Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

sábado, 31 de dezembro de 2011

Realidade, o que nos separa?

Realidade, o que nos separa?

Burca em cores pretas
Pensamentos individuais
Passantes às espreitas
Ideias nada paroquiais

Vem à nós. Cegos e enrolados
Liquidificadores humanos. Só
Hoje estamos centro, não  lados
A atualidade nos faz vão. Nó

Coisas e coisinhas sem profundidade
A verdade é a que volvemos a pensar
Nesse mundo tudo muda na realidade
Quem quer ser, não é. Quer estar.

Realidade, o que nos separa?
Realidade, o que nos ampara?
Realidade, o que nos compara?
Realidade, o que nos separa?

AsF1511111230

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A cochoeira em mim


A cochoeira em mim

Eu descobri que posso chorar
A perda do tempo
O relacionamento não trabalhado
O dinheiro desperdiçado
O futuro não bem planejado
A ausência que me frustra
O namoro findado por falta de empenho
O carro não comprado

Eu descobri que posso chorar
minhas verdades sem o medo de
a mim me parecer fraco, fosco
Chorar sem medo de parecer tolo

Eu descobri que posso chorar
E nada muda senão o fato de eu
poder chorar a descoberta de poder chorar.
Isso alivia e me prepara para mais um dia,
afinal nada como um dia após o outro.

AsF261111116

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Automutilação

Automutilação

Quem não trai, trai.
E quem trai, trai a si mesmo.
Isso é fato (o ato).

AsF261111111

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Camarim

Camarim

As horas passam e só eu não vejo.
O relógio parou no tempo que vai.
O agora é a realidade do ontem co
m os desejos do amanhã. Timidez.
As luzes do coração deixam o quar
to vazio. Toda a escuridão no olhar.
As horas passam e só eu não vejo.
Acabou. Vazio. Acabou. Vazio. Jaz.

AsF2511111852

domingo, 25 de dezembro de 2011

Fronteiras inconcretas


Fronteiras inconcretas
Forte é o homem que constrói sua história
Rumos, rumores, rotas e arrotos
Olhares nem sempre cúmplices, mas ali
Nada separa o que foi unido na dor
Tenente temente tem tempo tardio
Escolas ensinam a olhar, mas quem vê?
Irradiação de uma luz que espelha o ser
Romeu fez o que fez, mas e Julieta, não conta?
Amar é um presente, ser e estar uma labuta diária
Solidão é como um diapasão desafinado. Não ajuda


Instigante é completar o álbum e não fazar nada depois
Navegar na mente do outro é uma viagem sem fim
Conte até dez. Contou? E aí? Nada, né? São só dez
Olhe querendo ver e não tema o visto. Vista-se
Noronha, Nereu, Nora. Uma família feliz. Apesar dos pesares...
Confortabilidade é beber água do rio e ri. Sair e querer voltar
Reza a lenda que todo homem feliz pode ser mais feliz
Entrar em si mesmo, sentir a si em si. Uma dádiva à poucos
Tardiamente Tadeu transferiu tempo. Morreu no último segundo
Altos e baixos. Essa oscilação é que faz a vida ser vida
Saltar para a vida é cruzar fronteiras inconcretas em si mesmo

AsF1511111230

sábado, 24 de dezembro de 2011

Ponteiro em relógios (todos por um, enfim)

Ponteiro em relógios (todos por um, enfim)

Eu esperei
O doce, a uva, a chuva de verão
A reforma, a atitude, a constante ilusão
O pão quente, a rua vazia, a casa cheirosa
O telefonema sem hora, a hora sem momento
O movimento da senhora, a senhora ao relento
A poesia sem métrica na construção de uma história
O vinho bem vindo, a taça quebrada com sorrisos de alegria
Enfim, uma vida vivida como outra qualquer. Esperei, esperei, espero.

AsF2411112209

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Explicitá

Explicitá

Se os campos mares verdes fossem
indo sem pensar na busca da foice.
Ah... verdes mares de campos foscos.
São olhos tão toscos os que querem te adorar...

AsF ???

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Menverd

Menverd

Que louco liquidificador me liquidifica a vida!
Facas ao fundo, turbilhão ao centro.
Que louco liquidificador me liquidifica a vida!
Dias que nublam, abrem, fecham, solarizam. Vão e voltam.
Que louco liquidificador me liquidifica a vida!
Saudades intermináveis, vontades sem fim.
Que louco liquidificador me liquidifica a vida!
A burrice do calar, não conversar, não brigar pelo que acredita.
Que louco liquidificador me liquidifica a vida!
O abrir mão quando mais se precisa segurar, apertar, ficar.
Que louco liquidificador me liquidifica a vida!
Um inferno astral sempre na mesma época, nunca trabalhado.
Que louco liquidificador me liquidifica a vida!
Mudar ritmos, esquecer mentiras, namorar verdades e ser feliz por isso.
Que louco liquidificador me liquidifica a vida!
Adotar mantras, mudras e artifícios outros para fazer o simples.
Que louco liquidificador me liquidifica a vida!
Que louco liquidificador me liquidifica a vida!
Que louco liquidificador me liquidifica a vida!
Vai entender que louco liquidificador me liquidifica a vida!

AsF231111959

domingo, 18 de dezembro de 2011

Re lógius XIII

Re lógius XIII


t rêmulo, o amor aflora
i nstintivamente se instala
c onta-giros no sentir sentidos

t rancando abre, aberto fecha
a rranca tudo até no nada
c orre em roda para mais amar

AsF2211112047

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Superalidades amenísticamentes perturbantes

Superalidades amenísticamente perturbantes

O tempo faz superar tudo.
Até o que o tempo não supera.

AsF2111110033

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Vivên xia


Vivên xia

Se vocês vivessem o que eu vivi,
falariam o triplo do que eu falo
quando falo do que já sobrevivi.

AsF1611111159

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Linea


Línea 

Toda a emoção sentida perde o sentido
quando qualquer outro sentido
a consegue des-sentilizar.

AsF1611111045

sábado, 10 de dezembro de 2011

Jardina

Jardina

Por amor, aceito a lagarta mesmo antes de saber se virará borboleta.

AsF 2011

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Choro seco

Choro seco

A noite veio com choro
O sono veio com choro
O descanso veio no choro
E quando o choro se foi
levou com ele tudo que
fazia chorar.

AsF 2011

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Mundo Cinza


Mundo Cinza

A chuva lava o tempo,
cai, acinzenta tudo;
até o sentir. Dói.
Ventos reclamam
sentimentos.
Velozes
oram
por
um sol
que não
pode chegar.
A chuva lava tudo
Menos o meu amar. Chove.

AsF1511111145

domingo, 4 de dezembro de 2011

Desatino em espiral

Miragem Pesadolial
Sou eu, sentada à sua porta,
disposta a mudar a sua vida.
Chegando sem avisar, avisada.
Idas e vindas infinitas, sou.

Sou eu, sedenta à sua porta,
compulsiva por alterar, bem.
Centrada na objetividade do sim.
Findando inícios, cerceando meios.

Sou eu, segura à sua porta. Toc, toc.
Posso tudo naquele que me fortalece,
esqueço regras e fins. Quero resultados
Embora, o resultado seja a má interpretação.

