. “Os conflitos sãos os mesmos, a idade não muda a visão de uma mulher em alguns assuntos como família, desejos, ciúmes e amor.” Eu penso.

Ficção, espelho da realidade ou surreal?
Tudo isso e mais um pouco.
Dizer que não me espelhei nas mulheres que me cercam/cercaram seria uma bem vinda mentira, mas a verdade é que Madalena tem um pouco de cada uma. Olhares, conversas, inquietações foram ingredientes cedidos com todos os direitos autorais assinados, afinal o universo feminino é algo ímpar para se trazer aos pares.
Os contos beiram o surrealismo quando Madalena está com seu amante, são ficção quando ela vai além de suas próprias verdades e tornam-se espelhos da realidade quando ela expõe sua visão acerca do que está em seu entorno.

Todos os contos são curtos e limitam-se a uma página e meia (modelo A4) por passagem. A série tem um total de 14 passagens o que cai como uma luva no mês de novembro.

Uma escrita incomum.
nA Casa de Madalena adotei uma maneira diferente de pontuar. Saí da pontuação padrão da nossa língua e pontuei exatamente como eu acreditei que Madalena pensaria e falaria.
Nos muitos lugares onde a vírgula seria suficiente, mas ela usou muito mais tempo que o da vírgula, não excitei em colocar ponto.
Em outros, mesmo o assunto estando no mesmo sentido, eu levei tudo para outro parágrafo posterior por entender que ela refletiu, pausou longamente e reiniciou o tema.
O texto se mostra "picado" em alguns pontos, mas essa é a maneira dela pensar. Pausada. E é exatamente dessa maneira que eu gostaria que o leitor visse e sentisse Madalena.

O final.
Pegando emprestado o sistema de algumas formas fixas poéticas (poesia de forma fixa) onde o final tem que ser forte, os contos sempre terminam de uma forma que quebra o raciocínio e buscam o riso.
Não sou bom em escrever piadas, mas rio do que escrevo e fiz isso com Madalena. Me permiti abusar um pouco mais do bom humor e alinhar toda essa pouca força que tenho com ele para jogar no final.

Gótica?
Pode parecer e se eu pudesse ilustrar, seguramente escolheria roupas em tons mais pastel ou mais escuros, mas de modo algum definiria a Madalena como uma gótica. Até pelo sistema administrativo de sua família. Não caberia o goticismo, mas sim algo mais penumbra, mais sinistro. Que ao final não é muito diferente de alguém que é criado sozinho e tem que conviver com seus próprios monstros e mundos internos em administração.

Os personagens.
Madalena não tem idade definida. Por alguns pensamentos e exposições, será uma adolescente em chamas, mas em outras colocações deixará claro que chega a ter mais de 40, quase 50 anos e os contos fluem nesse imenso ciclo de luas.
Ela vive com um pé na realidade e os outros dois (o pé da realidade e o outro) num mundo paralelo onde ela julga as pessoas, viaja em algumas situações e se perde em suas visões.
O pai, para ela, é um tolo que não aproveita a vida, mas ao mesmo tempo um algoz que faz as três mulheres da casa reféns de suas crenças e vontades.
A mãe uma submissa que não assume essa submissão e por isso o pai abusa tanto dela.
A empregada, uma explorada, segundo sua visão, é uma louca que arquiteta um grande plano para assumir o lugar da mãe submissa e fazer escrava a filha que a afronta (Madalena).
E Bhoême (essa é a grafia que ela usa) seu amante imaginário. Um cafajeste que usa perfume barato, vive em portos e prometeu a ela que a buscaria para rodar o mundo em um navio.
Em verdade, Bhoême é a sua válvula de escape. É por ele que ela atura a família e se permite ficar um pouco mais naquela casa. Sob aqueles mandos.

O Pai é um escritor que ganha o suficiente para viver, mas que não deixa faltar nada. Um homem à moda antiga que acredita que as três mulheres da casa estão à sua inteira disposição e busca usar cada uma a sua maneira, ao seu tempo e função.
Sua vida se resume a escrever e trocar algumas poucas falas com a mulher. Luta veementemente contra o computador e ama sua ferramenta de trabalho. Uma antiga máquina de escrever que ele bate incessantemente.

