Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

quarta-feira, 23 de março de 2011

A poesia é tudo

A poesia é a minha crença, minha religião.
Meu pecado sem perdão, meu vício sem pecado.
A confusão mental que se perde entre ser e estar. Doença e cura.
Uma homeopatia, simpatia anarquia. Uma anistia para eu me recuperar.
A poesia é meu norte. Uma luz no fim de qualquer túnel, o tubo em si. A lux.
Cada linha escrita, ou lida, é um passo, em um compasso sem igual. A métrica é a minha própria vida. Um viver com todo tipo de rima. A sorte da rara, o comum da pobre, o acerto e o erro sem glória, mas com a benção que poucos tem. Uma comunhão de palavras soltas, ideias gregárias, agregadas a um único fim. Viver.
A poesia não é tudo, mas é o núcleo do meu ser. Com ela respiro, transpiro e acredito nos dias que vivo, mesmo quando não os quero viver. Mesmo quando os quero somente para mim. Um casamento sem direito a separação, por isso, mesmo com altos e baixos vivemos tão bem.
A poesia é quem me veste, me despe, me faz dançar sem música, chorar sem motivo e rir no calor de um momento em que não cabem risos. A emoção.
É a solução. Melhor que mosteiro. Um isolar do abrir; melhor que comportar é abrir, encarar. Ela faz atitude.
A poesia é minha arma. Não contra o mundo. Em meu mundo.
Na luz e na sombra são as obras que fazem a linha divisora de cada momento. Um alento.
Com ela, não estou só. Estou só vivendo. E vivo plenamente cada estrofe, cada final forte, cada fechamento com ou sem poesia aparente, mas que está parente do todo.
A poesia é tudo. Quase tudo. Tudo. É oscilação, pressão e alivío. A corrente do desequilibrio equilibrado, o rio do equilibrio desequilibrado. Um liquidificador, de fato. Sem peneira, eira ou beira. Plebe simples na sua mais pura essência de ser (e estar).
É mais que isso, não só eu; é Eu também. É poesia.

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