Sou eu, seca em sua porta, torta.
Cheia de conceitos meus, meus anseios.
Essa aliança gerará frutos bem vindos
Nos fará mais que dois. Seremos eu.

AsF311111512

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Entre a lagarta e a borboleta

Inquietante é guardar o segredo
de alguém que já se foi. E não ir.
É ficar porque querem, porque quer.
E não ir.

Trivialidades futeis, toque sem sentido,
sentido, mas incontrolável.
É controlar a sede, a compulsividade do não ir.
E ficar.

Inquietante é inquietar-se com inquietações
inquietáveis. É não ir.
É ficar porque querem, porque quer. E não ir.

Inquietante é ficar inquieto.
E não ir. E ficar.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Mudança de assinatura

Depois de algum tempo usando o tipo Arial para assinar as fotos, arrisco uma nova assinatura.
Algo com uma identidade mais centrada e com busca no diferencial.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Botões, cá com os meus.

Botões, cá com os meus.

Algumas coisas só o poeta vê.
Só o poeta vê algumas coisas.
Coisas algumas só o poeta vê.
Só o poeta algumas coisas vê.
Vê algumas coisas. Só o poeta.
O poeta vê só algumas coisas.
Só coisas o poeta vê. Algumas.
Algumas, o poeta vê coisas. Só.
Poeta, só coisas, algumas vê. Ó.
Faltou alguma coisa que o poeta não viu?

AsF 309110008

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Virei mais um ano?!

Pois é, virei mais um ano. Devo dizer: Ímpar!
Esse ano foi, de longe, um dos melhores da minha vida.
Apreendi a dizer não, a dizer sim, a dizer talvez.
Entendi que posso ser um normal diferente e até um diferente normal.
Saí do pedestal de super herói e me vi como uma pessoa absolutamente como outra qualquer. Normal, comum, mais um no meio da multidão. Isso é legal.

Me permiti atender a um desejo mais antigo que eu mesmo: Comprei e fui aprender a tocar saxofone.
Contra tudo e contra todos eu simplesmente comprei e entrei em um curso. Vou levando. Três meses sem nenhuma falta!

Parei um pouco com o jazz e me apeguei mais à MPB. E a vida o que é, diga lá meu irmão!
Gonzaguinha foi uma descoberta.

Me apeguei mais à família. Até adicionei todos ao Facebook. Quantas novidades, não?

Passei a ser mais constante e menos compulsivo. Homepático nunca serei, mas ser constante é, definitivamente, um avanço.
Assumi dois compromissos não profissionais e... pasmem! Não faltei a nenhum deles!

Estou menos ferro e fogo e mais vai da valsa. Apreendi a bailar.

Minha mente tem mudado, passo a acreditar na monogamia e achar que a poligamia é coisa de... (não julgar foi outro aprendizado) quem curto poligamia. Eu não mais.
Sair por sair, no meu dicionário, está fora de moda. Sexo bom é sexo com quem amamos. E pronto. E ponto.

É isso, o ano foi espetacular, agora é vivenciar o próximo ano e colher os frutos plantados nesse.

Obrigado a quem acreditou e segue comigo nessa cominha e "sem grilo" para quem não acreditou e... foi.



Feliz Ano Novo, Aderlei Ferreira, você é o cara!

Galáctica

Galáctica
Eu, na prisão de mim mesmo, sofro.
Calado à beira do surto. Estatuo, colho.
Grito mudo, do limbo, que todos ouçam!
 Oro para ninguém ouvir. Ver, ter.
O medo me apavora, importa atenção.
Olhos amarelos. Anemia. Estou em vão.

AsF 239111644

domingo, 27 de novembro de 2011

Snoop Dogg (no Brasil)

Um tanto atrasado chego ao aeroporto para fazer meu checking.
Um cara muuuuuuiiiiittttttoooo grande, com bagagens imensas, suando e - acho que pelo tamanho - totalmente sem jeito se ajeita atrás de mim.
Lembrei da minha época de escoteiro e fiz a boa ação do dia ajudando-o com os carrinhos e auxiliando na abertura dos passaportes norte americanos que ele portava. Ao que pareceu ele era staff de algum grupo, pois tinha vários passaportes.
Ajudei, dei a minha vez para ele e me afastei para que ele se entendentesse com a moça do checking.
Ainda vi uma hora em que ele falou algo para ela, olhou para trás e apontou para mim. Sorri timidamente e voltei ao meu fone de ouvido (meu mais novo brinquedinho: Um Phillips último tipo).

Fiz o meu checking. Entendendo que o vôo estava cheio nem falei em lugar.
Aguardei a chamada para o embarque e lá fui eu.
Putz! Última cadeira e... corredor! Sem fotos, sem grilo, é ralaxar e torcer para o mala que sentará ao meu lado, ao menos, me deixe descansar o cotovelo no apoiador.

O cara chega por último e com ele um completa corja. Ao que parece seguranças.
Entram, olham e autorizam a entrada dele.
O cara entra de capuz, para na minha frente. Entendi que era o dono do lugar e levanto para ele entrar.
Olho e... Snoop Dogg em pesso me pede licensa e agradece.
Flashs, flashs e mais flashs. De mim e dele. Claro, não sou bobo e fiz os mesmos gestos que ele. kkkkkk

O cara estava ao meu lado!!!
Olhei para frente e o grandão que eu ajudei sorria. Agradeci, mas a timidez tomou conta de mim e eu não tive coragem de soltar uma só palavra com o rei do hip hop americano.
O cara tem cara de simpático, mas estava super focado em seu fone de ouvido. Foquei no meu.

Uma pena eu não conseguir nenhuma das fotos em que estou ao lado dele fazendo tantas poses quanto ele. kkkkk

Ao descer do avião corri e pedi um clique. Ele colaborou. Taí Master Snoop Dogg.

sábado, 26 de novembro de 2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Tereza da Praia

O mundo muda, a tecnologia avança de uma maneira difícil de acompanhar, as crianças estão cada vez mais precoces, o dinheiro vem sendo, aos poucos, mais e melhor distribuído, porém algumas coisas não mudam.
Uma delas é a capacidade de largatear na praia. O lugar mais democrático do mundo!
Ao longo dos tempos foram muitos os poetas que registraram a beleza feminina em seus versos, muitos os compositores que escreveram nas linhas da beleza que só que a mulher (carioca?) tem.

Eu estava largateando quando essa moça chegou, encantante, fez todo um ritual do retirar a roupa ao começar a cerimônia de casamento com o senhor Sol, deus da vida.

Pensei, parei e resolvi, escondido, fazer alguns cliques.
O interessantre é que a modelo, da foto roubada, tem pele de carioca, rosto de descendente de orientais e corpo de princesa. Só mesmo o Rio de Janeiro para conseguir um miscigenação tão poeticamente perfeita.

Uma verdadeira Tereza da Praia.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Será?!

Será que sou o único cara no mundo que acha que o possível é possível quando os envolvidos creditam na possibilidade de fazer o possível realmente possível?

Dia de fúria? Nem tanto. Dia de excelente humor, por isso o pensar.

