Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Se relacionamento fosse, seria.

Se relacionamento fosse, seria.
Uma relação equilibrada exige muito mais que querer estar nela e gostar do outro.
Uma relação tão plena qual Maria Fumaça a todo vapor requer, dos envolvidos, algo que poucos atentam: Entrega atenciosa. Um combustível sem igual.

A entrega atenciosa vai além do estar dentro, do participar, do trocar.
Entregar-se com atenção é saber dar sem perder o centro do estar disposto à receber.
É querer receber na hora de receber e querer dar na hora de dar, ou seja, é estar atento às horas, aos canais, aos níveis e... sobretudo ao tempo e espaço dos acontecimentos das coisas.

O interessante é que nessa parte do texto o que parece é que todos fazem isso, mas que nada. Poucos fazem isso.
As relações são pautadas em um desequilíbrio sem tamanho onde cada um ocupa um papel falsamente rígido e segue nele (enquanto for conveniente).
É o tal do ceder para não se aborrecer. Legal, mas isso é um virus que, se computador fosse, acabaria com o disco rígido da relação em algum tempo.

Relação requer movimento, requer ações e reações, reajustes, manutenções e... uso de ambas as partes! Não tenha dúvidas que explorar a relação, em suas muitas possibilidades, fará com que a sua vida útil seja sem fim.
Se carro fosse, respeitar o tempo de marcha, limite do motor, atentar as trocas de óleo e usar periodicamente são atos e ações que fazem com que tudo flua de uma forma sem igual.

Uma outra coisa que sempre me chamou a atenção é a questão de paridade. Não adianta querer uma relação com alguém que é incompatível com as suas crenças ou que não há uma sinergia desde o primeiro momento. Que fique claro: Entendo sinergia, aqui, como: o trabalho ou esforço coordenado de vários subsistemas na realização de uma tarefa complexa ou função. Ou o ato simultâneo de diversos órgãos ou músculos para o mesmo fim. Quer que eu desenhe? Tem que mexer com tudo e tudo, de uma vez só, ser mexido.
Enfim, nessas horas (a dos primeiros olhares, encontros e troca) é preciso fazer aquele exercício de criança onde aprendemos a colocar as formas certas nos buracos corretos. Ali deveríamos aprender que quadrado não entra em redondo, que a forma redonda não entra no buraco triangular e por aí vai essa vidinha maiô mênu que somente o homem leva, complica e faz muito mais dura do que realmente é.

Até aqui falei pouco - ou nenhuma novidade - não é verdade? É sim.
Talvez o mais difícil seja conseguir algo que é mais difícil que ganhar na loteria: Desenvolver meios de não ser enganado por sua "própria carência" (ou destempero na crença da necessidade de "ter" alguém) e conseguir identificar um possível par ideal para você.
Se mulher fosse, é como achar aquele sapato lindo e conseguir pensar nele para o restante de seus dias sem ter que trocar, deixar de lado, ou mesmo usar até surrar. Equilíbrio, lembra?

Relacionamento é muito simples, o que complica é que acreditamos que ser simples é o mesmo que ser fácil.
Labuta! Relacionamento, se como relação entre duas partes fosse, requer mais que duas catracas redondas e uma corrente unindo-as. Requer motor, brôder! E é aí que entra a tal da entrega atenciosa. Uma entrega onde o combustível é a paixão, mas o motor é composto por um sem fim de peças (entre elas a sua visão e disposição para ser e estar) onde tudo tem que, na maior parte do tempo e dentro da uma larga medida de possível, funcionar a pleno vapor, ou seja, não dá para descansar.
Aliás, descanso é algo que, em relacionamento, acontece à dois, pois a um desequilibra todo o sistema.
Claro que o individualismo é bem vindo, precisa ser respeitado e é fundamental, mas é preciso entender que, quando em um relacionamento, individualismo não é igual a "perdidos" ou mesmo "perdidos achados" (aquele onde sabe-se tudo, mas a pulga não sai atrás da orelha.

Relacionar-se é simples até demais, basta querer, estar dentro e abraçar o outro com um calor tal que a Maria Fumaça rolará num trilho de felicidades e a plenitude surgirá em modus de estações. Cada uma à seu modo, cada uma com sua própria aparência (boa, não muito bom, ruim, muito ruim e espetacular), mas sempre ali, sempre esperando o trem do seu relacionamento chegar.

Meu, relaxa. Relaxa e seja feliz entendo que relação requer muito, mas acima de tudo requer, mais ainda, que você requeira e queira.

Boa quinta?
Oh! Excelente quinta, povo!
Aderlei Ferreira
134121953

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