A mãe faz pequenos reparos de roupas para fora. Uma mulher à moda antiga que ainda acredita que o homem é soberano no lar.
Passa os dias costurando e dando ordens tanto à Madalena quanto à empregada. Todas as ordens voltadas à satisfação do pai. O que indigna Madalena.

Bhoême. Um cafajeste sem tamanho. Usa e abusa da Madalena, mas é a ele que ela ama.
Roupas baratas, perfumes baratos, português safado e olhar de desejo, sempre.
É assim que Madalena vê seu amante imaginário. O único homem com disposição para afrontar seu pai, fazer calar sua mãe e arrebatar-lhe o coração.

Não há tempo definido para a série, mas justamente por isso todos os tempos são cabíveis.

Por que tanto tempo na gaveta?
Pois é... Quando se cria algo que achamos bom e com potencial a tendência é guardar para uma publicação comercial, mas embora o blog não seja comercial, está precisando, no meu entendimento, de algo mais consistente e maduro.
As poesias tem fluido pouco, as fotos proliferado e as letras visitando cada vez menos esse espaço, assim A Casa de Madalena pode abrir um outro canal e trazer novos ares.
Sem contar que vamos e venhamos, quem escreve quer ser lido!

Espero que realmente gostem de A Casa de Madalena e a vejam com o mesmo carinho, amor e cuidado que eu vejo. Para mim, ela é especial.

Abraços e até a primeira postagem!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

"Mortos-vivos" assombram a capital paulista no dia de finados

E eu emplaco mais uma como destaque na capa do Minha Notícia:
http://minhanoticia.ig.com.br/

O interessante é que a outra destaque (está logo abaixo e fala sobre o Super Bike Series) também é minha"

Veja:
Por volta das 14h os participantes começaram a se reunir e às 16 h seguiram, de vários pontos do centro da cidade, para o Anhangabaú.

Segundo o comandante da Força Tática do 7º Batalhão, tenente Siqueira, havia cerca de 3 mil participantes no Vale e mesmo sem uma equipe organizadora que respondesse pelo evento, não houve nenhuma ocorrência.

A única ocorrência que eu vi foi o tombo de um policial devido ao excesso de areia no chão (foto).
Leia matéria completa e veja as fotos em:
http://minhanoticia.ig.com.br/editoria/Cultura_Diversao/2010/11/03/zumbis+assombram+a+capital+paulista+no+dia+de+finados+9953057.html

(aproveita e vota, ow!!! *sorriso*)
Algumas das imagens postadas:
                         A maquiadora Lelis usa os eventos para exercitar sua arte e ousar um pouco mais.

                                                 O parque do Anhangabaú recebeu a todos sem nenhum tumulto.

                    Alguns diziam que essa moça era uma famosa disfarçada. Eu digo que ela posou com muita gentileza

                                                      Essa foi a única ocorrência. Devido ao excesso de terra, policial cai da motocicleta.

                                                        Grupo de amigos anuncia a proximidade do fim

                                                                 Grupo de amigas pede foto e faz cara de menina má

Vem aí: A Casa de Madalena - a série

Vem aí: A Casa de Madalena - a série

Criada em 2006 a série retrata a vida de uma personagem que vive com seus pais, uma empregada, um cão e seu amante imaginário.
A casa de Madalena é o cenário de fundo para toda uma trama onde, usando desde objetos comuns à casa a personagens secundários, Madalena fala um pouco de sua maneira de pensar e ver a vida. Expõe seu viver.
Apresenta suas inquietações e mesmo não tendo uma idade definida consegue abarcar, sem problema algum, a da mente de adolescente a uma mente de idade bem mais elevada. “Os conflitos sãos os mesmos, a idade não muda a visão de uma mulher em alguns assuntos como família, desejos, ciúmes e amor.” Eu penso.

Ficção, espelho da realidade ou surreal?
Tudo isso e mais um pouco.
Dizer que não me espelhei nas mulheres que me cercam/cercaram seria uma bem vinda mentira, mas a verdade é que Madalena tem um pouco de cada uma. Olhares, conversas, inquietações foram ingredientes cedidos com todos os direitos autorais assinados, afinal o universo feminino é algo ímpar para se trazer aos pares.
Os contos beiram o surrealismo quando Madalena está com seu amante, são ficção quando ela vai além de suas próprias verdades e tornam-se espelhos da realidade quando ela expõe sua visão acerca do que está em seu entorno.