Quem liga pra Deus II

Certa vez, no aeroporto de Curitiba, eu fazia um lanche à espera da hora de embarque e vi uma freira usando o telefone. Não tive dúvidas, saquei a máquina e mandei o clique pensando: Quem liga pra Deus?

Ixi, muitos meses passaram e eu sempre pensando naquela foto. Como foi oportuna.
Outro dia estava no centro do Rio de Janeiro e vi um fotógrafo clicando dentro do orelhão.
Para mim, aqueles muitos anúncios de garota de programa eram comuns, por isso até entendido como "normal", mas ao ver o fotógrafo fazendo o clique a mente mandou um forte flash: Quem liga pra Deus?! Dessa vez com exclamação.
Isso foi o suficiente para desde então eu ficar atento afim de encontrar uma verdadeira série de "Quem liga pra Deus".
Solto a primeira (tosta até) para relembrar e, na sequência, vai a segunda.
Torçam para que eu arrume mais algumas e até consiga, quem sabe, fazer um belo autoral sobre o tema. É arrumar "uma louca" que compre a ideia e se disponibilize a posar para este louco de plantão, afinal quem liga pra Deus?


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Fala muda

Fala muda

E a tua boca?
Que não mais vejo
que não mais beijo
que não mais desejo

E a tua boca?
De vontades
De verdades
De maldades

E a tua boca?
Com maquiagem
Com molecagem
Com paisagem

E a tua boca?
Em sabor
Em ardor
Em frescor

E a tua boca?
A francesa
A inglesa
A burguesa

É a tua boca
que me faz
perder o chão.
Me convida a beijar?

AsF 258112321

domingo, 20 de novembro de 2011

Foi religieuse

Foi religieuse

E se eu tiver sede de não Poder beber?
Fome do sem Poder comer? Tiro às armas.
E se eu tiver? Tiver. Tiver. E se eu tiver...
Coisas que me pregam a uma luz.
Vistos que me autorizarão julgos imateriais.
Vistas que me cegam . Pela falta de sede?
Tenho o que beber, mas não tenho fome.
Ao ver o que comer, não desenvolvo a sede.
Míngua a vida que aflorava, afora do fim é início.
Os cabelos brancos, os balanços manipulados.
Rezam religiosos. Rezem. Minha alma está.
Vivam os que vivem. Eu não mais.
Acordei em um parque de diversões.
As crianças brincam, os adultos pagam.
O dono do pac sorri, sorri, sorri. Sorri.
Sorri a tristeza do acerto no meio do fim.
Sorri a sogra que casou a filha com o Um.
Sorri a enfadada que fez o intestino funcionar.
As crianças não choram. A música é alta. Movimento.
Luzes, ações, arrependimentos. Fora dicionário.
O escapulário vazio traz um testamento sem assinatura.

AsF 238112130

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

E se...

E se...
E se de repente você não crê mais no que escreve?
Desescreve ou descreve?





















AsF 228112159

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Real idades opostas

Real idades opostas
lixo  orgânico
a p r o v e i t a
bebê madeoutside
p  r  o  v  e  t  a

AsF27711

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Gruta luminescência

Gruta luminescência
No casulo, casado comigo mesmo,
agasalhado dos meus ressentimentos,
enamorado de verdades putas; cruas.
Triste por estar tão sol. Só num pôr.
Feliz por ser quem dou. Me acolho.
Olho ao lado. Dos cardumes, me recolho.
Fogo e sal queimando possibilidades.

No casulo, casado comigo mesmo,
vou engravidar, parir dormentes,
enamorar ventos em castiçais, chacoalhar.
Sobreviver ao naufrágio das permissões,
minhas verdades absolutas, resolutas.
Coisas que só a mim tem. Alquimizado.
Fogo e sal sobre terra fértil, não olhada.

Casado comigo mesmo, no casulo,
delírios em paisagens não idas, vendidas.
Enamorar a falta do tudo, mentir cicatrizes,
cores que não pensei, dispensei. Não.
De costa a costa. Navegar ao relento
de ideias a ideais, visões de Cervantes.
Fogo e sal. Ao fim dá lugar à favela. Velas.

Casado comigo mesmo, non apuro,
vejo à tudo, sei. Não sei viver. Sei.
Enamorado das palavras que me digo,
digo que não posso ir. Não me permito
à coisas desimportantes. Não exporto.
Traças comem a única roupa que tenho.
Fogo e sal. Acabaram comigo. Por mim.

AsF 228112132

sábado, 12 de novembro de 2011

Ela e o rei




Acabou.
E quando o vazio assalta meu peito,
viro para o lado e choro
(baixinho para não acordar o rei).

AsF22811

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Lembrando um mestre

Lembrando um mestre


E a pedra (que tinha) no meio do caminho?
No meio do caminho cristina, mesmo, uma pietra?
Se é passado, e agora no presente?
Tem um pedro no meio do carlinho?
No melo do caminho tem uma pietra?

AsF?911

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Das posses da vida

Do bicho podeis crer ser dono, mas do homem crê na parceria que te cabe. Nada mais.

E eu que gosto da fêmea, amo a puta e respeito a deusa?
E eu que amo a mulher em todas as suas fases, laços e compassos?
E eu, que tolo, tenho pena, tenho dó e não penalizo as faltas?
Não falto as aulas matinais, não caibo em mim de tanto amar?
E eu que sozinho não respiro, inspiro e refuto o sonhar?
E eu? Como fico se não fico a sonhar, amar, tocar, ser e estar?

AsF12811

domingo, 6 de novembro de 2011

Das coisas que me fazem pensar (I)

A vida estava péssima, o mundo havia travado em algum lugar. Sem órbita, sem fluxo e até sem refluxo. Sabe aquelas horas que até o ruim seria bom? Pois é.
Sem mais nem menos o telefone toca:
- Fala nego, tô nu Brasil. pausa Trouxe bebidinha, tem comida aí?
Gargalhei alto ao identificar a doida.
- Pra você?! Sempre tem. Me dá meia hora e vou ao mercado.
- Esse é o meu nego. Saudade dessa sua mão cheia para cozinhar. Tô saindo!
- Pera, pô! Tenho que comprar os bagulho, meu.
- Se vira nego. Tô saindo quea saudade é maior que a paciência.
Uma filósofa e poeta.

Corri ao mercado, peguei o que dava.
Corri para casa e quando cheguei o táxi estava parado na minha porta.

- Aí, paguei pra zerar o velocímetro, mas mantive o caboclo comigo. Ficar sozinha?! Nem fu...! kkkkkk
- Dá cá abraço!

Nos olhamos, abraçamos e ela entrou.
A conversa foi regada com cheiro forte de alho, ácido de cebola e língua bovina. Ela adora esse prato e eu não sabia fazê-lo quando ela saiu do Brasil para fazer seu doutorado em Harvard.
A bebida era vinho norte americano. Fina flor.

A língua estava pronta, acendi as lamparinas que eu mesmo fiz, acendi a lareira e ela me fez pensar quando eu, aparentemente, coloquei as madeiras sem espaço para a circulação do fogo:
- Oh, nego... Deixa espaço para o fogo dançar. Cara, o fogo tem que dançar. Deixa espaço, o fogo tem ter espaço para dançar.

