Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O que sou se sei que nada sou?



Sou!
A sombra de minhas idéias, de meus vícios travestidos de prazeres e apresentações cobertas de coerências que só tem quem não tem outra opção de ser.
Sou minhas verdades - e as mentiras que não assumo ser, mas que somente eu sei quem sou.
Sou são por estar louco e fico cada vez mais louco ao empurrar uma postura sã para outros loucos que acreditam que sou.
Sou o seguidor de Cristos, Messias e mestres, mas somente sou se sigo, pois quando não sigo sou o próprio líder a abrir mares, dizer que comando marés e fazer vir comigo até aqueles que só vão para ver. Crer nunca!
Sou espiga em milharal, mas quando em milharal estou espantalho. O espantalho daqueles que querem motivos para correr e não enfrentar-me diante de espelhos refletindo espelhos. Quem são? As sombras de si mesmos, são?
Sou aquele que não anda de costas no escuro só porque no escuro não anda, porque se andasse não daria para ver a direção. Por essas e outras que sou. A pomba e pombal!
Sou praça acolhedora de criancinhas e cuidada por velhinhos que vão ver babás.
Sou fiel, sou fel. Sou até o que não sou quando insistem que sou o que passo ser na hora que não sou. Um desconhecido que muitos insistem em conhecer.
– Saiam antes que a noite caia ou o homem do saco os levará!
Um muito que alguns dizem ser nada. Um nada que do pó não veio, mas que para o pó voltará.
Sou, ainda, espermatozóide de solos intermináveis em orquestra imaginária. Sou sinfonia. Não a ordinária que gerou quartas, mas a extraordinária que, de tão boa, é executada somente uma vez.
Sou a vítima de minhas acusações e nas outras ações, sou forte na Bolsa.
Sou réu e juiz! Sou o martelo que sela a sentença. Sou a pena e a absolvição. Depois, mas só depois, sou liberdade para quem está preso e a prisão para quem está solto. Nunca sou arquivo morto.
Sou escuta, ouvido e parede.
Sou rede. Oceano e pescador me tem, por isso sou mar e maré. Vento e fé. Sou.
Sou um pouco mais, mas é isso que sou e depois disso, acredite: Ainda nada sou no tudo que posso ser; porque assim sou: Complexa e paradoxalmente eu.
É isso mesmo, eu sou!

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