Todos os contos são curtos e limitam-se a uma página e meia (modelo A4) por passagem. A série tem um total de 14 passagens o que cai como uma luva no mês de novembro.

Uma escrita incomum.
nA Casa de Madalena adotei uma maneira diferente de pontuar. Saí da pontuação padrão da nossa língua e pontuei exatamente como eu acreditei que Madalena pensaria e falaria.
Nos muitos lugares onde a vírgula seria suficiente, mas ela usou muito mais tempo que o da vírgula, não excitei em colocar ponto.
Em outros, mesmo o assunto estando no mesmo sentido, eu levei tudo para outro parágrafo posterior por entender que ela refletiu, pausou longamente e reiniciou o tema.
O texto se mostra "picado" em alguns pontos, mas essa é a maneira dela pensar. Pausada. E é exatamente dessa maneira que eu gostaria que o leitor visse e sentisse Madalena.

O final.
Pegando emprestado o sistema de algumas formas fixas poéticas (poesia de forma fixa) onde o final tem que ser forte, os contos sempre terminam de uma forma que quebra o raciocínio e buscam o riso.
Não sou bom em escrever piadas, mas rio do que escrevo e fiz isso com Madalena. Me permiti abusar um pouco mais do bom humor e alinhar toda essa pouca força que tenho com ele para jogar no final.

Gótica?
Pode parecer e se eu pudesse ilustrar, seguramente escolheria roupas em tons mais pastel ou mais escuros, mas de modo algum definiria a Madalena como uma gótica. Até pelo sistema administrativo de sua família. Não caberia o goticismo, mas sim algo mais penumbra, mais sinistro. Que ao final não é muito diferente de alguém que é criado sozinho e tem que conviver com seus próprios monstros e mundos internos em administração.

Os personagens.
Madalena não tem idade definida. Por alguns pensamentos e exposições, será uma adolescente em chamas, mas em outras colocações deixará claro que chega a ter mais de 40, quase 50 anos e os contos fluem nesse imenso ciclo de luas.
Ela vive com um pé na realidade e os outros dois (o pé da realidade e o outro) num mundo paralelo onde ela julga as pessoas, viaja em algumas situações e se perde em suas visões.
O pai, para ela, é um tolo que não aproveita a vida, mas ao mesmo tempo um algoz que faz as três mulheres da casa reféns de suas crenças e vontades.
A mãe uma submissa que não assume essa submissão e por isso o pai abusa tanto dela.
A empregada, uma explorada, segundo sua visão, é uma louca que arquiteta um grande plano para assumir o lugar da mãe submissa e fazer escrava a filha que a afronta (Madalena).
E Bhoême (essa é a grafia que ela usa) seu amante imaginário. Um cafajeste que usa perfume barato, vive em portos e prometeu a ela que a buscaria para rodar o mundo em um navio.
Em verdade, Bhoême é a sua válvula de escape. É por ele que ela atura a família e se permite ficar um pouco mais naquela casa. Sob aqueles mandos.

O Pai é um escritor que ganha o suficiente para viver, mas que não deixa faltar nada. Um homem à moda antiga que acredita que as três mulheres da casa estão à sua inteira disposição e busca usar cada uma a sua maneira, ao seu tempo e função.
Sua vida se resume a escrever e trocar algumas poucas falas com a mulher. Luta veementemente contra o computador e ama sua ferramenta de trabalho. Uma antiga máquina de escrever que ele bate incessantemente.

A mãe faz pequenos reparos de roupas para fora. Uma mulher à moda antiga que ainda acredita que o homem é soberano no lar.
Passa os dias costurando e dando ordens tanto à Madalena quanto à empregada. Todas as ordens voltadas à satisfação do pai. O que indigna Madalena.

Bhoême. Um cafajeste sem tamanho. Usa e abusa da Madalena, mas é a ele que ela ama.
Roupas baratas, perfumes baratos, português safado e olhar de desejo, sempre.
É assim que Madalena vê seu amante imaginário. O único homem com disposição para afrontar seu pai, fazer calar sua mãe e arrebatar-lhe o coração.

Não há tempo definido para a série, mas justamente por isso todos os tempos são cabíveis.

Por que tanto tempo na gaveta?
Pois é... Quando se cria algo que achamos bom e com potencial a tendência é guardar para uma publicação comercial, mas embora o blog não seja comercial, está precisando, no meu entendimento, de algo mais consistente e maduro.
As poesias tem fluido pouco, as fotos proliferado e as letras visitando cada vez menos esse espaço, assim A Casa de Madalena pode abrir um outro canal e trazer novos ares.
Sem contar que vamos e venhamos, quem escreve quer ser lido!