Impressionante como algumas coisas nos fazem pensar.
Um relacionamento é madeira, precisa de espaço para o fogo dançar.

Isso é uma coisa que me fez pensar.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Carinho

Responda sem pensar:
Quando foi a última vez que trocou carinho?
Quando foi a última vez que recebeu um carinho?
Quando foi a última vez que deu um carinho?

Responda sem pesar:
Quão te faz falta um carinho?

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O tempo passa? Voa!

"O tempo passa, o tempo voa e a poupança Bamerindus continua numa boaaaaaaaa. É a poupança Bamerindus!"
Os mais antigos vão lembrar dessa musiquinha que tocava no comercial do banco Bamerindus (aquele bem verde).
A música é verdadeira. O tempo realmente passa e voa e algumas coisas continuam numa boa.

Vai tempo que tenho buscado tempo para versar sobre uma paixão antiga. O meio do mato e suas peculiaridades. O povo da roça e suas tradições.
O interessante é que, cada vez mais, a roça vem para a cidade.
Muito dessa viagem acontece por conta da expansão da internet, falo especificamente de duas coisas:
YouTube e Forno à lenha.
Meu Deus, como isso é bom!!!

O forno à lenha é algo fantástico, mas o Youtube fez com que outras técnicas, designs e facilidades chegassem as mãos de todos e toma-lhe de fazer o seu próprio forno à lenha no quintal de casa.

Desde o mais tradicional - aquele em forma de casulo - ao mais modernoso - com tambor de 200 litros.
Hoje esses tambores já são feitos em aço carbono o que aumenta sua vida útil e por serem resultado de desenteresse das empresas pode ser comprado por uma ninharia em alguns lugares. Falo de preços entre 15 e 50 reais.

Mas não pense que sai barato fazer um forno em casa. Além de gastar uma graninha requer um mínimo de habilidade com massa e tijolo. Claro, no Youtube, tem de tudo um pouco e é possível pegar tudo por lá.
Senta com calma e alguns videos depois você estará apto a construir seu próprio forno à lenha, seja da forma que for.
O mais legal é que o trabalho pode ser encurtado e facilitado por algumas metalúrgicas - em Minas Gerais. Eles vendem o tambor já tratado e pronto para ser forno. Você só precisará de algumas cervejas, uns três finais de semana (por causa da secagem e cura) e bingo! Seu forno será seu, pois que foi feito por você mesmo.
Com um pouco de sorte dá para conseguir o raro tambor de 100 litros e fazer um forno móvel construindo-o sobre uma plataforma com rodinhas. Legal, né?

Deixarei dois exemplos de forno, ambos do youtube.
No primeiro o tradicional e no segundo o de tambor.
Note que, na lista ao lado dos videos, tem mais um monte de sugestões para você apreciar e aprofundar seu conhecimento fomentando suas ideias *sorriso*.

Ainda é possível achar um manual completo para ambos. Clique! Clique! Clique! *sorriso*

Agora... O mais legal é que é possível comprar a base do forno em cimento refratário (é só comprar a massa juinto, montar e pronto! Você pode dar a vedação e os acabamentos sugeridos no Youtube) e finalizar da maneira que quiser, e se não quiser nem precisa finalizar.
Deixo o terceiro video com essa possibilidade.

De quebra vai um outro video onde um gringo monta tudo do zero. Bonito de ver.

Boa sorte!

Tradicional (olha que música comovente):


O de tambor:


Forno pré-fabricado da Previct


Olha a loucura que é montar desde o início e como fica lindo no final:

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Partes inteiras.

(como diria a música Sozinho: "É que um carinho às vezes cai bem". Muito bem!)

Partes inteiras

Ainda lembro, quando todas partes minhas, eram Suas.
Partes inteiras, metades faceiras.
Lembro da falta de preferência, qualquer parte minha, era Tua e única.
Tiravas prazer, fosse de onde fosse, dava prazer onde fosses, em mim.

Virava-me do avesso, dizia ser meu avesso, ainda mais excitante, que o fora e dentro.
Não paravas por aí, tiravas de mim, mais do que eu mesma, achava que podia ceder.

Ali eu era perfeita, única e preferencial.
Tua e somente, Tua, incondicional.

Estar preza à Ti , era exercício de liberdade.
Eu a exercia, com Seu aval.
Por mais que eu me dispusesse, mais de mim exigias e eu...
Dava sempre mais, Lhe servia.

Cega me tinhas, cega eu ia.
Satisfazer Teus desejos, era o meu desejo.
Eu satisfazia-me, ao vê-Lo, embriagado de poder, sobre mim.

Mais que Tua submissa, eu era dona das minhas vontades.
Dona plena de mim, entregava-me a Ti. Sedenta.

(Ainda não invetaram estrutura linguística para formar um agradecimento à altura, mas um emocionado "muito obrigado" às vezes cai bem. Sou grato!)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Luz de lamparina

Luz de lamparina
Sou a praga que te cura
o vento que tatua'lma.
sou ventre virado, vivo.
sou o desterro do não ter,
a ira do saber, o inicio do fim
sou gozo vadio, orgasmo perdido,
a pele fria, do ar vazio pós morte.
O que sou se não eu mesmo? Que sou.

AsF8811

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Retificação

*sorriso* Postagem automática é complicado...
Mês de novembro: Uma postagem por dia.

Obrigado pela preferência *sorriso*

Mês de aniversário!

Em outubro o blog completa três anos e algumas muitas postagens.
Para comemorar, esse mês haverá uma postagem por dia. Nos impares... foto! Nos pares... Escrita!

Curta povo!

Obrigado pela visita.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A mente liquidifica

A mente não para, vem tudo ao mesmo tempo, na mesma hora, tudojuntoagoratudojunto.
Olho na rua, nas pessoas, nos lugares e só penso. Penso sem parar.
Como é tolo o ser humano.
Por mais que eu veja conquistas, crescimento e evoluções tecnológicas vejo, igualmente, cada vez mais, o ser humano não somente deixando de ser huamno, mas igualmente ficando totalmente voltado a conceitos sem nenhum sentido, sem nenhum marco legal. Ao menos para mim, legal.

E vamos a que vim:
Vejo as pessoas falarem tanto em felicidade, mas se perdendo quando precisa definir o que é essa felicidade. Se perdem mais ainda quando acreditam estarem felizes.
Ser triste, estar na pior, ficar infeliz é, eu tenho visto isso, mole!
Quero ver estar feliz e propagar essa felicidade sem, no entanto, enfiar os pés pelas mãos.

Putz! Se está bem porque querer mexer, arrumar história para se aborrecer?
Está feliz? Por que não deixarcomo está?

Não precisam me desculpar pelo texto meio sem pé nem cabeça, mas ser humano é tão pedantemente arrogante que devo receber comentários lúcidos por um texto fragmentado.

