Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

[Sem Título]

[Sem Título]

Hoje, só queria te fazer feliz ontem.
Será que amanhã quererei te fazer feliz hoje?

20.02.07

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Limo em limbo

:
::<==0==>::


Limo em limbo


Silêncio em todos os(...)
As rosas calam diante(...)
O sol não levanta; luta.
A noite não cai; fica.

O rio não pára, mas
não anda em si. Roda d´água!
pedras nos caminhos dos s.
Pó ao lado das árvores.

Silêncio de contemplação;
a cachoeira cai vigorosa,
mas sem som, sem inércia.
Com gravidade e o peso de si.

Apropriado da batuta, maestro,
conduz orquestra, dita ritmos,
mas se nega a parir o som
Ele (e outros) gozam limo em limbo.


#ॐAderlei ॐGanoN#
28.06.2006

º...::==><==::.......º
:

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Surreal IV

Surreal IV

:
!
:

S iga a outros quando poderia seguir a si.
u se de estratégias vulgares ao invés de válidas.
r elacione-se com o inimigo e taxe o ato como certo.
r edija, redija e não escreva absolutamente nada. Acorde.
e nvie dubiedade sabendo que voltarão culpas. E goste disso.
a lague as cidades da esperança e sorria ao ver afogar sonhos.
l argue o que pegou, pegue o que largou e se vanglorie por ser assim.

01.08.2008
Aderlei Ferreira #SziGaBhMayNy#

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Passeando nos pensamentos

Passeando nos pensamentos

Alías, se sua casa é descartável, se suas roupas são
descartáveis, se seus empregos são descartáveis, se
seus relacionamentos sãO descartáveis, por que comigo
tinha que ser eterno? Acaso vim com algum defeito
de fabricação? Acha mesmo que minha mãe
aceitaria desenvolição?
Ou será, desovulação? Desvolução? Devolução?

AsF Nov 2006

domingo, 27 de dezembro de 2009

Complexo

Complexo

Nem toda visão vê o visto. Faz ilusão.
Poucas audições nascem para ouvir.
Gira a roda da vida que gira a bailar!
Todo pé pisa. O direito tem privilégios;
o esquerdo é pouco quisto.
Mãos geram pegadas, tem dez dedos, mas
somente um aponta. Delatora é a boca
que não cala e cessa a navalha-língua em si.
Se bom, fragrância. Se ruim, ruim fedor.
Coitada da narina que atura tudo isso e um pouco mais.
Quando equilibrado, na corda bamba da vida, o
cérebro é amado. Quando desequilibrado, é desajustado.
Até parafuso alegam faltar.
Segue a vida, no gira que a roda faz bailar
Por que, ao final, é isso que importa e nos faz imortais!


Aderlei Ferreira #SziGaBhMayNy#
30.7.08

sábado, 26 de dezembro de 2009

Papeis fragmentos - mil pedaços

Papeis fragmentos
(mil pedaços)
Por mil dias
e mil noites.
Por ti vivi:
mil vezes;
mil luas;
mil sons.

Por mim velei;
meu amor reguei.
Por ti voltei;
por nós revisei.

Sintonizei:
mil luas-nuas;
mil sons-mudos;
mil partos-paridos-sóis;
mil camas-para-a-noite.


Dormidas na lua;
viagens paraternais;
olhares cricrihotônicos;
pulsamentos bastiomaníacos.

Tão rápido quanto o trem:
Vai e volta,
meia volta vai,
entra e sai,
deixa e vai,
colhe fruto,
cospe mais,
nove! Setênio!
algoz? Atrás?
Quer mais!


Pare nesta estação:
Admira, "a" de mirA, mirra!
Mil sons.
Mil cheiros.
Milk bar.
Tempero.

Mil vezes você.
Mil vezes a dor de te amar
à alegria do alívio de você
não estar. Ser para que?


Mil sons
Mil passados
Mil pecadores
Mil vezes chorar
Mil olhares vidrados
Mil tarados tocando sexo
Mil sexos em praça pública
Mil vezes um mar de escuridão

A uma pequena luz de mil
ions no fim do um túnel
(sem fim).


Mil vezes mudo de:
casa
rua
bairro
zona
cidade
estado
região
país
continente
(e tudo isso só para não ter que mudar de planeta).



Aderlei Ferreira #SziGaBhMayNy#
1 dois.De.MCMLXVIII(+37 às 10hs)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal!

Feliz Natal

Em pleno Junho, estou aqui preparando o post de Natal.
Arrumo o blog e estou colocando um a postagem por dia afim de arrumar as obras.
Um arquivo, mais de trezentas obras. Aff

Bem, feliz Natal!