Espero que realmente gostem de A Casa de Madalena e a vejam com o mesmo carinho, amor e cuidado que eu vejo. Para mim, ela é especial.

Abraços e até a primeira postagem!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Vamu produzí?

Salve Papito e Madresita!
Tudo bem com os senhores?
Rapaz... estava aqui pensando: Minha produção está um caco em conteúdo, baixa feito sertão nordestino e sem a menor previsão de provisão.
Foi-se o tempo em que sentava e saiam rios de poesias concretas, abstratas e mais um sem fim de MicroContos. Era uma assentada e bingo! Obra pra mais de metro.
Hoje estou meio paradão. Só gero MicroCoisas, nem mesmo divagações, reflexões e as tão gostosas (que só eu ria) crônicas tenho gerado mais. Fase? Face? Faceta?
Não sei. Só sei que tenho sentido saudades de escrever mais longo, mais solto. Saudades de escrever numa mega velocidade, parar de escrever para rir, feito criança inocente, do que escrevi e depois de ler achar que não fui eu quem escreveu.
Saudades de atribuir as minhas obras à caboclos. Sim, a maioria eu não entendo como acessei aquele canal e escrevi tanto, tão rápido e tão sem saber, aos certo, o que escrevia. Muitas coisas eu escrevia como quem lia, daí o riso solto.
Hoje endureci, os textos estão mais com o cunho jornalísticos por causa da fotografia uni os dois, fotojornalismo. Mas os dois me separaram. Perdi um pouco o brilho. Fiquei tão focado em dados reais que foi abandonado pela ficção.
Sabe mulher quando vê que o marido está drogado e o abandona? Pois é, é por aí.
Num piscar de olhos, me engracei com o fotojornalismo, me perdi, ele me seduziu e quando vi a esposa virou amante e a amante virou primeira dama. Quer saber da pior? Não é nem um terço tão tolerante quanto a ex esposa.
Tudo bem, foto é duka! As cores, o momento, as infinitas regras, os inúmeros detalhes e... depois de tudo isso você ainda “dá um talento” colocando texto-notícia. Ambos viram um e a arte fica sem igual, mas... não dá para viajar na maionese, não dá para criar personagens. A coisa tem que ser real, tem que estar ali. Do contrário um conflita com o outro e tudo perde seu valor.
O que mais me chama a atenção é que me vejo fazendo coisas com foto que não fazia com a escrita como “colocar para frente”.
Eu escrevia publicava málê málê e pronto. Quem quisesse que fosse atrás.
Com foto até atrás de agente e banco de imagens eu já fui.
Bom? Ruim? De verdade? É legal, mas sinto falta de fazer poesia com os caboclos que me visitavam. Saudades de escrever MicroContos e crônicas que só eu ria. Saudades de um tempo que não volta mais, porém faz falta.
Não sei... Escrevi Ghotikaos praticamente de uma vez só. Madalena saiam alguns por dia, crônicas eram mais difíceis. Chegava na metade eu achava que estavam ruins e deletava. Tinha que sair pronta. De uma vez só.
E a revisão? Caraca!!! Eu não revisava meus textos. E quando alguém vinha avisar que havia um erro, eu dizia várias coisas. 1. Relaxa, esse é o meu charme. 2. Ih... tenho que mexer. 3. Putz! Sou péssimo revisor, odeio revisar. 4. Então, levanta esses erros, coloca no Word e me manda que eu troco lá, valeu!
Em verdade nunca voltava para trocar e no jornalismo não tem papo: revisa! E revisa umas três vezes! Loucura!

Será que eu sou outro? Será que eu mudei? Será que esse melancólico texto é o primeiro sinal claro da crise anual pelo advento do meu aniversário? Parece, né?
Minha consultora para assuntos internéticos deu um monte de toques para o site e pediu para não por texto triste de jeito nenhum que isso não vende! Esse texto é triste, gente?
Não sei, mas com as fotos, o blog cresceu um cadinho mais e com as poesias nem visita tinha. E ai?
Com os textos reclamões, o blog cresceu um cadinho mais e com as poesias nem visita tinha. E ai?
De verdade, sei não, mas que estou com vontade de escrever uns MicroContos, estou. Que estou com vontade de fazer aquelas poesias loucas, que cada um vê de um jeito, estou.
O que me falta? Inspiração.
É isso.