Eu precio deixar de ser preguiçoso e escrever aquele livro: Como ser feliz sendo feliz.
Tenho certeza que venderá muito, mas a crítica cairá de pau, pois o livro terá poucas páginas, e nessas páginas poucas linhas.
O fechamento será primoroso e genial: Seja feliz sendo feliz e... pague o preço para ser feliz.
Só isso. Simples assim.
Mas claro que os críticos dirão que é um livro confuso, enfadonho e até sem grandes elucrubações.
Sim, eles são humanos e como tal vão acrdditar que a fórmula para ser feliz é tão complexa que precisa de uma enciclopédia. Algo em torno de muitos livros. Muitos mesmo.
Sem contar que a linguagem usada tem que ser arcaica, cheias de palavras incomuns. As frases devem ter estrutura lógica tão complexa que geraria um sem fim de tantos outros livros para explicar esse livro.
Tô fora.
Ser feliz é ser feliz e pronto.
A felicidade, quando é plena, te preenche de uma forma tão completa que tudo é lindo e o que não é, seguramente, tem jeito.
Felicidade é estar bem, estar seguro do caminho escolhido e querendo ir além. Até com certo medo, afinal não é sempre que estamos felizes, mas seguindo sem parar.
Felicidade é não querer mais do que se tem e se tiver é acolher sorrindo, pois o sorriso é um dos nossos conectores com o mundo externo. Com o outro. O outro em nós.
Quando se está feliz não se briga por pouco, por pouco se ri e acolhe-se o outro (em si).
Pra que ser chato se somos felizes?
A felicidade abastece, amadurece, enobrece.
Qualquer outro sentimento, por mais que seja confundido com felicidade é balela e mantê-lo é perda de tempo, é fútil, tolice de quem acha que sabe das coisas e não percebe que ainda tem muito a apreender.

Pois é, queria escrever mais, sinto que é preciso escrever mais, - muito mais! - porém vou cuidar da minha vida e repensar na possibilidade de escrever aquele livro. O título já está pronto:
Como ser feliz, sendo feliz. O subtítulo, também, está no jeito: É simples.

Tudo junto?
Como ser feliz sendo feliz. É simples, é fácil, mas é preciso ter disposição (saiba disso).

Abraços povo e obrigado pelas 100 visitas diárias ao um blog sem muitas novidades.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Quem tolera?

Assistindo/lendo/ouvindo ao noticiário: Definitivamente a intolerancia é algo intolerável...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

João Paulo de Maria e José - Vem ai!!!

João Paulo de Maria e José, um homem sem história.
A história é a história de um homem que não tem história porisso a história desse homem sem história será desenvolvida aqui. Aí sim, o homem sem histópria terá uma história.
Confuso? Aguarde a históriado homem sem história. João Paulo Maria José

Até breve!

terça-feira, 26 de julho de 2011

eu vi um ET (e seu OVNI)

Ontem/hoje, por volta das 3 da manhã, ouvi um barulho estranho no quintal. Parecia que havia caído algo. Um choque pesado, firme, forte, mas que não balançou o terreno.
Claro que demorei um tempão para conferir, quem sabe assim a fonte do barulho não ia embora.
Mas ouvi um barulho de eletrônico. Tipo fica enrolada, confusão de sons.
Eu precisava ver, afinal era no meu quintal, era a minha vida.
O primeiro pensamento é: Um puto de um ladrão entrou e, ao tentar descer, caiu.
As plantas estão disposta de uma forma a impossibilitar invasão, de forma a - se o invasor for ousado - cair sem aviso. Me avisando.
Ao me aproximar do corredor que dá no quintal senti uma cheiro de fumaça. Como eu havia usado a lareira achei que o cheiro vinha de lá. Bem, eu havia usado a lareira até umas 23 horas, mas na hora não passa isso por sua cabeça.
Pé ante pé cheguei na porta do quintal. Fechada. Pensei que pudesse ser um rato. Meu bairro é cheio deles e vez e outra surpreendo um aqui, mas sempre os pego com a tecnologia moderda das ratoeiras, venenos, colas e inibo a entrada deles com repelente eletrônico. Sem contar que rato não faria aquele barulho todo.
Eu tremia diante da porta. Teria que abrí-la. Não tem jeito.
O barulho estava lá, o cheiro de fumaça estava lá.
No meu inconscientew fantasioso eu já tinha pensado na possibilidade de um ET cair no meu quintal, mas pô, ao lado tem um estacionamento enooooorrrrme, logo seria muito mais fácil ele cair lá que cair aqui, mas vai que o Bradesco tem razão quando diz que é melhor ter porque tudo pode acontecer. Murphy? Talvez.

Lembreique sou homem, respirei e abri a porta beeeem devagar. Quem sabe ele não se assusta e vai embora correndo com medo de mim?
A fumaça foi a primeira a ser vista.
O chão detonado foi o segundo.
Um buraco enorme.
Bem, a fumaça eu dissipei com assopro, mas o chão deu dó. Levei um tempão para, sem habilidade nenhuma, fazer aquele chão.
Virei bem devagar à direita e vi "aquela coisa" caída.

Era muito grande, uns três metros. Tinha duas pernas, dois braços e parecia um guerreiro em uma armadura que mesclava o medieval com o que há de mais moderno. Estiloso mesmo.
Vi quando ele levantou a cabeça bem, devagar e me escaneou. Susto. Pavor. Tremedeira.

Pensei em soltar um "hi!", mas pô, quem garante que os Estados Unidos é o país mais visitados por eles?
Então resolvi usar um português maisinformal. O intuito era parecer amigável e evitar um lançamento de laser que poderia dar fim a minha tão boa vida.
Falei: Falae bro! Belê?
Nessa hora a armadura do sujeito acendeu toda. Muitos botões, muitas luzes. Corri, claro. Cai, claro. O quintal é minúsculo e as plantes ocupam tudo. Cai sobre uma Agaves (aquelas com espinhos super pontudos na ponta).
Me rasguei todo. Sangue, mas eu nem sentir.

O ET me olhou, quero dizer, acho que ele me olhou. O capacete dele tinha um vidro escuro na frente.
Não entendi muito bem, mas ele soltou varios sons. Pelo que pude ver estava escaneando o meu idioma. Tentou falar muitas coisas, muito rápido, em muitas línguas. Até que achou o que eu tinha falado e respondeu:
- Mermão, me fu, tá ligado?
O som era péssimo e eu só fui entender depois de alguns segundos. É algo como quando você está aprendendo um idioma e demora a "traduzir" o que foi dito. Sempre no lag da conversa.
Pelo "mermão" logo vi que ele identificou que sou carioca, mas pelo "tá ligado" ficou claro que ele sabia que estava em São Paulo.

Depois disso nada foi dito. Ficamos nos olhando por um tempo. Ser´´a que ele pensou que eu o estava escaneando? Será o que eu pensei? Não sei. Sei que o cara estava caído no chão do meu quintal. Sei que eu estava, ainda, muito nervoso.

Foi ele quem quebrou o gelo:
- Não fique nervoso... me ajude...
Putz, será que o cara tinha um UTI e todos aqueles aparelhos dentro dele? Como sabia que eu estava nervoso?
Ajudar? Meu, sou o que há de pior para qualquer coisa. Não sei fazer absolutamente nada.
Medicina, engenharia, habilidades manuais. Ixi! Nunca foram o meu forte. Sem contar que "aquilo", pelo barulho, pelo tamanho, devia pesar toneladas.

