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quinta-feira, 3 de maio de 2012

A mulher moderna - Assumindo o assumir

A mulher moderna - Assumindo o assumir
Definitivamente gosto de mulher incomum.
Esse negócio de "perfeitinha", "preto no branco", relacionamento com script de hollywood, quadrado no quadrado, não. Não é comigo! Sinto, sinto, sinto muito e até peço desculpas por eu mesmo ter acreditado no contrário e ter passado essa visão.
Mas, definitivamente gosto de mulher que ousa, que vai além de si mesma, que aposta no vermelho 13 quando toda a banca vai no número - e cor - mais provável (e, claro, ele não é o vermelho 13). Gosto de mulher que se contradiz ao ver que o incomum pode dar certo. Arrisca!
Gosto de mulher estrogenadamente mulher, ou seja, calcinha, batom e... bolsa (de mulher, claro)!
Gosto de mulher que assume o seu homem como seu e não aceita menos em troca.
Gosto de mulher que briga para ficar, porque para sair é só sair. Nem precisa brigar!

A mulher mudou muito (ou será que ainda é exatamente igual a minha vó e é a minha visão que mudou em relação a ela?).
É independente, estuda, vira a mesa, assume casa, filho, marido e até empresa, mas... cada vez mais cria um distanciamento (no meu entendimento desnecessário) do amor, sua essência maior. Sim, eu vejo a mulher como um ser que veio ao mundo para amar. E a mulher de hoje tem se permitdo amar, cada vez, menos. E cada vez com menos intensidade.
A mulher de hoje, ao contrário da de ontem, tem verbalizado muito, porém feito pouco (uma característica masculina?).
Essa coisa de que a mulher é multitarefa é uma mentira descabida. Uma das maiores que já vi, ouvi e senti. E penso isso do ser humano como um todo, não somente da mulher.
O homem, por séculos e séculos, foi preparado para ser o arrimo da bagaça toda, o operacional-administrativo. A mulher, por sua vez, assumia a função de gestora de RH e administrativo emocional.
O homem carregava pedra e a mulher dava o suporte moral para que a motivação dele ficasse lá em cima e a auto-estima se mantivesse viva. Ela era o link entre homem e a família, a família e a sociedade, a sociedade e universos paralelos.
Ele gerava a receita e ela, tirando leite de pedra (a tal pedra), fazia daquilo lucro ao adminsitrar sem excessos.
A parceria era invejável, a instituição família era a melhor empresa na bolsa de valores das relações emo-afetivas.
Todos queriam namorar, noivar e casar. Esse era o caminho mais lógico - e prazeroso!!! - a seguir.

Hoje a mulher joga o homem de lado, o menospreza (e até humilha), arregaça as mangas, veste cueca, coloca lápis na orelha (e o esquece lá!!!), fala grosso e subvaloriza a si mesma quando se apresenta como a melhor opção para assumir o lugar do homem. Homem tem lugar? Acredito que todos tem lugar, sim. Talvez, não marcado, mas convencionado, sim.