Linda semana, povo.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Vem aí: A Casa de Madalena - a série

Vem aí: A Casa de Madalena - a série
Criada em 2006 a série retrata a vida de uma personagem que vive com seus pais, uma empregada, um cão e seu amante imaginário.
A casa de Madalena é o cenário de fundo para toda uma trama onde, usando desde objetos comuns à casa a personagens secundários, Madalena fala um pouco de sua maneira de pensar e ver a vida. Expõe seu viver.
Apresenta suas inquietações e mesmo não tendo uma idade definida consegue abarcar, sem problema algum, a da mente de adolescente a uma mente de idade bem mais elevada. “Os conflitos sãos os mesmos, a idade não muda a visão de uma mulher em alguns assuntos como família, desejos, ciúmes e amor.” Eu penso.

Ficção, espelho da realidade ou surreal?
Tudo isso e mais um pouco.
Dizer que não me espelhei nas mulheres que me cercam/cercaram seria uma bem vinda mentira, mas a verdade é que Madalena tem um pouco de cada uma. Olhares, conversas, inquietações foram ingredientes cedidos com todos os direitos autorais assinados, afinal o universo feminino é algo ímpar para se trazer aos pares.
Os contos beiram o surrealismo quando Madalena está com seu amante, são ficção quando ela vai além de suas próprias verdades e tornam-se espelhos da realidade quando ela expõe sua visão acerca do que está em seu entorno.

Todos os contos são curtos e limitam-se a uma página e meia (modelo A4) por passagem. A série tem um total de 14 passagens o que cai como uma luva no mês de novembro.

Uma escrita incomum.
nA Casa de Madalena adotei uma maneira diferente de pontuar. Saí da pontuação padrão da nossa língua e pontuei exatamente como eu acreditei que Madalena pensaria e falaria.
Nos muitos lugares onde a vírgula seria suficiente, mas ela usou muito mais tempo que o da vírgula, não excitei em colocar ponto.
Em outros, mesmo o assunto estando no mesmo sentido, eu levei tudo para outro parágrafo posterior por entender que ela refletiu, pausou longamente e reiniciou o tema.
O texto se mostra "picado" em alguns pontos, mas essa é a maneira dela pensar. Pausada. E é exatamente dessa maneira que eu gostaria que o leitor visse e sentisse Madalena.

O final.
Pegando emprestado o sistema de algumas formas fixas poéticas (poesia de forma fixa) onde o final tem que ser forte, os contos sempre terminam de uma forma que quebra o raciocínio e buscam o riso.
Não sou bom em escrever piadas, mas rio do que escrevo e fiz isso com Madalena. Me permiti abusar um pouco mais do bom humor e alinhar toda essa pouca força que tenho com ele para jogar no final.

Gótica?
Pode parecer e se eu pudesse ilustrar, seguramente escolheria roupas em tons mais pastel ou mais escuros, mas de modo algum definiria a Madalena como uma gótica. Até pelo sistema administrativo de sua família. Não caberia o goticismo, mas sim algo mais penumbra, mais sinistro. Que ao final não é muito diferente de alguém que é criado sozinho e tem que conviver com seus próprios monstros e mundos internos em administração.

Os personagens.
Madalena não tem idade definida. Por alguns pensamentos e exposições, será uma adolescente em chamas, mas em outras colocações deixará claro que chega a ter mais de 40, quase 50 anos e os contos fluem nesse imenso ciclo de luas.
Ela vive com um pé na realidade e os outros dois (o pé da realidade e o outro) num mundo paralelo onde ela julga as pessoas, viaja em algumas situações e se perde em suas visões.
O pai, para ela, é um tolo que não aproveita a vida, mas ao mesmo tempo um algoz que faz as três mulheres da casa reféns de suas crenças e vontades.
A mãe uma submissa que não assume essa submissão e por isso o pai abusa tanto dela.
A empregada, uma explorada, segundo sua visão, é uma louca que arquiteta um grande plano para assumir o lugar da mãe submissa e fazer escrava a filha que a afronta (Madalena).
E Bhoême (essa é a grafia que ela usa) seu amante imaginário. Um cafajeste que usa perfume barato, vive em portos e prometeu a ela que a buscaria para rodar o mundo em um navio.
Em verdade, Bhoême é a sua válvula de escape. É por ele que ela atura a família e se permite ficar um pouco mais naquela casa. Sob aqueles mandos.