Na boa? Pensei em ligar para a minha mãe. Mãe tem resposta para tudo, é safa, resolve qualquer aperto. Claro que eu não podia, de jeito nenhum ligarpara a minha irmã. Irmãs são dramáticas, gritam, choram, fazem escandalos e... sempre te culpam por tudo. Sou o caçula, logo... sou sempre o culpado. Cest´ la vie...

O ET levantou seu braço e apontou para o alto. Seu pulso abriu e vi algo parecido com um Tablet. Pensei: Quer tirar onda, mas se fu, a gente já tem esse bagulho aqui, mano. E na segunda geração!!!

- Me ajude...
A voz melhorou. Foi como se ele tivesse feito uma sintonia fina, entende?
Dei um pulo para trás, minha voz quase não saiu. Sabe quando a gente se sente diminuído ao falar com alguém muito importante e a voz some? Pois é, superestimei o ET.
- Como posso ajudá-lo, senhor?
Sei lá, melhor assumir a postura, forçada, de um atendente de uma loja de luxo

(Uma pena. Escrevi direto no editor do Blogger e o cara cortou metade do texto. Peço desculpas)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Que importa?!

A vida é louca, é fato! Altos. Baixos. Idas. Vindas. Perdas. Ganhos. Que importa?!
Você está ai, o sol brilha lá fora e pode brilhar ai dentro, mas quem se importa? Ninguém!?  Pode ser.
A roda não gira como o planejado, os esforços que não dependeram de você não vieram, mas - putz! - que importa?!
Atrás de toda janela há algo.
Atrás de toda porta há um cômodo.
Eu não curto termos como "lutar", "correr atrás", mas aprecio termos como "dar o seu melhor" e fico feliz quando eles vêem seguidos de "mesmo quando só podia dar o pior".
A vida é essa e acreditar nisso é o primeiro passo para ir além de si mesmo.
Não precisa ser guerreiro, basta ser humano e acreditar que podemos, sim, estar aqui só a passeio, mas tudo poderá ser bem melhor se você acreditar que está aqui para, no mínimo, ir além dos que te antecederam. Na pior das hipóteses mantenha o ritmo. O mesmo nível que eles criaram antes de você chegar.
Não adianta se esconder, se recolher, entrar para mosteiros se o seu rio caminha e anuncia desaguar em outro mar.
Não precisa fazer muito, faça, no mínimo, o mínimo.
Não importa o que esperam de você. Importa o que você quer dar a você. O que você pode dar à você.
Veja os anos passados, sem tecnologia, sem humanismo e possibilidades de agregação.
Veja os passado onde o homem estava praticamente sozinho e possibilitou um crescer sem igual.
Veja você. Se olhe sem medo e se encare sem julgos. Você também é isso, mas pode ser muito mais que isso.
Da carroça ao ônibus espacial fretado à turismo.
Do nada, da uma mão na frente e outra atrás à família constituida e filhos crescidos. Eles chegaram lá. Por que você não chegaria?
A pergunta inicial fica. Que importa!?
Importa que você pode ir além sem tanto esforço assim, mas igualmente sem atalhos. O esperto é um tolo que recusa-se a crescer.
Importa que é hora de ir além, abrir fronteiras, derrubar barreiras e ser o que mais importa: Você.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Cartas na mesa - o jogo

Cartas na mesa - o jogo

Dama de Copas.
Vermelho sangue,
Amy Winehouse,
bebida solta,
Paraty33, já!
Elza Soares e
suas jogadas.

Valete de espada.
Espada. Uisque.
Dama perdida.
Cartas menores.
Perdeu a mão no jogo
(de si mesmo).




Rei de paus
Negros pensamentos
prensados qual
hamburguer depois
das 3.
Precisa de outras cartas.

As de Ouro.
Puro garbor,
glamour e glória. No outeiro
Quer todos os naipes,
joga pesado, passado e presente
a bem de um futuro incerto.
Tudo certo, perto, esperto, desperto.
Cabaré. Damas, valetes, reis.
Todos em uma mesa só.
Só.

Coringa bate.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sexta-feira em três atos.

Sexta-feira em três atos.
Início

A maquiagem pesa na cara,
a roupa convida ao embate,
o rebolado diz a que veio.
Ela quer giro tântrico.
Alta, luz baixa, gente!
Rapazes musculosos, desejo.
Sexo cheira ar. Corpo.
Dança. Mais sexo, bebida.
Que importa? Sexta é assim.
Quando entorta? Não tem fim.


Meio

A maquiagem pesa na cara,

o rebolado diz a que veio.

Alta, luz baixa, gente.

Sexo cheira ar. Corpo.

Que importa? Sexta é assim.


Fim

a roupa convida ao embate,

Ela quer giro tântrico.

Rapazes musculosos, desejo.

Dança. Mais sexo, bebida.

Quando entorta? Não tem fim.


AsF17611

sábado, 21 de maio de 2011

Sábado a noite, eu estou feliz

Sábado a noite, eu estou feliz

Os dias mudam e fico feliz ao ver que o mundo muda.
Se ontem alguma nuvem me cobria os olhos hoje consigo ver o quão é importante se ouvir sem medo, se olhar sem máscaras, se curtir sem travas.
Tenho aprendido, tenho me possibilitado exercitar e fico encantado quando vejo o quão as órbitas do passado eram rotas de fugas. Fuga de mim - em mim - mesmo.
Não quer se encontrar consigo mesmo? Corra, pode correr. Deus dá o livre arbítrio.
Quer se encontrar consigo mesmo? Corra, caminhe, circule. Deus dá o livre arbítrio.
E isso é divino. E isso me faz feliz.

Não dói dizer não, dói dizer sim sem querer.
Não dói dizer a verdade, dói mentir somente para fazer poesia. A verdade não a tem em métricas e jogos de palavras. A poesia da verdade vem nas atitudes. No estar limpo com sua órbita. A escolhida.
Se sexta-feira é dia de balada, sábado é dia de contabilizar, domingo de descansar.

Estou no sábado. Um vinho, muitas reflexões e cuindando do meu bem mais precioso. Eu mesmo.

Bom sábado para quem utiliza seu livre arbítrio e faz exatamente o que acredita querer.
Eu continuo o mesmo, só mudei a órbita (e isso me faz feliz).

domingo, 15 de maio de 2011

Ferrari vermelha (e loira)

Ferrari vermelha (e loira)


Hoje vi um interessante casal.
Ela toda turbinada. Na idade, nos silicones, nos botox, no conjunto. Uma Ferrari.
Ele?! Definitivamente ele tem duas Ferraris.
Comprou as duas (e carrega uma dentro da outra...).

terça-feira, 10 de maio de 2011

quinta-feira, 28 de abril de 2011

quinta-feira, 14 de abril de 2011

E o jazz e a faxina?

Hoje acordei querendo jazz, acordei querendo faxina.
Levantei disposto, disponível e à disposição. Dia do crime? Nem tanto, madresita. O tempo passa, as coisas mudam e o que ontem era tolice hoje pode ser algo interessante e cheio de possibilidades.
Banho, bicicleta na rua e lá vamos nós!
Gente, ladeira, esforço, máquina nas costas. Pernas cansadas, mas juntas. É bom ver quando estão com você. Apostam e como em toda loteria, um dia ganham. Yeah!