*kkkk

Hoje: 08.jun.2009
Hora: 20:49

Tá bom, né?

AsF869

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Anunciação

Anunciação

Queria te ter. Aqui. Agora.
Pousar minha língua entre tuas pernas e te beber por tempos não mensunráveis.
Te abraçar apertado qual uma águia abraça sua presa e voa alto, bem alto, sem deixá-la sair de seu delírio - escapar.
Te consumir a alma vadia e aceitar isso como um condenado aceita a própria pena. E não conta seu fim.
Queria te fazer gozar assim como a ostra que após tantos e tantos balanços de mar, e mudanças de maré, goza pérola valiosa e, algumas vezes, rara.
Te sugar a língua de uma forma impensada, não relatável, mas absurdamente sentida.
Te queria.
Te queria fêmea sempre no cio para meu uso e prazer.
Sempre disponível, sempre fácil - e dada.
Te ver os pingos de prazer escorrer pernas abaixo e sorrirmos disso.
Te apertar mamilos sem dó, pois entendemos que a linha que separa dor e prazer é tênue demais para ser obsevada (nessa hora). Depois arde, mas depois é lembrança e para lembrar tudo é válido.
Te queria. Falseada, faceira e minha.
Só. Te. Queria.
Às explosões de gozo meio a tantos outros prazeres, meio a tantos outros afazeres.
Vem, explode comigo e me deixa ser teu rei. Me permuta teu reinado e, usando o canhão da paixão, atire bem no centro de meu peito.
Mata-me(de amor).


Aderlei Ferreira
2 ao lado de 7 ao gosto de 2000 e oito.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Multifacetamento - Posição Oeste

Multifacetamento - Posição Oeste

E se eu disser que te conheço e
ouço tuas gargalhadas ao perceber
que peixe se debate até morrer?
(que feio isso...)

E se eu revelar que 99% das suas visões
eram miragens no seu deserto de respeito,
generosidade e auto-estima?

E se eu disser que você
ouve rádio para não ouvir
seus próprios pensamentos?

E se eu "abrir o bico" e delatar que
de diferente você só tem a estratégia,
pois no resto é similar ao resto?

E se...
A megera fosse gente boa,
uma louca coroa a se odiar?
Que morra em paz!

E se no infinito céu
eu visse papel de giz
e riscasse O Aprendiz?

E se humilhação fosse sinônimo
de castração, o marido um bobão
que desistiu de compartilhar?

Ah, Deus... Tantos "e se"
Tanta gente santa que vai
a Porto Seguro (segurar)...

AsF?106

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Re lógius VI



Re lógius VI

t enho sede de sexo
i nstinto aflorado
c entro desligado

t enho sede de sexo
a umentando a potencia
c atastroficiando a dependência.

AsF369

domingo, 20 de dezembro de 2009

Rosa roxo

Rosa roxo

Acabou meu jardim, minha rosa roxo murchou.
Se morreu ou hibernou não sei, sinto que preciso dela e sem minha rosa fica vazio peito jasmim.
Rosa roxo, se me ouves, perdoa se fui pouco sol, pouca água, adubo pouco.
Entenda que sou mais fraco sem ti e ainda que contigo relapso, era todo seu.
Volta e usa minha terra para ficar e prender tuas raizes em mim.

2006

sábado, 19 de dezembro de 2009

Mares e Sinais

Mares e Sinais
Que seja o mar.
Verde, azul ou vermelho
com um sinal amarelo ou verde.
A vida é assim mesmo, Fênix:
Quanto mais pensamos mais haverá para pensar.
Quanto mais andamos, mas haverá de andar?
Que seja o mar...
Antes de cinco dias a maré é revolta,
mas logo depois o sinal abre para
pedestres. Passe, logo! É melhor não abusar.
Cinco dias e a água tem seu divisor.
Antes disso que o trem esteja na linha!
Que os carros não avancem sinais!
Que a vida seja dos anjos (e seus sexos).
Depois disso será calmaria e só amor.
- Entre um e outro, vá vivendo poeta, pois
ela o ama...
Ah Fênix, como é bom amar...


AsF25106

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Viva a liberdade

Viva a liberdade
Eu hoje chorei. Meu canário parou de cantar há três dias.
O soltei achando que queria a liberdade da mata.
Ele foi pego por um predador natural e morreu.
Meu canário parou de cantar prevendo seu fim.
Eu hoje chorei, mas continuarei contando (e preso em minha gaiola).

