Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Teste matrimonial

Teste matrimonial
Maria Aparecida Paixão. Mãe carinhosamente zelosa.
Criou cinco filhos com muita luta e mesmo vendo-os bem casados os queria ao seu lado.
Matou a primeira nora, a segunda e assim foi até a última.
No velório dessa não aguentou e abriu seu coração:
- Vocês estão vendo, meus filhos?! Vocês estão vendo?
Todos pararam e a ouviram. De certo acharam que ela faria um discurso acerca da perda da última nora.
Ela continuou: - Eu matei. Uma a uma. As vossas, mulheres.
Todo o velório parou. Ninguém sabia o fazer. E ela continuou:
- Matei! Matei. Matei. Matei! Matei para testá-las e nenhuma sobreviveu!
Ninguém acreditou no que ouvia, mas ela não parava de falar:
- Elas os abandonou, meus filhos.
O caçula, o mais emotivo entrou em desespero. O mais velho, e mais centrado, foi quem perguntou:
- Mas por que isso mamãe?
- Por que?! Por que? Por que? Ela bate no peito e segue: - Porque elas não passaram no teste. Tentaram me matar ao casar com vocês, tentaram me matar ao engravidar de vocês e provar que faziam "coisas" com vocês. E eu sobrevivi, mas elas - umas fracas! - abandoram vocês. Não passaram. No meu teste!

Aderlei Ferreira
2951218

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