O Pai é um escritor que ganha o suficiente para viver, mas que não deixa faltar nada. Um homem à moda antiga que acredita que as três mulheres da casa estão à sua inteira disposição e busca usar cada uma a sua maneira, ao seu tempo e função.
Sua vida se resume a escrever e trocar algumas poucas falas com a mulher. Luta veementemente contra o computador e ama sua ferramenta de trabalho. Uma antiga máquina de escrever que ele bate incessantemente.

A mãe faz pequenos reparos de roupas para fora. Uma mulher à moda antiga que ainda acredita que o homem é soberano no lar.
Passa os dias costurando e dando ordens tanto à Madalena quanto à empregada. Todas as ordens voltadas à satisfação do pai. O que indigna Madalena.

Bhoême. Um cafajeste sem tamanho. Usa e abusa da Madalena, mas é a ele que ela ama.
Roupas baratas, perfumes baratos, português safado e olhar de desejo, sempre.
É assim que Madalena vê seu amante imaginário. O único homem com disposição para afrontar seu pai, fazer calar sua mãe e arrebatar-lhe o coração.

Não há tempo definido para a série, mas justamente por isso todos os tempos são cabíveis.

Por que tanto tempo na gaveta?
Pois é... Quando se cria algo que achamos bom e com potencial a tendência é guardar para uma publicação comercial, mas embora o blog não seja comercial, está precisando, no meu entendimento, de algo mais consistente e maduro.
As poesias tem fluido pouco, as fotos proliferado e as letras visitando cada vez menos esse espaço, assim A Casa de Madalena pode abrir um outro canal e trazer novos ares.
Sem contar que vamos e venhamos, quem escreve quer ser lido!

Espero que realmente gostem de A Casa de Madalena e a vejam com o mesmo carinho, amor e cuidado que eu vejo. Para mim, ela é especial.

Abraços e até a primeira postagem!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Letícia Monsó

A Letícia é daquelas pessoas que levam um canhão de luz consigo.
De uma poesia profundamente suave, porém intensa a moça do sorriso largo fascina, apaixona e nos prende em seu olhar.
Ao bater saudade, fui atrás da velha amiga e não é que encontro a gata, falando de gato (negro), no Programa do Jô?
Segura, é para vocês:

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Vem aí: A Casa de Madalena - a série

Vem aí: A Casa de Madalena - a série
Criada em 2006 a série retrata a vida de uma personagem que vive com seus pais, uma empregada, um cão e seu amante imaginário.
A casa de Madalena é o cenário de fundo para toda uma trama onde, usando desde objetos comuns à casa a personagens secundários, Madalena fala um pouco de sua maneira de pensar e ver a vida. Expõe seu viver.
Apresenta suas inquietações e mesmo não tendo uma idade definida consegue abarcar, sem problema algum, a da mente de adolescente a uma mente de idade bem mais elevada. “Os conflitos sãos os mesmos, a idade não muda a visão de uma mulher em alguns assuntos como família, desejos, ciúmes e amor.” Eu penso.

Ficção, espelho da realidade ou surreal?
Tudo isso e mais um pouco.
Dizer que não me espelhei nas mulheres que me cercam/cercaram seria uma bem vinda mentira, mas a verdade é que Madalena tem um pouco de cada uma. Olhares, conversas, inquietações foram ingredientes cedidos com todos os direitos autorais assinados, afinal o universo feminino é algo ímpar para se trazer aos pares.
Os contos beiram o surrealismo quando Madalena está com seu amante, são ficção quando ela vai além de suas próprias verdades e tornam-se espelhos da realidade quando ela expõe sua visão acerca do que está em seu entorno.

Todos os contos são curtos e limitam-se a uma página e meia (modelo A4) por passagem. A série tem um total de 14 passagens o que cai como uma luva no mês de novembro.