A mulher. Hoje. Tem uma relação para lá de mal resolvida com a figura masculina e coloca todos os homens no mesmo patamar, seja ele qual for (o patamar).
Ela antes era irmã dos irmãos, filha do pai, esposa do marido e amiga (com muito respeito e postura impecável) de amigos.
E hoje?
Meu Deus!!! Hoje a mulher distancia-se da palavra casamento e casa com todos os homens à sua volta!
Sim, ela "usa como marido" o auxiliar administrativo dela, o zelador do prédio, o segurança da rua e todo e qualquer homem que cruzar o seu caminho. São todos maridos! E todos não somente podem, como devem dar opinião!
Por favor, não falo de sexo, falo de dividir com toda essa turma o que, supostamente, deveria dividir com pai, marido, irmãos e amigo. Hoje. Ela coloca todos num mesmo buraco e qualquer um é um.
Ela não pensa duas vezes para sensibilizar qualquer um deles e usá-los indiscriminadamente.
Quer saber da pior? Todos, não somente aceitam, como ainda sentem-se felizes por isso... Como o homem mudou. No passado, se uma mulher pedisse certos conselhos a homens eles, educadamente, mandariam para o setor mais adequado. - Olha, conversa com o seu marido sobre isso e veja o que ele acha, não? Essa era a frase.
E é isso aí, mas por outro lado... Hoje. O homem vira mulherzinha, se aproveita da psicologia (que explica tudo) para deixar aflorar uma sensibilidade que traz muito mais que uma suposta adequação. Uma psicologia que conjuga o verbo "encostar" de muitas formas e com muitos substantivos, adjetivos e sinônimos.
Hoje o homem se permite encostar na mulher, explorá-la e se fazer de vítima de uma sociedade que deixou de ser machista vai tempo, mas que ainda condena aqueles que não proveêm o próprio pão. E não está errada. Penso.
Errado, no meu entendimento, está o homem que se permite ser - na minha visão - menos que homem na melhor e mais pura acepção da palavra.
O que ocorre diante desse quadro? As mulheres ganharam projeção, mas perderam espaço na atmosfera do amar. Muito.
A tal da multitarefa (que eu nunca acreditei, pois acredito em funções similares e administração de tempo, espaço e metodologia na aplicação aparentemente simultânea de tudo isso) tem sido perdida numa velocidade assustadora.
Se ontem a mulher era esposa, mãe, conselheira, amiga e parceira. Hoje ela usa todo esse potencial para administrar sua mais nova casa. A empresa em que trabalha. Ela usa essa força para se dedicar ao seu mais novo e nobre marido. O trabalho!
Sim, ela perde, a cada dia, a capacidade de adminstrar uma família e desenvolve a competência de gerir empresas.
Resultado? Casamentos cada vez mais curtos, relações, cada vez, mais vazias e insatisfações nos mais variados campos. Ela tem "se perdido de si". A mulher.
E, por favor, não estou sendo machista. De modo algum. Sou o primeiro a defender que lugar de mulher é onde ela deseja estar e não onde a situação a coloca. Até porque (e já disse isso em outro texto bem aqui: http://aderlei.blogspot.com.br/2012/03/coisas-de-mim.html) as situações são sempre, de alguma forma, controladas por nós mesmos.
A mulher de hoje não sabe mais amar. Perdeu a identidade feminina que tanto nos fez admirá-la. Desaprendeu a administrar contratempos e no lugar de relacionamentos que, antes, seguiam um lógica temporal muito comum, colocou metas, prazos, estratégias e até consegue abrir mão de grandes amores em nome de sua satisfação pessoal. Como assim abrir mão de grandes amores em nome de satisfação pessoal? Ilógico, não? Sim, mas essa é a mulher que tem apresentado-se (que vejo) hoje.
Em verdade, o que vejo é uma mulher cobrando cada vez mais carinho e dando sempre menos. Um desequilíbrio sem tamanho onde os valores se invertem de uma forma tão destemperada que não há base que aguente uma estrutura tão mau construída.
Elas pediam carinho, davam muito carinho.
Hoje pedem carinho, não dão carinho e ainda transferem a "culpa" para o homem (hã!? Como assim?!).
Mulher afetuosa é o que menos se encontra por aqui, por aí e acolá. Isso é fato!
E ai volto para o início do texto: Definitivamente gosto de mulher incomum!
Incomum para os dias de hoje, talvez.
Hoje a mulher não tem se permitido amar, arriscar, seguir passos em espaços, dançar à luz da lua e passear no bosque (enquanto seu lobo não vem).
As incomuns estão assumindo mais que o amor vence, cura, revitaliza, dá troco e faz uma contabilidade legal dentro da alma, espírito e coração. Dói amar? Dói ter filho, minha senhora. Amar é algo único que poucas vezes acontece duas vezes.
As incomuns, as reais acontecedoras, as reais fazedoras de chuva no sertão são aquelas que atendem as necessidades modernas sem nenhum distanciamento do amor, da relação oscilante, do incomum dentro de um comum aceitável.

Não, não quero mais as perfeitinhas. Quero as loucas (e o texto em que defendo a loucura como algo saudável já está pronto e será publicado em 1º de junho, talvez), as que viram a mesa, mas que te travam entre as pernas e te chamam de "meu homem" (Oh Billy, meu amor!), as que, em nome do amor se contradizem e depois riem disso contigo, as que são loucas em uma esfera totalmente sã.
E não viagem, aqui eu não falo de amor bandido, de amor com - somente - sofrimento. Falo de amor que mescla as mazelas do dia com o amorzinho gostosinho da noite. Falo de um amor que a vovó viveu bem, onde o homem é homem e a mulher é mulher. Não falo de machismo, falo de externar o que sente à sua maneira e a sua maneira fazer a mulher entender o que se deseja, espera, quer e busca nela. A cobrir de mimos num dia e no outro continuar bancando, mantendo e sendo ele mesmo. Porque o homem de hoje é frágil e cobra um alto preço por isso. A mulher de hoje é forte, mas se perde da essência que a fez ser ímpar num mundo de pares. A de ser mulher. A de surtar, chorar, gritar, gargalhar aos berros e dizer que não era nada daquilo. A de ligar dizendo que não dá conta e que pirou o cabeção, a de ligar pedindo ajuda ao homem em algo simples de resolver e que ela até tem a resposta, mas insiste em compartilhar e querer ouvir dele o que só ele pode dizer. Não ela. Papéis? Acredito nisso, mas sobretudo acredito em uma troca que não havia antes e que hoje é possível. Nada do homem mandar, mas nada da mulher assumir que pode mandar. É cada um no seu quadrado.

A mulher de hoje quer casar, mas não quer casa. Quer dizer que ama, ouvir que é amada, mas não quer experienciar esse amor. Ela tem um script para tudo e insiste em reproduzir cenas. Reproduzir, não é viver, vivenciar, experienciar. Reproduzir é ter uma sociabilidade onde o comum é ter amigos, mas não necessariamente pessoas que, de fato, te completam. Fachada! Muito bonita, mas fachada. Uma troca de interesses políticos numa sociedade cada vez mais política e cada vez menos harmoniosa do ponto de vista afetivo. Afetividade real e que aflora de dentro para fora dentro.