AsF2676

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Primeiras notas

Primeiras notas

? De quem?! Do patrão?
Olhe para a e mi diz se sentido.
De sol a sol, deixei meu suor.
si acha mesmo que sou injusto ao partir,
me mostre outra música!

AsF869

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sexta-feira liquidificada

Quem é você?
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Quem está ai dentro de você?
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É possível ser feliz de forma plena?
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Qual o melhor campo para o cultivo da paz?
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Se todo As é carta forte
conforto e mais sorte
hão de prosperar.
Se um baralho
é trocadilho,
e trilhos?
vão-se
ao ar
par.
Mar
é luz,
ilusão
e travas
prisão de
grade rudi
mentar. Argum
ente, mas tenha
em mente que será
preciso lutar. É sorte.
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Não basta deixar a gaiola aberta para um pássaro voar.
É preciso não prendê-lo para que ele desenvolva a capacidade de contra-argumentar.
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Já ouvi mulheres falarem.
Já vi homens berrarem,
mas nunca vi seres trocarem.
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Sexta-feira é assim:
Um liquidificador de idéias que ventam para todos os cantos, afinal essa é a sua função.
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Bom final de semana a todos!
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ॐAderlei ॐGanoN

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Senhor Plix, senhora Pluc

Senhor Plix, senhora Pluc

Com a colaboração dos ventos, a senhora Plix conheceu o senhor Pluc.
A fama do dito senhor ia longe e sua ficha corrida era repleta de mistérios.
A maneira dele, sempre deixava claro quem era, como agia e o que buscava. Alguém que suportasse a dor de amar amando junto.
Ao ver senhora Plix a química foi letal e ambos não se demoraram para ir a um ninho de amor. Antes, porém, senhor Pluc explicou como agia, deixou claro sua condição poligâmica e relaxou ao ouvir a senhora Plix dizer que sua busca era somente e tão somente por algumas horas de amor.
A química foi além do sexo e suas conversas eram sempre muito bem humorada, intelectualizadas e a vida crescia.
E ambos alimentavam uma sólida estrutura de amor.
Senhor Pluc falava, senhora Plix ouvia e sempre agradecia pelos valorosos ensinamentos.
Sempre que podia deixava claro o muito que aprendia com ele e sempre que ele podia, a sua maneira deixava claro o que absorvia com aquela inteligente e viva mulher.
O tempo passa, o vento bate e diante de sol e chuva, dia e noite o quadro começa a mudar.
Agora senhor Pluc deixa de ser libertário e libertino, inteligente e sagaz para ser mulherengo e burro diante da vida.
Senhora Plix deixa de ser doce, inteligente e sensata para ser amarga, ignorante e sem centro.
Antes as falas eram sempre de que ciúme era tolice e que não cabia no relacionamento. Hoje o ciume é fato e assumido sem meias palavras.
Senhora Plix ama odiar senhor Pluc e senhor Pluc nada diz. Fixa na dele...
A montanha perde o brilho, o castelo que ocupava seu cime não passa de uma construção cinza.
Seu Pluc é um homem sem luz, senhora Plix uma mulher sem amor.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Escrivaninha a luz de velas - O Ser Poeta

