Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Domingo

Vai entender como é essa órbita louca do mundo. Vai entender.
O dia iniciou com um sol lindo, inspirador, convidativo, comovente, sem igual.
Dado o calor, ficar em casa foi impossível. Rua!
Máquina carregada, lentes limpas, bolsa arrumada, vamos a pé! O que vier nois crica, mano.
Num primeiro momento pensei em partir para um parque. Estou no meio do caminho tanto para o Villa Lobos quanto para o Ibirapuera. Exatamente 5km tanto para um quanto para o outro.
Mas os parques me dão sempre as mesmas coisas e pensei em caminhar até o centro. São 6Km de subidas, descidas, três cemitérios no caminho e insegurança. Sem contar que, ao passar pela Av. Paulista, seria difícil não mudar o rumo da prosa.
Então, o que fazer? Ficar parado com aquele sol lindo me convidando não daria. Rua!
Enchi o pneu da bicicleta e lá fui eu. Destino? Easy Rider, baby!
Pensei em fazer macro. Rodar as praças do bairro bastaria. Fiz isso.
Entrei aqui, sai ali. Vi uma rosa legal, mas não parei para fazer a foto.
Vi uma arquitetura, mas não parei para fazer a foto.
E assim fui no despretencioso passeio.
Lá pelas tantas parei em uma padaria, comprei uma garrafinha de água e abasteci a minha térmica. Lílas com tampa rosa. O que uma promoção não faz com a gente...
Sentei na praça, peguei a máquina e comecei a limpar. Meu coração não via motivos para foto.
Não demorou muito e um cara (uns 52) sentou ao meu lado. O pretexto era saber um pouco mais sobre a máquina. Ele ganhou uma, mas não explorava. O ar era de tranquilidade e real intenção de saber, as palavras fácieis, o olhar franco e eu desarmei. Interessante, desarmei.
O assunto fluiu, a esposa (uns 40 e poucos) dele chega, outras pessoas chegam e logo éramos uma roda de amigos da fotografia batendo e debatendo sobre o assunto. Muito legal.
Um era uma verdadeira enciclopédia. Sabia nomes, marcas, datas, situações e até técnicas de uso, mas usava pouco.
Outro era entrevistador. Tudo que falavam ele tinha sempre uma pergunta para fazer.
Um outro era só alegria. Queria zuar, brincar e ninguém achava isso ruim, não, afinal ele ajudava a quebrar o clima quando esse virava algo sério demais.
Outro veio com cachorro, periquito, papagaio e refri, e cerveja, e toalha, e beliscos.
E veio mais gente!
A conversa correu e transcorreu até a hora que o tempo começou a mudar e a chuva iniciou um pouco mais forte que uma garoa.
Todos começaram a correr, eu me situei e ia voltar pedalando quando aceitei uma carona.
Joguei a bicicleta dentro da caçamba da pickup e vim. Eu estava no Alto de Pinheiros, longe, e se arriscasse voltar tomaria um verdadeiro banho de chuva. Ufa! A carona veio à calhar!
Foi bom. A conversa fluiu mais um pouco, novas ideias transitaram e a chuva ainda nos obrigou a conversar um pouco mais. Foi bom.

Obrigado turma!

2 comentários:

Anônimo disse...

Ora... ora... Não é que ele escreveu?
Como te disse sou péssima com internet/informática, mas ler eu adoro e vc escreve bem.
Queria deixar pronto para comentar no almoço, mas não me segurei e gostei do que li. rs
Chuva providencial rs
Bjs

Ci

ॐAderlei ॐFerreira disse...

Grande Ci! Legal seu comentário. Como disse as pessoas comentam pouco por aqui e comentar motiva, leva além. Obrigado!
Fico feliz que tenha gostado e atambém achei a chuva boa por demais da conta.

Valeu pela acolhida, carinho e força!

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