Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Espelho

O espelho, talvez, seja a o único objeto com a capacidade de mostrar o que você é.
Uma fotografia, por ser estática e sem dimensionalidade, te mostra quem você é, mas dificilmente mostrará “o que você é”.
Poucos se olham, de fato, no espelho. Desde crianças somos ensinados a usar o espelho para ver “coisas”, nunca nos ver.
Olha como você ficou linda com essa maquiagem, meu amorzinho!
Olha como a calça lhe caiu bem, paixão.
Dificilmente alguém, quando você ainda é criança, te diz: Se olhe no espelho e se veja!
A mente, com o passar dos anos, apreende a burlar a si mesma e todo as as vezes que você tenta se olhar no espelho “acha” sempre qualquer outra coisa que desvie a sua atenção. Menos você mesmo.
Já experimentou exercitar se olhar no espelho?
Não é olhar “aquela barriguinha”, “aquela ruga” que mesmo com os caros cremes não sai.
Já experimentou exercitar se olhar no espelho?
Não para ver se precisa ou não de plástica ou se aquela maldita gordurinha ainda reside “lá”.
Vamos trabalhar?
Pare de frente a um espelho onde você consiga se ver até os joelhos.
Se olhe sem buscar nada. Evite “as pegadinhas” da mente como achar qualquer coisa que te impeça de olhar-se.
Se olhe o corpo. Parte por parte. Se olhe.
Inicie por baixo e deixe seus olhos subirem sem pressa, sem correria.
O que ver? Nada. Tudo e, ao final, queira somente ver.
Aceite o que vê. Cicatrizes, marcas de idade, marcas outrora indesejada, acolha a tudo. Se acolha. Se aceite como é. Nesse exercício não pense em mudar nada, apenas pense em acolher. Você também é isso, pense.
Suba mais a vista até chegar aos seus olhos.
Se acolha. Não desvie o olhar de você mesmo.
Se encare de frente.
Siga nesse movimento até perceber que você está dentro do espelho e que seu eu está fora dele.
Nessa hora, se respire, se acolha ainda mais e não tente sair do espelho. Apenas aceite o trocar de posição. Se aceite.
Aquele lá dentro também é você. O de fora, também é você.
Se acolha. Com erros acertos, com marcas de idade, com pele flácida e com tudo o que viu, se acolha.
Fixe seu olhar até sentir que a aflição deu lugar a uma serenidade. Até sentir que você se acolheu.
Isso pode demorar segundos, minutos e com alguns até horas (que podem ser divididas em várias sessões).
Ao sentir-se acolhido relaxe e visualize você, ainda no espelho se abraçando, quando conseguir visualizar, não tenha medo e se abrace.
Se acolha e externe o quanto você é importante para você. Se acolha.
Fique abraçado pelo tempo que couber e depois deite um pouco para descansar. É normal acontecer uma leve sonolência, é comum dormir uns minutos e acordar mais sereno, mas em si, mais tranqüilo.
Repita isso, ao menos, uma vez por semana e verá como sua vida irá mudar em auto-estima, aceitação de fatos, coisas, situações e pessoas.
Você se acolherá mais.
Se acolha.

07/12/08

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