Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Tango

Tango

- Oi mãe...
- Oi meu filho!
- Tudo bem por aí?
- Aqui tudo, filho e por aí?!
- Aqui tem dias que chove, em outros faz sol, mãe.
- Sei como é, filho.
- É.
- Quais as novas?
- Nada novo. Quero mudar de emprego, mãezinha.
- Eu sempre disse que você merece coisa melhor, filho.
- É.
- E que falta para mudar, filho?
- Preciso investir na carreira e em material, mãezinha.
- Hummm, sei. Há meses que você não me liga.
- É. Andei péssimo, mãe. (silêncio de quase 30 segundos) Mãe... Andei vendo aquelas fotos da gente pequeno. Como a “sôra” era linda, né?
- É.
- Pior que continua maravilhosa.
- Sei...
- Então, mãe. Dá pra ser?
- Tem como ser sem dar, filho?
- Pô, mãe, o assunto é sério! Será que dá “prasôra” tratar com um pouco mais de seriedade. É a minha vida que está em jogo.
- Há! A questão é jogatina agora, filho?
- Oh, mãe, é foda!
- Se fosse seria ótimo, filho.
- O que, mãe?!
- Nada, filho. Seu pai me chamou. Quer falar com ele, filho?
- Não mãe, papai só sabe cobrar!
- Sei...
- Então mãe?
- Então que seu pai quer falar contigo, filho.
- Agora não dá. Ligo mais tarde, mãe. Lá pelas 14h.
- Mas nesse horário seu pai tá “cestianu”, filho.
- É. Só dá para ligar nesse. Beijos, mãe!

AsF191110

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