Escrivaninha a luz de velas - O Ser Poeta

Doce ou amargo, visceral ou básico, sou poeta.
Não por escolha ou amor a arte, mas por necessidade de viver.
Não por dinheiro, prestígio ou sociabilidade, mas por simples necessidade de viver.
Queria ser e estar, então procurei médicos e especialistas. Nenhum me autorizou o voo. Nenhum ousou me taxar de qualquer coisa que fosse, pois claro estava que eu era poeta. E sou poeta!
Estudar estruturas lingüísticas qual engenheiro estuda para fazer obras. Respeitar métricas, soletrar rimas, fugir das pobres, incessantemente garimpar as raras. E ser poeta.
Estética, semântica e gêneros são opcionais no outro, ser poeta é ter latente a necessidade de poetar. É brincar com tudo e todos. É indignar diante de obras incompletas, acontecimentos diversos que te burilam e te fazem, por necessidade, escrever o poeta. Não a poesia.
A poesia é o passo que o poeta dá no mundo, o poeta é simplesmente poeta.
Toda e qualquer outra classificação é do mundo e funciona para o mundo. Para o poeta o que funciona é a roda da poesia. O ser poeta.
É um rio sem barragem, uma represas com coragem de segurar as águas para gerar energia. Mesmo que essa energia fique represada nesse ou naquele verso transgredido.
As estrofes são degraus que descortinam um véu de um céu entre vários infernos. Ou um inferno de céu.
As Musas são deusas efêmeras que qual o quadro de um pintor, depois de assinada é o que é. Ninguém mudará isso. Nem mesmo o poeta que tem a necessidade de ser poeta. Da poesia.
O título é obra, a assinatura é um mentiroso fim. O poeta seguirá sempre refazendo aquela poesia. Nem tanto ao público, nem tanto explícito, mas sempre aos trancos e barrancos meio a enxurradas de emoções. Meio a escassez de emoções.
A visão de um poeta é única e todas as vezes que ele foi convidado para registrar uma batalha, essa foi a melhor e mais empolgante batalha do mundo. Seu.
Muitos foram os guerreiros, mas poucos são os poetas que fazem um guerreiro ser visto como um deus.
Sou poeta por isso também. Pela necessidade de ser poeta.
Mães, filhas, homens, mulheres, pares, ímpares e todo o tipo de ser, quer se ter em poeta.
Médicos e arquitetos fazem vida, o poeta apenas as relata como viu o nascer de um certo ou incerto sol, o partir, o chegar do forasteiro que mudará a história daquele povoado e o ir da donzela que vai casar. Deixar de ser filha para ser mãe e, então, volta a ser filha da mãe. Com ou sem poesia essa é a função de um poeta. Fazer, em linhas, com que o leitor veja ao que não estava, mas que – após o poeta alquimizar letras e gerar poesia – sente não somente estar, mas igualmente ser.
Ser poeta.
Sou poeta.
E me orgulho disso.

Obrigado leitor, por - ao me ler - me fazer mais poeta, pois não quero fazer só poesia, quero fazer leituras de minhas poesias.

Obrigado leitor de poetas, um meu amigo fazedor de poesias.

AsF269

sábado, 12 de dezembro de 2009

Vilas Boas

Vilas Boas

Por que abandonastes meu amor?
Por que se mostra e se esconde tanto?
Meu lírio, minha luz, minha Musa, por que?
Indagações perdidas e soltas ao ar.
Que os bons ventos a levem a ti e mostrem,
explcícito, meu amor em ti, por ti e Paraty.

AsFset06

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Reflexões sobre um amor a um

Reflexões sobre um amor a um

- Fênix, me perdi entre a liberdade e o amor.
- Poeta... Se o amor não o liberta, não pode ser considerado amor.
- Mas eu amo, Fênix.
- A liberdade ou ao amor, poeta?
- Amo a mulher que me tira a liberdade em troca do amor.
- Tira a liberdade, poeta?
- Sim, Fênix. Com ela não serei livre, mas serei amado.
- E sem ela, poeta?
- Estou morto, Fênix.
- O que quer poeta?
- Amar a mulher e manter a liberdade.
- Se ama, não é livre?
- Amo e ainda assim não sou livre.
- Poeta... Traz um paradoxo. Ama e não é livre?
- Amo e sou livre, Fênix. Prendo-me quando estou com ela.
- E?
- E nada, Fênix! Quero um auxílio!
- Que auxílio, poeta?
- Quero o amor com liberdade.
- Tem amor?
- Muito!
- Tem liberdade?
- Não, pois estou preso a ela.
- E o amor que ela lhe devota não o liberta?
- Não. O amor dela é lindo, revigorante e único.
- Mas?
- Mas sua maneira de ver a vida e analisar meus atos me aprisiona.
- Então há uma incompatibilidade?
- Sim, Fênix, e eu não sei como resolver.
Se fico com ela, amo, mas me frustro ao vê-la julgar meus atos de forma errada.
Se vou, sofro por estar longe e não ter seus braços.
- O que pode mudar, poeta?
- Acho que nada Fênix...
- Quem já mudou por quem, poeta?
- Ela já mudou por mim, Fênix.
- E você, poeta?
- Eu o que, Fênix?!? Parece que você não entende! Quero sua ajuda e você fica me enchendo de perguntas para as quais não tenho respostas!!! Até parece que não me entende!!!

A Fênix chorou, sua lágrima secou no fogo e partiu para mais um vôo.

AsFSet2006

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Poeta ou poetisa?

Poeta ou poetisa?
Afinal poeta ou poetisa?

O feminino de poeta desde sempre era poetisa, porém, a forma teve sua conotação assumida como pejorativa ao lembrar aquele tipo de senhora que se veste espalhafatosamente e participa das reuniões dessas dezenas de "academias femininas de letras" que surgiram aos montes, e por todo o Brasil, na primeira metade do século XX.
Talvez um ato ingênuo, mas a verdade é que quando criaram essas instituições femininas paralelas, estavam simplesmente reforçando a crença chauvinista de que as "verdadeiras" academias eram privilégio dos homens.

