Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Luiz Otávio Filé Costa

Luiz Otávio Filé Costa
Otávio Filé Costa, funcionário público de carreira, mais conhecido como Dr. Costa.
Um homem de poucas palavras, olhar atento a tudo e até um tanto conformado com o mundo.
A filha era o cão chupando manga, a empregada dizia, sempre, o que e como ele tinha que fazer, a esposa nunca tinha tempo para ele e agradecia as duas por cuidar daquele mala.
Um belo dia, Filpé, como era chamado pelos amigos mais intimos, chegou em casa com uma baita motocona. Grande, estilosa e imponente. Harley Davidson estava escrito na lateral do imenso tangue.
Ele estava todo no couro e o shape só não ficou completo porque em seu branqíssimo braço não havia tatuagem de caveira.
A filha chegou e quando ela ia falar algo sobre aquela imensa moto na sala, sobre o piso de mármore claro, ele gritou: - Já para o seu quarto, vadia! Nós é Abutres, maloqueiro e bicho ruim. Nós é mano e é corinthians.
A filha, acostumada a chegar e sempre dar uma bronca no pai por algum esquecimento, sobe para o quarto absmada.
Liga para a mãe e sem nem mesmo ouvir o típico "alô", já descarrega dizendo que o pai estava louco.
A mãe estava em próximo ao seu escritório de design, em uma reunião com o segurança da família naquele instante não podia parar, mas diante daquela notícia, não havia ânimo que a fizesse continuar em reunião.
Ligou para a empregada, que estava no supermercado e pediu para ver o que ocorria e, indo pagar a conta do quarto, digo, da sala de reuniões, se arrumou para voltar para casa.
A empregada entrou e foi recebida com o resto de um churuto cubano de mais de 600 reais.
- Que, qui é sua vagaba? Sacolinha do mercado?! Não precisa, a gente tudo sabe que toda tarde tu vai dar pro zelador do prédio vizinho. Mas, oh! Se liga, mano, o cara vive nus banheirão da vida!
A empregada caiu em prantos. Nunca fora tão "omilhada". Pegou o telefone, explicou para a patroa o que havia acontecido e pediu que ela viesse o mais rápido possível, afinal só uma fera para controlar outra.
Não demorou e o segurança chegou com cara de disfarçado. Atrás dele a esposa.
Filé olhou para o segurança e disparou: - Não sei como tu consegue comer essa uma aí. Meu, a mulher é toda na cicatriz, já passou dos 60, diz que tem 40 e ronca feito uma velha de 100. Duvido muito que trepe como uma de 30!
O segurança bem quis, mas nada falou.
A esposa olhou e sem saber o que dizer usou a tática de qualquer estrategista tarimbado:
- Otávio Filé Costa, o senhor pode me dizer o que significa isso?
Ele a olhou, jogou o resto do cigarro que acebdeu logo depois do charuto no chão e seguiu:
- O que significa sua desqualificada?! Coçou o saco, cuspiu no chão e seguiu: Significa que eu cansei dessa merda toda e comprei uma parceira de verdade!
Voc~e tem amantes, a empregada tem amantes, a sua filha, que eu bem sei que não sou o pai, porque ela não tem nada meu, tem amantes e eu resolvi ter uma amante de 150 mil reais.
- Otávio... Olha o que você diz. A esposa pondera
- Olha? Olhe você. Eu sei de tudo e tenho provas, sua puta!!!
Agora eu terei a minha também. Vai rodar comigo para todo lugar como o seu segurança roda, vai me permitir ter muitas outras, como o zelador permite nossa empregada ter, vai ser minha na hora que eu quiser, como os amantes da sua filha a tem. É ligar e ela ir!
E quer saber da melhor?! Eu só vou precisar colocar um pouquinho de combustivel e pronto.
A esposa pega a deixa e encerra o assunto
- Ah, Luiz Otávio! Voc~e não consegue colocar combustível em três mulheres cedentas e a sua disposição, vai colocar em moto que ainda tem que levar ao posto? Me poupe e tire esse trombolho daqui
Ele abaixa a cabeça e começa a chorar.
- Porra, nem direito de ser rebelde eu tenho.
A esposa responde:
- Tem sim, mas precisa virar homem primeiro. Bora, tira isso daqui.
Aderlei Ferreira

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