Quer saber? Definitivamente eu gosto de loucas que se fingem de mulher e dispenso as mulheres que se fingem de loucas. Essas, ao menos, entendem que ser mulher é ir além de si mesma sem, no entanto, perder sua essência femininamente mulher.

Boa quinta, povo!
Aderlei Ferreira
313121138

8 comentários:

Nanci Cerqueira disse...

Parabéns! Belo texto! Concordo com você, a mulher na ânsia de se alto afirmar, não sei pra quem, está perdendo a coisa mais divina... Ser Mulher! A mulher é e será sempre a responsável pelas gerações, pelos homens e mulheres que povoam o mundo! A mulher tem que recuperar seu sagrado feminino. Um lindo dia para você! Obrigada,
bjs na tua alma

Lucia Matsuo disse...

Assim que li: GanoN filho duma boa... atirou e acertou em cheio.
Depois reli: Não, se ele atira e acerta é porque tem alvo.
Dei meia volta e voltei: Está certíssimo, a mulher tem mudado muito e perdido sua essência mesmo.

Mas, amigo querido, muito dessa mudança deve-se ao homem, viu?

Amei essa nova fase porque amo você e sempre me impressiona a sua capacidade de mudar, de fazer acontecer.

O Marcus te convida para um chopp e jazz hoje. Nos liga!

Bjs

Talitah Tha disse...

Uau!!! Vi a foto no Face... Má que lindão! kkkk

Sobre essa divagação
Eita que essa foi dura!
Incomodou, magoou e me fez pensar.
Agora faz um texto ensinando a mulher a recuperar sua essência de ser mulher?
E o SóSexta, nada hoje?
Bjks

Anônimo disse...

Oie meninu. rs
Nd no sosexta entao venho aki xeretar rsrsrs

Nao achei o texto pesado, nao. Achei que dá margem pra varias interpretaçoes. Desde o tipo de mulher q gosta a uma certa ferida aberta por elas.

Os tempos sao outros e o homem fez a mulher ser o q é e pronto. E ponto.

Eu sou uma mulher moderna e gosto disso. A infelicidade no amor com a plena felicidade nos negócios é maravilhoooooosa! rsrsrsrs

Se liga. Hj o Bosqualli vai tocar la no Cintra. Pega o sax e vai lá da uma canja. Quero te mostrar umas coisas (e te desentocar, claro). rsrsrs

beeeeeiiiijjjjooooosssss

Unknown disse...

Salve Nanci!
Obrigado pelo carinho de estar aqui.
Obrigado pelo franco comentário.
Obrigado por acolher a divagação.
Como todas as divagações aqui, ela está em aberto e mudará conforme minha visão.

Bjs na alma, obrigado sempre.

Unknown disse...

Salve Lucia!
Menina... Não uso mais GanoN. Alguns amigos ainda me chama assim, mas abandonei todos os personagens para assumir minha persona maior. Eu mesmo.
Fico super feliz que a divagação tenha levado-a a uma refelexão. De modo algum o intuito foi agredira mulher e sim externar visões que tenho há longa data. Aliás o blog tem etendido muito bem a essa vontade de escrever o que e como vejo o mundo a minha volta.
Ah sim! O Homem forçou muito contra a mulher, acoxambrou (eta termo velho, machista e militarista) deveras.

Obrigado pelo carinho, mas mudar é preciso, mas não me vejo mudando, outrossim me vejo voltando a um padrão do qual eu nunca devia ter saído. Não é fácil, como você sabe, mas é possível quando os amigos ajudam.
Obrigado.

Avise o Marcus que estou no furo com vocês, mas logo arrumo a casa e os convido para um vinho medriocre e um papo sem vergonha. kkkkkkkkkkkkkkkkk

Sexta-feira toquei lá no Clube, foi muito bom!!!
Bjks

Unknown disse...

Falaaaaa Dra Tha!!!
Mandei bem na foto, vai...
O intuito era dar uma de Narciso e postar fotos minhas no mês de junho e ela seria a precursora, mas desisti e já separei todas que vão no citado mês.
Não achei a divagação dura... Achei realista e não condeno a mulher por ser quem é. Apenas alerto para o fato de perder um essência importante.

Não sei se posto em junho ou julho (Junho já está fechado e o texto veio depois), mas já está pronto o texto onde divago sobre como achar o seu par perfeito sem desespero. Ficou super interessante. Talvez ajude.

Pois é, o SóSexta deu uma enroscada na programação. Ele está programado até agosto, mas travou e não entrado nada. Preciso arrumar. Me desculpe.

Bjks

Unknown disse...

Oi Ciliana.
*sorriso* Por favor, o blog está aberto e sua visita é muito importante pra nós.

Talvez (eu escrevi talves) você tenha alguma razão na sua colocação, afinal é sabido que sou um apaixonado pela mulher, pelo viés feminino e nada mais natural que eu tenha altos e baixos com sua visão, postura e apresentações.

Eta povo que quer me desentocar *sorriso*. Gente, estou bem, de boa e tranquilo.
Quando tiver que sair, sairei e olha que tenho é saído.

Feica bem, guria!

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