Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

quinta-feira, 22 de março de 2012

E o pensamento?

Hoje acordei pensando: A gente precisa, mesmo, pensar?

Se a estrada muda de rumo, precisamos, mesmo, ficar pensando no caminho que não seguimos?
O que ficou, ficou? Agora é bola para frente abraçando as novas possibilidades? É simples assim ou, ao pensar assim, estaremos sendo frios e até calculistas?

Por mais forte que tenha sido o passado, ele é só passado?
Ou será - até por conta dessa bifurcação que culminou em mudança de rumo - que temos que nos dividir entre passado e futuro?
E o presente? Sim, quando estamos na pior e a nova estrada surge, é um presente, não?
Será que ao reter a atenção no passado, usar o futuro, aparentemente, promissor como argumento para deixar o passado no passado, não estamos vilipendiando o presente? Não estamos ignorando o presente que é (ou será que já virou passado e o tempo certo do verbo é "foi") um presente?

Penso que passado é um ciclo que fechou de alguma forma, penso que quando ficamos presos a ele é um sinal claro de que o fecho está aberto. Nem sempre por nós, muitas vezes por nossos sentimentos, dificuldade em mudar e até orgulho, por que não?

Penso que presente é a oportunidade única de fazer acontecer aqui e agora. Penso que o presente é um círculo que tem suas bordas um tanto no passado, um tanto no futuro.

Penso que futuro é um desejo que vem e vai com o passar das horas. Ele vem como resultado de um passado mesclado a um vento do presente. Por si só é armado, qual cimento unido à pedra, areia e água, e jogado em formas previamente concebidas. Concebidas nos nossos atos e pensamentos de passado e presente. Eles parem, com ou sem nosso controle absoluto, o nosso futuro.

Desde bem cedo, nossos pais nos preparam para uma vida exclusivamente comercial. Perguntam o que você vai ser quando crescer e te fazem pensar. Perguntam que tipo de veículo quer ter e te fazem pensar.
Mandam você mostrar o pinto para essa e aquela, te ensinam a beijar assim ou assado, mas não te levam a pensar nas questões mais corriqueiras como a estrada da vida e suas bifurcações.
Pelo contrário, aos olhos deles, essas bifurcações são simples equações sem futuro algum para qualquer tipo de pensador.
- Não gostou? Manda embora e pronto!
- Não quer? Dispensa!
- Ah! Muda esse disco e desencana disso! Você é um tolo!

Por favor, senhores! Se pensar fosse simples pensadores, em toda a extensão da vida, não usariam outros pensadores para embasarem suas teses.
Se bem que pensar deve, realmente ser fácil, sobretudo quando o pensamento te assalta a mente e faz refém todos os neurônios. Trabalhar para que? Pensei nisso aqui porque eu quero! O sistema diz.
Olha, tem algo errado aqui, quer largar tudo e focar nesse pensamento? Analise, Anelize!

Eu estou analisando. Não a Ana Elizy - que analisa -, mas o meu sistema de pensar no pensamento.
E tenho pensado: Pensar é, relativamente simples, difícil é assumir uma outra estrada e conseguir focar em suas muitas placas, seu sistema de uso e até suas facilidades para o motorista.
Não sei... No Brasil estava acostumado à estradas em que você tinha que interagir mais para andar melhor, tinha que intuir algumas coisas para ter outras.
Aqui a estrada é perfeita, a sinalização um primor, mas... e a aventura de se perder, se achar? E a aventura de atolar e ter que se virar? Aqui, se você para, são exatos 15 minutos para vir socorro. Lá, se você parasse, tinha que pensar em como voltar a andar.

Não sei, preciso pensar, também, nessas coisas.
Até aqui, agradeço o carinho, a compreensão e a paciência por me ouvirem, lendo, pensar.

Aderlei Ferreira,
aprendendo a pensar como se pensa ao pensar nos pensamentos que pensa.

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