Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Gruta luminescência

Gruta luminescência
No casulo, casado comigo mesmo,
agasalhado dos meus ressentimentos,
enamorado de verdades putas; cruas.
Triste por estar tão sol. Só num pôr.
Feliz por ser quem dou. Me acolho.
Olho ao lado. Dos cardumes, me recolho.
Fogo e sal queimando possibilidades.

No casulo, casado comigo mesmo,
vou engravidar, parir dormentes,
enamorar ventos em castiçais, chacoalhar.
Sobreviver ao naufrágio das permissões,
minhas verdades absolutas, resolutas.
Coisas que só a mim tem. Alquimizado.
Fogo e sal sobre terra fértil, não olhada.

Casado comigo mesmo, no casulo,
delírios em paisagens não idas, vendidas.
Enamorar a falta do tudo, mentir cicatrizes,
cores que não pensei, dispensei. Não.
De costa a costa. Navegar ao relento
de ideias a ideais, visões de Cervantes.
Fogo e sal. Ao fim dá lugar à favela. Velas.

Casado comigo mesmo, non apuro,
vejo à tudo, sei. Não sei viver. Sei.
Enamorado das palavras que me digo,
digo que não posso ir. Não me permito
à coisas desimportantes. Não exporto.
Traças comem a única roupa que tenho.
Fogo e sal. Acabaram comigo. Por mim.

AsF 228112132

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