Cheguei, cumprimentei e centrei no que precisava ser feito.
Me mandam esperar, procuro o que fazer e faço.
Novas amizades, novas novidades, novas trocas, novos estilos. Galinhagem? Calma, madresita... A vida sorri, é melhor aproveitar, afinal nem tudo é séquiçu. Será? *sorriso*

Trabalho concluído, bicicleta na rua e vamos que vamos.
De bicicleta não me vejo tão atraente quanto em cima de um speed 600, mas quem se importa? Eu não mais.

Casa!
Banheiro!
Faxina!
Antes, porém... uma diva. Nua, despedida até de cores, mas com todas as cores em si.
Sem medo de ser feliz, em plena quinta-feira lá vou eu encararo banheiro. Ele me recebe sorrindo, o telefone não toca e eu me toco: A vida, também, é isso e não só isso. Filosofia de botequim? Só pode ser, afinal não sou filósofo de academia, logo, é no copo que guardo as minhas melhores frases, fases e luas.

O que estou escrevendo? Sei lá! Ela canta e eu escrevo! *sorriso*

Faxina feita, mente mais clean e o mundo me aguarda para um cafezinho.

Vou lá!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Andarilho

Um dia me deixei levar para ver até onde eu ia.
Até hoje (ainda) não voltei...

AsF8411

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mercados para fotógrafo

E a moda?
E a publicidade?
São dois mercados bem disputados. Para entrar bons equipamentos, visão e experiência não bastam. Dois mercados recheados de lobby, política e amizades.
O salário é bom, porém o que mais atrai são as viagens, a "boa vida", o luxo e até o glamour que envolve o meio.
Entrar não é fácil, manter-se exige muito mais que autorenovação. Se reinventar a cada trabalho é fundamental.
Um caminho interessante é começar por pequenas revistas onde geralmente o trabalho é feito na base da troca. O fotógrafo faz as fotos que o pessoal precisa em troca da publicação de seu nome.
Com isso ele ganha experiência, expoe seu nome e tem condições curricular de pleitear vaga em empresas maiores.

Conhecer o cliente e ter o seu perfil muito bem traçado ajuda na hora de buscar essa vaga.
Entender o que ele busca é fundamental.

Por hoje... é isso!

domingo, 10 de abril de 2011

sábado, 9 de abril de 2011

Canon 7D - Manual em português

Canon 7D - Manual em português

Nunca fui contra manual de instruções ou de uso, sempre entendi que para ter um entendimento pleno o ideal é o manual estar em nosso idioma natal.
Quando adquiri a Canon 7D li e reli o manual, mas não adianta, a gente só absorve o que realmente interessa naquele momento. O básico para fotografar.

Esses dias fiz uma limpa no micro e achei o arquivo PDF que eu havia comprado no Mercado Livre (no ano passado paguei dez reais) e resolvi reler aos pulos.
Descobri o recurso Estilo de imagem. Meu Deus... Que é aquilo!!!

O recurso te permite pré configurar um sem fim de recursos como brilho, contraste, compensação de flash, luz e o escambau!
Já tem alguns pre formatados como preto e branco (que na hora que eu baixei as fotos veio colorido), fiel ao fotografado, neutro e por ai vai.

Recomendo explorar esses recursos, pois as fotos mudaram muito depois deles.

Abraços povo!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Casulo - a lagarta insiste em não virar borboleta

Casulo - a lagarta insiste em não virar borboleta

Eu choro. Não um choro compulso, não um choro de morrer. Só choro.
Olho para o passado e choro. Para o futuro e choro. O presente é assim.
Muitas vezes estamos tão bem, tão tranquilos vendo o mundo passar que não pensamos na possibilidade de amanhã chorar.
O choro é um item não contabilizado na equação da vida. Um balanço que fazemos pautados nos bons momentos. Ainda bem!
Quando os dias vão ficando cinza, quando os acontecimentos vão acontecendo, quando perdemos a mão o choro é inevitável. É o transbordar do balde de emoções.
Chorar ajuda a limpar não sei o que, mas ajuda.
Enquanto muitos passam na minha porta sorrindo, indo e vindo eu choro.
Não vejo pejo, peso ou pesar no fato tanto de eu chorar quanto de eles irem e virem sem notar meu choro, pelo contrário, acho bom que ninguém me veja chorar. Choro, apesar do lamaçal é para ser sentido. Por isso sinto, por isso choro.
Não quero a falseta do blues a me embalar o choro, não quero a desculpa da trágica vida de uma diva para chorar. Apenas quero chorar.
Sem sentido, sem noção. Quero por para fora. Só.
Nesse momento não me julgarei, não compadecerei, apenas chorarei.
Que sai, que inunde, que vaze!
Que seja branco em busca da pax, que seja vermelho em busca da glória, mas que seja choro. Só.
Não quero mais a guerra de um homem só. Queria, quero, a guerra de dois, se não foi que vá.
O sonho de ontem é choro hoje, só.
Chorar não sujará nada. Será como uma chuva de carmim.
O armário sem pó, a gaveta arrumada, a sala impecavelmente limpa denuncia: Acabou a faxina.
Melhor chorar hoje, amanhã será outro dia.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Re de reorganização

Re de reorganização

Eu estou em outro momento. Nem vento nem relento. Quero organizar.
Estou tranquilo, de frente para o mar. Buscando brisas, ventos e ar.
Não acredita, quando diziam, mas hoje vejo que arrumar gavetas é algo bem vindo, ajuda. A mania de exagero ainda continua, ao invés de arrumar gavetas, arrumei o quartinho dos fundos. Algo imundo.
Não tive pena, peso ou dó. Joguei muito fora, afora o que me trazia nó.
Vazio é interessante, mas dá uma vontade louca de colocar mais coisas lá.
Gostei do exercício de selecionar, averiguar e conseguir dizer sim para algumas coisas, mas não para outras. Apreendi a não calar. Mas isso só quando é preciso falar.
O jazz continua sendo o melhor a se ouvir, o blues é base, mas enquanto ambos são amigos é na música clássica que encontro o professor. O mestre. Não o norte, mas um ponto que pode até ser oeste.
Ainda sobre o lixo, é de impressionar o quanto guardamos coisas que não vamos usar. Medo? Necessidade de aquisição? Muito lixo, muita enrolação.
Tudo bem, as rimas estão pobres, mas a atitude foi nobre. Sem contar que aqui não busco o jogo de palavras. Não quero mirar na certa ou errada, apenas quero externar.
Ainda sobre o lixo, é de impressionar o quanto guardamos coisas que não vamos usar.
Eu estou em outro momento. Nem vento nem relento. Quero organizar.
O passado é divino, vergonhasamente divino, mas com muitos pontos positivos. O ruim é ilha e isso conforta, pois vejo muitas portas para entrar. Mas estou calmo, quero estudar.
Ontem não linkei, não liguei, não surtei.
Hoje acordo sereno, sabendo que tenho que dormir. Um outro dia está por vir.
Isso é bom, sinal que realmente Deus abençoa a todos e que o livre arbítrio se faz voga, é berlinda. Para mim e para qualquer outro. Não há iniciados, iluminados, sendeiros se não houver luta, persistência e a vontade de ir além.
Crescer em par com todas as áreas e não somente em uma. Todas. Em par.
A faxina continua, a poeira não acaba tão fácil, é um rastro sem fim, enfim. Hoje é sexta-feira. Dia de pirar, mas acordei tranquilo, quero faxinar.
Linda sexta povo!!!