Uma escrita incomum.
nA Casa de Madalena adotei uma maneira diferente de pontuar. Saí da pontuação padrão da nossa língua e pontuei exatamente como eu acreditei que Madalena pensaria e falaria.
Nos muitos lugares onde a vírgula seria suficiente, mas ela usou muito mais tempo que o da vírgula, não excitei em colocar ponto.
Em outros, mesmo o assunto estando no mesmo sentido, eu levei tudo para outro parágrafo posterior por entender que ela refletiu, pausou longamente e reiniciou o tema.
O texto se mostra "picado" em alguns pontos, mas essa é a maneira dela pensar. Pausada. E é exatamente dessa maneira que eu gostaria que o leitor visse e sentisse Madalena.

O final.
Pegando emprestado o sistema de algumas formas fixas poéticas (poesia de forma fixa) onde o final tem que ser forte, os contos sempre terminam de uma forma que quebra o raciocínio e buscam o riso.
Não sou bom em escrever piadas, mas rio do que escrevo e fiz isso com Madalena. Me permiti abusar um pouco mais do bom humor e alinhar toda essa pouca força que tenho com ele para jogar no final.

Gótica?
Pode parecer e se eu pudesse ilustrar, seguramente escolheria roupas em tons mais pastel ou mais escuros, mas de modo algum definiria a Madalena como uma gótica. Até pelo sistema administrativo de sua família. Não caberia o goticismo, mas sim algo mais penumbra, mais sinistro. Que ao final não é muito diferente de alguém que é criado sozinho e tem que conviver com seus próprios monstros e mundos internos em administração.

Os personagens.
Madalena não tem idade definida. Por alguns pensamentos e exposições, será uma adolescente em chamas, mas em outras colocações deixará claro que chega a ter mais de 40, quase 50 anos e os contos fluem nesse imenso ciclo de luas.
Ela vive com um pé na realidade e os outros dois (o pé da realidade e o outro) num mundo paralelo onde ela julga as pessoas, viaja em algumas situações e se perde em suas visões.
O pai, para ela, é um tolo que não aproveita a vida, mas ao mesmo tempo um algoz que faz as três mulheres da casa reféns de suas crenças e vontades.
A mãe uma submissa que não assume essa submissão e por isso o pai abusa tanto dela.
A empregada, uma explorada, segundo sua visão, é uma louca que arquiteta um grande plano para assumir o lugar da mãe submissa e fazer escrava a filha que a afronta (Madalena).
E Bhoême (essa é a grafia que ela usa) seu amante imaginário. Um cafajeste que usa perfume barato, vive em portos e prometeu a ela que a buscaria para rodar o mundo em um navio.
Em verdade, Bhoême é a sua válvula de escape. É por ele que ela atura a família e se permite ficar um pouco mais naquela casa. Sob aqueles mandos.

O Pai é um escritor que ganha o suficiente para viver, mas que não deixa faltar nada. Um homem à moda antiga que acredita que as três mulheres da casa estão à sua inteira disposição e busca usar cada uma a sua maneira, ao seu tempo e função.
Sua vida se resume a escrever e trocar algumas poucas falas com a mulher. Luta veementemente contra o computador e ama sua ferramenta de trabalho. Uma antiga máquina de escrever que ele bate incessantemente.

A mãe faz pequenos reparos de roupas para fora. Uma mulher à moda antiga que ainda acredita que o homem é soberano no lar.
Passa os dias costurando e dando ordens tanto à Madalena quanto à empregada. Todas as ordens voltadas à satisfação do pai. O que indigna Madalena.

Bhoême. Um cafajeste sem tamanho. Usa e abusa da Madalena, mas é a ele que ela ama.
Roupas baratas, perfumes baratos, português safado e olhar de desejo, sempre.
É assim que Madalena vê seu amante imaginário. O único homem com disposição para afrontar seu pai, fazer calar sua mãe e arrebatar-lhe o coração.

Não há tempo definido para a série, mas justamente por isso todos os tempos são cabíveis.

Por que tanto tempo na gaveta?
Pois é... Quando se cria algo que achamos bom e com potencial a tendência é guardar para uma publicação comercial, mas embora o blog não seja comercial, está precisando, no meu entendimento, de algo mais consistente e maduro.
As poesias tem fluido pouco, as fotos proliferado e as letras visitando cada vez menos esse espaço, assim A Casa de Madalena pode abrir um outro canal e trazer novos ares.
Sem contar que vamos e venhamos, quem escreve quer ser lido!

Espero que realmente gostem de A Casa de Madalena e a vejam com o mesmo carinho, amor e cuidado que eu vejo. Para mim, ela é especial.

Abraços e até a primeira postagem!

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