Após o ato consumado, críticos, intelectuais e artistas formadores de opinião, ao falar de alguém do patamar de uma Cecília Meirelles, por exemplo, começaram a dizer: "É uma grande poeta!".

A moda propagou no meio literário, acadêmico e artístico: o vocábulo passou a ser usado pela maioria como se fosse um "comum de dois" (aqueles substantivos que têm uma só forma para os dois gêneros, mas se distinguem pelo artigo, atleta, artista e por ai vai). Hoje, portanto, é comum escolher entre as duas formas de feminino: ou usamos poetisa, ou simplesmente poeta.

Ainda é salutar notificar que nem todas as poetas sentem-se respeitadas ao ouvirem que são poetisas, pois o termo ainda é, em algumas tribunas, usado com ironia e pejo.
Não sabe o que dizer? Diga poeta!
É mais acolhedor, educado e, tido por muitos, como respeitador.

Abraços fraternais,

AsF1959

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A malabarista ou Um circo na vida

A malabarista ou Um Circo na Vida

Entrei no banheiro, deixei a porta aberta.
Triste, cortei os pulsos para morrer.
Olhei o sangue escorrer pelo piso do box.
O ralo o consumia, a vida me ia.
Não ouvi passo e resolvi tossir.
Uma, duas, três vezes. Mais alto,
mais forte e ninguém compadecia.
Ninguém aparecia.
Pouca vontade de morrer?
Pouco sangue, deve ser...
cortei mais uma vez, mais fundo.
Sintonizei, não ouvi barulhos.
Desesperei e gritei por socorro.
Quando todos chegaram eu estava morta.
Largada. No chão. E afogada em meu próprio sangue.
Ele me matou. E ainda assim não consegui morrer.

Ago2006

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

.: ? :.

.: ? :.

Algumas vezes me pergunto porque.
Porque exercitar tanto, correr tanto atrás, lutar tanto. Dar anos, tempos. Trocar amigos, cerveja, saídas, trocar tanto.

Gastar com livros, workshops, seminários, palestras, buscar tanto.

Queimar neurônios para aprender sozinho o que os livros não trazem.
Por que?
Para ver alguém que chegou ontem e, ainda ontem mostrou não saber nada, hoje entrar e simplesmente, ainda que indiretamente e sob a desculpa-verdadeira de querer auxiliar, humilhar a outro?
Para ver que esse mesmo alguém, que não tem nada senão boas falas e um extremado jogo de cintura, pisar no outro?

Sinceramente, fico olhando.
Qual uma moréia, fico na janela a observar o mundo e ver como, definitavamete, o ser humano insiste em não ser humano.

Que fazer, não?

domingo, 6 de dezembro de 2009

sábado, 5 de dezembro de 2009

Vera vs Vânia

Vera vs Vânia

Vera vai virar vadia
Vejam vocês, Vera vadia...
Vânia verificou vibrando: Vera vadia?!?
Virou vigarista! Vou ver...

Vera viu Vânia vibrar
Virou víbora, voz voraz: Vai ver verme...
Vânia, vestida, viu Vera voar.
Vacilou Vera, Vânia venceu.

Vânia vaidosa veementemente
vergou Vera vadia.
Vânia valores velava...

Várias vezes vi,
Vitoriosa, Vânia voltar
vencida Vera vadiar.



#Aderlei GanoN#
01.2004

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Co-Mércio

Co-Mércio

R apaz educado, fino trato e de boa família
i nteligente, onipresente, culto e depravado
f ilho de pai e mãe, mas está só. Sem família.
a ntes era solteiro. Hoje é...
- (silêncio)
s e alguém quiser, o preço é de ocasião
e screva para: papaidoceu@sonhosimpossíveis.ceu

AsF?86

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Alugando idéias.

Alugando idéias

Hoje peguei um filme de Bruce Lee. Não para assistir.
Peguei porque estava em promoção na locadora-do-menino-bonito.
Pego sempre Almadôvar, Fellini, Spike Lee e alguns menos conhecidos.
Pego os que gosto e ele vira a cara, torce a boca.
Com o do Bruce (que nem Willys é) ele sorriu e ainda disse:
- Muito bem, menininha. Agora está no caminho certo.
Ai, que vontade de dar um caratê no focinho dele.


---,--'--{@ AsF @}--´--,---
SP, sábado, 22.Abr.2006

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