AsF1411

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Desconcentralizado

Desconcentralizado
Desconcentralizado é o cabra que morre, mas não deita, a dona que falseia, mas não deixa.
A menina que pede, mas não pega.
O carro que morre no meio do caminho.
desconcentralizado é a noite sem esperança de dia, o dia sem o meio dia e a hora sem norte.
Um tiquinho de renda sem efeito, um cadinho de feijão sem defeito e uma terra por arar, mas sem chuva para molhar.

Desconcentralizada é a vida sem emoção, a mesa sem o pão, um homem sem ilusão.
O taxista sem passageiro, uma obra sem pedreiro, prédio sem porteiro e um bando de gente só querendo se olhar.

Desconcentralizado é o isso, não o aquilo. O agora sem ontem e mais ainda sem amanhã.
É o mendigo sem esmola, a carola sem fatos, um padre sem paróquia para poder rodar.
Amigos sem parentes, bicho velho sem dentes e ainda querendo caçar.

Isso é descentralização. Um conjunto de coisas sem união.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Depois e mais depois

A primeira já havia passado tanto pelo Lightroom quanto pelo Photoshop quando resolvi tirar o fundo e jogar algumas nuances de HDR.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Não existe mulher feia quando ela se vê bonita

Não existe mulher feia quando ela se vê bonita

O que há por baixo daquele vestido?
Me pergunto isso mil vezes. Por mil vezes tenho mil respostas diferentes.
faróis cor de mel, olhar sério, mas não sissudo. Tez cuidada, visçosa, rosa arco e irís vivo.
Cabelos aloirados, encaracolados, cumpridos. Os ombros recebem seu carinho. Um ninho.
O que há por baixo daquele vestido?
Altura de menina, salto de mulher. Pisar elegante. Focada no caminho que escolheu.
Coxas torneadas, bem cuidadas. Não balançam fora da dança.
Bumbum arrebitado, bem desenhado. Um convite a pensamentos humanos, másculos. Coisa de homem só. Só na rua.
Tornozelo adornado aos ouros. Nem precisava. Belos e únicos como são muito mais embelezam a jóia que são embelezados por ela.
5 dedos em cada pé. Dez já compoem uma orquestra de câmara? Não sei, mas que ouvi música erudita, ouvi. Sinfonia especial.
Cheio. Tudo cheio. Apertado. Tudo apertado. E eu ali. Hipnotizado pela pergunta que me cobre o rosto, fecunda a mente e não me deixa pensar em outra coisa. O que há por baixo daquele vestido?
Ombros cobertos, mas com decote a vista. Aliás, ali nada parecia vir à prazo.
Seios empinados, duros, firmes, vivos. Bicos vivos. O gelo do local?
Mãos de fada, dedos longelíneos. Vermelhas unhas. Eu vi. Medi cada centímetro daquela mão. E da outra também. Perfeitas, feitas para acarinhar.
Relógio, pulseira, pingente, colar, a gente.
O que há por baixo daquele vestido?
Me perguntei, não tive resposta. Não calei. Ela era uma mesa posta.
Nossos olhares cruzaram oceanos, pousaram em ilhas por infinitas vezes. O percurso era longo.
Não tive coragem de abordar. Os tempos eram outros e me contentar com a poesia da observação e o registro em prosa me seria suficiente para não mais esquecer que um dia olhei para uma Musa e me perguntei:
O que há por baixo daquele vestido?

domingo, 3 de abril de 2011

Desdobrabilidade

Desdobrabilidade

Numa casa pequenina
sofre o só escritor.
É a chuva que mina
molhando seu valor.

AsFb9ca1

sábado, 2 de abril de 2011

Inaceitação



Inaceitação

O telefone não toca,
a campanhia não toca,
ela não se toca.
Que acabou a energia.


AsFb9ca1

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Testamento - Testemunho - Testa (com a cara à tapa)

Já escrevi um livro (e não publiquei);
Já tenho um busto esculpido;
Já fiz um filho (lindo, maravilhoso, poderoso);
Já morri de amor;
Já nasci por amor;
Já troquei um amor por outro;
Já fiz pacto de amor eterno (hoje ela é casada, tem três filhos, um marido e jura que o pacto está de pé - como assim?!);
Já dancei na chuva;
Já transei no capô de um carro;
Já fui flagrado transando na praia;
Já menti com motivo, sem motivo
e por falta de coragem de falar a verdade.
Já transei por transar, por amor e até sem par;
Já estourei cabaços;
Já tive o meu estourado (mais de vezes. Puto!!!)
Já fui trabalhar sem querer;
Já comprei só para falar com a vendedora;
Já ganhei debate sem ter razão alguma (pura tolice);
Já viajei sem grana (pura loucura);
Já dei uma de louco estando são;
Já dei uma de são estando super louco;
Já corri atrás de mulher e me humilhei (é duro, mas na hora é a realidade do momento. Encarei e não me arrependo);
Já tive compaixão e paixão alguma;
Já fiquei por ficar e já fiquei sem ficar;
Já iludi a realidade com fantasia e
já coloquei fantasia no meio da realidade;
Já chorei sem motivos, com motivos;
Já me arrependi por nada, por tudo;
Já brinquei de escravo de Jó, carniça e ciranda;
Já tive meu nome tatuado no pescoço de uma mulher (pura poesia);
Já soltei pipa em ventilador;
Já desci ladeira com bicicleta sem freios;
Já olhei pela fechadura da porta (e vi!!!);
Já vasculhei agenda de ex, ja tive a minha vasculhada;
Já levei flagrante de mulher, nunca dei (faltou coragem);
Já disse que amava uma na frente da outra (que merda! Fui um bosta!);
Já quis fazer loucura de amor. Nunca fiz (sinto por isso - ainda há tempo?);
Já falei demais, ouvi de menos e reverti;
Já virei muitos jogos, muitas mesas, mas só agora aprendo a dizer "não".
Já fui chamado de "meu homem", "não homem" e me cofundi (tenho que rir);
Já fui imaturo quando tinha que ser maduro;
Já fui maduro demais quando tudo não passava de uma brincadeira (besteira);
Já pensei que todo o mundo só queria séquiçu (algumas vezes ainda penso);
Já julguei sem base sólida, já fui julgado também (mas "fouda-se" passou);
Já falei merda no almoço, já ouvi no jantar (e não perdi o apetite);
Já desejei algo impossível;
Já fiz o impossível ser possível (talvez eu devesse acreditar mais nisso);
Já fui taxado de fantasioso, nego dengoso (e quero é mais!);
Já fiz muitas coisas, algumas que não queria, outras que só queria;
Já posso morrer?

quinta-feira, 31 de março de 2011

Nota de falecimento





Nota de falecimento

A sede não grita.
O diabo não apita.
A gazela não corre.
Inês, foi-se. Morre.

AsF?311

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